Buscar

Anatomia do sistema respiratório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
 
Parte superior do sistema respiratório 
 
NARIZ 
 
O nariz é um órgão muito mais complexo do que vemos 
na face de uma pessoa. Com efeito, a parte visível do 
nariz representa apenas cerca de um quarto de toda a 
região nasal. 
O nariz é um órgão especial na entrada do sistema 
respiratório, que é dividido em uma parte externa visível 
e em uma parte interna dentro do crânio, denominada 
cavidade nasal. 
A cartilagem do septo nasal ímpar forma a parte anterior 
do septo nasal, que divide a parte externa e a parte 
interna do nariz em câmaras direita e esquerda. 
As cartilagens nasais laterais pares formam os lados da 
porção intermediária da parte externa do nariz. Essas 
cartilagens estão articuladas com os ossos nasais, as 
maxilas, a cartilagem do septo nasal e as cartilagens 
alares maiores. As cartilagens alares maiores formam os 
lados da porção inferior da parte externa do nariz. Essas 
cartilagens estão conectadas com as cartilagens nasais 
laterais e a cartilagem do septo nasal. As cartilagens 
alares maiores formam as margens medial e lateral das 
narinas. 
Funções: 
1. Realiza as trocas gasosas – captação de O2 para 
seu fornecimento às células do corpo e remoção 
do CO2 produzido pelas células do corpo. 
2. Ajuda a regular o pH do sangue. 
3. Contém receptores para a olfação, filtra o ar 
inspirado, produz sons (fonação) e excreta 
pequenas quantidades de água e calor. 
 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
As aberturas na parte externa do nariz são 
as narinas, que continuam como 
cavidades com tamanho aproximado da 
ponta de um dedo, denominadas 
vestíbulos do nariz. 
Anteriormente, a cavidade nasal funde-se 
com a parte externa do nariz, e, 
posteriormente, a parte interna do nariz 
comunica-se com a faringe por meio de 
duas aberturas, denominadas cóanos 
(Figura 23.2B). Os ductos dos seios 
paranasais (seios frontal, esfenoidal e 
maxilar e células etmoidais) e os ductos 
lacrimonasais, que drenam as lágrimas das glândulas 
lacrimais, também se abrem dentro da cavidade nasal 
(Figura 7.13). As paredes laterais da cavidade nasal são 
formadas pelos ossos etmoide, maxila, lacrimal, palatino 
e conchas nasais inferiores (ver Figura 7.7); o etmoide 
também forma o teto. As lâminas horizontais dos 
palatinos e os processos palatinos da maxila, que juntos 
constituem o palato duro, formam o assoalho da 
cavidade nasal. 
(Figura 23.2B) 
A cavidade nasal é dividida em duas regiões 
– a grande região respiratória inferior e a 
pequena região olfatória superior. 
As conchas, que quase alcançam o septo 
nasal, subdividem cada lado da cavidade 
nasal em uma série de vias de passagem 
semelhantes a sulcos – os meatos nasais 
superior, médio e inferior. 
 
(Figura 7.13) 
 
 
 
Epitélio olfatório, é a membrana que reveste a concha 
nasal superior e o septo nasal 
adjacente. Inferiormente ao 
epitélio olfatório, a túnica mucosa 
contém capilares e epitélio 
pseudoestratificado colunar 
ciliado, com numerosas células 
caliciformes; esse epitélio na 
região respiratória é denominado 
epitélio respiratório. 
 
 
 
 
 
 
 (Figura 7.13) 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
FARINGE 
A faringe é um tubo afunilado, com cerca de 13 cm de 
comprimento, que começa nos cóanos e que se estende 
até o nível da cartilagem cricóidea, a cartilagem mais 
inferior da laringe. 
A faringe pode ser dividida em três regiões anatômicas: 
(1) a parte nasal da faringe, (2) a parte oral da faringe e 
(3) a parte laríngea da faringe. 
A parte superior da faringe, denominada parte nasal, 
situa-se posteriormente à cavidade nasal e estende-se 
até o plano do palato mole. O palato mole, que forma a 
parte posterior do teto da boca, é uma divisão muscular 
arqueada entre as partes nasal e oral da faringe, que é 
recoberta por túnica mucosa. 
Existem cinco aberturas na parede da parte nasal da 
faringe: dois cóanos, duas aberturas que levam às tubas 
auditivas, os óstios faríngeos da tuba auditiva 
(comumente conhecidas como trompas de Eustáquio) e 
uma única abertura na parte oral da faringe. 
A parede posterior também contém a tonsila faríngea 
(adenoide). Por meio dos cóanos, a parte nasal da 
faringe recebe o ar proveniente da cavidade nasal e 
recebe porções de muco carregado de poeira. 
A parte nasal da faringe também troca pequenas 
quantidades de ar com as tubas auditivas para igualar a 
pressão de ar entre a orelha média e a atmosfera. 
A parte intermediária da faringe, a parte oral, situa-se 
posteriormente à cavidade oral e estende-se desde o 
palato mole, inferiormente, até o nível do osso hioide. 
Além de se comunicar superiormente com a parte nasal 
da faringe e inferiormente com a parte laríngea da 
faringe, a parte oral apresenta uma abertura anterior, o 
istmo das fauces, a abertura da boca. 
Na parte oral da faringe, encontram-se dois pares de 
tonsilas, as tonsilas palatinas e as tonsilas linguais. 
A parte inferior da faringe, a parte 
laríngea da faringe, começa no nível 
do osso hioide. Em sua extremidade 
inferior, continua-se como o esôfago 
e, comunica-se anteriormente com a 
laringe (“caixa de voz”). 
O suprimento arterial da faringe 
inclui a artéria faríngea ascendente, 
a artéria palatina ascendente, um 
ramo da artéria facial, a artéria 
palatina descendente e ramos 
faríngeos da artéria maxilar e os 
ramos musculares da artéria 
tireóidea superior. As veias da 
faringe possuem nomes semelhantes aos das artérias e 
drenam para o plexo pterigóideo e para as veias 
jugulares internas. 
Os músculos da faringe são inervados, em sua maior 
parte, por ramos nervosos do plexo faríngeo suprido 
pelos nervos glossofaríngeo (NC IX) e vago (NC X). 
 
Parte inferior do sistema respiratório 
LARINGE 
A laringe é uma via de passagem curta, que une a parte 
laríngea da faringe com a traqueia. Situa-se na linha 
mediana do pescoço, anterior à quarta, quinta e sexta 
vértebras cervicais (C IV-C VI). 
Composta por 9 cartilagens: 
1. Três ímpares (cartilagem tireóidea, cartilagem 
epiglótica e cartilagem cricoide) 
2. Três pares (cartilagem aritenóideas, cuneiformes 
e corniculadas). 
Das cartilagens pares, as cartilagens aritenóideas são as 
mais importantes, visto que influenciam as posições e as 
tensões das pregas vocais (pregas vocais verdadeiras). 
Os músculos extrínsecos da laringe unem as cartilagens a 
outras estruturas faringe; os músculos intrínsecos unem 
as cartilagens umas com as outras 
 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
A cavidade da laringe é o espaço que se estende desde o 
ádito (entrada) da laringe até a margem inferior da 
cartilagem cricóidea. A parte da cavidade da laringe 
superiormente às pregas vestibulares é denominada 
vestíbulo da laringe. A parte da cavidade da laringe 
inferiormente às pregas vocais é denominada cavidade 
infraglótica. 
A cartilagem tireóidea, a maior cartilagem da laringe, 
consiste em duas lâminas fundidas de cartilagem hialina, 
que formam as paredes anterior e lateral superiores da 
laringe, conferindo-lhe o seu formato triangular. 
A junção anterior das duas lâminas forma a 
proeminência laríngea (pomo de Adão). Em geral, é 
maior nos homens do que nas mulheres, devido à 
influência dos hormônios sexuais masculinos sobre o seu 
crescimento durante a puberdade. Acima da 
proeminência laríngea, existe uma incisura em forma de 
V, que pode ser palpada com a ponta do dedo. O 
ligamento que une a cartilagem tireóidea com o osso 
hioide, imediatamente superior a ele, é denominado 
membrana tíreo-hióidea. 
A epiglote é uma grande peça de cartilagem elástica em 
forma de folha, que é recoberta por epitélio. 
Durante a deglutição, a faringe e a laringe se elevam. A 
elevação da faringe a alarga para receber o alimento ou 
líquido, enquantoa elevação da laringe faz com que a 
epiglote se mova para baixo, formando uma tampa 
sobre a abertura da laringe, fechando-a. 
A via de passagem estreitada através da laringe é 
denominada glote. A glote consiste em um par de pregas 
de túnica mucosa, as pregas vocais na laringe, e no 
espaço entre elas, denominado rima da glote. 
 
A cartilagem cricóidea consiste em um anel de 
cartilagem hialina, que forma a parede inferior da 
laringe. Está fixada ao primeiro anel de cartilagem da 
traqueia por meio do ligamento cricotraqueal. 
A cartilagem tireóidea está unida com a cartilagem 
cricóidea pelo ligamento cricotireóideo mediano. A 
cartilagem tireóidea está unida com a cartilagem 
cricóidea pelo ligamento cricotireóideo. A cartilagem 
cricóidea é o ponto de referência para a realização de 
uma via respiratória de emergência, denominada 
traqueotomia. 
As cartilagens aritenoides pares são peças triangulares, 
em sua maior parte de cartilagem hialina, que estão 
localizadas na margem posterossuperior da cartilagem 
cricóidea. Formam articulações sinoviais com a 
cartilagem cricóidea, e apresentam uma grande 
amplitude de mobilidade. 
As cartilagens corniculadas pares, que são peças de 
cartilagem elástica em forma de corno, estão localizadas 
no ápice de cada cartilagem aritenoide. As cartilagens 
cuneiformes pares são cartilagens elásticas claviformes, 
situadas anteriormente às cartilagens corniculadas na 
face lateral da epiglote 
Estruturas para a produção da voz A túnica mucosa da 
laringe forma dois pares de pregas: um par superior, 
denominado pregas vestibulares (pregas vocais falsas), e 
um par inferior, denominado simplesmente pregas 
vocais (pregas vocais verdadeiras). 
O espaço entre as pregas vestibulares é conhecido como 
rima do vestíbulo. O ventrículo da laringe é uma 
expansão lateral da parte média da cavidade da laringe; 
é delimitado superiormente pelas pregas vestibulares e, 
inferiormente, pelas pregas vocais. 
Embora as pregas vestibulares não 
atuem na produção da voz, elas 
desempenham outros papéis 
funcionais importantes. 
Quando as pregas vestibulares são 
aproximadas, elas atuam 
segurando a respiração contra a 
pressão na cavidade torácica, 
como a que pode ocorrer quando 
uma pessoa faz força para levantar 
o objeto pesado. 
 
 
 
 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
 
Quando os músculos intrínsecos da laringe contraem, 
tracionam as cartilagens aritenóideas, fazendo-as girar e 
deslizar. A contração dos músculos cricoaritenóideos 
posteriores, por exemplo, afasta as pregas vocais 
(abdução), abrindo a rima da glote. Por outro lado, a 
contração dos músculos cricoaritenóideos laterais 
aproxima as pregas vocais (adução), fechando a rima da 
glote. Outros músculos intrínsecos podem alongar (e 
exercer tensão sobre) ou encurtar (e relaxar) as pregas 
vocais. 
A altura do som é controlada pela tensão nas pregas 
vocais. 
A faringe, a boca, a cavidade nasal e os seios paranasais 
atuam como câmaras de ressonância, que conferem à 
voz a sua qualidade humana e individual. 
Irrigação: 
As artérias da laringe são as artérias laríngeas superior e 
inferior. As veias laríngeas superior e inferior 
acompanham as artérias. A veia laríngea superior drena 
na veia tireóidea superior, enquanto a veia laríngea 
inferior desemboca na veia tireóidea inferior. 
Inervação: 
Os nervos da laringe são ambos ramos do nervo vago 
(NC X). O nervo laríngeo superior entra na laringe 
proveniente de cima, enquanto o nervo laríngeo 
recorrente (inferior) ascende pela base do pescoço para 
entrar na laringe, proveniente de baixo. 
TRAQUEIA 
A traqueia é uma via de passagem tubular para o ar, que 
mede cerca de 12 cm de comprimento e 2,5 cm de 
diâmetro. Localiza-se anteriormente ao esôfago e 
estende-se da laringe até a margem superior da quinta 
vértebra torácica (T V), onde se divide em 
brônquios principais direito e esquerdo 
Na túnica fibromusculocartilagínea, os 16 a 
20 anéis horizontais incompletos de 
cartilagem hialina assemelham-se a letra C. 
Os anéis estão empilhados um acima do 
outro e estão unidos por tecido conjuntivo 
denso. Podem ser sentidos através da pele, 
inferiormente à laringe. 
A parte aberta de cada anel de cartilagem 
em forma de C está orientada 
posteriormente, em direção ao esôfago e é 
envolvida por uma membrana 
fibromuscular. 
Irrigação: 
As artérias da traqueia são ramos das artérias tireóidea 
inferior, torácica interna e bronquiais. As veias da 
traqueia desembocam nas veias tireóideas inferiores. 
Inervação: 
O músculo liso e as glândulas da traqueia recebem 
inervação parassimpática por meio de ramos dos nervos 
vagos (NC X). A inervação simpática provém de ramos do 
tronco simpático e seus gânglios. 
BRÔNQUIOS 
Na margem superior da quinta vértebra torácica, a 
traqueia divide-se em um brônquio principal direito 
(primário), que se estende até o pulmão direito, e em 
um brônquio principal esquerdo (primário), que se 
estende até o pulmão esquerdo. 
O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto e 
de maior calibre do que o esquerdo. Em consequência, 
um objeto aspirado tem maior probabilidade de entrar 
no brônquio principal direito e alojar-se nele do que no 
esquerdo. À semelhança da traqueia, os brônquios 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
principais contêm anéis de cartilagem incompletos e são 
revestidos por epitélio pseudoestratificado colunar 
ciliado. 
No ponto em que a traqueia se divide em brônquios 
principais direito e esquerdo, existe uma crista interna, 
denominada carina da traqueia. 
Na sua entrada nos pulmões, os brônquios principais 
dividem-se para formar brônquios menores – os 
brônquios lobares (secundários), um para cada lobo do 
pulmão. (O pulmão direito possui três lobos, e o pulmão 
esquerdo, dois.) Os brônquios lobares continuam se 
ramificando, formando brônquios ainda menores, 
denominados brônquios segmentares (terciários), que 
suprem os segmentos broncopulmonares específicos 
dentro dos lobos. Em seguida, os brônquios 
segmentares dividem-se em bronquíolos. Os 
bronquíolos, por sua vez, ramificam-se repetidamente, e 
os menores ramificam-se em tubos ainda menores, 
denominados bronquíolos terminais. 
Os bronquíolos terminais representam a extremidade da 
parte condutória do sistema 
respiratório. 
Como essa extensa ramificação, que 
se estende da traqueia até os 
bronquíolos terminais, assemelha-se 
a uma árvore invertida, é 
comumente designada, em seu 
conjunto, como árvore bronquial. 
Depois dos bronquíolos terminais da 
árvore bronquial, os ramos tornam-
se microscópicos. Esses ramos são 
denominados bronquíolos 
respiratórios e ductos alveolares. 
As passagens respiratórias que se 
estendem da traqueia até os ductos 
alveolares contêm cerca de 23 
gerações de ramificação; a 
ramificação da traqueia nos 
brônquios principais é denominada 
ramificação de primeira geração, a 
dos brônquios principais em 
brônquios lobares, ramificação de 
segunda geração, e assim por diante, 
até alcançar os ductos alveolares. 
Conforme a ramificação na árvore 
bronquial se torna mais extensa, 
podem-se observar diversas 
alterações estruturais. 
1. A túnica mucosa na árvore 
bronquial passa de um epitélio 
pseudoestratificado colunar ciliado 
nos brônquios principais, brônquios 
lobares e brônquios segmentares para um 
epitélio simples colunar ciliado com algumas 
células caliciformes nos bronquíolos maiores, 
um epitélio simples cuboide principalmente 
ciliado sem células caliciformes nos bronquíolos 
menores e epitélio simples cuboide 
principalmente não ciliado nos bronquíolos 
terminais. Lembre-se de que o epitélio ciliado 
das membranas respiratórias remove as 
partículas inaladas de duas maneiras. O muco 
produzido pelas células caliciformes retém as 
partículas, e os cíliosmovem o muco e as 
partículas retidas em direção à faringe para a 
sua remoção. Nas regiões que apresentam 
epitélio simples cuboide não ciliado, as 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
partículas inaladas são removidas pelos 
macrófagos. 
2. Lâminas de cartilagem substituem gradualmente 
os anéis incompletos de cartilagem nos 
brônquios principais e, por fim, desaparecem 
nos bronquíolos distais. 
3. À medida que diminui a quantidade de 
cartilagem, a quantidade de músculo liso 
aumenta. O músculo liso envolve o lúmen em 
faixas espirais e ajuda a manter a desobstrução. 
Entretanto, como não há nenhuma cartilagem 
de sustentação, os espasmos musculares, como 
os que ocorrem durante um episódio de asma, 
podem fechar as vias respiratórias, uma situação 
potencialmente fatal. 
Durante o exercício, a atividade na parte simpática da 
divisão autônoma do 
sistema nervoso 
(DASN) ou sistema 
nervoso autônomo 
(SNA) aumenta e 
provoca a liberação 
dos hormônios 
epinefrina e 
norepinefrina pela 
medula da glândula 
suprarrenal; esses 
hormônios causam 
relaxamento do 
músculo liso nos 
bronquíolos, 
dilatando as vias 
respiratórias. O 
resultado consiste 
em melhora da 
ventilação pulmonar, 
visto que o ar 
alcança mais 
rapidamente os 
alvéolos. A parte 
parassimpática da 
DASN e os 
mediadores das 
reações alérgicas, 
como a histamina, 
provocam contração 
do músculo liso 
bronquiolar, 
resultando em 
constrição dos 
bronquíolos distais. 
 
 
Irrigação: 
O suprimento sanguíneo para os brônquios é efetuado 
pelos ramos bronquiais direito e esquerdo da parte 
torácica da aorta. As veias que drenam os brônquios são 
a veia bronquial direita, que desemboca na veia ázigo, e 
a veia bronquial esquerda, que desemboca na veia 
hemiázigo acessória ou na veia intercostal superior 
esquerda. 
 
 
 
 
 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
PULMÕES 
Os pulmões são separados um do outro e de outras 
estruturas do mediastino pelo coração. O mediastino 
divide a cavidade torácica em duas câmaras 
anatomicamente distintas. Em virtude dessa separação, 
se a ocorrência de traumatismo provocar colapso de um 
pulmão, o outro pode permanecer expandido. Cada 
pulmão é envolvido por uma túnica serosa protetora de 
duas lâminas, denominada pleura. 
A camada superficial da pleura que reveste a parede da 
cavidade torácica é denominada pleura parietal, 
enquanto a camada profunda, a pleura visceral, adere 
aos pulmões. As duas lâminas são contínuas uma com a 
outra no local em que os brônquios entram no pulmão. 
Entre as pleuras visceral e parietal, existe um pequeno 
espaço, a cavidade pleural que contém uma pequena 
quantidade de líquido lubrificante secretado pelas duas 
lâminas. 
O líquido pleural também faz com que as pleuras adiram 
uma à outra, exatamente como uma película de água faz 
com que duas lâminas de vidro de microscópio grudem 
uma na outra, um fenômeno denominado tensão 
superficial. Os pulmões direito e esquerdo são 
circundados por cavidades pleurais separadas. 
Os pulmões estendem-se desde o diafragma até 
ligeiramente acima das clavículas e situam-se contra as 
costelas, anterior e posteriormente. 
A parte inferior larga do pulmão, a base, é côncava e 
ajusta-se sobre a área convexa do diafragma. A parte 
superior estreita do 
pulmão é o ápice. A face 
do pulmão situada 
contra as costelas, a face 
costal, acompanha a 
curvatura arredondada 
das costelas. A face 
mediastinal de cada 
pulmão contém uma 
região, o hilo pulmonar, 
por meio do qual os 
brônquios, os vasos sanguíneos pulmonares, os vasos 
linfáticos e os nervos entram e saem. 
 
 
O ápice dos pulmões localiza-se superiormente ao terço 
medial das clavículas, constituindo a única área que 
pode ser palpada. As faces anterior, lateral e posterior 
dos pulmões situam-se contra as costelas. A base dos 
pulmões estende-se da sexta 
cartilagem costal, 
anteriormente, até o processo 
espinhoso da décima vértebra 
torácica, posteriormente. A 
pleura estende-se 
aproximadamente 5 cm 
inferiormente à base, a partir 
da sexta cartilagem costal, 
anteriormente, até a décima 
segunda costela, 
posteriormente. Assim, os pulmões não preenchem por 
completo a cavidade pleural nessa área. 
É possível proceder à retirada do excesso de líquido na 
cavidade pleural sem lesar o tecido pulmonar por meio 
de uma agulha inserida anteriormente pelo sétimo 
espaço intercostal, um procedimento denominado 
toracocentese. A agulha é inserida ao longo da margem 
superior da oitava costela, de modo a evitar qualquer 
dano aos nervos intercostais e aos vasos sanguíneos. 
Inferiormente ao sétimo espaço intercostal, existe o 
risco de penetrar no diafragma. 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sacos alveolares e alvéolos 
A dilatação terminal de um ducto alveolar é denominada saco alveolar e é análoga a um cacho de uvas. Cada saco 
alveolar é composto de evaginações denominadas alvéolos, análogos às uvas que compõem o cacho. 
 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
Irrigação: 
Os pulmões recebem sangue por meio de dois conjuntos 
de artérias: as artérias pulmonares e os ramos 
bronquiais da parte torácica da aorta. O sangue 
desoxigenado passa pelo tronco pulmonar, que se divide 
na artéria pulmonar esquerda, que entra no pulmão 
esquerdo, e na artéria pulmonar direita, que entra no 
pulmão direito. O retorno do sangue oxigenado para o 
coração ocorre por meio de quatro veias pulmonares, 
que desembocam no átrio esquerdo. Uma característica 
singular dos vasos sanguíneos pulmonares é a sua 
constrição em resposta à hipoxia (baixo nível de CO2) 
localizada. Em todos os outros tecidos do corpo, a 
hipoxia provoca dilatação dos vasos sanguíneos, que 
serve para aumentar o fluxo sanguíneo. Todavia, nos 
pulmões, os vasos sanguíneos sofrem constrição em 
resposta à hipoxia, desviando o sangue desoxigenado 
das áreas pouco ventiladas para regiões bem ventiladas 
dos pulmões para uma troca gasosa mais eficiente. Os 
ramos bronquiais da parte torácica da aorta levam o 
sangue oxigenado até os pulmões. Esse sangue passa 
principalmente para as paredes musculares dos 
brônquios e bronquíolos. Existem anastomoses entre os 
ramos bronquiais e os ramos das artérias pulmonares; a 
maior parte do sangue retorna ao sangue por meio das 
veias pulmonares. Entretanto, um certo volume de 
sangue drena para as veias bronquiais, que são 
tributárias do sistema ázigo, e retorna ao coração por 
meio da veia cava superior. 
Inervação: 
A inervação dos pulmões origina-se do plexo pulmonar, 
localizado anterior e posteriormente às raízes dos 
pulmões. O plexo pulmonar é formado por ramos dos 
nervos vagos (NC X) e troncos simpáticos. As fibras 
parassimpáticas motoras originam-se do núcleo dorsal 
do nervo vago (NC X), enquanto as fibras simpáticas são 
fibras pós-ganglionares do segundo ao quinto gânglios 
torácicos paravertebrais do tronco simpático. 
VENTILAÇÃO PULMONAR 
A respiração refere-se à troca de gases entre a 
atmosfera, o sangue e as células do corpo. Ocorre em 
três etapas básicas: 
1. Ventilação pulmonar. O primeiro processo, a 
ventilação pulmonar ou respiração, consiste na 
inspiração (entrada) e na expiração (saída) de ar 
e constitui a troca de ar entre a atmosfera e os 
espaços aéreos dos pulmões. A ventilação 
pulmonar possibilita a entrada de O2 nos 
pulmões e a saída de CO2 dos pulmões. 
2. Respiração externa (pulmonar). Trata-se da 
troca de gases entre os espaços aéreos dos 
pulmões e o sangue nos capilares pulmonares 
através da membrana respiratória. O sangue 
recebe O2 e perde CO2. 
3. Respiração interna (tecidual). Refere-se à troca 
de gases entre o sangue dos capilares sistêmicos 
e as células teciduais.O sangue perde O2 e 
recebe CO2. 
O fluxo de ar entre a atmosfera e os pulmões ocorre 
pela mesma razão pela qual o sangue flui pelo corpo: a 
existência de um gradiente (diferença) de pressão. O ar 
entra nos pulmões quando a pressão dentro dos 
pulmões é menor do que a pressão do ar na atmosfera. 
O ar sai dos pulmões quando a pressão no interior dos 
pulmões é maior do que a pressão na atmosfera. 
Durante a inspiração vigorosa e profunda, os músculos 
acessórios da inspiração também atuam para aumentar 
o tamanho da cavidade torácica. Os músculos são assim 
denominados, visto que eles têm pouca ou nenhuma 
contribuição durante a inspiração tranquila normal; 
entretanto, durante o exercício ou a inspiração forçada, 
esses músculos podem sofrer contração vigorosa. Os 
músculos acessórios da inspiração incluem os músculos 
esternocleidomastóideos, que elevam o esterno, os 
músculos escalenos, que elevam as primeiras duas 
costelas; e os músculos peitorais menores, que elevam a 
terceira até a quinta costelas. 
 
 
 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
Função do centro respiratório 
Como já aprendemos, o tamanho do tórax é alterado 
pela ação dos músculos respiratórios, que sofrem 
contração e relaxamento em consequência de 
impulsos nervosos transmitidos dos centros no 
encéfalo para eles. A área a partir da qual os impulsos 
nervosos são enviados para os músculos respiratórios 
consiste em aglomerados de neurônios de localização 
bilateral no bulbo e na ponte do tronco encefálico. 
Esse grupo de neurônios, denominado centro 
respiratório, pode ser dividido em duas áreas 
principais, com base na sua localização e função: 
(1) a área de ritmicidade bulbar ou centro respiratório 
bulbar no bulbo e 
(2) o grupo respiratório pontino ou centro 
pneumotáxico na ponte 
 
 
 
 
Desenvolvimento dos tubos bronquiais e dos pulmões 
 
Exercício e sistema respiratório 
1.A frequência e a profundidade da 
respiração mudam em resposta à 
intensidade e à duração do exercício. 
2.Durante o exercício, ocorre aumento 
do fluxo sanguíneo pulmonar e da 
capacidade de difusão do O2. 
3.O aumento abrupto da ventilação 
pulmonar no início do exercício resulta 
de alterações neurais que enviam 
impulsos excitatórios para o GRD no 
bulbo. O aumento mais gradual na 
ventilação pulmonar durante o exercício 
moderado deve-se a alterações 
químicas e físicas na corrente sanguínea. 
Sarah Silva Cordeiro | 2º período 2021.1 | MEDICINA – FITS 
Desenvolvimento do sistema respiratório 
1.O sistema respiratório começa como uma evaginação 
do endoderma, denominada divertículo respiratório. 
2.O músculo liso, a cartilagem e o tecido conjuntivo dos 
tubos bronquiais e sacos pleurais desenvolvem-se a 
partir do mesoderma. 
Envelhecimento e sistema respiratório 
1.O envelhecimento resulta em diminuição da 
capacidade vital, redução do nível sanguíneo de O2 e 
diminuição da atividade dos macrófagos alveolares. 
2.Os indivíduos idosos são mais suscetíveis à pneumonia, 
ao enfisema, à bronquite e a outros distúrbios 
pulmonares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referencias 
Princípios de anatomia humana – TORTORA 
Atlas de anatomia - NETTER

Continue navegando