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ANTIBIÓTICOS E QUIMIOTERÁPICOS

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ANTIBIÓTICOS E QUIMIOTERÁPICOS – 09 
Características inerentes aos quimioterápicos e 
antibióticos 
➢ TOXICIDADE SELETIVA: destrói ou 
inibe o microrganismo com baixa 
toxicidade para as células hospedeiras e alta 
toxicidade para o germe. Isso o diferencia 
dos desinfetantes, antissépticos ou 
germicidas; 
➢ Atingir concentrações efetivas nos tecidos e 
células hospedeiras; 
➢ Não alterar os microrganismos de defesa do 
hospedeiro como fagocitose e anticorpos. 
 
Mecanismos de ação dos antibióticos 
1. INIBIÇÃO DA SÍNTESE DA PAREDE 
CELULAR 
Exemplos: Penicilina e Cefalosporinas 
Dois fatores estão envolvidos: 
1- A síntese da parede celular é catalisada por 
enzimas específicas (ex. transpeptidases, 
carboxipeptidases e endopeptidases). Estas 
são chamadas de PBPs; as penicilinas 
através dos seus anéis beta lactâmicos se 
ligam às PBPs impedindo a síntese da 
parede celular da bactéria. 
2- Outro fator é aquele em que enzimas 
autolíticas são ativadas, degradando a 
parede celular pré-formada. 
As Penicilinas e Cefalosporinas são denominadas 
drogas beta-lactâmicas devido a importante 
presença do anel lactâmico. 
A Benzilpenicilina (penicilina G) é um dos 
antibióticos mais efetivos e amplamente utilizados, 
entretanto apresentam as desvantagens: 
→ Eficácia limitada contra bastonetes gram-
negativos; 
→ Hidrólise pelos ácidos gástricos, de forma a 
não ser administrada por via oral; 
→ Inativação por enzimas chamadas beta 
lactamases; 
→ Hipersensibilidade (anafilaxia, erupções 
cutâneas, anemia hemolítica e nefrite) em 1 
a 10% dos pacientes. 
Modificações menores da cadeia lateral nessa 
região, como a adição de um oxigênio (para 
produzir a penicilina V) ou de um grupo amino 
(para produzir a ampicilina) impede a hidrólise 
e permite que a droga seja administrada por via 
oral. 
➢ Cefalosporinas 
 1ª geração – CEFALOTINA, CEFALEXINA, 
CEFAZOLINA, CEFALORIDINA. 
2ª geração – CEFAMICINAS: CEFOXITINA, 
CEFACLOR, CEFOTETAN, CEFUROXIMA. 
3ª geração – CEFRAZIDIMA, CEFOTAXIMA, 
CEFTRIAXONA, CEFPODOXIMA. 
4ª geração – CEFEPIMA, CEFPIROMA. 
5ª geração – CEFTALORINA (para MRSA e gram 
neg). 
• Novas cefalosporinas foram sintetizadas 
vizando à expansão de sua atividade contra 
bastonetes gram-negativos. Foram 
categorizadas em cefalosporinas de 1, 2, 3 e 
4° gerações com cada geração tendo uma 
cobertura contra certos bacilos gram-
negativos. 
• Os Carbapenêmicos (imipenem e 
meropenem), os antibióticos mais 
recentemente lançados no comércio, agem 
também na parede celular. 
 
➢ Carbapenêmicos 
• Exercem seu efeito terapêutico através da 
ligação às PBPs, inibindo a formação do 
peptidioglicano e, consequentemente, 
impedindo a formação da parede celular 
bacteriana, que é a marca dos antibióticos 
beta-lactâmicos. 
• Possuem um amplo espectro de ação que 
inclui cocos gram-positivos, bacilos gram-
negativos fermentadores e não-
fermentadores, anaeróbios gram-positivos e 
gram-negativos, incluindo o Bacteroides 
fragilis. 
• Só devem ser administrados como ultima 
opção terapêutica. Se a bactéria tiver 
apresentando resistência aos demais 
antibióticos. 
• Apresentam um anel beta lactâmico 
fundido e um sistema de anel de cinco 
membros. 
• Possuem cadeia pentaciclica não saturada 
ligada a um átomo que caracteriza o anel 
carbapenema, ligada ao anel betalactâmico. 
• Outra característica que os diferencia é a 
presença de uma cadeia hidroxietila em sua 
estrutura ao invés da cadeia acilamina 
presente nas penicilinas que os tornam mais 
resistentes às enzimas betalactamases. 
• Os principais representantes desta classe 
são: IMIPENEM, MEROPENEM, 
ERTAPENEM. 
• Apesar de serem as drogas com maior 
espectro antimicrobiano conhecido, a 
produção de enzimas carbapenemases por 
bactérias que culminam com a resistência 
aos carbapenêmicos se constitui hoje como 
um grave problema de saúde pública, 
especialmente por acometer pacientes 
gravemente enfermos, geralmente 
hospitalizados ou recebendo alguma 
modalidade de assistência à saúde. 
 
➢ Mecanismo de resistência 
• Falha do antibiótico para penetrar através 
da membrana externa (mutação das 
porinas); 
• Falha para se ligar ao sítio alvo (PBPs) 
(mutação); 
• Hidrolise do antibiótico por enzimas 
produzidas pelas bactérias denominadas 
beta lactamases. 
 
2. ALTERAÇÃO DE MEMBRANAS 
CELULARES 
• Ex. Polimixina B (atua sobre bactérias 
gram-negativas, especialmente 
Pseudomonas); 
• Apresenta grupamentos amino livres, 
carreados positivamente, atuando como 
um detergente catiônico, causando 
distúrbios na estrutura de fosfolipideos 
da membrana celular bacteriana; 
• Outros exemplos: Anfotericina B, 
cetaconazol, nistatina, etc (atuam 
sobre fungos); 
• Tais drogas combinadas com esteroides 
na membrana plasmática dos fungos, 
causam a disrupção da membrana; 
• Como as membranas plasmáticas das 
bactérias geralmente não apresentam 
esteroides, estes antibióticos não agem 
nas bactérias. 
 
3. INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE 
METABÓLITOS ESSENCIAIS 
• As sulfas são estruturalmente 
semelhantes ao PABA (ácido para 
amino benzóico); 
• PABA+ÁCIDO GLUTÂMICO+ 
PITERIDINA= ÁCIDO FÓLICO 
• Para o metabolismo bacteriano, o ácido 
fólico é muito importante; 
• Ácido fólico doa unidades 
monocarbônicas para a síntese de 
aminoácidos e bases púricas e 
pirimídicas dos ácidos nucleicos; 
• A sulfa por ser semelhante ao PABA, se 
liga ao ác. glutâmico e piteridina, 
impedindo a formação de ácido fólico 
para as bactérias; 
• Toxicidade seletiva: as células 
eucarióticas possuem ribossomo 80S 
(subunidades 60S e 40 S) e as células 
procarióticas têm ribossomo 70S 
(subunidades 50S e 30S). 
 
Antibióticos que atuam na subunidade 30S 
➢ Aminoglicosídeos 
• Gentamicina 
• Amicacina 
• Tobramicina 
• Netilmicina 
• Estreptomicina 
 
• Os aminoglicosídeos consistem de amino 
açúcares unidos por uma ligação 
glicosídica; 
• Mecanismo de ação: alteram a forma da 
porção 30S no ribossomo 70S procariótico. 
Esta interferência faz com que a mensagem 
do mRNA seja lida incoerentemente, 
levando à inserção de um aminoácido 
errado na proteína. 
 
➢ Uso clinico dos aminoglicosídeos: 
• São drogas bactericidas uteis contra muitos 
bastonetes gram-negativos; 
• Alguns são utilizados contra outros 
microrganismos: ESTREPTOMICINA é 
utilizada na terapia da tuberculose 
associada a outras drogas; sozinha é 
ototóxica e nefrotóxica; 
• A gentamicina também é utilizada em 
combinação com a penicilina G contra 
enterococos. 
 
➢ Desvantagens 
• Efeito toxico para o fígado e para as porções 
vestibulares e auditivas do oitavo par de 
nervos cranianos; 
• Para evitar a toxicidade os níveis da droga 
no soro, o nitrogênio da ureia do sangue e a 
creatinina devem ser monitorados; 
• São pouco absorvidos no trato 
gastrintestinal, e, por isso, não podem ser 
administrados por via oral; 
• Tem baixa penetração no líquor e devem ser 
administrados via intradural no tratamento 
da meningite; 
• São ineficazes contra anaeróbios, pois seu 
transporte para o interior da célula 
bacteriana contém oxigênio. 
 
➢ Tetraciclinas 
➢ Estrutura química 
A estrutura de quatro anéis é apresentada, com seus 
sítios 3R. A clotetraciclina, por exemplo, apresenta 
R=C1, R1=CH3, R2=H. 
➢ Mecanismo de ação 
Liga-se à subunidade ribossomal 30S e bloqueia a 
entrada do tRNA no sítio aceptor. 
➢ Uso clínico 
Droga bacteriostática contra uma variedade de 
bactérias gram-positivas e negativas, micoplasmas, 
clamídeas e riquétsias. 
 
 
➢ Desvantagens 
• Apresentam baixa toxicidade, mas estão 
associadas a dois importantes efeitos 
colaterais; 
• Supressão da flora normal do trato 
gastrintestinal, que pode levar à diarreia e a 
um crescimento exagerado das bactérias e 
dos fungos resistentes as drogas; 
• Imprime uma coloração marrom aos dentesde fetos e de crianças (com menos de 8 
anos) devido a composição da droga 
durante o desenvolvimento dentário, já que 
são ávidas por cálcio. 
 
Antibioticos que atuam na subunidade 50S 
➢ Clorafenicol 
➢ Mecanismo de ação 
Liga-se a subunidade ribossomal 50s e bloqueia 
a ação da peptidiltransferase, impedindo a 
síntese de novas ligações peptídicas. 
➢ Uso clínico 
• É ativo contra um amplo espectro de 
organismos, incluindo bactérias gram-
positivas e gram-negativas e anaeróbios; 
• É bacteriostático contra determinados 
organismos como Salmonella typhi, mas 
tem atividade bactericida contra 3 
importantes organismos encapsulados que 
causam meningites: Haemophilus 
influenzae, Streptococcus pneumoniae e 
Neisseria meningitidis. 
 
➢ Desvantagens 
• Supressão da atividade da medula óssea; 
• Tal supressão afeta a formação das células 
sanguíneas (anemia aplastica); 
• Ação é rara: 1:30.000 usuários. 
 
➢ Macrolídeos 
• O macrolideo mais conhecido é a 
Eritromicina, droga alternativa à 
penicilina; 
• Azitromicina e claritromicina são 
resultantes da modificação na estrutura da 
eritromicina e apresentam melhores 
propriedades farmacológicas e bactericidas. 
 
 
➢ Estrutura química 
Todos os macrolídeos possuem o anel lactona 
macrociclico. 
➢ Mecanismo de ação 
Liga-se a subunidade 50S e bloqueia a etapa de 
translocação, impedindo a liberação do tRNA do 
sitio doador após a formação de ligação peptídica. 
➢ Uso clínico 
• É uma alternativa eficaz contra uma 
variedade de infecções causadas por cocos 
gram-positivos em pacientes alérgicos a 
penicilina e, por ser administrado oralmente 
pode ser substituto da penicilina G em 
crianças; 
• Droga de escolha para o tratamento de 
pneumonia causada por legionella 
(bastonete gram-negativo) e por 
Mycoplasma (uma bactéria sem parede). 
 
4. QUINOLONAS E 
FLUORQUINOLONAS 
• Inibe a síntese da DNA girasse, enzima 
responsável pela replicação do DNA. 
 
➢ Uso clínico 
• Para trato urinário: ác. nalidixo – usado só 
para gram-negativos. 
• A partir dessa droga foi desenvolvido, na 
década de 80, um grupo grande de novos 
antibióticos, as fluorquinolonas: 
norfloxaxino, ofloxacina e ciprofloxacina. 
• Estas apresentam um amplo espectro de 
atividade contra infecções no trato 
respiratório inferior, do trato intestinal, do 
trato urinário e de tecidos ósseos e moles. 
• Não devem ser administradas em mulheres 
gravidas e crianças pequenas, pois podem 
ter o crescimento ósseo e de cartilagens 
prejudicado. 
 
 
 
 
Antibióticos que inibem a síntese de ácidos 
nucleicos 
➢ Rifampicina 
➢ Mecanismo de ação 
• Bloqueia a síntese de mRNA polimerase 
bacteriana; 
 
➢ Uso clínico 
➢ Contra as micobacterias, no tratamento da 
tuberculose e lepra; 
➢ Profilaxia de pessoas em contato com 
pacientes com meningite.

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