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FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas Casa Metropolitana do Direito APS – CIÊNCIA POLÍTICA E FUND. DO DIREITO ELEITORAL Análise de Jurisprudência – Fundamentos de Direitos Eleitorais Objetivo: Esta APS tem por objetivo analisar o Processo N° 1806-81.2011.6.00.0000 - CLASSE 26 - CURITIBA - PARANÁ, tendo como relatora a Ministra Nancy Andrighi e Interessada Corregedoria Regional Eleitoral do Paraná, a fim de averiguar através do veredito tomado a aplicação dos Direitos Constitucionais pertinentes aos fundamentos do Direito Eleitoral. Apreciação do Caso – Acordão – Processo Administrativo N° 1806-81.2011.6.00.0000 – Classe 26 – Curitiba – Paraná. Esta resolução aborda uma consulta ao Tribunal Eleitoral realizada pela Corregedoria Regional Eleitoral do Paraná, na qual solicita a análise de possível alistamento eleitoral aos índios considerados “isolados” e aos considerados em “vias de integração”. A Corregedoria Regional Eleitoral do Paraná apresenta seus argumentos “(...) 1. A atual ordem constitucional, ao ampliar o direito à participação política dos cidadãos, restringindo o alistamento somente aos estrangeiros e aos conscritos, enquanto no serviço militar obrigatório, e o exercício do voto àqueles que tenham suspensos seus direitos políticos, assegurou-os, em caráter facultativo, a todos os indígenas, independentemente da categorização estabelecida na legislação especial infranconstitucional anterior, observadas as exigências de natureza constitucional e eleitoral pertinentes à matéria, como a nacionalidade brasileira e a idade mínima. 2. Os índios que venham a se alfabetizar, devem se inscrever como eleitores, não estando sujeitos ao pagamento de multa pelo alistamento extemporâneo, de acordo com a orientação prevista no art. 16, parágrafo único, da Res.-TSE 21.538, de 2003. 3. Para o ato de alistamento, faculta-se aos indígenas que não disponham do documento de registro civil de nascimento a apresentação do congênere administrativo expedido pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI). ". A Senhora Relatora Ministra Nancy Andrighi entendeu não ser conveniente tais argumentações diferem com alguns artigos da Constituição Federal e pleiteou alguns questionamentos embasados nos argumentos apresentados. Em seu parecer (fls. 19-23), a Procuradoria-Geral Eleitoral revelar-se "pelo conhecimento da consulta, com adoção do entendimento exarado pela Assessoria da Corregedoria Geral da Justiça Eleitoral, bem como o emitido no Parecer Técnico n° 026/2010, da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão (Índios e Minorias), como resposta aos questionamentos Corregedoria Regional Eleitoral do Paraná". A Ministra indagou suas argumentações baseando-se na Constituição de 1988, em seu art. 14, § 1º e 2º, tornou obrigatório o alistamento e o voto a todos os brasileiros maiores de dezoito anos, facultando-os somente aos analfabetos, aos maiores de setenta anos e aos que tenham idade entre dezesseis e dezoito anos. Mencionando ainda que o Tribunal já havia deliberado sobre o tema e no qual ficou assentado a obrigação militares dos índios, de modo que são tutelares e plenos em suas capacidades civis e ajuntou a linha de raciocínio do eminente Ministro Décio Miranda na Consulta 3.165/DF, que "os índios são alistáveis nas condições exigidas pelos arts. 131 e 132 da Constituição Federal" (Res.-TSE 7.919166). Para o alistamento eleitoral, é necessário a apresentação de documentos comprobatórios de sua identidade e isto não se faz diferente aos índios. Os mesmos precisam registar seu nascimento de duas maneiras válidas: Cartórios de Registro Civil, nos termos do art. 12 da Lei nº 6.001, de 1973, ou no livro próprio do órgão federal responsável por lhes prestar assistência, no caso, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), conforme dispõe o § 20 do art. 50 da Lei n° 6.015, de 1973. Sendo assim, faculta-se aos índios apontados pelo respectivo estatuto como "isolados" e "em via de integração" o alistamento como eleitores com a exibição de qualquer um dos documentos mencionados. Portanto, mediante aos fatos e argumentos apresentados, concluo que todos os preceitos e fundamentações do direito eleitoral se fez presente e prevaleceu firmes a tal decisão, de modo que assegurou os direitos daqueles envolvidos. Referências: Site Oficial do TSE - http://www.tse.jus.br/jurisprudencia/jurisprudencia-por-assunto Constituição Federal da República Federativa do Brasil - https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_26.06.2019/art_14_.asp
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