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estudo de caso de direito penal

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ESTUDO DE CASO DE DIREITO PENAL 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem como base o estudo de caso da matéria de 
teoria do direito penal na qual aborda um caso que apresenta como 
personagem João Bidu, um defensor público iniciante, que devido a ser 
conhecedor da área de ciências criminais, recebe algumas situações cotidianas 
para que possa proporcionar possíveis soluções. Também é convidado a falar 
em uma palestra sobre algumas situações especificas em relação a lei 
anticrime de Sergio Moro. 
A primeira ocorrência apresentada a João, é uma circunstância na qual 
Marcelo é acusado pela prática do crime de furto simples, por ter encontrado 
na poltrona do ônibus um relógio, cujo dono no mesmo dia, vai à procura do 
seu pertence na presença de uma autoridade, que encontra o relógio dentro da 
mochila de Marcelo. Já o segundo caso, traz uma situação de esfaqueamento 
por Herculino contra Herculina, que resulta apenas de lesões corporais leves, 
mas por descuido de Herculina que não segue as prescrições médicas faz com 
que seu ferimento infecione e faleça, porem Herculino é acusado por crime de 
homicídio. Seguindo a diante, vamos ao terceiro caso, onde Caio atira em Ticio 
com a intenção de matar que não atinge nenhum órgão vital, mas Ticio vem a 
falecer em decorrência a um acidente em que a ambulância é atropelada por 
um caminhão que ultrapassa o sinal vermelho, perante o falecimento de Ticio 
o Ministério Público denuncia Caio pelo homicídio consumado. No Quarto caso, 
Marcela tenta contra a vida de Carla com uso de arma de fogo, Carla levada 
ao hospital morre por um erro médico durante a sua cirurgia, Marcela assim é 
denunciada pelo Ministério Público por homicídio consumado. Outra situação 
de tentativa de homicídio é trazida para João, onde Pedro acerta com um 
disparo de arma de fogo na região torácica de Jose, levando-o a morte, mas, 
morre em razão dos venenos que havia ingerido, com a intenção de suicídio, 
mas ainda assim Pedro foi denunciado por homicídio consumado. Ainda na 
mesma semana, João Bidu e o Delegado de Polícia Civil Joao Souza vão até 
a faculdade Ages de senhor do Bonfim palestrar sobre o pacote ante crime de 
Sergio Moro, para que ele faça uma análise partindo de algumas notícias. 
Ao examinar os casos com mais cautela, verifica-se que o caso de 
Marcelo estabelece que seja analisado a tipicidade, para que assim seja 
analisado a possível anulação da acusação de furto simples diante a teoria da 
tipicidade material, sob o princípio da insignificância. Já os demais casos, os 
autores são denunciados diante a consequência final, porém os resultados são 
modificados ao longo do decurso por situações externas a vontade do autor, 
situações essas denominados de concausas, cada caso, dessa forma. Deve-
se analisar o nexo causal entre a conduta do autor e o devido resultado para 
que analise a tipicidade. Por fim, analisa-se que diante as situações 
apresentadas para a possível análise diante a lei do antecrime, deve ser 
analisado diante a excludente de ilicitude da legitima defesa e ao mesmo o 
excessivo punível 
2. DESENVOLVIMENTO 
a) Resumo dos problemas 
O primeiro caso traz uma situação na qual o sujeito foi denunciado por 
furto simples, por ter ele encontrado um relógio perdido no ônibus o qual 
adentrou, situação atípica diante ao conceito de tipicidade material e do 
princípio da insignificância. Já no segundo ao quinto caso os autores são 
acusados por crimes consumados, porém diante a situações externas devem 
ser analisados diante ao nexo causal para que sejam tipicamente culpados 
diante a sua conduta. Para finalizar João Bidu é responsável de argumentar em 
uma palestra diante a algumas notícias apresentadas sobre a excludente de 
ilicitude em vista ao projeto antecrime de Sergio Moro. 
b) Fundamentação Teórica e Discussão 
Em vista as seis situações problemas apresentadas ao defensor público 
João Bidu, podemos correlacionar essas problemáticas a partir de uma análise 
da teoria do delito dentro do conceito analítico de crime, presunção essa que 
segundo a autora Mendonça e Dupret (2018), define como conceito analítico a 
compreensão da estrutura do delito, que diante a visão tripartite o v crime é 
composto pelo fato típico, ilícito e antijurídico. 
O primeiro caso, diante ao art. 155 do CP brasileiro, não se configura 
como crime de furto simples, pois não houve subtração de coisa alheia e nem 
pode ser julgado diante o art. 169, o § 2 do CP brasileiro, do qual trata sobre 
apropriação de coisa achada, pois apenas responderá por apropriação aquele 
que achar coisa alheia perdida e dela se apropriar e não a entregar no prazo 
de 15 dias, prazo esse não esgotado pelo autor. 
Segundo Souza e Lorenzzi (2017) para que haja tipicidade material, 
deve-se averiguar se o fato atual lesionou ou colocou em perigo de lesão o bem 
jurídico protegido pelo tipo penal, assim também o princípio da insignificância 
dentro do âmbito da tipicidade material conceitua segundo Florenzano (2018) 
que tal princípio atua com o objetivo de evitar que se encha o 
processo jurídico evitando que se processem condutas socialmente 
irrelevantes, focando assim no fatos de alto conteúdo criminal, reduzindo os 
níveis de impunidade. Dessa forma, haja vista a atipicidade do fato e diante ao 
princípio da insignificância da tipicidade material, deve-se impor a absolvição 
do réu, não lhe restando consequência penal alguma. 
Por conseguinte, podemos analisar o caso de número 2 ao 5, diante ao 
nexo causal a existência do fator externo, que segundo Grecco (2017), entre a 
conduta e o resultado o nexo causal estabelece a relação de causa e efeito, a 
fim de que se possa atribuí-lo ao agente da conduta. Esse fator externo. 
denominado de concausas, definido segundo Cayres e Servo (2015) como a 
multiplicidade de situações que competem para um mesmo evento ou 
resultado, mas que, nem sempre são diretamente vinculadas ou, em outras 
palavras, nem sempre são dependentes da conduta inicial. 
Ainda sobre os casos citados, podemos diante ao conceito de Santana 
(2017) entender que para o agente assumir a responsabilidade civil, diante a 
uma situação na qual pratique algum ato ilícito e dessa venha causar dando a 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619836/artigo-155-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10617514/artigo-169-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
vítima, se faz necessário uma ligação de causa entre a conduta e o resultado, 
para que possa atrelar a consequência prejudicial ao comportamento ilícito, da 
mesma forma segundo o art. 13 do CP brasileiro o qual retrata que o resultado 
de um crime só é imputável a quem lhe deu causa, sendo a causa objeto 
fundamental sem a qual o resultado não teria ocorrido. Diante a base teórica, 
podemos então notar que o caso dois e três, deve-se aplicar a lei em que punirá 
Herculino e Caio apenas pela ação tipificada antes da causa exterior, situação 
essa denominada de concausa relativamente independente superveniente, 
logo, Herculino não será responsabilizado pelo resultado morte, pois foi 
originado pelo descuido de Herculina, sendo ele acusado por Lesões corporais. 
No terceiro caso Caio responderá por tentativa de Homicídio, já que Ticio é 
morto devido a um acidente ao ser conduzido ao hospital. No quarto caso se 
pode-se perante a teoria da equivalência dos antecedentes, constata-se que 
sem o disparo de Marcela, Carla não estaria necessitando da cirurgia, logo 
Marcela responde por homicídio consumado, já no último caso apresentado a 
Joao Bidu, temos uma situação de concausa absolutamente independente, já 
que o fator externo ocorreu antes do disparo de Pedro, por isso a concausa é 
preexistente,José tinha ingerido veneno com intenção suicida, fato esse que o 
levou-o a morte, cortando o nexo causal da conduta de Pedro, ele responderá 
apenas por tentativa de homicídio 
Por final, Joao Bidu e o delegado irão palestrar sobre o anteprojeto do 
pacote antecrime, tomando como base notícias em que civis são alvejados por 
policiais que agem por mero engano. Situações essas que atualmente tais 
agentes seriam punidos diante ao excesso punível 
no que tange a excludente de ilicitude do art 25 do CP. Diante ao código 
penal atual o policial deve esperar uma ameaça real ou o começo de um crime 
para então reagir. O atual projeto de lei contra a corrupção e anticrime propõe 
possíveis alterações em 14 leis no código penal e código militar, Dentre as 
mudanças propostas, encontra-se a alteração na punibilidade do excesso da 
legítima defesa, que prevê diminuição de pena ou até mesmo a absolvição para 
policiais acusados de cometer excessos numa determinada ação as quais 
diante a situações de “escusável medo, surpresa ou violenta emoção” (artigo 
23, § 2º do Projeto Anticrime). Excessos esses que Tavares (2018) define que 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638340/artigo-13-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10637196/artigo-25-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
o excesso ocorre quando o agente reage a uma agressão já passada ou 
emprega meios desproporcionais ou o faz imoderadamente. 
 
3. CONCLUSÃO 
Diante aos casos aqui apresentados, como já visto, é possível analisar 
junto com a teoria do delito no pensamento analítico, cada situação numa forma 
aprofundada. Sendo assim, conclui-se que diante ao caso de Marcelo pode-se 
tomar sua conduta como atípica diante a acusação do Ministério Público, pois 
Marcelo encontrou tal objeto e não o subtraiu, pois considera-se furto diante ao 
art. 155 do CP, como a subtração de coisa móvel, e ao mesmo tempo, não 
houve apropriação de coisa achada por ter Wanderson encontrado seu relógio 
logo após 15 min da perda, não tendo assim Marcelo usado do prazo de 15 
dias para a possível entrega, que, diante ao princípio da insignificância 
extingue-se o ato como crime. 
Já nos demais casos, é possível notar interferências externas a conduta 
do autor, situações que vem a modificar o percurso do inter crimes, essas 
situações são denominadas de concausas e são analisadas em diferentes 
categorias. Diante ao segundo caso, o de Herculino e ao terceiro caso, de Caio, 
o qual foram acusados por homicídio, nota-se que houve um concausa entre 
suas condutas e o devido resultado, situações externas que por si só modificou 
o resultado, respondendo Herculino e Caio apenas pelo ato tentado. Da mesma 
forma no caso de Carla, houve um fator externo, porem Marcela responde por 
homicídio consumado, já que sem sua conduta não haveria levado Carla a 
mesa de cirurgia. 
Por fim, temos uma situação preexistente, na qual José ingere veneno 
antes da conduta de Pedro, levando-o a morte devido a sua conduta anterior 
homicida, respondendo Pedro pelo ato tentado de homicídio. Por fim, diante a 
palestra de João Bidu, conseguimos correlacionar o projeto antecrime do juiz 
moro com a excludente de ilicitude, assim diante as notícias apresentadas, 
nota-se que esses excessos e erros cometidos por profissionais da área de 
segurança precisam ser justificado, pensando em alternativas como criar 
políticas de diminuição de violência. 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10619836/artigo-155-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
4. REFERÊNCIAS 
CAYRES, Cesar Augusto Gomes; SERVO, Marina Calanca. 
CONCAUSAS. Disponível em: 
<http://www.unilago.edu.br/publicacao/edicaoatual/sumario/2016/6.pdf>. 
Acesso em: 20 nov. 2019. 
FLORENZANO. Fernando Wesley Gotelip. O PRINCÍPIO DA 
INSIGNIFICANCIA NO DIREITO PENAL BRASILEIRO. Direito em Movimento, 
Rio de Janeiro, v. 16 - n. 1, p. 110-142, 1º sem. 2018 
GRECCO, R. Código penal comentado. 11ª ed. Niterói, RJ: Impetus, 
2017. 
MENDONÇA, Ana Cristina. DUPRET, Cristiane. PENAL NA PRÁTICA. 
ed. Juspodivim (2018), 
SANTANA, Felipe de Carvalho. NEXO DE CAUSALIDADE: SUAS 
IMPLICAÇÕES NA RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL E A 
TEORIA ACOLHIDA PELO DIREITO BRASILEIRO. 2014. 
SOUZA, Paulo Vinícius Sporleder de; DE-LORENZI, Felipe da Costa. 
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E PUNIBILIDADE. Revista Jurídica 
Cesumar - Mestrado, 2017 
TAVARES, Juarez. FUNDAMENTOS DA TEORIA DO DELITO. 
Florianópolis: Tirant lo Blanch, 2018. 
 
 
Nota de sugestão 
ESTUDO DE CASO DE DIREITO PENAL 
O presente trabalho tem como base o estudo de caso da matéria de 
teoria do direito penal na qual aborda um caso que apresenta como 
personagem João Bidu, um defensor público iniciante, que devido a ser 
conhecedor da área de ciências criminais, recebe algumas situações cotidianas 
para que possa proporcionar possíveis soluções 
http://www.unilago.edu.br/publicacao/edicaoatual/sumario/2016/6.pdf%3E
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984002/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
 
 Helder Rios, estudante de direito, gestor 
financeiro, empresário da Rios Excursões, concursado municipal e concurseiro 
nato, cursando pós em Direito do consumidor, Direito Previdenciario e direito 
publico. 
helderrios.ba@gmail.com

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