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TCC POLITICAS PUBLICAS EM TEMPOS DE PANDEMIA

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4
__________________________________________________________________________________
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
NOME: ELIANA LUCAS RA: 23650085
PRÉ PROJETO DE TCC
___________________________________________________________________
Franco da Rocha-SP
2021
NOME: ELIANA LUCAS RA: 23650085
PRÉ PROJETO DE TCC
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social – Universidade Anhanguera, para a disciplina Trabalha de Conclusão de Curso I.
Professor da disciplina Juliana Isabele Gomes Probst 
: 
Franco da Rocha/SP
2021
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA	6
3.	OBJETIVOS	7
3.1	Objetivo Geral	7
3.2	Objetivos Específicos	7
4.	JUSTIFICATIVA	8
5.	METODOLOGIA	9
6.	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	10
7.	CRONOGRAMA DA PESQUISA	15
8.	ORÇAMENTO	16
9.	RESULTADOS ESPERADOS	17
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA	19
INTRODUÇÃO
Esse tema foi escolhido a partir da minha experiência profissional como atendente no CRAS da cidade de Franco da Rocha, está vivencia começou justamente no período da pandemia, o que me possibilitou presenciar alguns atendimentos prestados no meu local de trabalho, porém devo enfatizar que o texto apresentado se trata de pesquisas bibliográficas e da minha vivencia acadêmica. O presente trabalho terá como temática o “Serviço Social e as politicas publicas em tempos de pandemia”. É sabido que o mundo já passou por diversas pandemias ao longo da história, e no ano de 2020 a pandemia do COVID-19 atingiu o país e trouxe diversas consequências sociais e econômicas. O Brasil teve suas questões sociais ainda mais agravadas, e diante disso o impacto maior foi sentido na população mais pobre, que anteriormente já viviam em situações de vulnerabilidade, a pandemia agravou o desemprego, perda de renda dos trabalhadores informais, acesso a saúde e as politicas publicas.
E diante disso é preciso questionar e abordar a importância que o serviço social possui nesse contexto, tendo em vista que o SUAS (Sistema Único de Assistência Social) diante da pandemia está passando por uma drástica mudança em sua dinâmica social, levando o sistema a ofertar atendimentos pontuais, baseados no imediatismo pautados na velha cultura do assistencialismo, assunto esse abordado por diversos autores renomados como Yolanda Guerra, José Paulo Netto entre outros.
Então a partir do exposto buscaremos abordar os desafios do assistente social para atuar em tempos de pandemias e lhe dar com o acirramento das desigualdades sociais o aumento da pauperização no Brasil, a falta de acesso aos direitos sociais como moradia, trabalho e o acesso a direitos sociais consagrados pela Constituição. O enfrentamento da pandemia trouxe a tona a importância do serviço social nesse contexto e sua autonomia e atuação profissional mesmo ligado a uma política pública, numa atuação fortemente direcionada para os benefícios eventuais e emergenciais do momento enfrentado, porém sem o planejamento necessário ao trabalho e superação da situação de vulnerabilidade social, sendo, portanto assunto de suma relevância para discussão sobre o processo de trabalho e o serviço social, principalmente em sua dimensão técnico-operativa. 
Com o objetivo geral, pretende-se discutir o trabalho do assistente social durante a pandemia e o reflexo na operacionalização da Política de Assistência Social – PNAS. 
 Os objetivos específicos serão divididos conforme os três capítulos objetivando discutir no primeiro momento como e em que medida, o momento histórico da pandemia elevou a desigualdade social brasileira, agravando a questão social. Em seguida, como a situação pandêmica afetou a política pública de Assistência Social; E por fim, como este momento trouxe à pauta a discussão da atuação do assistente social no SUAS e a questão contraditória entre assistência x assistencialismo. Como subsidio dessa análise foram utilizadas referencias de autores renomados. 
DELIMITAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
Este projeto tem como objetivo compreender a pratica do assistente sócia e os desafios encontrados em tempos pandêmicos, e analisar quais ações de prevenção e enfrentamento poderá ser implantado nessa área uma vez que o profissional desenvolve intervenção junto a este segmento, buscando a centralidade para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos?
OBJETIVOS
1.1 Objetivo Geral
Analisar a prática do assistente social no atendimento em tempos de pandemia, trazendo uma reflexão acerca da atuação do Assistente Social na área de assistência social, bem como perceber as limitações e possibilidades que o permeiam na política social no Brasil.
1.2 Objetivos Específicos
· Apresentar uma síntese do histórico da pandemia no Brasil. 
 Identificar as políticas públicas no Brasil. 
 Identificar as causas do agravamento das questões sociais em tempos de pandemia. 
 Conhecer as diversas questões sociais. 
 Identificar e propor caso haja necessidades, possibilidades do processo de trabalho do assistente social junto às politicas publicas.
.
JUSTIFICATIVA
 A pandemia do Coronavirus que atingiu o mundo no ano de 2020 trouxe consigo diversas consequências sociais e econômicas (LÓPEZ E, 2020). 
De acordo com os veículos da imprensa brasileira, o Brasil está entre os países mais afetados pelo novo Coronavirus, os números de infectados e mortos mantiveram uma crescente durante os meses, após o primeiro caso, chegando ao segundo lugar no ranking mundial em número de infectados e mortos (ESTADÃO, 2020). Isto se deu tanto devido ao método de controle adotado pelos governos federal e de alguns estados, tratando a economia como fator prioritário durante a pandemia, com pouca organização na disponibilização de auxílios à população e empresas, fazendo com que a população cada vez mais deixasse o isolamento e o distanciamento social para buscar sua subsistência; Quanto pela forma de tratamento da pandemia, ocultando o cenário de contaminação através da maneira de divulgação de dados, e da postura de governantes frente à gravidade do vírus, minimizando suas consequências e dando margem para o pensamento negacionista da situação. Um dos os auxílios disponibilizados pelo governo federal brasileiro num formato de renda mínima, chamado de auxílio emergencial no valor de R$600, 00 reais equivalente a pouco mais de ½ salário mínimo, não atingiu de imediato toda a população necessitada. 
As famílias monoparentais com mães responsáveis poderiam receber até duas cotas do auxílio, bem como famílias compostas por dois adultos que perderam suas rendas também poderiam receber duas cota s, uma para todos os CPF. Porém foram poucos os casos em que o benefício foi acessado de forma integral por todos os solicitantes (PORFÍRIO, 2020). 
A política pública de assistência social foi diretamente atingida por este impacto e com isso, sem acesso ao auxílio emergencial as famílias buscaram massivamente os equipamentos da assistência social para receber qualquer auxílio ou benefício, ou para tentar sanar seu problema em acessar o auxílio emergencial.
Segundo IAMAMOTO (2001, P.18) a profissão do assistente social “se configura e se recria no âmbito das relações que estabelecem limites e possibilidades ao exercício profissional. Inscrito na divisão social e técnica do trabalho e na s relações de propriedades que a sustenta”. Estes limites ficaram muito claros no período de pandemia. Uma revisão no auxílio, dois meses após o início da pandemia disponibilizou para cerca de mais 9 milhões de brasileiros, chegando a 65,3 milhões de atendidos. Os que tiveram acesso com mais facilidade ao beneficio eram os beneficiários do programa bolsa família, que foi suspenso automaticamente e migrou para o auxílio, beneficiando 14,28 milhões de famílias em todo o País (GOV. BR, 2020). O momento histórico desvelou ainda m ais a desigualdade social brasileira e a questão social fortementepresente no País. A ampla extensão territorial e o histórico de grande desigualdade social e diferenças culturais também contribuiu para o índice de um dos países mais afetados. A população mais vulnerável não teve inicialmente o mesmo acesso ao distanciamento ou isolamento social como as classes média e alta. A falta de acesso às políticas sociais de renda, moradia digna, saneamento, entre outros, são fatores que influenciaram diretamente na prevenção ao contágio com o vírus desses grupos, quando o fator subsistência se sobrepôs a proteção da saúde. 
METODOLOGIA
A metodologia do estudo será realizada a partir do levantamento bibliográfico, em livros, Manuais, Relatórios publicados, legislações em vigor, e através das experiências adquirida na vida acadêmica e no campo de estagio. Os resultados deste estudo contribuíram para fomentar novos conhecimentos sobre a prática do Serviço Social na saúde mental, essenciais à qualidade de vida dos usuários. O acesso às pesquisas iniciou-se em fevereiro de 2021 até o momento presente, utilizou-se na busca as seguintes expressões: “os vários tipos de transtorno mental e a atuação do serviço social”. 
 Segundo Minayo (2007) A abordagem de Metodologia em Serviço Social inclui a teoria da abordagem (o método) os instrumentos de operacionalização do conhecimento (as técnicas) e a criatividade do pesquisador (sua experiência, sua capacidade pessoal e sua sensibilidade)”.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A pandemia trouxe diversos agravamentos no país, isso impactou todos os âmbitos da sociedade, sendo assim também afetou diretamente a atuação do assistente social, trazendo um cenário de desgaste físico e emocional para os trabalhadores, entre o medo da contaminação e a necessidade imediata da população a ser atendida. Devido à assistência social se tratar de serviço essencial os serviços continuaram atuando num cenário de dúvidas e informações insuficientes para desenvolvimento das ações, gerando um temor geral de todos que trabalham nessa política. 
A Politica de assistência social está sendo vitima de um desmonte há alguns anos, a pandemia desvelou e aumentou a fragilidade dessas pessoas que já viviam em estado de vulnerabilidade, com a pandemia ficou nítido que o Estado não oferta o suporte necessário que a população necessita, prova disso é o Auxilio Emergencial concedido pelo governo, que diga se passagem não passa de uma politica imediatista, que visa sanar os déficits em curto prazo, politicas como essas de cunho tecnicistas não garantem os direitos de cidadania pregados pela Constituição da Republica (1988).
E na contra mão esta o serviço social que ao prestar atendimento ao usuário, se vê entre o “Os fundamentos da profissão e do código de ética” e os atendimentos assistenciais que desrespeitam o usuário como cidadão de direito que não recebem um atendimento que de fato sane suas necessidades básicas.
Ao longo dos anos, o Brasil vem passando por contrarreformas que diminuem a capacidade de oferta de serviços públicos, dentre estes, os da política pública de assistência social. Aliado ao desrespeito à vida, o desprovimento de ações de proteção por parte do governo federal, potencializou as fragilidades econômicas e sociais causadas pela pandemia. O auxílio emergencial de R$600 00 concedido pelo governo federal em cumprimento da lei n. 13.982, de 2 de abril de 2020. (BRASIL, 2020), embora previsto como auxílio financeiro para proteção social mediante situações de vulnerabilidade, não consegue por si só sanar as demandas provenientes da crise econômica intensificada pela pandemia no país. Dentro desse cenário de desprovimento mínimo de satisfação de necessidades dos grupos vulneráveis, uma das importantes políticas públicas que vem atuando na amenização de maiores danos, é a da assistência social. Esta que é política de proteção social e atua na perspectiva da cidadania, mediante a garantia de direitos. (BRASIL, 2004). Inscritos no âmbito dessa política pública, as (os) profissionais de serviço social em articulação com as equipes multiprofissionais atuantes no Sistema Único de Assistência Social - SUAS, têm buscado assegurar um mínimo de dignidade e qualidade de vida, por meio de um conjunto de ações que enfrentam a lógica excludente da atual sociedade de mercado.
Todos esses fatores têm contribuído sistematicamente com o aumento das demandas pelo atendimento no âmbito da proteção social básica no contexto da pandemia que enfrenta uma realidade de desgaste da política pública de assistência social a qual vem se desenhando ao longo dos anos, tudo isso se deve as contrarreformas instauradas no país pelo neoliberalismo, a fragilidade econômica da população pobre já era sabida, com o inicio da pandemia essas vulnerabilidades se acentuaram, os trabalhadores que já viviam em trabalhos informais, tiveram sua pouca renda ainda mais reduzidas.
Diante deste cenário de intensificação das vulnerabilidades e considerando o contexto de saída da pandemia, é preciso problematizar a necessidade da garantia de condições de vida digna, considerando o atendimento das necessidades humanas básicas através do provimento de bens e serviços que assegurem não somente o mínimo social, conforme provisão social da LOAS, mas pensando numa perspectiva de otimização das provisões sociais (PEREIRA, 2011). Durante e após a pandemia será necessário o fortalecimento da seguridade social, para ampliar o suporte de desempregados e subempregados no âmbito da assistência social e da previdência, além do aumento da capacidade de ação do SUS, na contramão das reformas mais recentes. Para que isso seja possível de se efetivar é necessária à revogação da contrarreforma da previdência social e da Emenda Constitucional 95/2016 (BOTÃO; NUNES, 2020). Ou seja, os danos causados pela Pandemia poderiam ter sido e ainda serem muito menores até o fim da pandemia, caso a Seguridade Social brasileira estivesse fortalecida, com maior aporte de recursos. Como demonstra Costa (2020), em países nos quais foram universalizados serviços de proteção social e promoção social, se evitou que a população fosse exposta a uma situação de vulnerabilidade tal como se verificou no Brasil. Através de um sistema baseado na solidariedade e na garantia de direitos humanos, garante-se uma qualidade de vida mínima a todas as pessoas pertencentes à sociedade. 
A pandemia demonstra o quanto é insustentável viver em uma sociabilidade em que a prioridade não é a produção de bens e serviços para a vida, mas sim um sistema de produção que preza pela simples produção e acumulação de poucos. Mesmo com toda a capacidade de produção capitalista, toda esta capacidade não é utilizada para salvar vidas e é circulada uma retórica na sociedade da falsa contraposição entre vida e economia. “Esse debate não deveria existir se os valores de solidariedade, defesa da vida, direitos humanos fossem o horizonte para as ações políticas do Estado e da sociedade civil” (COSTA, 2020, p.115). 
A pandemia expõe a fragilidade do sistema de proteção social brasileiro, provocados, em grande parte, pelas contrarreformas dos últimos anos (COSTA, 2020). Importante perceber que o estrago seria maior se não houvesse a luta pela garantia dos benefícios financeiros emergenciais. O acesso à renda é fundamental para o acesso a bens de primeira necessidade, como alimentação, remédios, pagamento de taxas de água e luz elétrica. Lopes e Rizzotti (2020) lembram que o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) obteve resultados positivos a partir de sua implementação, na defesa de direitos e na proteção social das pessoas em vulnerabilidade social, através de programas de transferência de renda e benefícios eventuais. 
Os desafios para a implementação da proteção social a estes grupos, passa pela própria criação da política social. Pois como Lopes e Rizzotti (2020) demonstram, as políticas sociais são constituídas e efetivas a partir da mobilização social, por este motivo é urgente que haja debate no campo político ao mesmo tempo em que aconteçaa pressão popular. Pois a proteção à vida não pode estar submetida à lógica do mercado, se queremos uma sociedade que garanta o Bem-Estar, devemos nos pautar pela solidariedade e pelos direitos humanos (COSTA, 2020). Em resumo, é necessário expandir as ações do SUAS articuladas com diversas políticas que visem garantir proteção aos novos grupos em situação de vulnerabilidade, ou grupos que Anais do V SERPINF e III SENPINF ISBN 978-65-5623-100-6 https://editora.pucrs.br/ tiveram sua vulnerabilidade mais exposta. Essas ações comportam: garantir proteção àqueles que não possuem trabalho formal, melhorar e garantir moradias adequadas todas as pessoas, combater à violência doméstica, além de buscar garantir direitos aos outros grupos que já estavam em situação de vulnerabilidade antes da pandemia. Para tanto, é necessário realizar o debate público, demonstrando à necessidade da expansão da proteção social aliada a mobilização popular. 
Diante deste cenário, é importante destacar a atuação dos/as Assistentes Sociais que estão na linha de frente da pandemia da COVID-19, no âmbito da proteção social básica. No cenário da pandemia têm se intensificado o tele trabalho como uma forma de dar continuidade a atenção soco assistencial, adequando-se às condições de isolamento social o que modifica de forma determinante os processos de trabalho dos (as) Assistentes Sociais, principalmente, na relação com os usuários. Em nota sobre o tele trabalho no Serviço Social no contexto da pandemia, o Conselho Federal de Serviço Social alerta que: O que garante a especificidade do trabalho profissional de assistentes sociais não é a ferramenta ou o instrumento que se utiliza no cotidiano. Mas a capacidade de produção de respostas profissionais qualificadas, que considerem, a partir de um conhecimento produzido, as determinações que incidem nas relações sociais e se apresentam na realidade vivida por diversos grupos nos diversos serviços em que há a presença do Serviço Social. (BRASIL, 2020). Reforçar que neste contexto de intensificação das demandas sociais, de precarização das políticas públicas e de grandes desafios para a proteção social no âmbito da política pública de Assistência Social, o Serviço Social tem um papel importante. Como profissão que possui um projeto ético político na direção da defesa intransigente dos direitos humanos, o Serviço Social se torna essencial para a luta em defesa da manutenção da assistência social, enquanto política pública, direito do cidadão e dever do Estado; fundamental ainda para dar a direção da luta em favor da assistência social em vista da efetivação dos direitos sociais e de um patamar mínimo de cidadania capaz de atender às necessidades humanas básicas.
 E, por meio da sua dimensão política, é profissão que luta contra os desmandos políticos que se traduzem no enfraquecimento da política pública de assistência social, num contexto que se observa as demandas de vulnerabilidade sendo alvo da tutela da politicagem, se distanciando, desse modo, de seu estatuto enquanto política pública inserida no conjunto das políticas de proteção social. O projeto coletivo da defesa das políticas públicas e da proteção social em contraponto aos Anais do V SERPINF e III SENPINF ISBN 978-65-5623-100-6 https://editora.pucrs.br/ desmandos do Estado Capitalista perpassa o projeto profissional dos assistentes sociais no Brasil. A defesa de uma nova ordem social, igualmente está contido no projeto ético-político da profissão, sendo um dos princípios éticos do Serviço Social brasileiro.
 Neste sentido, diante desse Estado que se mantém na lógica da produção e reprodução das relações sociais sob o jugo dos interesses do capital, em detrimento das necessidades humanas mais essenciais, dentre elas a de se manter com vida nessa sociedade, o Serviço Social, embora inserido na divisão social e técnica do trabalho, mesmo gozando de autonomia relativa, não pode se furtar de fortalecer demandas coletivas e pautas políticas que visem o enfrentamento da lógica perversa do capital. Neste contexto de pandemia, as mediações políticas da ordem do capital têm se elevado às dimensões extremas de negação do direito à vida, em face da garantia da manutenção da produtividade econômica. 
1. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
	ETAPAS
	MARÇO
	ABRIL
	MAIO
	JUNHO
	ELABORAÇÃO DO PROJETO
	X
	X
	X
	
	REVISÃO DE LITERATURA
	X
	X
	X
	
	ENTREGA
	
	
	
	X
ORÇAMENTO
Por se tratar apenas de um projeto de pesquisa não foi preciso incluir nenhuma verba para custear o projeto, tendo em vista que todas as fontes bibliográficas utilizadas para elaboração do mesmo foram retiradas de fontes disponíveis na internet. 
RESULTADOS ESPERADOS
A realização desse trabalho tem a intensão de identificar e analisar na produção cientifica as ações realizadas pelos profissionais do serviço social no que se refere à atuação dos mesmos na politica de assistência social, investigando assim como se da à abordagem dos profissionais dentro do CRAS, conhecendo assim os limites e possibilidades de atuação nesse instituto.
 Como este trabalho se trata apenas de um projeto de pesquisa, não é possível ainda apresentar resultados, mas sim apontar os resultados esperados, que poderão ser comprovados ou não no momento do desenvolvimento da pesquisa.
Segundo Braga (2011), o CRAS possui uma proposta estratégica, mas ainda serve para alguns desmandos que levam a outro sentido, o que acaba levando essa instituição a um espaço de tudo menos da concepção da Política de Assistência Social como é preconizado na Constituição Federal de 1988. De acordo com o autor Braga (2011) podemos exemplificar um dos grandes desafios do assistente social especificamente no CRAS, alguma pratica mesmo na atualidade, ainda estão condicionadas ao clientelismo, e os assistentes sociais não possuem autonomia para atuar tendo em vista que precisam primeiramente responder aos critérios do CRAS. Nesse contexto também foi possível perceber que muitos usuários principalmente nesse período de crise, não se dirigem ao estabelecimento em busca de seus direitos como cidadãos, muitos chegam à busca de uma cesta básica como se fosse uma doação, não possuem a perspectiva de direitos.
A entrega da cesta básica não pode parar nesse ato, pois ela não consegue dar conta de responder em longo prazo a uma necessidade, responde apenas a uma necessidade imediata, o que não é suficiente. Não depende só do assistente social a continuidade da ação, mas sim de um conjunto de políticas públicas eficazes que respondam a necessidade real do usuário. A ação do assistente social vai rebater na sua condição de trabalhador assalariado que não domina todo o processo de trabalho, depende de mediações da conjuntura política nacional, regional e local na organização das políticas públicas. Outro aspecto a ser analisado é a burocratização do trabalho dos assistentes sociais. Segundo Raichelis (2011), esse fator tem sido cada vez mais evidente, e afastado os assistentes sociais do trabalho direto com a população, impedindo o estabelecimento de ações continuadas. Como exemplos dessas práticas estão o preenchimento de formulários extensos como o do Bolsa Família feitos por essas profissionais, ou preenchimento de questionários que muitas vezes não tem uma finalidade clara, que são meras exigências da instituição. Essas atividades quando feitas de forma repetitiva acabam não agregando nenhum conhecimento mais profundo e reflexão sobre os dados que estão sendo coletados. .
Este estudo tem como objetivo contextualizar brevemente a história da assistência social no Brasil, conhecer as políticas públicas na assistência social, conhecer os atendimentos prestados pelo serviço social nessa área e os desafios enfrentados pela profissão, identificar as possibilidades do processo de trabalho do assistente social junto aos usuários.
Muitos usuários ainda veem o assistente social como uma pessoa caridosa, que está ali para entregar cestas básicas, roupas não conseguindo enxergar que o exercício profissionalvai muito além dessa visão caridosa que possuem. Além disso, os usuários também têm dificuldade em entender que são pessoas possuidoras de direitos, que receber a cesta básica, a roupa, a inclusão em programas e projetos é um direito que lhe assiste. Tudo isso influencia significativamente no exercício profissional do assistente social que deve buscar romper com essa visão que o usuário tem tanto sobre a profissão como também sobre ele mesmo. Nesse sentido é importante ressaltar que muitos usuários no CRAS elas não tem entendimento enquanto assistido, que ele é uma pessoa possuidora de direitos, acho que isso influência na realização do trabalho e da conscientização do usuário, às vezes não para garantir o que ele esta pedindo, mas para esta fazendo com que ele enxergue que ele é um cidadão, uma pessoa que possui direitos para ser conquistados e não precisados. Os usuários como acabamos de ver, em sua maioria, não se enxergam como sujeitos de direitos, não conhecem os direitos que possuem, e por isso muitas vezes veem a conquista dos mesmos como um favor que está sendo prestado a 63 eles, em espaços como CRAS isso acaba contribuindo para que muitos se aproveitem dessa falta de conhecimento para conseguirem algo em troca (políticos). Com relação à falta de conhecimento sobre o exercício profissional do assistente social que ainda é muito grande, cabe a esses profissionais estar sempre divulgando qual é o objetivo do Serviço Social dentro da instituição e como funciona esse trabalho, pois só assim será possível começar uma mudança dessa visão distorcida sobre o exercício profissional do assistente social. No Código de ética profissional o artigo 5º vem dizendo os deveres do assistente social e dentre eles está: De acordo 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Constituição Federal (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 2003. 
BRAGA, Léa Lúcia Cecílio. O Trabalho de Assistentes Sociais no CRAS. In: O Trabalho do Assistente Social no SUAS: seminário nacional/ CFESS. Brasília: 2011. P.142- 154.
______CAVALCANTE, Girlene Maria Mátis & PRÉDES, Rosa. A Precarização do Trabalho e das Políticas Sociais na sociedade capitalista: Fundamentos da Precarização do Trabalho do Assistente social. In: Revista Libertas, Juiz de Fora, v.4, n.1, p. 1 - 24, jul / 2010.
CRESS – CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL. A profissão de serviço social. Disponível em: <http://www.cress-sc.org.br/servicosocial/profissao.php>. Acesso em: mar. 2021.
______ CRESS-RJ. O Serviço Social Clínico e o projeto ético político do Serviço Social. Em foco. Rio de Janeiro: CRESS, 2003.
CFESS. “O trabalho do/a Assistente Social no SUAS: Seminário Nacional / Conselho Federal de Serviço Social - Gestão Atitude Crítica para Avançar na Luta.” – Brasília: CFESS, 2011.
COUTO, Berenice Rojas. O Direito social e assistência social na sociedade brasileira: uma equação possível? 2.ed – São Paulo: Cortez, 2006. 
COUTO, B. Rojas; YASBEK, M. Carmelita; RAICHELIS, Raquel. A Política Nacional de Assistência Social e o Suas: apresentando e problematizando fundamentos e conceitos.”In: O Sistema Único de Assistência Social no Brasil: uma realidade em movimento. São Paulo: Cortez, 2010, p.32-63.
_______CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Legislação e resoluções sobre o trabalho do/a assistente social. Brasília: CFESS, 2011.
_______IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e -formação profissional. 14. ed. – São Paulo: Cortez, 2008
______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social – PNAS. Brasília, 2004.
 
______.Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Norma Operacional Básica: NOB/SUAS. Brasília, Jul. 2005. 
______.Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome. Norma Operacional Básica de Recursos Humanos: NOB/RH. Brasília. Dez. 2006.
 
 
______. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Orientações técnicas para o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS). Proteção Básica do Sistema Único de Assistência Social. Brasília, 2009. 
_______. RESOLUÇÃO CFESS nº 493/2006. Dispõe sobre as condições éticas e técnicas do exercício profissional do assistente social. Brasília, 21 de agosto de 2006. Disponível em: http://www.cfess.org.br/arquivos/Resolucao_493-06.pdf acesso em 16/03/2013.
SILVA, M. O. da S.; YAZBEK, M. C.; GIOVANINI, G. di. A Política Social Brasileira no Século XXI: a prevalência dos programas de transferência de renda. São Paulo: Cortez, 2007.

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