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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
BACHARELADO PEDAGOGIA
NOME COMPLETO DO ALUNO
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL – PTI:
Cultura e à arte no cotidiano escolar e a articulação dessa
temática com a ludicidade
CIDADE – ESATDO
2020
NOME COMPLETO DO ALUNO
PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL – PTI:
Cultura e à arte no cotidiano escolar e a articulação dessa
temática com a ludicidade
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia Licenciatura 5º semestre da - Universidade Pitágoras
Unopar, com requisito de avaliação das disciplinas
Educação e Artes, Letramentos e Alfabetização,
Literatura Infantojuvenil, Ludicidade e Educação,
Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Práticas de
Alfabetização e Letramento, Estágio Curricular em
Pedagogia I: Educação Infantil
Coordenador do curso: Prof.ª
CIDADE – ESATDO
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................04
2. OBJETIVO INSTITUCIONAL................................................................................05
2.1O passado e o presente da cultura lúdica
infantil.............................................05
2.2 Cultura, música e à arte no cotidiano escolar um modo lúdico de
ensinar............................................................................................................09
2.3Proposta Didática...........................................................................................07
3. CONSIDERAÇÕES .......................................................................................08
4. REFERÊNCIAS..............................................................................................09
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1. INTRODUÇÃO
A temática da ludicidade, em muitos momentos, não é, reconhecida
em vários contextos escolares no processo da Educação Infantil – percebemos um
distanciamento do lúdico numa escola em que deveríamos contemplar uma prática
pedagógica por meio da arte, da cultura, de jogos, brincadeiras e demais atividades
artísticas. O que se apresenta muitas vezes nesses espaços é bastante contrário: as
crianças menores estão cada vez mais sendo obrigadas a se inserir numa rotina
escolarizada e tarefeira num espaço de educação tradicional, exaustivo e bem
desgastante para essa fase da aprendizagem, conduzindo a exaustão e deixando o
processo de aprendizagem cada vez mais defasado.
Cada dia mais as crianças são inseridas numa rotina de
compromisso, esquecendo o prazer do brincar por brincar, uma vez que ao brincar a
criança explora um novo universo imaginário, recriando e explorando novas
oportunidade de vivenciar experiências tanto no campo afetivo quanto cognitivo.
Vendo que o brincar é algo essencial para o desenvolvimento da criança neste
contexto, vale lembrar que o lúdico sempre estará ligado de uma forma ou outra na
aprendizagem (KISHIMOTO, 2012).
Esta produção textual tem a proposta de refletir a atuação do
professor-pedagogo na mobilização dos conhecimentos relacionados à Cultura e à
arte no cotidiano escolar e a articulação dessa temática com a ludicidade, com a
alfabetização e com o letramento, levantando hipóteses da sua aplicação visando
seu melhor desempenho dentro desse contexto e a realização de um plano de aula
lúdico. Discutir a projeção da arte, jogos e das brincadeiras na educação brasileira,
procurando construir um diálogo partindo de uma reflexão crítica da temática.
Nesse contexto buscamos também debater os principais conceitos
da ludicidade na Educação Infantil e apresentando propostas de atividades que
trabalham na perspectiva lúdica e interdisciplinar. Assim, esse estudo tem como
objetivo geral, refletir sobre a importância da arte e do ludicidade como recurso
pedagógico manifestado por meio arte e cultura, da brincadeira na Educação Infantil.
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1O passado e o presente da cultura lúdica infantil
A magia dos jogos, a instancia das brincadeiras e a arte, fazem parte
da construção do universo da criança desde o momento base pelo qual é inserida
dentro do contexto educacional. Realizar uma percussão nesta história é considerar
a existência personalidade do lúdico no passado da arte, sendo que, sempre se fez
presente na formação social e cultural da criança seja no âmbito escolar ou social.
A típica boneca, exemplificando, é um objeto que faz parte da cultura
intrínseca infantil por muito tempo, que se enquadra perfeitamente na idealização do
mundo imaginário das meninas conforme dialoga (KISHIMOTO, 1995). Em descrição
notória, nas preliminares do estudo, notamos que é um elemento que é carregado
da cultura popular de vários países, o qual até sofre mudança em seu formato, mas
trabalha como a mesma intenção que outros brinquedos.
De modo que o brinquedo faz parte da dinâmica e cultura popular do
mundo o jogo e as danças também se inserem neste contexto, dialético, pois jogos
como amarelinha e xadrez são praticados há muitas décadas por crianças de vários
países do mundo (KISHIMOTO, 1995). O que vem de novo com relação ao
brinquedo é que os jogos possuem regras que variam conforme a idade do
praticante e o objetivo final e a música e as danças lúdicas abraçam maior parte do
público.
Discutir o campo da Arte no Brasil nos conduz a pensar em grandes
etapas que ela percorreu num longo decurso até chegarmos ao que
compreendemos sobre ela, portanto, é um longo caminho a ser trilhado. Nesta
perspectiva lógica ou não, vamos perceber que a criança desde os tempos mais
antigos até mesmo antes da existência de um sistema voltado para educação, já
acessava em sua casa instruções do lúdico interativo a capacitando para sua
sobrevivência já adulta e entender as bases da herança cultural que recebemos
daqueles que nos antecederam como os índios, negros e portugueses. Herança
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como tal que teve papel de extrema importância nos modelos de ensino construídos
na época, pois cada um de certa forma ajudou a tornar nosso modelo de ensino
atual vigente, uma vez que a criança na sua essência trazia de casa seus
ensinamentos. A Educação pela Arte é
na verdade, um movimento educativo e cultural que busca a constituição de
um ser humano completo, total, dentro dos moldes do pensamento idealista
e democrático, valorizando no ser humano os aspectos intelectuais, morais
e estéticos, procura despertar sua consciência individual, harmonizada ao
grupo social ao qual pertence (FUSARI; FERRAZ, 1992, p. 17).
A diante da metade do século XX notamos que algumas matérias
foram acrescentadas dentro do currículo escolar como música, e trabalhos manuais.
Aqui começamos a pensar na inserção do lúdico no formato de aprendizagem. De
acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs (BRASIL, 1997):
Em 1988 com a promulgação da constituição, iniciam-se as discussões
sobre a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que seria
sancionada apenas em 20 de dezembro de 1996. Convictos da importância
do acesso escolar dos alunos de ensino básico também à área de Arte
houve manifestações e protestos de inúmeros educadores contrários a uma
das versões da referida lei, que retirava a obrigatoriedade da área. Com a
Lei n.9.394/96, revogavam-se as disposições anteriores e a Arte é
considerada obrigatória na educação básica: “O ensino da arte constituirá
componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica,
de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos” (BRASIL,
1997, art. 26, § 2º).
2.2Cultura, música e à arte no cotidiano escolar um modo
lúdico de ensinar
Quando discutimos o trabalho lúdico na educação através da cultura,
música e à arte no cotidiano escolar como um modo lúdico de ensinar é
imprescindível não desmistificarmos a música, considerando que esta possui um
papel importante nas bases da educação das crianças nas várias faixas etárias, mas
principalmente nos anos iniciais. Ela contribui diretamente para o desenvolvimento
psicomotor, sócio afetivo, cognitivo e linguístico,além de ser facilitadora do processo
de aprendizagem nas mais variadas dimensões.
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Na pedagogia compreendemos a musicalização e as danças de roda
como um processo inerente a construção do conhecimento, nas vias do saber
favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, personalidade, senso
rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção,
do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo assim
para uma efetiva consciência corporal e de movimentação, buscando atingir com
maior efetividade trabalhando a musicalização por meio da cultura da comunidade
local.
A musicalização e o lúdico na educação infantil é tão essencial que
está diretamente relacionada a uma motivação diferente do ensinar tradicional, em
que é possível favorecer meios a autoestima, a socialização e o desenvolvimento do
gosto e do senso musical das crianças dessa fase. Seja cantando ou dançando, a
música de boa qualidade proporciona diversos benefícios para as crianças e é uma
grande aliada no desenvolvimento saudável da criançada.
Com base nas pesquisas e estudo realizado, completando a
proposta da Produção Textual Individual, após concluir a essencialidade da cultura,
arte e musicalidade no processo de educação e aprendizagem apresentamos aqui
um plano de aula pensando na cultura e dinâmica de uma comunidade. Portanto,
construímos uma realidade fictícia; pensamos numa escola localizada numa
pequena cidade do interior do Brasil, no Estado de Minas Gerias, composta por
quilombolas, afro descentes e natos. Assim a proposta é um trabalho interdisciplinar
com dança, capoeira, cordel e cantigas de rodas.
2.3 Proposta Didática
Proposta didática
Escola Escola Municipal Profª Andréia Vieira de Luca
Turma 2º ano
Carga horária 5 dias, sendo uma hora aula por dia, totalizando 5 horas/aula
Conteúdos Música, dança, versos e cordel
Objetivos Resgatar as bases da cultura local e por meio da arte, música e
dança tornar a educação acessível, integra, interativa e lúdica
no processo de alfabetização.
Procedimentos
metodológicos
1º aula: A proposta da aula é reunir os alunos por meio de uma
proposta interdisciplinar, organizar com os demais professores a
confecção de pequenos cordéis com versos típicos e populares
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da comunidade local, envolver os alunos nessa confecção com
papéis coloridos e atrativos e montar um mural, propiciando o
diálogo, o convívio, troca de experiências e leitura dinâmica
2º aula: na segunda aula a ideia é montar grupos para
confecção do mural em formato de varal, com colagens de
outras figuras que ilustram o cenário.
3º aula: esta aula será reservada para a escolha dos versos e
leitura pessoal, onde o professor acompanhará os alunos a
escolherem os seus pequenos cordéis, lerem e recitar em forma
de poesia. O professor deverá deixar o aluno livre na escolha,
no intuito de desenvolver a autonomia do aluno nessa fase da
alfabetização.
4º aula: nesta aula o professor conduzirá a turma a montar
grupinhos para compartilhar seus cordéis, realizar a troca de
leitura entre ambos, conduzindo a aula com música didática.
5° aula: esta aula será dedicada ao resgate das danças e rodas
de músicas antigas, canções que relembre a história da
comunidade, junto a recitações de versos dos cordéis.
Recursos didáticos Cartolina, papel sulfite, canetas coloridas, pincéis, barbante,
tesoura, cola, recortes de livros e revistas, mascaras de
personagens, aparelho de som, CD, tinta.
Avaliação A avaliação será de forma qualitativa, sendo possível a partir da
observação continuada das mudanças modo de interação das
crianças, desenvolvimento cultural, alfabetização,
desenvolvimento cognitivo e intelectual e demais integradores
da atividade.
Referências ALTMANN, Helena. Diversidade sexual e educação: desafios para a
formação docente. Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro,
n.13, abri. 2013. Disponível em: . Acesso em: 20 abri. 2020.
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas
escolas e educar para a paz. 2 ed. Campinas: Verus, 2005.
GARCIA, Paulo Sérgio, BIZZO, Nélio. O Processo de Elaboração dos
Planos Municipais de Educação na Região do Grande ABC. Educação
& Realidade. Porto Alegre, vol.43, no.1, jan./mar. 2018. Disponível em:
. Acesso em: 21 abri. 2018.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base na proposta da produção textual individual e da revisão
sistemática de literatura, que fundamentou o presente trabalho e teve a finalidade de
analisar a Cultura e à arte no cotidiano escolar e a articulação dessa temática com a
ludicidade, concluímos que ainda é escassa a aplicabilidade efetiva da ludicidade
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nas escolas, principalmente as escolas públicas que apresentam outros desafios
socioeconômicos como verbas institucionais. Também foi possível perceber o quanto
que o desenvolvimento de atividades lúdicas e interativas favorecem o processo de
aprendizagem da criança em fase de alfabetização, tornando esse processo mais
dinâmico, menos cansativo e exaustivo e alcançando maiores resultados. Na maioria
das vezes, a prática do lúdico atrelada a arte e cultura é legitimada pela instituição
se posiciona em acordo com o trabalho, embora em outras vezes sofre retaliação
por modelos conservadores e talvez antiquados de educação.
Por fim, esse trabalho foi de extrema importância para redimensionar
a reflexão sobre o conceito do trabalho lúdico, bem como a sua importância na
aprendizagem. Elaborar o plano de aula com metodologia de ensino lúdica, também
foi de grande relevância podendo atrelar a teoria dos artigos acadêmicos e demais
referências a prática, por meio da situação geradora de aprendizagem e da situação
problema.
4. REFERÊNCIAS
A contribuição da literatura infantil no desenvolvimento da criança: um estudo de
caso no
Projeto Literatura da Biblioteca do SESC DOCA. Disponível em:
https://docplayer.com.br/86934068-
A-contribuicao-da-literatura-infantil-no-desenvolvimento-da-crianca-um-estudo-de-caso-
noprojeto-literatura-da-biblioteca-do-sesc-doca.html. Acesso em: 20 abril. 2020.
Que músicas escolher para um CD? Seleção e organização de repertório para a
aula de música na escola. Música na Educação Básica. Disponível em:
https://docplayer.com.br/68862562-Quemusicas-escolher-para-um-cd.html.
Acesso em: 23 jan. 2020.
GARCIA, Paulo Sérgio, BIZZO, Nélio. O Processo de Elaboração dos Planos Municipais
de Educação na Região do Grande ABC. Educação & Realidade. Porto Alegre,
vol.43, no.1, jan./mar. 2018. Disponível em: . Acesso em: 20 abri. 2020.
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica: Teoria da ciência e
iniciação à pesquisa. 31. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. LAKATOS, Eva Maria;
MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed.
São Paulo: Atlas, 2010.
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O lúdico nas séries iniciais do ensino fundamental: a brincadeira deve continuar.
Disponível em:
http://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_EV117_
MD1_SA9_ID654 4_01082018100933.pdf>. Acesso em: 27 jan. 2020.
MALUF, A. C. M. Brincar prazer e aprendizado. Vozes, Petrópolis: 2003;
MARCELINO, Nelson Carvalho. “Estudos do lazer: uma introdução”. Campinas. São
Paulo: Autores Associados, 1996.
RIZZO, Gilda. Jogos inteligentes: a construção do raciocínio na escola. Ed Bertrand
Brasil, Rio de Janeiro, 2001.
RONCA, P.A.C. A aula operatória e a construção do conhecimento. São Paulo:
Edisplan, 1989.
SKINNER, B.E. Tecnologia do Ensino. São Paulo: EPU (edição original de 1968).
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins
Fontes, 1989.

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