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Dinâmica Interna da Terra: Vulcanismo, Terremotos e Tsunamis

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Disciplina: Geologia
Aula 03: Dinâmica Interna da Terra
Apresentação
O planeta Terra, como visto na aula 1, possui a parte interior dividida em diversas
camadas. A variação de pressão e temperatura, nessas camadas, gera uma série de
produtos, os resultados dessa dinâmica interna são exprimidos na crosta terrestre sob
a forma de vulcanismo, tectonismo (terremotos) e tsunamis.
O vulcanismo é um fenômeno natural extremamente importante para a manutenção da
dinâmica que ocorre na crosta terrestre e principalmente no fundo dos oceanos, que
são formados por lavas solidificadas e cobrem 2/3 da superfície do planeta.
Outro produto da dinâmica interna da Terra é o terremoto, em seu sentido mais geral,
essa palavra é usada para descrever qualquer evento sísmico, natural ou causado pelo
ser humano, que gere ondas sísmicas. 
Posteriormente, temos os tsunamis, esse fenômeno é desencadeado por um terremoto
no fundo oceânico, capaz de movimentar toda coluna de água que estiver sobre seu
epicentro. 
Recentemente, no ano de 2004, o mundo despertou para o potencial catastrófico desse
fenômeno, quando um tsunami matou mais de 230 mil pessoas em 14 países banhados
pelo Oceano Índico na Indonésia. Está entre os desastres naturais com maior número
de mortos na história da humanidade.
Objetivos
Reconhecer os processos envolvidos no fenômeno de vulcanismo;
Compreender a dinâmica de funcionamento de um terremoto e como ele é
avaliado;
Analisar as premissas estabelecidas para a ocorrência de um tsunami e o porquê
do seu poder destrutivo ser tão grande;
Avaliar os indícios registrados para identificação de vulcanismo e terremotos em
território brasileiro.
Fenômenos naturais
A Terra é formada e modelada por muitos processos que deixam marcas por
toda sua superfície. A origem desses processos é a deriva continental,
assunto da próxima aula.
Em geral, esses processos são conectados — a deriva continental pode gerar
terremotos e deslizamentos, quando ocorre na superfície, ou tsunamis, quando
ocorre no fundo do mar. Ao longo do tempo, acumulado em milhões de anos,
esses processos modificam a estrutura, o relevo e o clima da superfície do
nosso planeta.
Nesta aula, serão abordados os fenômenos naturais e seus efeitos para a
população. Devemos entender como natural tanto uma gota de chuva, pequena,
como vulcões e tremores de terra, em larga escala.
Os fenômenos mais conhecidos e importantes são
os vulcões, terremotos e tsunamis. Todos eles são
significativos pelo seu papel na manutenção da
vida do planeta, por meio do clima e do tempo
adequados.
Em seguida, vamos discutir esses fenômenos com mais detalhe, além de
desastres que tiveram repercussão histórica na vida de milhares de pessoas.
 Legenda: The Great Wave off Kanagawa,
pintado por Katsushika Hokusa entre 1829–1833,
mostrando o Monte Fuji e uma onda gigante. |
Fonte: https://goo.gl/NCpPzw
<https://goo.gl/NCpPzw>
Todos os fenômenos naturais do planeta devem ser considerados como
potenciais riscos, possíveis ameaças para recursos, naturais e humanos, e
mesmo a vidas humanas. O estudo desses fenômenos, de maneira científica,
permite que a sociedade civil entenda, se prepare e saiba mitigar os efeitos
negativos para a vida humana, aumentando sua resiliência neste planeta.
Vulcões
São fissuras e crateras, localizadas ao longo dos limites das placas tectônicas,
na camada mais externa: a crosta terrestre. Através dos vulcões, o magma
sobe até a superfície, na forma de lava. 
 Vulcão de Fogo, na Guatemala. | Fonte: Shutterstock / fboudrias
A maioria dos vulcões concentra-se ao longo de um cinturão chamado "Círculo
de fogo", localizado no Oceano Pacífico.
Vulcões são classificados de acordo com a frequência e magnitude de suas
erupções. Em regiões onde as placas tectônicas possuem movimento
divergente, ou seja, se separam, as erupções tendem a ser menos intensas e
1
https://goo.gl/NCpPzw
file:///D:/producao_online/graduacao/2018.2/Geologia__GON945/aula3.html
explosivas.
Em tempos antigos, as causas dos vulcões eram associadas a diferentes e
curiosos mecanismos:
✓ Platão (427-347 a.C.) questionava a existência de correntes de puro
fogo no interior do planeta;
✓ Poseidônio (século II a.C.) associava vulcões à pressão de ar
comprimido em cavernas subterrâneas;
✓ Na Idade Média, acreditava-se que vulcões tinham relação com o fogo
do inferno.
Nas primeiras décadas do século XIX se associavam os vulcões a forças do
interior da Terra. O cientista A. Geike já postulava a possibilidade de que
materiais magmáticos, oriundos da crosta terrestre, pudessem ascender à
superfície através de um canal, ou fissura, com diferentes níveis de intensidade
— desde erupções suaves a explosões.
Com a explosão do Monte Pelée, poucos anos depois, em 1903, confirmou-se
sua hipótese, visto que um grande vulcão se originou desse processo. Assim,
determinou-se que os vulcões permitem a liberação de magma e gases, que
têm origem em camadas mais interiores do planeta, na superfície, como se
fossem válvulas de escape.
 Explosão do Monte Pelée | Fonte: Wikipedia
<https://goo.gl/NLdcT9>
https://goo.gl/NLdcT9
Magmas primários se originam em câmaras magmáticas a
cerca de 50 a 100 km de profundidade — nessas câmaras,
ocorrem focos de calor, processos de fusão e fluxo de
voláteis, aumentando a pressão interna e provocando a
subida do magma através de fissuras, canais ou outras
aberturas, que originam vulcões.
Quando o material ainda se encontra no interior da crosta, é chamado de
magma; após seu extravasamento, recebe o nome de lava.
Os vulcões que têm erupções frequentes são classificados como ativos. Por sua
vez, aqueles que raramente entram em erupção, são tidos como dormentes.
Os vulcões extintos são os que não entram mais em erupção.
Em regiões com vulcões, são comuns a presença de outros artefatos como
gêiseres, fontes minerais quentes, fumarolas e poços de lama borbulhante.
Todos esses processos fazem parte do Plutonismo, consistindo no conjunto de
processos magmáticos que ocorrem no interior do planeta e que geram
intrusões de magma. Quando uma câmara magmática dá origem a uma rocha
magmática, no interior da crosta terrestre, chama-se de plúton.
A rocha onde o plúton se origina, chama-se de rocha encaixante. Os plútons
podem ser:
Concordantes
Dos tipos: 
“Sill”;
Lacólito;
Facólito.
Discordantes
Dos tipos: 
“Neck”;
Dique;
Batólito;
“Stock".
Estrutura de um vulcão
Em termos gerais, a estrutura de um vulcão é chamada de aparelho ou
edifício vulcânico. Normalmente, os vulcões são constituídos pelas seguintes
partes:
 Partes de um vulcão. | Fonte: Shutterstock Por shooarts
1
Câmara magmática: onde se encontra o magma, normalmente localizado em
profundidade nas crostas continental e oceânica, podendo chegar até a parte
superior do manto;
2
Chaminé vulcânica principal: abertura que conecta a câmara magmática com
o exterior da crosta, por onde ascendem os materiais vulcânicos;
3
Cratera: depressão, de forma circular como um funil, localizada no topo da
chaminé vulcânica;
4
Cone vulcânico: é o edifício vulcânico, a “montanha” propriamente dita. É
chamada do cone por conta de sua forma, originada pela acumulação dos
materiais expelidos do interior das crostas (lavas, cinzas e fragmentos de
rochas), durante a erupção. Além do cone formado na chaminé principal, pode
haver a formação de outros cones secundários, ou laterais, dada a existência de
outras aberturas, denominadas chaminés secundárias;
5
Nuvem de cinzas: gases e vapores produtos de uma erupção vulcânica; além
dos gases, pode-se encontrar piroclastos sólidos que se formam no momento da
erupção.
O modelo é validado para os vulcões do tipo central. O processo está associado
a zonas bem definidas, nas quais a liberação do material ocorre em forma de
cone. No vulcanismo tipo fissural, o magma é expelido por fissuras, e não
chaminés, atingindo grandes áreas, formando relevos e edifícios que podem ser
diferenciados em alta escala do modelo descrito anteriormente.
Produtos Vulcânicos
As formasque são geradas pelas atividades vulcânicas podem ser divididas em
3 grupos, segundo a composição química, mineralógica e propriedades físicas
da sua estrutura.
Sendo eles:
As lavas
São as partes líquidas do magma, em estado total ou parcial de fusão, que
chegam até a superfície da Terra e se derramam em distintas distribuições
podendo ser basálticas ou riolíticas
<galeria/aula3/anexo/basalticas_ou_rioliticas.pdf> .
Os depósitos piroclásticos
São materiais sólidos, expelidos no momento de uma erupção vulcânica. De
acordo com as dimensões podem ser classificados como: cinza, Lapilli, bomba
vulcânica e bloco .2
file:///D:/producao_online/graduacao/2018.2/Geologia__GON945/galeria/aula3/anexo/basalticas_ou_rioliticas.pdf
file:///D:/producao_online/graduacao/2018.2/Geologia__GON945/aula3.html
Os gases vulcânicos
Oriundos da parte interna dos vulcões, podendo ocorrer antes, durante e após o
fenômeno da erupção. Estes gases são formados a partir do hidrogênio,
cloro, enxofre, nitrogênio, carbono e oxigênio.
Tipos de Vulcões
A classificação dos vulcões ocorre com base em semelhanças de erupções
passadas, levando em consideração o tipo de material expelido. Dessa forma
são classificados em:
Pliniana
Termo derivado da erupção do vulcão Vesúvio que ocorreu em 79 d.C., em
Nápoles, na Itália. A explosão foi extremamente violenta com magma
viscoso, muito rico em gases aprisionados em alta profundidade na
estrutura vulcânica, no momento da erupção, lança nuvens de gases,
cinzas e outros materiais sólidos de granulação fina.
Stromboliana
Essa denominação é oriunda do vulcão Stromboli localizado na costa da
Sicília na Itália. Ocorre lançamento periódico de gases aprisionados na
3
file:///D:/producao_online/graduacao/2018.2/Geologia__GON945/aula3.html
câmara magmática levando à ejeção de bombas e blocos.
Peléeana
Derivado do vulcão Pelée, Martinica, na América Central, tem sua origem
de um magma viscoso e, consequentemente, rico em gases, submetido a
pressões baixas. Estas condições características liberam uma nuvem densa
e superaquecida de púmice e cinzas que desce em alta velocidade as
encostas do vulcão.
Havaiana
Pelo fato do magma ser de baixa viscosidade o estilo eruptivo é
relativamente calmo. Tipicamente representados nos vulcões do Havaí,
onde rios de lava são expelidos, a partir da cratera ou de erupções de
flanco. Os cones vulcânicos são de grandes dimensões e com flancos pouco
inclinados.
A classificação com base nos registros históricos vem sendo substituída por uma
nova, levando em conta o tipo do cone vulcânico e seus produtos, mais
científica e adequada com a complexidade dos estilos eruptivos.
Desse modo, podem ser classificados em 5 tipos principais:
Vulcão-escudo
Emite grande quantidade de lava e aos poucos constrói um cone largo em
formato de escudo. Produz lava extremamente quente e fluida,
contribuindo para uma escoada mais longa. Um exemplo desse tipo é o
Mauna Loa, encontrado no Havaí, com 9000m de altura e 120km de
diâmetro.
Cones de escórias
São pequenos, com altura inferior a 300m. O magma apresenta baixa
viscosidade e composição basáltica. 
 
Estratovulcões
São edifícios de forma cônica com uma cratera no topo e paredes íngremes
construídos de lava das erupções vulcânicas. Esse tipo é o que permanece
por mais tempo adormecido da Terra. O Monte Fuji, no Japão, é um
exemplo.
Caldeiras ressurgentes
São os maiores vulcões do nosso planeta, possuem diâmetros entre 15 e
100km². Essas caldeiras ressurgentes são depressões com uma elevação
central. Um exemplo dessa estrutura é o Cerro Galan na Argentina.
Vulcões submarinos
São responsáveis pela construção de um novo assoalho oceânico presentes
abaixo do nível d’água. Temos, como exemplo, o vulcão da Serreta no
Arquipélago dos Açores.
Terremotos
Os sismos também chamados de tremor de terra ou terremoto, no português
brasileiro, é o resultado da liberação de energia na crosta terrestre, gerando
vibrações denominadas ondas sísmicas. A atividade sísmica de uma área refere-
se à frequência, ao tipo e tamanho dos terremotos registrados ao longo de um
período de tempo na região.
A maioria dos sismos são tectônicos, ou seja, de origem
natural. A grande energia das placas tectônicas faz com que
elas incidam sobre a astenosfera podendo afastar-se,
colidir ou deslizar-se uma pela outra. Com toda essa força
as rochas vão se modificando até seu ponto de máximo de
elasticidade, após isso elas se rompem e liberam a energia
acumulada durante o processo.
Existem também sismos artificiais, associados à ação antrópica. Originam-se de
explosões, extração de mineral, de água ou fósseis, ou até mesmo por queda
de edifício e acomodação interna de rochas, contudo apresentam magnitudes
bastante inferiores dos terremotos tectônicos.

Comentário
Mesmo que os terremotos sejam conhecidos pelo ser humano, desde os
primórdios da sua existência, foi em meados do século XIX que passaram a
ser objetos de estudos científicos, quando Robert Mallet, em 1858,
compilou informações sobre essas ocorrências.
Os registros anuais são de mais de 1 milhão. Um dos observatórios do Japão
registra uma média de 200.000 abalos sísmicos por ano. Destas, são
perceptíveis pelo homem cerca de 5.000. O número de terremotos demonstra
que a crosta terrestre está continuamente perturbada por tremores, causando a
destruição e a morte em alguns casos.
Os terremotos não são distribuídos de forma uniforme na superfície da Terra,
em algumas regiões o fenômeno é praticamente desconhecido, regiões
assísmicas, como as áreas centrais do Canadá e dos Estados Unidos, a África
(exceto a orla mediterrânea), a Arábia, a Ásia Central e a Austrália.
As regiões mais atingidas são aquelas localizadas nas bordas das placas
tectônicas. Na Figura abaixo, estão representados os epicentros dos terremotos
mais intensos registrados, o território brasileiro está praticamente fora das
regiões ativas devido a sua posição no interior da placa sul-americana.
 Regiões com maiores atividades sísmicas no globo terrestre. | Fonte: https://goo.gl/Eg5cLU
<https://goo.gl/Eg5cLU>
Podemos assumir o fato de que os terremotos possuem três causas distintas
para o seu desencadeamento, associadas diretamente a processos geológicos:
Desmoronamentos internos superficiais
São ocasionados pela dissolução de rochas por meio da percolação das
águas subterrâneas ou acomodação pelo seu próprio peso. Este tipo de
terremoto é geralmente de pequena intensidade e de abrangência local.
Causas vulcânicas
Ocasionam terremotos locais, geralmente de pequena intensidade,
afetando somente as imediações do centro do abalo. Ocorrem por
explosões internas ou colapsos, ou acomodações nos vazios resultantes da
expulsão do magma.
Causas tectônicas
https://goo.gl/Eg5cLU
Responsáveis pela ocorrência de terremotos com grandes intensidades,
percebidos sem o auxílio de aparelhos. A causa principal é a formação de
falhas geológicas, pois, nesse momento, é produzido um forte atrito, que
se propaga com a formação de ondas vibratórias. Um terremoto se divide
em dois elementos básicos: 
 
• Hipocentro — ponto no interior da crosta onde teve a origem e 
• Epicentro — ponto na superfície da crosta, projeção do hipocentro
ortogonal à superfície.
Para realizar as aferições sísmicas, utiliza-se a Escala Richter, levando o nome
do sismólogo que desenvolveu o conceito de magnitude.
Essa escala considera um índice quantitativo que varia de 1 e pode chegar a 9,
sendo que, alguns cientistas, não admitem limites, variam em ordem crescente
conforme a magnitude da ocorrência.
Não existe um único tipo de onda sísmica propagada em um abalo sísmico,
sendo as mais comuns as ondas primárias e as secundárias, assim a escala é
utilizada de acordo com as características do abalo registrado.
De acordo com esta escala:
 Infográfico
Tsunami
Tsunamis são ondas gigantescas com grande volume de energia que ocorrem
nos oceanos. São ocasionadas pela movimentação das placas tectônicas
localizadas abaixo dos oceanos, as placasoceânicas são mais densas e menos
espessas e deslizam sob as placas continentais que são menos densas e mais
espessas, esse processo recebe o nome de subducção.
Estes terremotos que ocorrem nos oceanos, têm capacidade de deslocar grande
quantidade de água formando uma ou mais ondas que podem atingir as regiões
litorâneas, provocando grandes catástrofes.
Veja no esquema abaixo, como sem formam os tsunamis.
 Elementos de um Tsunami. | Fonte: https://goo.gl/aqLtpB <https://goo.gl/aqLtpB>
A força dos tsunamis ocorre pela relação entre sua amplitude e velocidade.
Quando a onda vai se aproximando da costa, sua altura aumenta e a velocidade
diminui. Já foram registrados tsunamis de até 30 metros de altura, com intenso
poder de destruição. Essas grandes ondas são o resultado da ação gravitacional
sobre a movimentação da massa de água.
https://goo.gl/aqLtpB
Outros fatores que possuem o poder de
desencadear um tsunami são os movimentos de
massa ou deslizamentos subaquáticos. Eles
ocorrem no momento em que os grandes volumes
de sedimentos e rochas se movimentam e se
rearranjam no fundo do mar, aumentando o
volume de água.
O mundo moderno se atentou para o potencial catastrófico dos tsunamis no ano
de 2004, quando ocorreu uma tragédia desencadeada por um terremoto no
fundo oceânico, nas proximidades da Indonésia.
Esse evento fez mais de 230 mil vítimas fatais em 14 países banhados pelo
Oceano Índico, ficando entre os desastres naturais com maior número de
mortos na história da humanidade.
Grande parte dessas mortes poderia ter sido evitada se métodos de prevenção,
como os sistemas de alarmes, fossem mais eficientes, um recurso
relativamente simples e disponível em outras regiões costeiras.
No Japão, esses sistemas e os procedimentos de evacuação são
constantemente simulados pela população e salvaram muitas vidas. Ainda
assim, os dados oficiais da Agência Nacional de Polícia registram 15.668
mortos, 5.712 feridos e 4.836 desaparecidos.
A palavra que denomina esse tipo de desastre natural foi herdada do japonês,
que significa, literalmente, “onda no porto”, termo que prevaleceu sobre o
português, “maremoto”.
Nesse país, os tsunamis são frequentes devido à alta frequência de terremotos.
Registros históricos demonstram que os danos sempre foram significativos, em
consequência da alta densidade demográfica nas regiões costeiras japonesas.
O Japão tem registros de tsunamis e terremotos que ocorreram há mais de
1.300 anos.
DATA MAGNITUDE ALT.MÁXIMA MORTES LOCAL
02/07/1992 7.2 10 m 170 Nicarágua
12/12/1992 7,5 26 m 1.000
Ilha das
Flores/Indonésia
12/07/1993 7,6 30 m 200 Hokaido/Japão
02/06/1994 7,2 14 m 220 Java/Indonésia
04/10/1994 8,1 11 m 11 Ilhas Curilas
14/11/1994 7,1 7 m 70 Mindoro
21/02/1996 7,5 5 m 12 Peru
17/07/1998 7 15 m 2.000 Nova Guiné
26/12/2004 9 50 m 220.000 Oceano Índico
Registros das informações dos maiores tsunamis já registrados. Fonte:
Adaptado de TEIXEIRA, 2009.
Vulcanismo e terremoto no Brasil
O território brasileiro situa-se na parte central da placa sul-americana. Na
extremidade sul do continente, há ainda a plataforma patagônica. A região ativa
da placa, com ocorrência de terremotos e vulcões, é a cadeia andina, situada a
oeste dessas duas plataformas.
Existem evidências da ocorrência de vulcões no território brasileiro, que nem
sempre foi estável. Os indícios dessas atividades, no Brasil, são diversos, seja
em um passado relativamente próximo, como na ilha de Trindade e em
Fernando de Noronha ou em tempos muito mais longínquos, caso de Crixás no
Estado de Goiás.
Durante o mesozoico, entre 251 milhões e 65,5 milhões de anos atrás,
ocorreram variadas atividades vulcânicas em nosso território. Os principais
registros de ocorrências de derrames localizam-se nos municípios de:
✓ Nova Iguaçu (RJ);
✓ Tanguá (RJ);
✓ Jacupiranga (SP);
✓ Anitápolis (SC);
✓ Serra Negra (SP);
✓ Itatiaia (RJ);
✓ Cabo Frio (RJ); entre outros.
Vulcanismo de fissura de lava básica, toleíticas, ocorreu na Bacia do Paraná, no
fim do jurássico e principalmente no período cretáceo, 120 milhões de anos
atrás. Esses derrames atingiram cerca de 1.200.000 km2. A alteração da rocha
basáltica deu origem ao solo denominado de terra-roxa que recobre grande
parte da Bacia do Paraná. (POPP, 2004).
Atividades
1. O vulcanismo é um fenômeno de grande importância para a
manutenção da vida no planeta Terra. Como você interpreta esta afirmava?
2. A ocorrência de terremotos, em países considerados pobres, é muito
mais catastrófica do que as ocorrências nos países denominados ricos.
Quais artifícios podem ser explicativos para tal fato?
3. “Os episódios vulcânicos ocorrem desde o início da evolução da Terra
(4,5 bilhões de anos). Portanto, em uma escala distinta de
desenvolvimento da humanidade (séculos). Assim, a aparente quietude de
um vulcão para nós decorre simplesmente do fato de não ter havido
nenhum relato histórico de sua erupção [...]”. (TEIXEIRA, 2009) 
 
Nota-se, no texto acima, que os comportamentos vulcânicos obedecem a
uma escala de tempo superior à do tempo humano. A liberação do material
magmático ocorre em função:
 a) da liberação de calor interno acumulado durante longos períodos em
áreas instáveis.
 b) da ausência de pressão atmosférica externa para conter a emissão do
material vulcânico.
 c) da estrutura geologicamente antiga do relevo incapaz de conter o
magma terrestre.
 d) do processo de transformação físico-química das rochas ao longo das
eras geológicas.
 e) do estado de conservação inadequado da crosta terrestre em áreas
continentais.
4. Quando os vulcões entram em erupção, liberam um substrato
magmático composto pela lava vulcânica e também por materiais sólidos,
além de cinzas, blocos e outros elementos que são expelidos e emitidos à
superfície graças à liberação da pressão interna. Esse material é chamado
de:
 a) resíduos sólidos vulcânicos.
 b) rochas consolidadas.
 c) lavas solidificadas.
 d) resíduos internos maciços.
 e) depósitos piroclásticos.
5. Os terremotos de grande magnitude e intensidade ocorrem,
principalmente, em locais onde há o encontro de diferentes placas
tectônicas. Essas áreas são denominadas:
 a) zonas de divergência
 b) epicentro
 c) deriva continental
 d) zonas de convergência
 e) depósitos piroclásticos.
6. Os terremotos podem ser medidos de acordo com a magnitude e a
intensidade. Caracterize esses dois critérios de medida dos terremotos.
Notas
Magma 
O magma consiste em rochas fundidas por conta das elevadas temperaturas do interior
do planeta.
Cinza, Lapilli, bomba vulcânica e bloco
Cinza: Material com característica arenosa formado por grãos menores que 2mm de
dimensão, a pulverização de rochas que já existiam no local ou a ejeção de magma
gera esse tipo de produto.
Lapilli: Fragmentos que estão no intervalo dos 2mm aos 50mm, chegam até à
superfície consolidados apresentando ângulos protuberantes e com cristais bem
formados.
Bomba vulcânica: Fragmentos maiores que 50mm chegando até 1m de dimensão. É
originado dos fragmentos de lava que solidificam durante o seu percurso no ar,
semelhante às cenas do filme “Volcano” de 1997.
Bloco: Esse tipo de material vulcânico é representado pelas rochas maiores que 1m. A
a projeção ocorre na forma sólida, para isso, é necessário que se faça uso da energia
gerada pela erupção, sua aparência final é resultado da colisão no ponto da queda ou
da fragmentação durante sua tragetoria no ar.
Gases 
No magma existe uma grande quantidade de gases dissolvidos e liberados durante uma
erupção.
Os gases saem de forma mais intensa, através da cratera principal, mas também ao
longo de fumarolas que podem se formar em diferentes partes do cone vulcânico, ou a
partir de fissuras. Em áreas vulcânicas, é comum a presença de gêiseres formados pelo
aquecimento da água de subsuperfície pelo alto gradiente térmico registrados nessas
regiões.
Bloco 
1
2
3
7
Fragmentos maiores que 50mm chegando até 1m de dimensão. É originado dos
fragmentos de lava que solidificam durante o seu percurso no ar, semelhanteàs cenas
do filme “Volcano” de 1997.
Referências
ANDRADE Fábio Ramos Dias de. Terremotos e tsunamis no Japão. In: Revista USP,
São Paulo, n.91, p. 16-29, setembro/novembro 2011.
GROTZINGER, John; JORDAN, Tom. Para entender a terra. 6. ed. São Paulo:
Bookman, 2013.
POPP, José Henrique. Geologia geral. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
TEIXEIRA, Wilson. FAIRCHILD, Thomas Rich. TOLEDO, M. Cristina Motta de. TAIOLI,
Fabio. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
Próximos Passos
Estruturas em rochas;
Origem das montanhas;
Falhas e dobras.
Explore mais
O portal Top10Mais criou uma lista dos dez vulcões mais perigosos do mundo
<https://top10mais.org/top-10-vulcoes-ativos-mais-perigosos-mundo> ,
levando em consideração a frequência e capacidade destrutiva de suas erupções.
No portal Touristlink você tem a localização de todos os 198 vulcões ativos
no mundo.
<http://www.touristlink.com.br/mundo/cat/vulc%C3%B5es/map.html>
A localização é disposta no Google Maps facilitando o levantamento de
informações sobre o vulcão de interesse.
No canal The Web Unlocked, do YouTube, você pode ver uma simulação de
ocorrência de um tsunami <https://www.youtube.com/watch?
v=SlwZzbGh7Cw> criada digitalmente em três dimensões. Esclarece muito a
visualização para além da imaginação.
https://top10mais.org/top-10-vulcoes-ativos-mais-perigosos-mundo
http://www.touristlink.com.br/mundo/cat/vulc%C3%B5es/map.html
https://www.youtube.com/watch?v=SlwZzbGh7Cw

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