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Plano de aula - Filosofia e Educação II

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP
ESCOLA DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS - EFLCH
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
Anna Cecília de Alencar Reis – 113.204
Bárbara Ribeiro Gripho Soares – 114.177
Caio Pinheiro dos Santos - 143.209
Daiane Santos Vieira - 142.258
Danilo Cei Dias - 104.322
Kimberly Teixeira Almeida Silva - 92.275
Fernando Martins Miranda - 103.510
Trabalho apresentado à Unidade Curricular
Filosofia e Educação II, oferecida ao 4º
termo do Curso de Pedagogia – Noturno,
ministrado pelo Prof. Dr. Alexandre Filordi de
Carvalho.
Guarulhos
2019
Plano de Aula: A obra de Angela Davis - Mulheres, Raça e Classe
O presente plano de aula tem como objetivo oferecer uma análise e levantar
reflexões sobre o conteúdo da obra Mulheres, Raça e Classe da norte-americana
Angela Davis, para a turma de estudantes do 4º termo do curso de Pedagogia.
Acreditamos que será uma aula de suma importância para a construção de futuros
educadores.
A edição adotada neste trabalho é a publicada e traduzida pela editora
Boitempo no Brasil em 2016. A obra original foi publicada a primeira vez em 1981.
Descrição Geral
As etapas de desenvolvimento:
Momento I
1. Os alunos serão provocados sobre as seguintes questões:
● Vocês conhecem a autora Angela Davis? Já leram a obra em questão? Já
leram outra obra escrita pela autora?
● Quantas autoras negras você conhece ou já leu?
2. Bibliografia da autora;
Quem é Angela Davis ?
Neste tópico iremos abordar quem é Angela Davis e seu passado, onde ela
começou sua trajetória ativista e tudo que a fez chegar até os dias atuais. Quais
suas participações políticas o que teria levado a ser a mulher mais procurada na
década 70, onde seu nome seria escancarado mundialmente como sendo uma
terrorista de alta periculosidade. Falaremos o que a motivou ser quem ela é e
porque sua presença incomoda uma classe conservadora, Branca e Racista.
3. Mulheres, Raça e Classe;
No livro Mulheres, raça e classe, de Angela Davis, ela apresenta uma análise
histórica do feminismo negro norte-americano e das movimentações políticas que
aconteciam durante as décadas de 1960 e 1970 pela luta abolicionista nos Estados
Unidos. O livro relata o nascimento do movimento abolicionista, o surgimento do
sufrágio e a luta pelos direitos femininos, tudo sob a lente da questão racial. O livro é
dividido em treze capítulos de extrema importância para os dias atuais, no entanto
nosso plano de aula abordará apenas dois, sendo eles:
● 1. O legado da escravidão: Parâmetros para uma nova condição da
Mulher.
● 6. Educação e libertação: A perspectiva das Mulheres negras.
O objetivo desse plano de aula é oportunizar que os estudantes tenham
contato com as considerações feitas por Angela Davis, no tocante ao feminismo
negro, e reconheçam que a análise e reflexão sugerida por essa autora é de suma
importância para a construção de uma pedagogia emancipatória, para uma nova
práxis nas escolas, a favor da luta antirracista e que possa fortalecer o estado
democrático de Direito. A escola, como espaço político e social, deve assumir essa
responsabilidade, buscando apresentar leituras que contribua para práticas
igualitárias e com vistas a superação do racismo epistêmico, dando voz e lugar as
subjetividades subalternas.
4. Análise do prefácio à edição brasileira escrita pela estudiosa Djamila Ribeiro
Concluímos que a apresentação do prefácio à edição brasileira escrito por
Djamila Ribeiro também deveria ser contemplado em nosso plano de aula já que
Djamila apresenta
No presente momento, Djamila Ribeiro, mestre em Filosofia Política pela
Universidade Federal de São Paulo, escreveu o Prefácio do Livro, Mulher Raça e
Classe, onde inseriu os dados do documentário “free Angela and All Political
Prisoners”, o que traduzindo para o português se tornou “libertem Angela Davis”.
Assim como fala sobre o posicionamento de Angela sobre a Esquerda que
propaga o racismo ao descaracterizar a luta de raça como um dos principais temas
e aborda unicamente a luta de classe como a principal, tal como faz com a luta de
gêneros.
Em entrevista ao Jornal Géledes em 2018, Djamila ribeiro fala sobre o
processo de racismo no Brasil, e a representatividade do povo negro nos cargos de
poder, bem como seu posicionamento sobre a cultura racialista do Brasil:
Acho que num País como o nosso, que foi fundado no mito da
democracia racial, as pessoas têm dificuldade de entender inclusive
o ,que é racismo. A gente ainda acha que o racismo é algo do campo
individual, da moral, e não entende o racismo como um sistema
político que impede que as populações negra e indígena acessem
direitos básicos. Então, geralmente as pessoas quando veem alguém
famoso sofrendo um caso de racismo, se espantam com aquilo,
achando que racismo é só aquilo, mas não se espantam sobre o
porquê nunca tiveram um professor negro, por que na empresa em
que trabalham não tem pessoas negras, porque não conseguem
entender racismo como um sistema. Acho que esse é o nosso
grande problema. Se as pessoas entendessem de fato o que é
racismo e como ele vem historicamente minando oportunidades e
negando direitos básicos, elas entenderiam porque a gente julga
importante ter representatividade, ter pessoas negras e indígenas
ocupando espaços que historicamente foram impedidas de estar.
Momento II
1. Análise do capítulo 1 - O legado da escravidão: Parâmetros para uma nova
condição da mulher:
● Contextualização do período de escravidão nos EUA
Nesse momento, faremos um breve panorama histórico dos desdobramentos
da escravidão nas diferentes regiões dos EUA. Visto que é imprescindível esclarecer
as divergências que marcaram as regiões do norte e do sul.
Para os norte-americanos, o comércio de escravos já era proibido desde 1 de
janeiro de 1808, porém os estados do Sul não pararam de usufruir dos serviços
prestados pelos africanos, enquanto os do Norte os enfrentavam. Outra diferença
entre essas regiões era a economia, que eram extremamente diferentes. No Norte,
industrial e abolicionista, e no Sul, agrária e escravocrata.
● Poucos estudos sobre a função da mulher negra na família escrava;
● Diferença mulher negra X branca;
● Distinção de gênero no trabalho escravo;
● Descrição da mulher negra;
● Maternidade nata(filhos);
● "Sexo frágil e provedor da família"
● Reprodutoras de mão de obra;
● Crueldade e contenção;
● Origem da independência da mulher negra;
● "Destruição da família negra" (mantendo a humanidade);
● Funções da mulher escrava na família (divisão do trabalho doméstico);
● Mulheres negras e brancas e o trabalho;
● Rebeldia e punições (revoltas sutis);
● Movimento feminista branco e negro;
● A cabana do pai Tomás (estereótipos).
Momento III
1. Análise do capítulo 6 - Educação e Libertação: A perspectiva das mulheres
negras:
● O desejo de mulheres e homens negros pelo conhecimento e a Proclamação
da emancipação
No tópico em questão, queremos abordar o que enfatiza a autora logo no
início do capítulo: ainda que o contexto fosse adverso, mulheres e homens negros
encontraram caminhos para resistência àquela realidade, através da aprendizagem
da leitura e escrita, mesmo que de forma clandestina. Os materiais de estudo eram
geralmente os livros possuído pela família branca, como a bíblia e a cartilha webster.
A ideologia dominante na época dizia que a população negra era incapaz de
aprender e de progredir intelectualmente. No entanto, por quê proibi-los de estudar?
Com a população negra recentemente liberta nos estados do Sul, os docentes dos
estados do Norte se mobilizaram para atender essa importante necessidade de
acesso aos conhecimentos sistematizados pela humanidade e que lhes foram
negados por muito tempo. Se apressaram a “trazerem suas barracas, prontas para
serem armadas no campo, na beira das estradas ou no forte, sem esperar que
imponentes construções fossem erguidas em tempos de guerra [...]” (p. 110).
● As manifestações em prol do direito à educação
Em1787 a população negra do estado de Massachusetts apresentou uma
petição pelo direito de frequentar as escolas livres de Boston. No entanto o pedido
foi negado, mas é nesse momento que Prince Hall, um dos nomes que liderou essa
iniciativa, abre uma escola em sua própria casa.
Outros exemplos de militância em prol do direito à educação para a
população negra apresentados no texto é de iniciativa de mulheres brancas.
Prudence Crandall, Margaret Douglasse e Myrtilla Miner defenderam e arriscaram a
liberdade e a própria vida ao defender o direito de meninas negras frequentarem a
escola e a última em instituir na capital federal uma escola de formação de
professoras negras. Por essas iniciativas que a autora afirma que os casos mais
marcantes de sororidade feminina eram em relação à educação.
É diante dessas iniciativas que a autora reafirma que as pessoas negras e
principalmente as mulheres negras tinham um sentimento de crença na educação e
que aqueles que "recebiam instrução acadêmica inevitavelmente associavam o
conhecimento à batalha coletiva de seu povo por liberdade" (p.121). O próprio poder
escravagistas, nas palavras de um dos códigos em vigor no país, reconhecia o
potencial da educação "ensinar escravos a ler e a escrever tende a incutir a
insatisfação em suas mentes e a produzir insurreição e rebelião” (p.122).
2. Apresentação de mulheres negras brasileiras estudiosas e referências na
discussão sobre a temática do racismo e do feminismo negro.
Para finalizar a aula, apresentaremos para turma, de forma breve, duas
mulheres negras brasileiras que se dedicam a estudar e militar a favor do
antirracismo e do feminismo negro. São elas:
● Djamila Ribeiro
● Suely Carneiro
Referências
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

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