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JUSTIÇA ADMINISTRATIVA 1 - DAYANE LUCENA

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
FACULDADE DE DIREITO 
BACHAREL EM DIREITO – NOTURNO – 8° PERÍODO 
ALUNA: DAYANE LUCENA LIMA DE OLIVEIRA – MATRÍCULA:216007173 
 
 
Resenha sobre o Artigo: “Uma Perspectiva histórica da Jurisdição 
administrativa na América Latina: tradição europeia-continental versus 
influência norte-americana”. 
 O presente texto tem como objetivo discorrer, de maneira suscinta, sobre a obra 
proposta. O artigo supracitado engloba um contexto histórico da Jurisdição 
Administrativa nos países latino-americanos, considerando dois modelos: europeu-
continental e norte-americano. Realizou-se uma revisão da Justiça Administrativa 
levando-se em consideração os dois modelos extremos, ressaltando seus pontos 
positivos e mostrando seus pontos negativos. 
Por meio da leitura do artigo percebe-se que veremos o Poder Jurisdicional 
Administrativo por dois viés: o primeiro com um modelo dúplice de jurisdição, existindo 
tanto figuras do poder público tanto quanto autoridades judiciárias que, de forma 
similar, são especializadas e tem poder em comum e independência entre si, a 
consequência negativa desse modelo é causar insegurança jurídica, não celeridade 
na resolução de uma lide e eventual aumento nas despesas públicas; No segundo 
temos a falta de um sistema de justiça administrativo, onde o poder administrativo e 
suas autoridades não tem a independência necessária para garantir um processo 
administrativo justo e, assim, os conflitos são repassados a tribunais não 
especializados gerando um resultado que, muitas vezes, não é satisfatório. 
 É relevante destacar que o modelo brasileiro está inserido em um contexto em 
que há ausência de jurisdição administrativa, instalou-se a jurisdição una, prevista na 
nossa Carta Magna, no artigo quinto, inciso XXXV in verbis: “a lei não excluirá da 
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”, assim, apesar de também 
estar previsto um processo administrativa extrajudicial na nossa constituição, temos 
um sistema judicial único para a jurisdição administrativa e para a comum. 
 Prosseguindo, serão retratados alguns pontos referentes a uma estrutura 
rudimentar dos sistemas de justiça da esfera administrativa. Dentro da Jurisdição 
Administrativa podemos ter alguns modelos, tais como: modelo judicial, modelo 
extrajudicial e híbrido. Dentro do modelo judicial temos o dualista e o monista. 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
FACULDADE DE DIREITO 
BACHAREL EM DIREITO – NOTURNO – 8° PERÍODO 
ALUNA: DAYANE LUCENA LIMA DE OLIVEIRA – MATRÍCULA:216007173 
 
Iniciando-se com a definição da Jurisdição Judicial, temos a Jurisdição 
única/monista em que há uma estrutura judiciária não especializada e a Jurisdição 
dualista que contém uma estrutura administrativa especializada. Ao mesmo tempo, na 
Jurisdição Extrajudicial destaca-se a existência de um ente que pode ser autônomo 
ou vinculado, no primeiro temos um órgão ou tribunal autônomo, não judiciário, que 
seja fundamentado em preceitos constitucionais e autônomos diversos da autoridade 
que será impugnada, enquanto no segundo há um órgão ou tribunal não judiciário, 
mas com fundamento constitucional vinculado a autoridade impugnada. Além disso, 
comenta-se sobre a Jurisdição Híbrida, ou seja, Extrajudicial e Judicial, que pode ser 
autônoma ou vinculada, sendo a primeira uma estrutura não judiciária e autônoma em 
relação à autoridade impugnada mas sujeita as diretrizes do órgão ou tribunal judicial, 
enquanto a vinculada é uma estrutura não judiciária, também sujeita as diretrizes 
judiciais e vinculada à autoridade impugnada. 
 A partir do texto foi concebido a evolução histórica das jurisdições supracitadas, 
por intermédio desse recorte histórico foi possível evidenciar que a independência e a 
especialização são elementos essenciais para a manutenção de uma sólida estrutura 
administrativa. Atualmente busca-se nessa estrutura a existência de um processo 
administrativo justo e seguindo os ditames de um devido processo legal. Fica claro 
que não se espera que haja um modelo em que há duplicidade de jurisdição e tão 
pouco um que há ausência de jurisdição. 
É controvertido o momento que nos encontramos de estabilização do Sistema 
de Justiça Administrativa Brasileiro, é preciso buscar e entender os rumos que essa 
estrutura está seguindo. Mostra-se, mais uma vez, relevante a busca pelo 
entendimento do que se passou e o estudo para que se possa discorrer sobre as 
principais expressões dessa jurisdição, de forma a encontrar uma maneira eficaz de 
pensar em uma estruturação de um modelo ideal de Jurisdição Administrativa. 
Percebeu-se, por meio de uma análise histórica, quais as necessidades desse sistema 
e a tendência que poderá ser seguida.

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