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Trabalho de Interação Fai V Tema: Atuação do médico e fisioterapeuta no coma irreversível Integrantes: Flavia de Souza (1067/18) Izabela Brilhante (0730/18) Bianca Corsato Volpe (0720/18) Vanessa P. M. Chagas (0698/18) Fabiane Bereza (0906/18) Felipe Tazinazzio (1089/19) Larissa M. Barros (0834/20) Marina Sigolo (0532/18) Stefanye Catezani (1098/18) Gabriela Brilhante (1063/18) Definição ● O coma irreversível é quando o paciente não apresenta nenhum sinal de consciência e também é incapaz de manter suas funções vitais (como circulação sanguínea, respiração e batimentos cardíacos) sem a ajuda de aparelhos. ● É preciso um tempo de espera e avaliação médica dessa condição do paciente, pois pode ser que ele volte ao estado vegetativo permanente, no qual as funções vitais começam a retornar sem que precise da ajuda de aparelhos, embora a consciência esteja perdida definitivamente. Diagnóstico Iremos precisar de análises: ● Avaliação de um médico: Os médicos suspeitam de estado vegetativo com base nos sintomas. No entanto, antes de um estado vegetativo ser diagnosticado, as pessoas devem ser observadas durante um período de tempo e em mais do que uma ocasião. Se as pessoas não são observadas por tempo suficiente, as provas de consciência podem ser desperdiçadas. As pessoas que têm alguma consciência podem estar em um estado de consciência mínima, em vez de um estado vegetativo. ● Exames, tais como imagem por ressonância magnética e eletroencefalograma: Um exame por imagem, como a imagem por ressonância magnética (RM) ou a tomografia computadorizada (TC), é feito para verificar a existência de doenças que podem estar causando o problema, especialmente aquelas que podem ser tratadas. Se o diagnóstico for incerto, os médicos podem realizar outros exames de diagnóstico por imagem – tomografia por emissão de pósitrons (positron emission tomography, PET) ou tomografia computadorizada por emissão de fóton único (single-photon emission computed tomography, SPECT). Esses exames podem indicar o grau de funcionamento do cérebro. Já o Eletroencefalograma (EEG), pode ser feito para verificar se há anormalidades na atividade elétrica do cérebro que sugiram convulsões, as quais podem prejudicar a consciência. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/coma-e-consci%C3%AAncia-comprometida/estado-de-consci%C3%AAncia-m%C3%ADnima https://www.msdmanuals.com/pt/casa/assuntos-especiais/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-comuns/tomografia-por-emiss%C3%A3o-de-p%C3%B3sitrons-pet https://www.msdmanuals.com/pt/casa/assuntos-especiais/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-comuns/exame-por-radionucl%C3%ADdeo#v833257_pt Possíveis Causas Um estado vegetativo ocorre quando o telencéfalo (a maior parte do cérebro) é gravemente lesionado (tornando as funções mentais impossíveis), mas o sistema reticular ativador ainda está funcionando (tornando a vigília possível). O sistema reticular ativador controla se uma pessoa está desperta (vigília). É um sistema de células nervosas e fibras localizado nas zonas profundas da parte superior do tronco cerebral (a parte do cérebro que conecta o telencéfalo com a medula espinhal). Mais comumente, um estado vegetativo é causado por lesão cerebral grave, devido a: ● Traumatismo craniano: Qualquer problema que prejudique severamente o cérebro, como sangramento (hemorragia) no cérebro ou uma infecção no cérebro, pode resultar num estado vegetativo. ● Um quadro clínico que priva o cérebro de oxigênio, como parada cardíaca ou parada respiratória. Atuação do Fisioterapeuta ● Em geral a fisioterapia é importante pois ajuda o paciente através de métodos de terapia manual, alongamentos, exercícios passivos e ativos para o fortalecimento da musculatura, mobilizações articulares, alongamentos, posicionamentos, exercícios respiratórios e técnicas de higiene brônquica e em alguns casos o suporte de O2 e até ventilação mecânica. A fisioterapia também ajuda nos processos ulcerativos (em caso de pacientes acamados, como no caso do coma), pois ela reduz o período de cicatrização. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/biologia-do-sistema-nervoso/c%C3%A9rebro#v733396_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/biologia-do-sistema-nervoso/c%C3%A9rebro#v733461_pt https://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-traumatismos-cranianos https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/acidente-vascular-cerebral-avc/hemorragia-intracerebral https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/infec%C3%A7%C3%B5es-no-c%C3%A9rebro/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-infec%C3%A7%C3%B5es-no-c%C3%A9rebro https://www.msdmanuals.com/pt/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/primeiros-socorros/parada-card%C3%ADaca No caso do coma irreversível a fisioterapia pode ajudar de maneira Cognitiva, Afetiva e na Preservação da singularidade desse paciente: 1. Cognitiva: ● É a intervenção direcionada à orientação do tempo e espaço, ambientação, sensopercepção e estimulação da superficialização de consciência. ● Isso pode acontecer por meio de terapia musical que é através de relatar ao paciente sobre o dia da semana e do mês, a hora ou período do dia e o local em que ele está, assim também como falar sobre os sons comuns no ambiente, temperatura e a realização de exames e procedimentos. 2. Afetiva: ● São os estímulos realizados por familiares e pessoas próximas que podem despertar reações emocionais. ● Isso ocorre através da conversa com o paciente (com palavras de carinho e encorajamentos e até mensagens religiosas), informar acontecimentos extra-hospitalares (como novidades da família), reconhecimento auditivo, toque físico nas extremidades (como massagens que os fisioterapeutas vão estimulando) e sempre informar quais familiares foram visitá-lo. 3. Preservação da singularidade: ● Estímulos que vão manter a singularidade do paciente em coma, considerando sempre suas preferências pessoais (normalmente informadas pelos familiares) e aproximar a rotina habitual (como tomar banho em algum horário que ele gostava). ● Isso ocorre ao dirigir-se ao paciente pelo nome civil ou social e explicar o que está sendo feito durante a higienização, a administração de medicamentos ou os demais procedimentos. Atuação do Médico ● Primeiro o médico deverá fazer o diagnóstico do coma (para fazer o diagnóstico de coma irreversível é necessários dois exames clínicos e um exame complementar. Médicos de qualquer especialidade podem realizar os exames neurológicos de morte encefálica, sendo que pelo menos um desses exames deve ser realizado por médico com título de especialista em neurologia reconhecido no Brasil), e se ele é reversível ou irreversível, após o diagnóstico é dever do médico retirar os procedimentos de suporte que mantinham artificialmente o funcionamento dos órgãos vitais utilizados até o momento de sua determinação. ● É dever do médico informar aos familiares ou representantes legais, de modo claro e detalhado, sobre o falecimento do paciente, assim como deverá orientá-los e confortá-los os deixando mais seguros quanto à garantia dos respeito aos direitos do paciente. Além disso é dever dele suspender o suporte que mantém artificialmente o funcionamento dos órgãos vitais (a suspensão desses recursos não representa delito contra a vida, haja vista tratar-se de paciente morto) , bem como preencher a Declaração de Óbito, caso este não tenha sido ocasionado por meio violento, para as devidas providências pertinentes ao sepultamento. ● No Brasil, havendo impossibilidade de extração dos órgãos para transplante, seja por contraindicação ou por recusa do consentimento familiar, o médico deve suspender o suporte terapêutico do indivíduo não doador de órgãos. A retirada da ventilação mecânica é apoiada legalmentee deve ser realizada pelo intensivista após comunicação à família. Referências: ● DOS SANTOS, Marcelo José; DE MORAES, Edvaldo Leal; MASSAROLLO, Maria Cristina Komatsu Braga. Comunicação de más notícias: dilemas éticos frente à situação de morte encefálica. 2012. ● GONÇALVES, Ferraz. Conceitos e critérios de morte. Nascer e crescer, n. 16 (4), p. 245-248, 2007.
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