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Os perigos da automedicação
Camila
A automedicação é um problema de saúde pública cada vez mais frequente na sociedade atual, afinal, com a internet, é muito fácil pesquisar no Google a solução em comprimido para seus sintomas. Seja sincero, você provavelmente já tomou um Dorflex quando estava com aquela dorzinha de cabeça ou uma dipirona quando teve um pouquinho de febre. Já parou para pensar sobre os problemas que essa banalização da automedicação pode causar a você e a toda a sociedade? Mas e quando vai além? Quando essa automedicação torna-se um ciclo vicioso? Quando você não consegue passar um dia sem pingar umas gotinhas de descongestionante nasal porque acha que sem ele não consegue respirar direito? Quando não consegue mais dormir sem tomar um calmante porque acredita que está muito agitado, ansioso e já recorre logo aos medicamentos? Quando a situação torna-se ainda mais grave e você vira a pessoa que estoca remédio em casa para absolutamente todas as doenças que acha que pode vir a ter um dia? Será que não é um erro normalizar essa situação? 
Livia
A automedicação é um hábito de cerca 77% da população. Pois é, os medicamentos mais utilizados por conta propria são: anticoncepcionais, analgesicos, descongestionantes nasais, anti inflamatórios e antibióticos; é fácil comprar um desses remédios, não é? 
a cultura de que a farmácia é um mero comércio e que o medicamento é uma mercadoria como qualquer outra e a ideia de que seu uso não vai fazer mal pode trazer tantas complicações que você nem pensa, como: intoxicação, interação medicamentosa, camuflar uma doença (aliviando os sintomas mascarando um diagnóstico correto da doença), reação alérgica, dependência e resistência medicamentosa. Mais particularmente, o uso inadequado de anti-inflamatórios pode levar até à FALÊNCIA RENAL e o de antibióticos pode causar resistência do organismo à substâncias que tratam infecções ou doenças que precisam desses medicamentos.
Os riscos da automedicação são grandes, por isso a ANVISA está implementando ações que promovam a utilização correta e segura de medicamentos, por meio de "alertas" à população em relação ao consumo de substâncias que possam provocar a chamada reação adversa, ou seja, a reação que as pessoas podem ter com medicamentos ou substâncias. Mas é muito fácil esquecer essas coisas quando se tem a facilidade de acesso às medicações que temos hoje em dia, não é mesmo? 
Gabi 
E o que mais agrava é a internet, ela que veio com muitos benefícios e como uma facilitadora de informações, tem também seu malefícios! E dentre deles o poder do doutor google! Vejo muita gente conhecida, que quando começa a sentir sintomas iniciais de alguma doença já corre pra internet e tenta achar um diagnóstico e aposto que você já fez o mesmo, não é? O certo seria procurar o médico quando os sintomas aparecem e não quando eles persistem! Então é exatamente assim, procura no Google, acha uma doença, depois de muito bem diagnosticado (contém ironia), se automedica, ai a doença evolui e quando vai ao médico tem que partir para medicações mais fortes... afinal aquele anti inflamatório não vai fazer mais tanto efeito assim. 
A intenção acabou não só banalizando as medicações, como também dando espaço para doenças do âmbito mental, como muito bem exemplificado: o hipocondrismo, que se resume na clássica pessoa que sempre acha que está doente gravemente, pensando no pior. Nos tempos atuais podemos e VEMOS muito isso relacionado ao covid! As pessoas não esperam um atendimento inicial, não esperam o teste, e já começam com medicação! O que só piora a situação, pois os medicamentos perdem a eficácia se esse uso for prolongado e, em caso de diagnóstico certo, feito por quem realmente pode dar a certeza, a medicação pode já não mais funcionar tão bem.
E assim, pra gente reduzir e acabar com isso, exige uma conscientização severa, mas a gente sabe que não é fácil. E até mesmo, após escutar isso tudo, você pode tentar mudar seus hábitos, mas talvez, não faça diferença e você continue se entupindo de medicamentos por conta própria. 
Camila 
A situação é complicada, a gente sabe. É mais fácil ir lá e tomar um comprimido do que ir ao médico, ser avaliado e ter um diagnóstico. Mas e os riscos? Talvez aquela dorzinha de cabeça que você sempre apazigua com um analgésico seja a chave para um problema muito mais sério, mas como você vai saber se só se automedica e não tem coragem de ir ao médico? É contraditório a geração com maior acesso às informações não refletir sobre essas questões, mas também é válido saber que essa cultura de automedicação foi enraizada na nossa sociedade durante anos, décadas. Mas será que você terá a iniciativa para melhorar essa situação? Ou vai só continuar contribuindo com ela? Lembre-se não é só você que se prejudica com isso, mas a vida e a recuperação de milhares de vidas são comprometidas quando você resolve se “automedicar”. Seja consciente, busque um médico.

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