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AV1 - DIREITO PENAL IV - TURMA 107 5 (1) docxatualizada

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AV1
DIREITO PENAL IV
	
Data: 	/	/	
	
	
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES:
1. A avaliação consta da análise de jurisprudência e estudos de caso, valendo de 0 a 7 pontos.
2. Data da entrega da avaliação: dia 08/05/2020.
3. A resposta deve ser digitada em Times New Roman, tamanho 12 (mesma formatação do enunciado), logo abaixo de cada questão, ou seja, neste mesmo arquivo.
4. A entrega deverá ser feita exclusivamente pelo link específico para tal na Plataforma da Unileão Digital. Não encaminhe sua prova para o e-mail ou pelo whatsapp.
5. O(a) aluno(a) deverá anexar em sua postagem um arquivo em formato ".doc" ou ".docx" (formatos do word) com sua resposta, obedecendo recomendações de formatação).
6. A prova poderá ser respondida individualmente ou em grupo de até 5 (cinco) pessoas. Cada grupo deverá eleger um dos membros para fazer o envio desta avaliação pela plataforma virtual, conforme explicado acima.
7. É vedado ao(à) estudante compartilhar suas repostas com outros colegas de outros grupos, ocasionando a atribuição de ZERO a toda a prova caso o professor tome conhecimento do ilícito.
8. O plágio é falta grave e será apenada com a atribuição de nota ZERO À PROVA.
9. Também é plágio a cópia ao texto dos colegas, ensejando a atribuição de ZERO À PROVA de todos os envolvidos.
10. Critérios de correção: fundamentação e coerência com o conteúdo estudado (conhecimento do assunto); capacidade de interpretação e exposição das ideias (clareza de pensamento); adequação da resposta ao que está proposto na questão (resposta direta ao pedido), bem como bom uso do vernáculo.
11. A profundidade da fundamentação das respostas influencia na avaliação, sobretudo no que denota efetivo conhecimento da temática e da eventual controvérsia doutrinária e jurisprudencial. O mero “sim” ou “não”, desprovido de justificativa ou mesmo com a indicação de justificativa inaplicável ao caso, não será pontuado.
12. Não serão divulgados gabaritos ou discutidas as questões ou postadas notas antes do termo ajustado para isso.
QUESTÃO 01: (Unidade temática: crimes de preconceito) Valor: 0 a 2 pontos.
TEXTO 1
Aos 65 anos, Heliana Hemetério tem muitas histórias para contar. Mulher negra e lésbica, iniciou sua vida na militância social em 1986, quando se engajou politicamente com o movimento negro. Percebeu posteriormente que uma pauta importante não estava sendo abordada naquele espaço — o gênero. Naquele momento, transitou para o movimento de mulheres negras e, em seguida, para o movimento feminista. No início da década de 1990, começou a frequentar espaços e participar das discussões relacionadas à população LGBTI.
Heliana Hemérito deu entrevista à Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) como parte da ação digital “Destaque-Laranja”, uma iniciativa que diversas agências do Sistema ONU no Brasil farão, ao longo do ano, em reconhecimento a pessoas, cidades, escolas, universidades, empresas e outras instituições com atuação relevante para a prevenção e eliminação da violência contra as mulheres e meninas no país. A ação acontecerá todo Dia Laranja – dia 25 de cada mês – como parte da campanha “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres”.
Hoje, a historiadora Heliana Hemetério, que também é especialista em gênero e raça, compõe a vice-presidência da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e é titular no Conselho Nacional de Saúde (CNS), representando o segmento LGBTI. Sua principal bandeira é a da articulação entre movimentos sociais para fortalecer o enfrentamento ao racismo e à LGBTIfobia. “Não abrimos mão daquilo que a gente acredita, que é a defesa de nossos direitos. Precisamos ampliar totalmente a nossa discussão, fazendo uma interlocução entre todos os outros movimentos”.
A associação vice-presidida por Heliana ultrapassa as fronteiras geográficas do Brasil e atua também em países da América Latina e do Caribe. Em 2017, ela participou do Encontro Feminista Latino Americano e do Caribe (EFLAC). O próximo destino será a Colômbia, onde ela e outras pessoas representarão a ABGLT no Encontro da Mulher Negra Latina e Caribenha. A historiadora conta que, em breve, vai dar o pontapé inicial para um projeto de formação de novas lideranças. “Essa juventude, que assume esses desafios, está ‘pipocando’. Por isso, é necessário fazer uma formação para que entendam a história do movimento de lésbicas negras, o porquê de ele existir”.
A discriminação cria uma carga pesada sobre a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais. Uma das maiores preocupações de Heliana diz respeito à saúde mental das vítimas de preconceito. “O nível de depressão entre gays e lésbicas e, principalmente entre travestis e transexuais, muitas vezes leva ao uso abusivo do álcool e de outras drogas”, declarou. Sua entidade recentemente criou uma secretaria para discutir e enfrentar o tema.
A OPAS/OMS também tem reunido especialistas nacionais e internacionais para debater essa questão. No ano passado, a psicóloga e ativista Lyah Côrrea afirmou, em evento realizado no escritório da agência da ONU no Brasil, que o suicídio entre pessoas trans muitas vezes é uma forma de cessar o sofrimento do processo de negação existencial do ponto de vista do outro.
“As depressões podem refletir os impactos e dinâmicas sobre o estigma social que as identidades trans causam. Falar sobre isso é visibilizar um grupo populacional que histórica e culturalmente não existia. Ou existia, mas na ordem patológica, da marginalidade, da criminalidade. Infelizmente, é assim que as transgeneridades são debatidas”, afirmou na época.
Heliana também cita o acesso universal à saúde como uma forte pauta para LGBTIs. “Os profissionais de saúde muitas vezes não estão preparados e a discriminação é estruturante. Às vezes é um atendimento totalmente indigno, negligenciado”.
Ela lembra que o Brasil já possui políticas públicas de saúde para a população LGBT, negra, em situação de rua e do campo, entre outras, e que o preconceito é um obstáculo para que elas sejam colocadas em prática. “É preciso que a sociedade olhe para dentro de si, perceba seus próprios preconceitos e privilégios e tente trabalhar isso”. (Fonte: ONU Brasil, 2018. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/dia-laranja-historiadora-heliana-hemerito-e-simbolo-do-combate-a-violencia-racismo-e-lgbtifobia/>. Acesso em: 07 de jun. 2019).
TEXTO 2
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou na quinta-feira, 13 de junho, que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero passe a ser considerada um crime.
Dez dos onze ministros reconheceram haver uma demora inconstitucional do Legislativo em tratar do tema. Apenas Marco Aurélio Mello discordou.
Diante desta omissão, por 8 votos a 3, os ministros determinaram que a conduta passe a ser punida pela Lei de Racismo (7716/89), que hoje prevê crimes de discriminação ou preconceito por "raça, cor, etnia, religião e procedência nacional". (Fonte: BBC, 2019. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47206924>. Acesso em: 07 jun. 2019).
Considerando os textos de apoio acima, redija um texto crítico-dissertativo de, no mínimo, 25 linhas, acerca do papel do judiciário brasileiro, sobretudo do Supremo Tribunal Federal, no que tange ao combate às violações de direitos e garantias das pessoas integrantes da comunidade LGBT+ em razão de discriminação preconceituosa, abordando principalmente o aspecto e os reflexos jurídico-penais.
Incumbe ao STF, de acordo com a CF, art.º. 102,zelar pelos princípios constitucionais e direitos fundamentais trazidos pela constituição, ademais é também sua função combater a inefetividade das normas constitucionais, e através desse pilar sustenta-se a ideia de que a ADO 26/DF tem fundamentação e eficácia, pois o mesmo tem competência e obrigação de intervir para solucionar problemas causados por omissão inconstitucional, e mora legislativa, a qual foi a questão da ADO 26.Mas existe o ponto de vista técnico penal, no que tange não ser possívelanalogia in malam partem, como também um principio extremamente importante é o principio da reserva legal. Portanto, existe duas vertentes a serem discutidas na discursão da ADO 26, sobre o parâmetro social, e do ponto de vista técnico penal. 
Em meio a tanta repercussão em discriminações causadas às pessoas integrantes da comunidade LGBT+,e diante do atraso em criminalizar as condutas de homofobia e transfobia,o supremo reconheceu um novo tipo pena, que teoricamente o comportamento especifico dos mesmos não estava previsto na legislação, porém, deixando de observar o principio da reserva legal (art.º 5,inciso XXXIX,da CF/88),estabelece que só será considerada como infração penal a conduta prevista como tal na lei.se determinada conduta praticada pelo agente não estiver na lei, ela necessariamente será licita, livre e impunível por parte do Estado. Outrossim, também ferindo a separação dos poderes, visto que não é função típica do judiciário legislar, porém é indiscutível que o STF agiu com intuito de garantir que princípios como o da dignidade da pessoa humana sejam segurados.
Contudo, penalistas defendem que antes mesmo do mandado de criminalização do racismo, existe o artigo que manda respeitar o princípio da reserva legal. E no caso houve o empréstimo de uma lei para uma situação em tese, estava sem previsão legal, havia uma lacuna, e se há empréstimo de uma lei para um caso ainda que semelhante, isso é analogia, e analogia em direito penal apenas pode ser in bonam partem. Alegam também que não se pode punir a homofobia, o fato de uma pessoa ser homofóbica, isso é algo interno, faz parte do seu preconceito, cada um que conviva com esse preconceito, o que se faz e deve punir é a exteriorização da condutas homofóbicas, é o direito penal do fato. E portanto afirmam que condutas homofóbicas já configuravam crimes(homicídio, inclusive, homicídio qualificado, lesão corporal,ameaça,constrangimento ilegal ,dentre outros)que são presentes para qualquer fobia.
Dado o exposto, chega-se a conclusão que o STF,resolveu acender uma luz a respeito dessas condutas tao repudiadas, tem algo de simbólico, assim, como ocorreu, porém pelo legislador sobre o crime de feminicidio, pois o mesmo antes de se tornar homicídio qualificado(art.121,par 2,inciso VI do CP)o feminicidio já era crime, previsto como homicídio qualificado por motivo torpe por exemplo, então a retirada do feminício do inciso I, para o inciso VI do paragrafo 2 do CP, dando ao feminicidio um destaque, pois a partir do momento que surgiu essa lei no Brasil, passou-se a discutir feminicidio, visto que essa simbologia foi importante. Portanto o STF com essa ADO/26 trouxe a discussão a importância de proteger aqueles que integram grupo vulnerável(LGBT+)e que não detém posição de hegemonia em uma dada estrutura social.
QUESTÃO 02: (Unidade temática: crimes de preconceito)
Janice, de 45 anos, trabalha com sua filha Leila na confecção de doces caseiros sob encomenda para diversos eventos. Janice é doceira e Leila cuida das encomendas, pagamentos, compras de materiais, etc. Elas, que trabalham no interior do Ceará, recebem encomendas de várias regiões próximas. Há 5 dias, Leila recebeu a visita da Sra. Suzy, que buscava informações sobre o procedimento para encomendar os doces para o aniversário de 6 anos de sua filha. Leila preencheu o formulário de cadastro da cliente, contendo o nome completo, endereço e número de telefone. No entanto, logo que a Sra. Suzy conheceu a Sra. Janice, e soube que era ela mesma quem fazia os doces, disse que não tinha mais a intenção de encomendar os doces pelo motivo de a doceira ser negra, e retirou-se do local. Naquele mesmo dia, na página do facebook da doceria, alguém com um perfil não identificado postou as seguintes declarações: “a doceira Janice é negra! Uma negra é quem faz os doces que nossos filhos irão comer! Isso é um absurdo! Jamais permitiria que uma negra tocasse nos alimentos que nós e nossas crianças irão comer!”. No dia seguinte, logo pela manhã, Leila mostrou à sua mãe uma nova postagem feita na página do facebook da doceria, que mostrava a foto da Sra. Janice, indicando que ela era a “doceira negra” que preparava todas as encomendas. Na postagem havia ainda a indicação de um link para um site que continha diversos comentários acerca da inaceitabilidade de alguém de cor negra confeccionar alimentos. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais. A Sra. Janice dirigiu-se à Delegacia, e, logo que foi atendida, contou tudo que estava acontecendo, inclusive mostrando as páginas da internet impressas, onde o Delegado pôde ver o conteúdo do que foi divulgado. Após 1 ano do ocorrido, a Sra. Janice buscou informações acerca do caso, onde foi informada pelo Delegado que, por tratar-se de crime de ação penal condicionada à representação, a injúria racial por ela sofrida não foi objeto de “representação” para que o Promotor de Justiça pudesse oferecer denúncia. Diante do caso, responda, de maneira justificada e fundamentada:
a) Janice foi vítima de crime com motivação preconceituosa? (Valor: 0 a 1 ponto).
R: Janice não foi vitima de motivação preconceituosa, para haver a motivação preconceituosa precisa estar ligado a outros crimes, no caso em questão so houve o crime de preconceito apenas foi uma conduta autonoma de preconceito, para haver a motivação o agente tem que dar causa a um crime a uma conduta. O preconceito vem de uma opinião ou sentimento pré- consebido de eum assunto, todo aquele ques se desenvolve sem qualquer analise critica atenterior. Já na discriminação, expressa a quebra do principio da igualdade, com distinção, exclusão, restrição ou preferencia, motivado por raça, cor, sexo, idade, trabalho... Por fim Janice sofreu uma discriminação, por decorrencia da sua cor e assim seu trabalho nao tinha valor, foi totalmente desmerecido pelo fato da cor de Janice, segundo a lei 7.716\89, em expor na internet, tendo assim a conduta de dolo pois estava a ofender Janice.
b) Caso você, enquanto Advogado(a), fosse consultado(a) por Janice acerca da capitulação jurídica e características do crime do qual ela foi vítima, e se estaria juridicamente correta a conduta do Promotor de Justiça, o que responderia à sua cliente? (Valor: 0 a 1 ponto).
R.: O caso em questão se encaixaria em crime de racismo, pois o que ocorreu foi uma restrição as pessoas de pele negra em relação a confecção de alimentos, não foi direcionada somente a ela, mas tambem a todas as pessoas que estavam sendo citadas naquele grupo o facebook e no site que mostrava claramente o repudio as pessoa de pele negra em geral. Então, trata-se de um crime q atinge numero indeterminado de pessoas, inafiançavel, imprescritivel e sua ação pública e incodicionada, ou seja, será promovida pelo MP, sem necessidade de representação ou autorização, indo contra o que foi dito pelo Promotos de Justiça que esta errado em sua conduta.
QUESTÃO 03: (Unidade temática: Crimes Hediondos e Equiparados)
No interior de um coletivo, Thiago, Jânio, Ivancildo e Christiano, até então desconhecidos, começaram a conversar sobre a crise financeira que assombra o país e sobre as dificuldades financeiras que estavam passando. Em determinado momento da conversa, Thiago informa que tinha um conhecido seu, Pablo, com intenção de importar um tipo de arma que vem sendo bastante comercializada ilegalmente em outros países, com um grande potencial lucrativo, mas que seria também proibida no Brasil, e que ele precisava da ajuda de outras pessoas para conseguir as importações. Diante da oferta em dinheiro pelo serviço específico, todos concordaram em participar do plano criminoso, sendo que Thiago iria ao exterior adquirir as armas, Jânio alugaria o barco para trazer o material, Ivancildo auxiliaria junto à imigração brasileira para que a conduta não fosse descoberta e Christiano entregaria o material para Pablo, que era o mentor do plano.
Após toda a organização do grupo e divisão de tarefas, os planos são descobertos pela Polícia Federal e todos os membros do grupo são presosdurante uma reunião para discutir detalhes do plano criminoso. Apurou-se que Pablo e Thiago já possuem condenação com trânsito em julgado em 2018 pela prática do crime de extorsão mediante sequestro.
Com base nas informações narradas, responda de forma justificada e fundamentada:
a) Você, enquanto representante do Ministério Público responsável pelo caso, denunciaria Pablo, Thiago, Jânio, Ivancildo e Christiano pela prática de algum crime? Em caso positivo, indique a capitulação jurídica. (Valor: 0 a 1 ponto)
R- SIM. Crime hediondo. Pratica de Organização criminosa destinado a pratica de crimes hediondos ou equiparados, visto que a mesma necessita de ter 4 ou mais integrantes, estrutura organizada, divisão de tarefas, e estar hierarquizada, e como no caso em questão estão todos os requisitos, inclusive estão destinados a praticar o crime de trafico internacional de tráficos de armas(art.18, LEI 10.826/03)(art.1,inciso IV,LEI 8.072/90) Crime de organização criminosa pura não configura crime hediondo, no caso em questão será crime hediondo por que o fim a que a organização criminosa se destina e pratica de crime hediondo ou equiparado.
b) Caso sejam denunciados, os fatos narrados acima sejam provados judicialmente, e sejam condenados, qual seria o regime inicial de cumprimento de pena de Pablo, Thiago, Jânio, Ivancildo e Christiano? Seria possível a concessão aos então apenados, de livramento condicional e progressão de regime de cumprimento de pena? Em caso positivo, em quais condições? (Valor: 0 a 2 pontos).
R-O STF (através do informativo 672;S.V 26;sumulas 712 e 719) declarou inconstitucional o paragrafo 1 do art.2 da lei 8.072/90)O regime inicial nas condenações por crimes hediondos não tem que ser obrigatotiamente o fechado,podendo ser também o regime SEMIABERTO ou ABERTO,desde que presentes os requisitos do art.33 parag.2,alíneas b e c,CP,em consonância com o art.112 da LEP.No caso em questão como a pena não ultrapassa 8 anos,Janio,Ivancildo e Cristiano porerao iniciar em regime aberto ou semiaberto,porem Pablo e Cristiano não terão esse beneficio por serem reincidente.
Para janio,Ivancildo e Cristiano como não ouve resultado morte e não são reincidentes terão direito ao livramento condicional e poderão progredir de regime com cumprimento de 40% da pena.
Pablo e Thiago por serem reincidentes de crime hediondo especifico(da mesma natureza)não terão direito a livramento condicional e para progredir de pena,Pablo por ser o mentor da organização terá que cumprir 50% da pena,mesmo sendo reincidente, e Thiago por ser reincidente terá que cumprir 60% da pena para ter o beneficio.Ambos sem resultado morte.

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