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Antecedentes Históricos da Economia

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EconomiaEconomia
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Bem vindo(a)!
As empresas desempenham suas atividades de comércio, produção e serviços sob 
um contexto de comportamentos diferenciados dos consumidores, a existência da 
escassez de recursos, a falta ou excesso de demanda e oferta e a presença do estado 
regulamentado, incentivando e demandando. Desta forma a disciplina de economia 
torna-se necessária ao aluno por proporcionar condições de avaliar essa dinâmica de 
mercado e confrontar com a realidade da atividade empresarial onde atua.
Nesta nossa disciplina de economia contemplaremos na unidade I, os princípios da 
economia de forma que serão abordados os primórdios do pensamento econômico 
percorrendo um caminho de correntes e pensamentos que levam até os tempos 
atuais.
Já na unidade II serão apresentados conceitos de economia, o problema econômico 
fundamental, os setores básicos da economia e os sistemas econômicos.
Na unidade III conceituaremos e contextualizaremos a microeconomia, 
compreenderemos os tipos de análise microeconômica visando estabelecer a 
importância da aplicação da sua análise. Conceituaremos e contextualizaremos  
demanda, oferta e equilíbrio de mercado com o objetivo de compreender demanda 
e oferta. Ao �nal da unidade III abordaremos os conceitos de teoria de mercado. Por 
�m, na unidade IV conceituaremos macroeconomia além de promover a 
compreensão dos objetivos da política macroeconômica. Apresentaremos os 
instrumentos de política macroeconômica  e contextualizaremos os agregados 
macroeconômicos, além de conceituar e tipi�car moeda e conceituar e 
compreender a in�ação.
Ao estudar este material esperamos capacitar o estudante a avaliar 
sistematicamente a atuação de todos os agentes econômicos que participam de 
um sistema econômico. Preparar o aluno para lidar com os conceitos e instrumentos 
básicos da teoria econômica, especialmente de Microeconomia, em que o 
administrador se baseia para tomar decisões empresariais, sobrelevando os aspectos 
das decisões dos agentes econômicos individuais: o consumidor e a �rma, e como 
estes se relacionam nos mercados. Compreender a in�uência do Estado sobre as 
empresas. Compreender as políticas e os impactos na demanda por meio da 
ampliação ou redução do crédito; moeda e in�ação.
Aproveite seu material. Bons Estudos! 
Unidade 1
Antecedentes históricos da
economia
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Introdução
Olá,
Este capítulo foi carinhosamente preparado para que você possa antes mesmo de
ter contato com os assuntos econômicos mais próximos da nossa realidade, buscar
compreender o porquê e como chegamos até aqui. Dessa forma passaremos
cronologicamente por períodos que remetem desde os primórdios da humanidade
até os tempos atuais. Percorrendo  por períodos como por exemplo na antiguidade
quando percebidos alguns dos primeiros registros dos estudos econômicos a saber.
É fato de que economia não é uma disciplina simples de se entendida, nem é nosso
objetivo que você pense que é, por isso este material traz conteúdos de forma
sucinta, considerando uma abordagem simples e objetiva acerca do que cada época
passada gerou de conteúdo que possa hoje, ser amplamente estudado e além disso
utilizado como base de uma ciência social que faz parte da vida de todos nós. Espero
que goste.
Bons estudos! 
Precursores da teoria
econômica
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Ao iniciar esse capítulo suponho que seja necessário esclarecer uma importante
indagação: qual a necessidade de estudar sobre teoria da economia? Pensemos
bem a esse respeito. Talvez você possa estar pensando que não existe necessidade,
até mesmo porque poderia ser uma tremenda perda de tempo pesquisar algo que
ocorreu a tanto tempo, certo? Errado. Veja o que nos diz Nogami e Passos (2016, p. 7)
acerca desse assunto:” como qualquer outra ciência, a Economia preocupa-se com a
previsão e a explicação de fenômenos. Para tanto, utiliza-se de teorias. Em
economia, construir teorias signi�ca extrair conhecimentos sobre o funcionamento
do sistema econômico”. E essas teorias servem como base para as próximas que
poderão surgir.
Uma vez que entende-se a importância de tal pesquisa histórica, passamos a partir
de agora então, aos fatos que merecem destaque ao longo do tempo.
Alguns importantes períodos históricos podem ser associados a fatores econômicos,
como exemplo disso, pode-se citar os ciclos do ouro e da cana-de-açúcar no Brasil, e
a Revolução Industrial, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a crise do petróleo,
que alteraram profundamente a história mundial. As próprias guerras e revoluções
são permeadas por motivações que podem ter origens e interesses econômicos.
E para ajudar na compreensão da economia como a conhecemos hoje, o(a) convido
para olhar para o passado. 
Antiguidade  
Para iniciar nossos estudos sobre economia, se faz importante destacar que por um
bom tempo, ela constituiu-se como um conjunto de preceitos ou de soluções
adequadas a problemas particulares.
Como bem mencionado por Pinho et al (2017, p. 67) “na antiguidade grega, por
exemplo, apareceram apenas algumas ideias econômicas fragmentárias em
estudos �losó�cos e políticos, mas sem o brilho dos trabalhos nos campos da
ATENÇÃO
Nunca é demais frisar que o objetivo do estudo da Ciência Econômica é
analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los,
de forma a melhorar nossa qualidade de vida (VASCONCELLOS E
GARCIA, 2008). 
�loso�a, ética, política, mecânica ou geometria”. Sendo possível identi�car tais
correlações por exemplo conforme observados em Aristóteles, Platão e Xenofonte:
“Aristóteles (384-322 a.C.), em seus estudos sobre aspectos de
administração privada e sobre �nanças públicas. Também
encontramos algumas considerações de ordem econômica nos escritos
de Platão (427-347 a.C.) e de Xenofonte (440-335 a.C.), sendo que este
último aparentemente cunhou o ter- mo economia (oikonomia), no
sentido de gestão de bens privados” (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008,
p. 22).
Contudo, para Silva e Azevedo (2017, p. 17) “na antiguidade os estudos não
apresentavam um padrão homogêneo ou sistemático das relações econômicas, não
havendo contribuições consistentes para o surgimento da Teoria Econômica”. Por
isso, nessa época tal atividade econômica associada ao homem era vista como parte
da �loso�a social, moral e ética, a qual deveria se orientar seguindo princípios gerais
da ética, justiça e igualdade.
Rossetti (2016, p. 16) também destaca que “�lósofos da Grécia Antiga, como Platão e
Aristóteles, e os escolásticos da Idade Média tenham explorado temas de conteúdo
econômico”. 
Mercantilismo
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
O Mercantilismo (1450-1750) segundo Pinho et al (2017, p. 68) “imprimiu ao
pensamento econômico um cunho de arte empírica, de preceitos de administração
pública que os governantes de- veriam usar para aumentar a riqueza da nação e do
príncipe”.
Importantes transformações marcaram o início do Mercantilismo, destacando-se as
seguintes:
intelectuais — com o Renascimento e sua magní�ca �oração
artística (Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael, Ticiano e
outros) e literária, a laicização do pensa- mento, o retorno aos
métodos de observação e de experiência, a difusão de novas ideias
por meio da imprensa (Gutemberg imprimiu a primeira Bíblia em
1450) etc.;
religiosas — trazidas principalmente pelo movimento da Reforma,
em especial a implantada por Calvino e pelos puritanos anglo-
saxões, que exaltavam o individualismo e a atividade econômica,
condenavam a ociosidade, justi�cavam os empréstimos a juros, a
busca do lucro, o sucesso nos negócios etc.;
padrão de vida — marcadas pela reabilitação teológica da vida
material em relação ao ascetismo e, consequentemente, pelo
desejo de bem-estar, de alimentação requintada (com o uso de
especiarias, do açúcar etc.), de habitações confortáveis e arejadas
(que implicavam a necessidade de decoração dos interiores, com
móveis trabalhados, quadros, tapeçarias, louças �nas etc.), de
viagens inter-regionais (quecontribuíram para a propagação das
novas maneiras de viver e de pensar) etc.;
políticas — com o aparecimento do Estado Moderno, coordenador
dos recursos materiais e humanos da nação, aglutinador das
forças da nobreza, do clero, dos senhores feudais, da burguesia
nascente etc.;
transformações geográ�cas — decorrentes da ampliação dos
“limites do mundo”, graças às grandes descobertas (sobretudo a
bússola) e aos esforços para desenvolver a navegação (em especial
dos soberanos portugueses, como o infante D. Henrique, o
Navegador): Bartolomeu Dias dobrou o cabo das Tormentas (1487),
Colombo desembarcou em Guanahani (1492), Vasco da Gama
atingiu as Índias (1498), Cabral descobriu o Brasil (1500), Magalhães
empreendeu, pela primeira vez, uma viagem de circum-
navegação, concluída por seu lugar-tenente Sebastião del Cano
(1514), Cortez conquistou o México (1519-1521), Pizarro dominou a
terra dos Incas (1531) etc.;
transformações econômicas — ao �uxo à Europa de metais
preciosos, provenientes do Novo Mundo, provocou o
deslocamento do eixo econômico mundial: os grandes centros
comerciais marítimos não mais se limitaram ao Mediterrâneo,
estendendo- se também ao Atlântico e ao Mar do Norte (Londres,
Amsterdã, Bordéus, Lisboa etc.). O aparecimento de interessantes
ideias sobre a moeda possibilitou a elaboração da concepção
metalista, base do Mercantilismo: o ouro e a prata passaram a ser
considerados os mais perfeitos instrumentos de aquisição de
riqueza (PINHO, 2017, p. 19).
Vasconcellos e Garcia (2008) contribuem para a formação do nosso entendimento
ressaltando que o surgimento da primeira escola econômica denominada
mercantilismo pôde ser percebida a partir do século XVI, mesmo não apresentando
um conjunto técnico homogêneo possuía algumas características importantes,
como:
Apresentava algumas preocupações explícitas sobre acumulação de riquezas
de uma nação;
Continha alguns princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar
riquezas;
Aparecem relatos mais elaborados da moeda em detrimento da grande
importância proveniente do acúmulo de metais.
E foi a partir disso que a política mercantilista estimulou guerras, aqueceu o
nacionalismo mantendo a forte presença do Estado no que tange os assuntos
econômicos. 
Fisiocracia - "Regras da
natureza"
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Surge como reação ao mercantilismo. Escola de pensamento francesa que elaborou
trabalhos importantes. Sustentavam que a terra era a única fonte de riqueza e que
havia um ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais,
absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Proveniência Divina para a
felicidade dos homens. Fisiocracia quer dizer “regras da natureza” e o trabalho de
maior destaque obteve respaldado em François Quesnay. Tableau Économique, sua
obra de maior relevância.
Quesnay, foi o Primeiro a dividir a economia em setores, mostrando a relação entre
eles.  Está na origem do sistema de circulação monetária input-output   criado no
século XX (anos 1940) pelo economista russo, naturalizado norte-americano, Wassily
Leontief , da Universidade de Harvard.
Para os �siocratas, a riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da natureza
em atividades econômicas como a lavoura, a pesca e a mineração. A agricultura era
encorajada, pois só a terra tinha capacidade de multiplicar riqueza. Existia a
exigência que as pessoas empenhadas no comércio e nas �nanças fosse reduzidas
ao menor número possível (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
A Fisiocracia impôs-se principalmente como doutrina da ordem
natural: o universo é regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e
universais, desejadas pela Providência Divina para a felicidade dos
homens. Estes, por meio da razão, poderão descobrir essa
ordem[...]Alguns autores consideram as teorias de Quesnay sobre o
Estado e a sociedade meras reformulações da doutrina escolástica que
satisfaziam aos nobres e à sociedade. Uns poucos chegam a destacar
certa tendência teológica no pensamento de Quesnay, mas a maioria
está de acordo em reconhecer a natureza puramente analítica ou
cientí�ca de sua obra econômica (PINHO 2017, p. 71).
Silva e Azevedo (2017, p. 18) destacam que “acreditava--se em uma ordem natural
que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e
universais, desejadas pela providência divina para a felicidade dos homens”. Desse
modo os �siocratas, consideravam que toda a vida permanece na dependência da
produtividade do solo bruto e a capacidade natural de renovação do meio ambiente. 
Liberalismo
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Adam Smith (1723-1790)
Teve como um dos seus maiores pensadores na �gura de Adam Smith (1723-1790).
Considerado precursor da moderna teoria econômica, ou ainda, Smith é
comumente conhecido como “pai” da economia.
A Riqueza das Nações (1976), sua obra,  trata de questões econômicas que vão desde
as leis do mercado e aspectos monetários até a distribuição do rendimento da terra,
concluindo com um conjunto de recomendações políticas. “No qual defendia o
liberalismo, ou seja, a livre concorrência e a desnecessidade do governo nas
questões econômicas, o que �cou conhecido por laissez-faire, ou “deixar-fazer”, em
francês” (SILVA E AZEVEDO, 2017, p. 18).
Em sua visão harmônica do mundo real, Smith entendia que a atuação da livre
concorrência, sem qualquer interferência, levaria a sociedade ao crescimento
econômico, como que guiada por uma mão invisível.  Com Argumentos baseados
na livre iniciativa, no laissez –faire  considerava-se que a causa da riqueza das nações
é o trabalho humano ou teoria do valor-trabalho. Divisão do trabalho, especialização
em tarefas especi�cas (áreas) e daí como consequência Fator decisivo para aumento
da produção (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
Para Smith A Produtividade decorre da divisão de trabalho que por sua vez decorre
da tendência inata da troca, que, �nalmente é estimulada pela ampliação dos
mercados. O papel do Estado na economia deveria corresponder apenas à proteção
da sociedade contra eventuais ataques e à criação e à manutenção de obras e
instituições necessárias, mas não à intervenção nas leis de mercado e,
consequentemente, na prática econômica.
Embora a maioria dos autores tenha feito de Smith (1723-1790) o
apologista da nascente classe industrial capitalista, a verdade é que ele
se mostrava favorável aos operários e aos trabalhadores agrícolas,
opondo-se aos privilégios e à proteção estatal que apoiavam o “sistema
mercantil” (PINHO, 2017, p. 72).
David Ricardo (1772-1823)
Os temas presentes nas suas obras incluem a teoria do valor-trabalho na qual traça
uma relação entre o trabalho e o seu respectivo valor monetário; a teoria da
distribuição, que relaciona os lucro e os salários; o comércio internacional e temas
monetários (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).   
John Stuart Mill (1806-1873)
Morreu em 1873. Deixou-nos uma obra vasta que, ainda hoje, constitui excelente
motivo de re�exão e cujo estudo é incontornável. Dela se destacam: Sistema de
Lógica Dedutiva e Indutiva (1837), Princípios de Economia Política (1844), Sobre a
Liberdade (1859), Considerações Sobre o Governo Representativo (1861), Utilitarismo
(1863), Sujeição das Mulheres (1869) e Autobiogra�a (1873) (VASCONCELLOS E
GARCIA, 2008).
Jean-Baptiste Say (1768-1832)
Tal como Smith, considera o “mercado” essencial. Segundo Say a produção realiza-
se através de 3 elementos: 1. o trabalho; 2. o capital;e, 3 agentes naturais (por agentes
naturais entenda-se a terra, etc). Deu atenção especial ao empresário e ao lucro.
Subordinou o problema do equilíbrio das trocas diretamente à produção, tornando-
se conhecida sua concepção de que oferta cria a procura equivalente
(VASCONCELLOS E GARCIA, 2008). 
Thomas Malthus (1766-1834)
Economista inglês que elaborou uma teoria que a�rmava que a população iria
crescer tanto que seria impossível produzir alimentos su�cientes para alimentar o
grande número de pessoas no planeta. Dentre suas obras a principal foi o Princípio
da População. Para Malthusa produção de alimentos crescia de forma aritmética,
enquanto o crescimento populacional crescia de forma alarmante.
Karl Marx (1818-1883)
Para Pinho (2017, p.75) Marx “opôs-se aos processos analíticos dos clássicos e às suas
conclusões, com base no que Lenin considerou a melhor criação da humanidade no
século XIX”. Aqui podendo ser citado a �loso�a alemã, a economia política inglesa e
o socialismo francês”.
Vasconcellos e Garcia (2008, p. 29) salientam que a escola marxista “critica a
abordagem pragmática da ciência econômica e propõe-se um enfoque analítico,
em que a Economia interage com os fatos históricos e sociais”. A�rma que analisar
questões econômicas deixando de lado a observação de fatores históricos e sociais
pode gerar uma visão distorcida da realidade. Em seu trabalho de maior relevância,
a obra intitulada de O capital, Marx enfatiza a teoria do valor do trabalho analisando
aspectos da economia com sua teoria referenciada. Para ele, o capital detém-se com
a burguesia, classe social desenvolvida após o desaparecimento do sistema Feudal.
Essa classe tem a apropriação dos meios de produção, cabendo a outra parte, classe
social, intitulada de proletariado vender sua força de trabalho já que não possuem
condições para produzirem aquilo que seria necessário para sua sobrevivência.
REFLITA
Até aqui, me dei conta que a economia:
Surgiu no período da antiguidade com os primeiros pensamentos
econômico (Aristóteles, Platão e Xenofonte);
Mercantilismo, sendo o controle do estado sua principal
característica, foco na riqueza interna (ouro e prata). Menos
importações e mais exportações ;
Fisiocracia,  (Quesnay): Para os �siocratas, toda a vida permanece
dependente da produtividade do solo bruto e a capacidade do
meio ambiente natural se renovar;
Liberalismo, a livre concorrência e a desnecessidade do governo
nas questões econômicas, o que �cou conhecido por laissez-faire,
ou “deixar-fazer”, em francês. 
Fonte: o autor. 
Teoria Neoclássica
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
De acordo com Vasconcellos e Garcia (2008) essa corrente de pensamento teve
início na década de 1870 e desenvolveu-se até as primeiras décadas do século XX.A
crença na economia de mercado e em sua capacidade autorreguladora fez com que
os teóricos econômicos não se preocupassem tanto com a política e o planejamento
macroeconômicos. Foco nos aspectos microeconômicos.
O trabalho de maior destaque teve respaldo em Alfred Marshall e sua obra
Princípios de economia (1890) - Teoria marginalista.
“Esses estudos privilegiavam aspectos microeconômicos, pois
defendiam o Estado mínimo, devido à crença de autorregulação dos
mercados, deixando de lado questões macroeconômicas ou políticas.
Deste modo, as contribuições da era neoclássica se deram pelos
estudos de redução de custos, da utilidade marginal (capacidade de
satisfazer as necessidades humanas), a lei da oferta e da demanda, a
formação de preços, entre outros” (SILVA E AZEVEDO,2017 p.19).
Outros teóricos importantes do período:
William Jevons: com a Teoria da Utilidade Marginal;
Léon Walras: com sua Teoria Geral do Equilíbrio (dos preços);
Eugen Böhm-Bawerk: contribuições, especialmente à teoria do capital e do
juro;
Arthur Pigou: identi�cou situações em que a presença de “in�uências
externas” na produção justi�cam a intervenção do Estado, para a provisão de
bens ou de serviços.
Teoria Keynesiana
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Teve como maior precursor John Maynard Keynes (1883-1946) que utilizando de suas
obras rompeu a tradição neoclássica, pois apresentaram um programa de ação do
governo para a promover o pleno emprego (PINHO, 2017).
Sua obra, Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda(1936) causou um impacto
revolucionário que tornou-se conhecido como a Revolução Keynesiana.
Para Keynes de acordo com Fernandes (2016, P. 20), “um dos fatores responsáveis
pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia,
determinado pela demanda agregada ou efetiva de bens e serviços”.
Mostrou que a combinação das políticas econômicas da época não funcionava
adequadamente dentro do novo contexto econômico. Um dos principais fatores
responsáveis pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma
economia determinada por sua vez, pela demanda agregada ou efetiva. Invertendo
a lei de Say  onde a oferta cria sua própria procura. Para Keynes, numa economia em
recessão, não existem forças de auto ajustamento, por isso  se torna necessário a
intervenção do Estado por meio de uma política de gastos públicos.
Keynes utilizando de seus argumentos obteve uma forte in�uência na economia dos
países capitalistas. 
Nesse período, houve desenvolvimento expressivo da teoria econômica.
Por um lado, incorporaram-se os modelos por meio do instrumental
estatístico e ma- temático, que ajudou a formalizar ainda mais a ciência
econômica. Por outro, alguns economistas trabalharam na esteira de
pesquisa aberta pela obra de Keynes. Debates teóricos sobre aspectos
de seu trabalho duram até hoje, desta- cando-se três grupos: os
monetaristas, os �scalistas e os pós-keynesianos. Apesar de nenhum
deles ter um pensamento homogêneo e todos terem pequenas diver-
gências internas, é possível fazer algumas generalizações
(VASCONCELLOS E GARCIA, 2008, p. 28).
Esse posicionamento teórico signi�ca o �m da crença no laissez-faire como
regulador dos �uxos real e monetário da economia, e é chamado de princípio da
demanda efetiva.
O período recente
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Silva e Azevedo (2016) destaca que novas abordagens e teorias econômicas foram
criadas após o período Keynesiano. Essas por sua vez foram inspiradas nas diversas
abordagens e teorias citadas anteriormente neste material. Hoje em dia é
amplamente possível observar questões eu foram tratadas nos tópicos anteriores e
que são levantadas, um exemplo disso é nível de intervenção do Estado nas
economias, sem que se chegue a alguma conclusão concreta.
A economia vem apresentando algumas transformações, principalmente a partir
dos anos 1970.
1. Existe uma consciência maior das limitações e possibilidades da teoria;
2. Avanço no conteúdo empírico da economia;
3. Consolidação das contribuições dos períodos anteriores.
Atualmente, a análise econômica engloba quase todos os aspectos da vida humana,
sendo considerável o impacto desses estudos na melhoria do padrão de vida e do
bem-estar da sociedade. O controle e o planejamento macroeconômico permitem
antecipar muitos problemas e evitar algumas �utuações desnecessárias na
economia (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008).
Na �gura a seguir é possível visualizar de forma simpli�cada as principais correntes
do pensamento econômico ao longo da história.
Figura 1. Síntese: principais correntes do pensamento econômico.
Fonte: Rossetti (2016, p.36)
SAIBA MAIS
Este prêmio, o�cialmente denominado "Prêmio do Banco da Suécia em
Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel", é o único que não
estava previsto no testamento do inventor sueco da dinamite.  
O Nobel de Economia é o�cialmente chamado de Prêmio Sveriges
Riksbank em Ciências Econômicas e foi estabelecido pelo banco central
sueco nos anos 1960 em homenagem a Nobel. A premiação não fazia
parte dos prêmios originais, criados no testamento de Alfred Nobel, em
1895.
Veja Abaixo lista com os vencedores do Nobel de Economia do ano:
2018: William Nordhaus e Paul Romer (Estados Unidos), por integrar a
mudança climática e a inovação tecnológica no crescimento
econômico.
2017: Richard Thaler (Estados Unidos), por sua pesquisa sobre as
consequências dos mecanismos psicológicos e sociais nas decisões dos
consumidores e dos investidores.
2016: Oliver Hart (Reino Unido/Estados Unidos) e Bengt Holmström
(Finlândia), por suas contribuições à teoria dos contratos.
2015: Angus Deaton (Reino Unido/Estados Unidos) por seus estudos
sobre "o consumo, a pobreza e o bem-estar".
2014: Jean Tirole (França), por sua "análise do poder do mercado e de
sua regulação".
2013: Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller (EstadosUnidos), por seus trabalhos sobre os mercados �nanceiros.
2012: Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos), por seus trabalhos
sobre a melhor maneira de adequar a oferta e a demanda em um
mercado, com aplicações nas doações de órgãos e na educação.
2011: Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos), por
trabalhos que permitem entender como acontecimentos imprevistos
ou políticas programadas in�uenciam os indicadores
macroeconômicos.
2010: Peter Diamond e Dale Mortensen (Estados Unidos), Christopher
Pissarides (Chipre/Reino Unido), um trio que melhorou a análise dos
mercados nos quais a oferta e a demanda têm di�culdades para se
acoplar, especialmente no mercado de trabalho.
2009: Elinor Ostrom e Oliver Williamson (Estados Unidos), por seus
trabalhos separados que mostram que a empresa e as associações de
usuários são às vezes mais e�cazes que o mercado. 
ACESSAR
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2018/10/08/interna_internacional,995498/os-10-ultimos-vencedores-do-premio-nobel-de-economia.shtml
Chegamos ao �nal deste capítulo. Nele acompanhamos a contribuição que cada
período da história proporcionou para o entendimento atual da ciência econômica.
Este capítulo foi especialmente preparado pensando na importância de fundamentar
nossos estudos antes mesmo de abordar temas muito mais próximos da nossa
realidade. Temas muito mais especí�cos dentro do contexto econômico. 
Como a economia faz parte da rotina dos indivíduos, é muito comum em muitos
casos, até mesmo, motivados por questões políticas, que opiniões e vereditos sejam
lançados ao vento desde salas de reuniões até as mesas dos bares, isso acontece
mesmo sem nenhum entendimento dos motivos pelos quais o objeto da discussão
ocorre da forma que ocorre. Nas discussões econômicas, muitas vezes a emoção fala
mais alto que a razão.  
Agora que você já sabe onde (provavelmente) e como tudo começou, poderá
desfrutar dos próximos capítulos desse desa�ante conteúdo. É importante lembrar
que ler este material é sinal da sua busca por compreender os porquês e como
chegamos até aqui. Por isso que passamos sucinta e cronologicamente por períodos
que remetem desde a antiguidade até bem próximo dos tempos atuais, para que
além de se situar você possa compreender de onde esses estudos originaram e como
foram respaldados. Percorremos  por períodos como por exemplo na civilização
antiga de Platão, quando percebidos alguns dos primeiros registros dos estudos
econômicos a saber, passamos pelo mercantilismo, expomos as principais  teorias
como a de Keynes, por exemplo. 
E como mencionado no início desta unidade, é um fato de que economia realmente
não é uma disciplina simples de se entendida, contudo acreditamos sinceramente
que este material é uma grande porta de entrada para despertar seu interesse pelo
tema que poderá obviamente ser muito mais enriquecido em estudos futuros.
Conclusão - Unidade 1
Leitura complementar
Resumo Histórico-Econômico do Brasil: A Internacionalização da Economia e o
Estado Empresário
A modernização econômica do Brasil ocorrida durante a segunda metade do século
XX, destacando a internacionalização da economia e as suas consequências
socioeconômicas.
Nos últimos 50 anos, as chamadas economias em desenvolvimento alcançaram níveis
expressivos de industrialização e urbanização, formando uma burguesia nacional e
uma classe média de assalariados com renda relativamente elevada. Esse momento
pode ser compreendido através de dois pressupostos: a participação do Estado como
empresário e a atração de empresas transnacionais.
Após a década de 1950, ocorreu no Brasil o processo de internacionalização da
economia, com grande participação do Estado como empresário e no
desenvolvimento de infraestrutura (transportes, energia, portos) e políticas de
incentivos �scais. Todos esses fatores, aliados à disponibilidade de mão-de-obra
barata, mercado consumidor emergente e acesso a matérias-primas e fontes de
energia, atraíram empresas transnacionais para o território brasileiro. Houve uma
grande ampliação do parque industrial, principalmente indústrias de bens de
consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos).
O país conheceu a sua industrialização tardia e adotou plenamente o Fordismo, um
sistema produtivo tradicional que considerava a capacidade de produção e os
grandes parques industriais como fundamentos para a atividade industrial. Esse
padrão concretizado com o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) foi ampliado
pela ditadura militar (1964-1985). Os militares criaram obras estruturais em diferentes
regiões brasileiras, a destacar as usinas hidrelétricas e as rodovias. Muitos municípios
do interior do estado de São Paulo começaram a desenvolver seus distritos
industriais. Durante a década de 1970, ocorreu o “milagre econômico brasileiro”, que
elevou o país à posição de 8ª economia mundial no ano de 1973, com taxas anuais de
crescimento em torno de 10%.
No caso brasileiro, o modelo fordista trouxe crescimento econômico para o país, mas
não foi capaz de promover o desenvolvimento econômico regional. O aumento de
renda per capita de um país nem sempre representa avanços na qualidade de vida. O
crescimento que o Brasil obteve, principalmente durante o período correspondente
ao regime militar, construiu um arcabouço técnico e logístico para o
desenvolvimento, mas não o privilegiou.
A partir da década de 1980, ocorreu o esgotamento da capacidade do Estado em
promover o desenvolvimento industrial - �m do Estado empresário - devido às
políticas econômicas mal sucedidas que aumentaram a dívida externa e a in�ação.
No plano externo, os países desenvolvidos começaram a adotar medidas neoliberais,
reduzindo o papel do Estado na sua participação em determinados setores
econômicos.
O Brasil iniciou, a partir da década de 1990, um acelerado programa de abertura
econômica conduzido pelo governo Collor. Através da redução de alíquotas de
importações, desregulamentação do Estado, privatizações das empresas estatais e
diminuição de subsídios, mudanças profundas foram implementadas na estrutura
industrial do país. Apesar de estimular a competitividade, muitas pequenas e médias
empresas não tiveram suporte técnico e �nanceiro para se adaptarem a essas
transformações. Até os dias atuais, a principal di�culdade enfrentada pelos pequenos
e médios empreendedores no Brasil é que os investimentos em tecnologia e o crédito
necessário para a efetuação de qualquer base de estruturação produtiva ainda
dependem do resguardo estatal. En�m, o país abraçou o neoliberalismo econômico
como política de Estado.
Livro
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/resumo-historico-economico-brasil-internacionalizacao-economia.htm
Filme
Unidade 2
Introdução a Economia
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Introdução
Olá caro(a) aluno(a),
Na unidade anterior vimos os primórdios dos estudos econômicos. Passamos desde
a antiguidade até o período atual, a importância desse estudo justi�ca-se a partir de
agora, pois nesta unidade você verá sobre os conceitos de economia, o que é e qual
sua importância. Outro fator importante que será exposto a seguir é relacionado ao
problema econômico fundamental. Você sabe o que é escassez? Sabe quais são
seus re�exos na sociedade? Se eu dissesse a você que provavelmente para estar
estudando neste curso agora, antes você teve que fazer uma escolha, por exemplo,
entre estudar ou comprar um carro, ou ainda sua decisão pôde ter sido entre
�nanciar uma casa ou entrar na faculdade. Eu estaria errado? Se não, saiba que isso
tem muito a ver com a economia, e suas contribuições com ciência das escolhas.
Você verá também as contribuições dos setores básicos da economia além de poder
a partir deste material distinguir os sistemas econômicos atuais.
Bons estudos!
Conceitos de Economia
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Etimologicamente, a palavra ECONOMIA, vem do Grego: OIKOS = casa NOMOS =
norma, Lei. Assim: “OIKOSNOMOS”
 “Administração da casa”
 “Aquele que administra o lar”
 “Administração da coisa pública”Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo de
bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas.
(VICECONTI E NEVES, 2013)
Para Nogami e Passos (2016) a economia é considerada como “uma ciência social
justamente porque tais ciências estudam a forma como a sociedade se organiza e
funciona. A partir de um determinado ponto de vista de que outras ciências sociais
tais como o direito, a sociologia, a antropologia e a psicologia também estudam o
funcionamento da sociedade, a economia por estudar comportamento humano
interagindo com  as organizações  na sociedade também o pode ser reconhecida
como ciência social.
Assim, de acordo com Vasconcellos (2015) “trata-se de uma ciência social, já que
objetiva atender às necessidades humanas. Contudo, depende de restrições físicas,
provocadas pela escassez de recursos produtivos ou fatores de produção”.
Esses fatores de produção são:
mão de obra;
capital;
terra;
matérias-primas.
De acordo com Rossetti (2016, p. 19) “a economia é um estudo da humanidade nas
atividades correntes da vida; examina a ação individual e social em seus aspectos
mais estreitamente ligados à obtenção e ao uso das condições materiais do bem-
estar”.
Linhas básicas da teoria econômica
Nosso material tem como foco de estudo a análise das duas grandes áreas da Teoria
Econômica:
MICROECONOMIA: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o comportamento
econômico das unidades individuais de decisão representados pelos consumidores,
pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos. As unidades
individualizáveis da economia, como o consumidor e a empresa, consideradas
isoladamente ou em agrupamentos de�nidos por critérios classi�catórios
(ROSSETTI, 2016, p. 40).
Figura 1: Compartimentos” usuais da economia: conexões entre principais
segmentos
Fonte: Rossetti (2016)
MACROECONOMIA: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da
economia como um todo, procurando identi�car e medir as variáveis que
determinam o volume da produção total, o nível de emprego e o nível geral de
preços do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia
mundial. (VICECONTI E NEVES, 2013).
O principal objetivo da teoria econômica é analisar como são determinados os
preços e as quantidades dos bens produzidos e dos fatores de produção existentes
na economia (PINHO, 2017 p. 301).
Problema econômico
fundamental
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Pinho et al (2017) ressalta que se todos tivessem uma renda maior, seria fácil
imaginar que nem todos iriam gastar as mesmas proporções em consumo. Desse
modo a caracteriza  então como uma ciência não exata, em que se podem
programar os resultados sem erros.
As necessidades humanas são in�nitas ou ilimitadas. Os Fatores de produção
(trabalho, capital e recursos naturais) são �nitos ou limitados. É por esses motivos
que a economia é conhecida também como a ciência da escassez ou das escolhas.
Nunca é demais rea�rmar que de forma sucinta a economia é a ciência da escassez.
Para Silva e Azevedo (2017, p. 39) “a escassez é derivada do termo latino excarpus,
que signi�ca algo em pouca quantidade, que possui carência, falta ou insu�ciência”. 
Após entender o signi�cado e a importância da economia, cabe explicitar o objeto
de análise da economia, ou seja, a variável “culpada” por todos os problemas
econômicos: escassez.
Se os recursos não fossem escassos, não haveria ciências econômica. Mas o que é
escassez?   Qual o sentido da escassez na economia? Escassez é  situação em que os
recursos são limitados e podem ser utilizados de diferentes maneiras, de tal modo
que devemos sacri�car uma coisa por outra. A escassez está relacionada ao tempo,
dinheiro, espaço, matéria prima, empregos, etc. Ou seja, recursos limitados e
necessidades ilimitadas!
A partir do problema da escassez, qualquer economia procura responder as
seguintes perguntas:
O que e quanto produzir?
Como produzir?
Para quem produzir?
REFLITA
Suponha “se uma quantidade in�nita de cada bem pudesse ser
produzida, se os desejos humanos pudessem ser completamente
satisfeitos, não importaria que uma quantidade excessiva de certo bem
fosse, de fato, produzida”
Fonte: Pinho et al (2017, p. 10).
Veja o quadro a seguir: 
Lei da Demanda e da Oferta
Lei da Demanda: é a visão do consumidor, expressa a relação inversa existente entre
a quantidade de um bem e seu preço. Quanto mais escasso for um bem, maior será
o seu preço e a abundância ocorrerá o inverso. 
Quadro 1: questões fundamentais sobre escassez.
necessidades humanas
ilimitadas  
– o que e quanto
produzir
x escassez 🡪escolha 🡪 – como produzir
recursos produtivos
escassos  
– para quem
produzir
    O QUE E
QUANTO
PRODUZIR:
A sociedade deve decidir se produz mais bens de consumo
ou bens de capital, ou, como num exemplo clássico: quer
produzir mais canhões ou mais manteiga? em que
quantidade? os recursos devem ser dirigidos para a
produção de mais bens de consumo, ou bens de capital?
    COMO
PRODUZIR:
Trata-se de uma questão de e�ciência produtiva: serão
utilizados métodos de produção capital-intensivos? ou mão
de obra-intensivos? ou terra-intensivos? Essa decisão
depende da disponibilidade de recursos de cada país.
    PARA
QUEM
PRODUZIR:
A sociedade deve decidir quais os setores que serão
bene�ciados na distribuição do produto: trabalhadores,
capitalistas ou proprietários da terra? agricultura ou
indústria? mercado interno ou mercado externo? Região Sul
ou Norte? Ou seja, trata-se de decidir como será distribuída a
renda gerada pela atividade econômica.
Fonte: Vasconcellos, (2015).
Por outro lado, a partir da visão do empresário/produtor a Lei da Oferta: estabelece
uma relação direta entre os preços dos bens e a quantidade ofertada. Assim, quanto
maior o preço, maior é a quantidade ofertada.
Agentes econômicos
São aqueles que agem sobre a economia. São pessoas de natureza física ou jurídica
que, por meio de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema
econômico. Segundo Nogami e Passos (2016) são eles:
as Famílias (ou unidades familiares);
as Empresas (ou unidades produtivas);e, 
o Governo.
Acompanhe o quadro a seguir: 
Portanto: 
                   DEMANDA maior que a OFERTA = a tendência é o preço subir 
                                     DEMANDA menor que a OFERTA = a tendência é o preço
baixar
Quadro 2: Agentes econômicos
      
Famílias
incluem todos os indivíduos e unidades
familiares da economia e que, no papel de
consumidores, adquirem os mais diversos tipos
de bens e serviços, objetivando o atendimento
de suas necessidades de consumo. Por outro
lado, as famílias, na qualidade de “proprietárias”
dos recursos produtivos, fornecem às empresas
os diver- sos fatores de produção: Trabalho,
Terra, Capital e Capacidade Empresarial.
são unidades
encarregadas de
produzir e/ou
comercializar bens e
serviços. A produção é
realizada por meio da
combinação dos fatores
produtivos adquiridos
juntos às famílias. Tanto
na aquisição de
recursos produtivos
quanto na venda de
seus produtos, as
decisões das empresas
são guiadas pelo
objetivo de se conseguir
o máximo lucro.
     
Empresas
       
Governo
por sua vez, inclui todas as organizações que,
direta ou indiretamente, estão sob o controle do
Estado, nas suas esferas federais, estaduais e
municipais. Muitas vezes o governo intervém no
sistema econômico atuando como empresário e
produ- zindo bens e serviços através de suas
empresas estatais; em outras, age como
compra- dor – quando, além de contratar
serviços, adquire materiais, equipamentos etc. –,
tendo em vista a realização de suas tarefas;
outras vezes, ainda, o governo intervém no siste-
ma econômico por meio de regulamentos e
controles com a �nalidade de disciplinar a
conduta dos demais agentes econômicos.
Fonte: Nogami e Passos (2016, p.16)
Setores básicos da
Economia
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
As atividades produtivas são divididas em três setores, são eles:
1. Setor primário: são atividades agrícolas, pecuáriase extrativas, sejam elas
minerais animais ou vegetais.
2. Setor secundário: são atividades industriais, onde as matérias primas são
transformadas em produtos acabados, prontos para o consumidor �nal.
3. Setor terciário: este setor se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não
ser tangível, concreto, embora seja de grande importância no sistema
econômico. É composto pelas unidades produtoras que prestam serviços,
como as instituições �nanceiras, escolas, hospitais, transportes, comércio etc.
Veja o detalhamento no quadro 3. 
Quadro 3 - atividades produtivas
ATIVIDADES PRIMÁRIAS DE PRODUÇÃO
Lavouras Culturas permanentes. Culturas temporárias extensivas.Horticultura. Floricultura.
Produção
animal
Criação e abate de gado e aves. Pesca. Caça. Derivados da
produção animal.
Extração
vegetal
Produção �orestal: silvicultura e re�orestamento para
usos múltiplos. Extração de recursos �orestais nativos.
ATIVIDADES SECUNDÁRIAS DE PRODUÇÃO
Indústria
extrativa
mineral
Extração de minerais metálicos e não metálicos.
Indústria de
transformação
Transformação de minerais não metálicos. Siderurgia e
metalurgia. Material eletroeletrônico e de comunicações.
Material de transporte. Bene�ciamento de madeira e
mobiliário. Celulose, papel e papelão. Química. Produtos
farmacêuticos e veterinários. Borracha. Produtos de
matéria plástica. Produtos de higiene e limpeza. Têxtil,
vestuário, calçados e artefatos de couro. Produtos
alimentares. Bebidas. Fumo. Editorial e grá�ca.
Indústria da
construção
Obras públicas. Construções e edi�cações para �ns
residenciais e não residenciais.
Atividades
semi-
industriais
Produção, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Gás encanado. Tratamento de esgotos. Potabilização e
distribuição de água.
ATIVIDADES TERCIÁRIAS DE PRODUÇÃO
Comércio Comércio exterior. Comércios internos atacadista evarejista, subagrupados segundo grandes ramos.
Intermediação
�nanceira
Instituições reguladoras e de emissão monetária. Bancos
comerciais e de desenvolvimento. Sociedades de crédito,
�nanciamento e investimento. Seguros. Capitalização.
Bens e serviços
Os bens e serviços de acordo com Nogami e Passos (2016) são tudo aquilo capaz de
atender uma necessidade humana.
Bens segundo Rossetti (2016, p. 126):
“é a denominação usual de produtos tangíveis, resultantes de
atividades primárias e secundárias de produção. É a denominação
genérica dos produtos que provêm das atividades agropecuárias e das
diferentes categorias de atividades industriais, de transformação e de
construção.” 
Por que os bens e serviços são procurados? Porque são úteis ou seja, atendem a
necessidade humana
Os bens podem ser classi�cados, quanto a raridade, em:
Livres: aqueles cuja a quantidade é ilimitada e podem ser obtidos sem nenhum
esforço humano. Ex: Luz solar, ar, mar, etc.
Econômicos: são escassos, tem valor de mercado e precisam de esforço
humano para produzi-los. Ex: carro, computador, caneta, etc.
Os bens econômicos são classi�cados, quanto a natureza, em:                                   
Atividades complementares dos mercados monetário,
�nanceiro, de capitais e cambial.
Transportes e
comunicações
Transportes aéreos, ferroviários, hidroviários e rodoviários.
Comunicações. Telecomunicações.
Governo Administração pública direta e autarquias, das diferentesesferas de governo: central, estadual, municipal.
Outros
serviços
Assistência à saúde. Educação e cultura. Hospedagem e
alimentação. Conservação e reparação de máquinas,
veículos e equipamentos. Lazer. Atividades pro�ssionais
liberais.
Fonte: Rossetti (2016)
Materiais: são tangíveis: consumo - e a eles podemos atribuir características
como peso, altura etc. Ex: roupa, caderno; capital – equipamentos;
intermediários – Livro, borracha, etc.
Imateriais ou serviços: são intangíveis: Ex: consulta médica, aula, os serviços de
um advogado, os serviços de transporte, etc.
Os bens podem ser classi�cados também em: bens de consumo; bens de capital;
bens �nais; bens intermediários; bens privados e bens públicos.
Acompanhe o detalhamento no quadro a seguir.
Quadro 4 - Outros bens: detalhamento
Bens de
consumo
São aqueles diretamente utilizados para a satisfação das
necessidades humanas. Podem ser de uso não durável,
ou seja, que desaparecem uma vez utiliza- dos
(alimentos, cigarros, gasolina etc.), ou de uso durável, que
tem como característica o fato de que podem ser usados
por muito tempo (moveis eletrodomésticos etc.).
Bens de
capital
(ou Bens de Produção), por sua vez, são aqueles que
permitem produzir outros bens. São exemplos de Bens
de Capital as maquinas, computadores, equipamentos,
instalações, edifícios etc.
Bens �nais
Tanto os Bens de Consumo quanto os Bens de Capital
são classi�cados como Bens Finais, uma vez que já́
passaram por todos os processos de transformação
possíveis, signi�cando que estão acabados.
Bens
intermediários
São aqueles que ainda precisam ser transformados para
atingir sua forma de�nitiva. A título de exemplo,
podemos citar o fertilizante utilizado na produção de
arroz, ou o aço, o vidro e a borracha utilizados na
produção de carros.
Bens privados São os produzidos e possuídos privadamente. Comoexemplo temos os automóveis, aparelhos de televisão etc.
Bens públicos
Referem-se ao conjunto de bens gerais fornecido pelo
setor público: educação, justiça, segurança, transportes
etc.
Fonte: Nogami e Passos (2016, p. 11)
Fatores de produção
Para produzir bens e serviços são os fatores de produção ou recursos produtivos.
Mas o que são fatores de produção?
São os elementos, limitados, utilizados no processo de fabricação dos mais variados
tipos de bens que irão satisfazer as necessidades humanas ilimitadas. Eles são
“constituídos pelas dádivas da natureza, pela população economicamente
mobilizável, pelas diferentes categorias de capital e pelas capacidades tecnológicas
e empresarial”. (ROSSETTI, 2016 p. 65). Respectivamente, são as seguintes as
denominações usuais desses recursos (como são classi�cados):
Recursos naturais ou terra → é a origem de todo o processo produtivo. Ex:
minerais, água, sol, etc;
Trabalho →  é a contribuição do ser humano na produção. Pode ser físico ou
intelectual. Ex: Trabalho de um agricultor no campo ou uma consulta médica;
Capital → são bens utilizados no processo produtivo. Ex: máquinas,
construções, infraestrutura, etc…
Tecnologia→  é constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que
dão sustentação ao processo de produção. O quadro 4 demonstra em detalhes
esse conjunto de conhecimentos e habilidades que se dá a denominação
genérica de capacidade tecnológica.
Quadro 5 - Capacidade tecnológica: conceito e tipologia.
Capacidade
tecnológica
Conjunto de conhecimentos e de habilidades que dão
sustentação ao processo de produção.
Conceitualmente corresponde às expressões savoir
faire (saber fazer) ou know-how (como fazer). Localiza-
se em todos os elos de todas as cadeias produtivas.
Está presente em todos os setores e em todas as
atividades humanas de produção. Envolve, de um lado,
os conhecimentos acumulados sobre as reservas
naturais; de outro lado, a capacitação do quadro
demográ�co; de outro ainda, a con�guração e o
desempenho dos bens de capital e dos bens e serviços
gerados. Nesse sentido, é um elo de ligação entre o
capital e a força de trabalho.
Tipologia da
capacidade
tecnológica
Capacitação para atividades de pesquisa e
desenvolvimento (P&D).
Capacitação para desenvolver e implantar novos
projetos.
Capacitação para operar os processos de produção.
Capacitação
para P&D
Traduz-se pelo talento, pelo conhecimento e pelas
habilidades requeridas para atividades de pesquisa
básica e aplicada. Envolve tecnologias de
armazenamento, processamento, interpretação, fusão
e interação de conhecimentos técnico-cientí�cos.
Fundamentalmente, resulta em invenções. 
Capacitação
para
desenvolvimento
e implantação
de projetos
Traduz-se por conhecimentos e habilidades para
formatar projetos de novos processos e de novos
produtos. Envolve a seleção e a combinaçãode
tecnologias tradicionais dominadas e de última
geração para de�nir plantas e viabilizar a produção de
protótipos em escala econômica. Fundamentalmente,
é a passagem da invenção à inovação.
Capacitação
para operar o
processo de
produção
Traduz-se por capacidades associadas à operação do
processo produtivo. Envolve habilidades relacionadas à
manutenção de plantas, ao planejamento e controle
da produção, à otimização de processos e ao controle
da qualidade dos produtos resultantes. Diz respeito
também aos relacionamentos com os demais
integrantes a jusante e a montante da cadeia
produtiva em que cada atividade se situa.
Empresariedade → a mobilização, a interação e a combinação dos recursos
fundamentais de produção pressupõem a existência de um quinto fator de alta
relevância: a capacidade de empreendimento.
Curva de Transformação e o Custo de
oportunidade
Como foi exposto anteriormente, a economia está ligada ao problema da escolha.
Isso muito provavelmente não lhe era novidade, visto que muito provável ou
certamente você já teve que escolher adquirir alguma coisa em relação à outra. E
por que isso acontece mesmo? Vale lembrá-lo que para responder a essa questão
basta se lembrar  que os recursos são limitados e as necessidades ilimitadas.
Em outras palavras, é imposto às empresas uma escolha para a produção de
diversos tipos de  bens.
Para ilustrar, será descrito a seguir uma breve situação hipotética:
a) Uma economia produz dois tipos de bens: X e Y;
b) A quantidade e qualidade dos recursos é �xa;
c) Existe pleno emprego;
d) A tecnologia é constante.
Essa Fronteira ou  Curva de Possibilidades de Produção (CPP), também é
costumeiramente identi�cada como a Curva de Transformação, “é a fronteira
máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados e a
tecnologia” (VASCONCELLOS, 2015 p. 10). Através de sua análise será possível obter a
percepção das alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos
disponíveis plenamente empregados.
A quantidade de cada bem que pode ser produzido dado a quantidade de fatores
de produção disponíveis pode ser melhor acompanhado na tabela 1.
Fonte: Rossetti (2016)
A tabela pode ser representado no grá�co 1, como: 
Grá�co 1 - Curva de transformação ou possibilidades de produção.
Fonte: o autor.
Curva de transformação mostra a possibilidade de produzir bens dada uma certa
quantidade de fatores de produção A situação anterior apresenta o custo de
oportunidade, no qual as empresas deverão “abrir mão” da produção de um bem
para produzir outro. Assim:
Trata-se de uma curva das possibilidades de produção ou curva de
transformação;
No limite da curva (pontos A, B, C, D e E) algumas respostas para as
possibilidades de produção poderão ser obtidas, tais como:
Tabela 1 - Tabela representativa das possibilidades de produção.
BEM QUANT.MAX. X
QUANTIDADES
INTERMEDIÁRIAS
QUANT.
MAX. Y
X 0 10 15 20 30
Y 55 45 25 5 0
PONTO A B C D E
Fonte: o autor.
Pode-se de�nir custo de oportunidade como todo sacrifício de se transferir os
recursos de uma atividade para outra, ou seja, é a quantidade de um bem ou serviço
a que se deve renunciar para obter outro. 
representa o que melhor está cotado no mercado no momento.
representa o sacrifício de escolher o que produzir dado a falta de
espaço disponível para produzir vários produtos.
Falta de tempo para produzir mais.
Mudanças nos rumos estratégicos dos negócios. Etc.
Sistemas Econômicos
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
A forma de comprar e vender bens, os impostos que se paga, o tipo de máquina
utilizados pelas empresas, etc variam de país para país.
Engloba todos os métodos pelos quais os recursos são alocados e os bens e serviços
distribuídos.
“Sistemas econômicos são arranjos historicamente constituídos, a partir dos quais os
agentes econômicos são levados a empregar recursos e a interagir via produção,
distribuição e uso dos produtos gerados, dentro de mecanismos institucionais de
controle e de disciplina, que envolvem desde o emprego dos fatores produtivos até
as formas de atuação, as funções e os limites de cada um dos agentes” (ROSSETTI,
2016, p. 141).
É formado por um conjunto de organizações que fazem com que os recursos
escassos sejam utilizados para satisfazer as necessidades humanas. É composto por:
a) Estoque de fatores de produção;
b) Empresas;
c) Instituições;
Sistema Socialista
A base do socialismo é a propriedade coletiva ou estatal dos recursos produtivos.
Estado toma todas as decisões. As indústrias são propriedade da sociedade como
um todo. O controle da propriedade é mantido pelo Estado para, supostamente, o
benefício da sociedade.
Para Rossetti (2016, p. 21) “o binômio produção-distribuição (entendendo-se
distribuição no sentido de processo distributivo ou, mais simplesmente, como
repartição) é a base a partir da qual a perspectiva socialista construiu sua
concepção”. Essa concepção é sobre a matéria de que se ocupa a economia.
Sistema capitalista
Para Comparato (2014) usando uma consagrada expressão de Gramsci, uma das
principais justi�cativas desse  sistema intitulado de capitalista, que foram
apresentadas pelos seus intelectuais, sempre foi a de que, embora provocando
necessariamente uma situação de desigualdade socioeconômica, ele é insuperável
em matéria de produção de bens.
Algumas características do sistema capitalista:
Fatores de produção, bens de consumo e dinheiro são propriedades privada;
Controle da economia é via sistema de preços;
Incentivo para a produção é o lucro;
As empresas são competitivas;
O papel do governo é limitado.
SAIBA MAIS
Qual a diferença entre comunismo e socialismo?
As expressões “comunismo” e “socialismo” recebem signi�cados nem
sempre muito precisos. Numa explicação bem resumida, daria para
dizer que, segundo a teoria marxista, o socialismo é uma etapa para se
chegar ao comunismo. Este, por sua vez, seria um sistema de
organização da sociedade que substituiria o capitalismo, implicando o
desaparecimento das classes sociais e do próprio Estado. “No
socialismo, a sociedade controlaria a produção e a distribuição dos bens
em sistema de igualdade e cooperação. Esse processo culminaria no
comunismo, no qual todos os trabalhadores seriam os proprietários de
seu trabalho e dos bens de produção”, diz a historiadora Cristina
Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Mas essas duas expressões também pode assumir outros signi�cados.
“Pode-se entender o socialismo, num sentido mais limitado,
signi�cando as correntes de pensamento que se opõem ao comunismo
por defenderem a democracia. Em contraposição, o comunismo serviria
de modelo para a construção de regimes autoritários”, a�rma o
historiador Alexandre Hecker, da Universidade Estadual Paulista
(Unesp) em Assis (SP).
Os especialistas são quase unânimes em a�rmar que nunca houve um
país comunista de fato. Alguns estudiosos vão mais longe e questionam
até mesmo a existência de nações socialistas. “Os países ditos
comunistas, como Cuba e China, são assim chamados por se inspirarem
nas idéias marxistas. Contudo, para os críticos de esquerda, esses países
sequer poderiam ser chamados de socialistas, por terem Estados fortes,
nos quais uma burocracia ligada a um partido único exerce o poder em
nome dos trabalhadores”, diz o sociólogo Marcelo Ridenti, também da
Unicamp.
Logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), formou-se na Europa,
sob liderança da União Soviética, um bloco de nações chamadas de
comunistas. “Esses países tornaram-se ditaduras, promovendo
perseguições contra dissidentes. A sociedade comunista, justa e
harmônica, concebida por Marx, não foi alcançada”, a�rma Cristina.
ACESSAR
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-socialismo-existiu-algum-pais-realmente-comunista/
Aqui, encerramos mais uma unidade da nossa disciplina de economia. Neste capítulo
vimos os conceitos de economia, uma ciência social justamente porque tais ciências
estudam a forma como a sociedade se organiza e funciona.objetiva atender às
necessidades humanas.
O estudo da economia segue duas linhas básicas teóricas: microeconomia que é o
ramo da Teoria Econômica que estuda o comportamento econômico das unidades
individuais de decisão representados e a macroeconomia, sendo que esta é o ramo
da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo. A
partir dessas distinções, a economia procura resolver um problema que
fundamentalmente norteia toda sua base de estudos.
Vimos que as necessidades humanas são in�nitas ou ilimitadas. Os Fatores de
produção (trabalho, capital e recursos naturais) são �nitos ou limitados. É por esses
motivos que a economia é conhecida também como a ciência da escassez ou das
escolhas. A partir do problema da escassez, qualquer economia procura responder as
seguintes perguntas: o que e quanto produzir? como produzir? para quem produzir?
A ação dos agentes econômicos que são aqueles que agem sobre a economia,
denominados como famílias (ou unidades familiares), empresas (ou unidades
produtivas) e governo. Estudamos também sobre o setor primário: são atividades
agrícolas, pecuárias e extrativas, sejam elas minerais animais ou vegetais; setor
secundário: são atividades industriais, onde as matérias primas são transformadas em
produtos acabados, prontos para o consumidor �nal; e, setor terciário: que se
diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser tangível, concreto, embora seja
de grande importância no sistema econômico.
Por �m, apresentamos os sistemas econômicos, arranjos historicamente constituídos,
a partir dos quais os agentes econômicos são levados a empregar recursos e a
interagir via produção, distribuição e uso dos produtos gerados, dentro de
mecanismos institucionais de controle e de disciplina, que envolvem desde o
emprego dos fatores produtivos até as formas de atuação, as funções e os limites de
cada um dos agentes.
Conclusão - Unidade 2
Leitura complementar
Coronavírus começa a atingir economia na China
Informações divulgadas ontem (26), por autoridades chinesas em coletiva de
imprensa, revelaram que o coronavírus está começando a afetar a economia. Além de
inibir o deslocamento da população pelo país, o alerta pelo risco de contaminação
atrasará também o cronograma chinês. Depois de cancelar as comemorações do Ano
Novo, o coronavírus impossibilitará o retorno às aulas e aos postos de trabalho.
Em primeiro lugar, as consequências do coronavírus foram sentidas no setor dos
transportes. Com a restrição de deslocamentos por trem, ônibus e avião, o �uxo de
passageiros, seja por turismo ou por mobilidade, teve redução. De acordo com o vice-
ministro de Transportes, Liu Xiaoming, no sábado (25), as viagens, em geral,
despencaram 28,8% em relação a 2019.
Ainda segundo os dados apresentados por Xiaoming, o declínio foi representativo,
especi�camente, em viagens aéreas civis (41,6%), de trem (41,5%) e rodoviárias (25%).
Inclusive, no domingo (26), a China Railway Chengdu anunciou a interrupção de
diversas rotas de trem de alta velocidade. Até Xangai, centro �nanceiro mundial e a
maior cidade da China, faz parte dos percursos que sofrerão a paralisação. Devido ao
coronavírus, esse recesso terá início já nos próximos dias e deve ter �m no início de
fevereiro.
No entanto, a avaliação governamental é de que os efeitos das interrupções gerarão
problemas de longo prazo para a China.
Combate ao coronavírus
Apesar das exigências com a higiene, como a obrigatoriedade do uso de máscaras
faciais, há uma escassez de materiais. Além das máscaras, faltam também kits de
teste de coronavírus e roupas especiais de proteção. Diante disso, o governo assumiu
a carência de suprimentos, especialmente na cidade de Wuhan, epicentro da doença.
Outro ponto crítico é o desequilíbrio entre a demanda e o montante de produção.
Segundo o vice-ministro da Indústria e Tecnologia da Informação, Wang Jiangping,
40% da capacidade total de produção foi ativada. A ação é um esforço para atender a
essas necessidades, mesmo com a pausado feriado do Ano Novo no país.
Por isso, o Ministério das Finanças da China emitiu cerca de 1,6 bilhões de dólares em
subsídios para assistência médica, compra de equipamentos e outros esforços. Assim
como as autoridades estão trabalhando para aumentar a equipe médica e
disponibilizar mais leitos hospitalares. 
Disponível em: 
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Livro
https://www.euqueroinvestir.com/coronavirus-comeca-atingir-economia-china/
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Unidade 3
Microeconomia
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Introdução
A partir desse momento faremos uma divisão em nosso estudo sobre economia.
Nesta e na próxima unidade deste material abordaremos os assuntos ligados à
micro e macroeconomia.  
Aqui especi�camente trataremos sobre a microeconomia e seus derivados. Você
verá adiante os conceitos que norteiam o estudo microeconômico e entender os
tipos de análise que circundam essa variável, bem como a aplicação de tal análise.  
Vamos conceituar também demanda, oferta e equilíbrio de mercado e ver a
importância estabelecida entre elas e obviamente compreender o que é demanda e
o que é oferta, além de sua in�uência na economia.
Por �m, abordaremos as teorias de mercado.
Bons estudos!
Microeconomia: conceitos
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
A microeconomia é o ramo ligado a Teoria Econômica que estuda como se
comporta economicamente as unidades individuais de decisão representados pelos
consumidores, pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos
(VICECONTI; NEVES 2013).
Para Mankiw (2013, p. 28) “ microeconomia é o estudo de como as famílias e
empresas tomam decisões e de como elas interagem em mercados especí�cos”.
O estudo da microeconomia foca em analisar a formação de preços no mercado, ou
seja, a interação entre os agentes econômicos, a empresa e o consumidor, por
exemplo, e como estes interagem e decidem qual o preço e a quantidade de
determinado bem ou serviço em mercados especí�cos” (VASCONCELLOS, 2015). 
Análise Microeconômica
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Pressupostos básicos
A hipótese coeteres paribus (ceteris paribus)
Ao empregar o uso de tal hipótese, está sendo a�rmado que o foco de estudo é
dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda
nele exercem, supondo que outras variáveis inter�ram muito pouco, ou que não
inter�ram de maneira absoluta. Tudo o mais permanece constante.   Isto signi�ca
que a validade das leis e dos modelos econômicos implica que sejam mantidos
constantes todos os demais fatores que podem interferir nas magnitudes das
variáveis sob observação.  Rossetti (2016, p. 57) salienta que essa expressão “signi�ca
mantidos inalterados todos os demais fatores ou, então, permanecendo iguais todos
os demais elementos”.
É exatamente a esta particularidade que os economistas se referem quando
empregam a expressão latina ceteris paribus:
Mantidos inalterados todos os demais fatores;
Permanecendo iguais todos os demais fatores.
Objetivos da empresa
A grande questão na microeconomia, reside na hipótese adotada quanto aos
objetivos da empresa produtora de bens e serviços. A análise tradicional supõe o
princípio da racionalidade (homo economicus) segundo o qual o empresários
sempre buscam a maximização do lucro total, otimizando a utilização dos recursos
de que dispões.
Dessa corrente surgem conceitos de receita marginal, custo marginal e
produtividade marginal ao invés de médias. 
SAIBA MAIS
O homo economicus é o homem econômico racional, ou seja, aquele
indivíduo que identi�ca suas preferências e processa todas as
informações disponíveis. Além disso, suas escolhas são sempre
consistentes e referendadas pelo uso da razão. Ainda de acordo com a
economia racional, esse homem é descrito como alguém que evita
trabalho desnecessário usando o julgamento racional. Nesse sentido,
ele consegue sempre maximizar sua riqueza. Finanças
Comportamentais: Veja 6 truques da mente contra você Ou seja, o
homo economicus sempre analisa todos os custos de oportunidades
envolvidos na tomada de decisão. Então elefaz as escolhas mais
acertadas e consequentemente otimiza seus resultados.
Fonte: Suno Research 
ACESSAR
https://www.sunoresearch.com.br/artigos/homo-economicus/
Aplicações da Análise
Microeconômica
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Análise microeconômica ou ainda teoria dos preços é a parte do estudo dedicada
em explorar, como parte da ciência econômica obviamente, como se determina o
preço dos bens e serviços, ou seja, como eles são formados, também dos fatores de 
produção.
Essa análise preocupa-se em responder, também, algumas questões
aparentemente rotineiras, um exemplo delas é:
Analise microeconômica: empresas
De acordo com Rossetti (2016, p. 145) “as empresas são os agentes econômicos para
os quais convergem os recursos disponíveis da economia, mobilizados para �ns
produtivos”.   Do ponto de vista microeconômico as análises realizadas pelas
empresas condizem com decisões que podem ser tomadas por elas a partir da
análise da microeconomia, elas devem considerar, por exemplo:
Políticas de preços da empresa;
Previsões de demanda e faturamento;
Previsões de custo de produção;
Decisões ótimas de produção ( escolha da melhor alternativa);
Avaliação e elaboração de projetos de investimento( custo-benefício);
Politica de propaganda e publicidade;
Localização da empresa;
Diferenciação de mercados. 
Analise microeconômica: política
econômica
porque, quando o preço de um bem se eleva, a quantidade demandada
desse bem deve cair, ceteris paribus?
São decisões necessárias ao planejamento estratégico das empresas e à política e à
programação econômica do setor público. Consistem:
Avaliação de projetos de investimentos públicos;
Efeitos de impostos sobre mercados especí�cos;
Política de subsídios;
Fixação de preços mínimos na agricultura;
Fixação do salário mínimo;
Controle de preços;
Política salarial;
Política de preços e tarifas públicas (água, luz e outras);
Fixação de tarifas alfandegárias;
Leis antitruste (defesa da concorrência).
Para Vasconcellos (2015, p.15) “as políticas econômicas governamentais (políticas
salariais, políticas assistencialistas, gastos com educação etc.) in�uenciam direta e
indiretamente na mobilidade social”.
Demanda e oferta de
mercado
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Conceito de Demanda
A demanda ou procura pode ser de�nida como a quantidade de um determinado
bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de
tempo.
Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço
que os consumidores desejam adquirir, num dado período, dada sua
renda, seus gastos e o preço de mercado. Representa um desejo, um
plano: o máximo a que o consumidor pode aspirar, dada sua renda e os
preços no mercado (VASCONCELLOS 2015, p.31).
A procura depende de variáveis que in�uenciam a escolha do consumidor. São elas:
o preço do bem ou serviço, o preço de outros bens, a renda do consumidor e o gosto
ou preferência do indivíduo. Para estudar-se a in�uência dessas variáveis utiliza-se a
hipótese do coeteris paribus (Ceteris paribus), ou seja, considera-se cada uma
dessas variáveis afetando separadamente as decisões do consumidor.
Demanda é o mesmo que quantidade demandada? Embora tendam a ser utilizados
como sinônimo existe distinção entre demanda e quantidade demandada, esses
termos têm signi�cados diferentes.
Essa relação entre preço e quantidade demandada se aplica à maioria
dos bens existentes na economia e, de fato, ela é tão universal que os
economistas a chamam lei da demanda: com tudo o mais mantido
constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade
demandada deste diminui; quando o preço diminui, a quantidade
demandada do bem aumenta (MANKIW 2013, p. 65).
Por demanda entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a
determinadas quantidades. Por quantidade demandada devemos entender um
ponto especí�co da curva relacionando um preço a uma quantidade.
Grá�co 1 - Demanda ou quantidade demandada.
Fonte: o autor.
No grá�co 1 é possível perceber a relação entre demanda e quantidade demandada
ao ponto de que por exemplo considerando o fator preço (céteris páribus) ao ponto
de que se este subir a demanda/quantidade demandada tende a reduzir. A mesma
regra se aplica quando inversamente analisado. A curva de demanda é
negativamente inclinada, pois ao ponto de que o preço sobe as quantidades
demandadas tendem a baixar ou conforme citado acima, analisando pelo ponto de
vista de que se o preço baixar as quantidades procuradas tende a subir. 
Conceito De Oferta
A oferta é conceituada como sendo as várias quantidades que os produtores
desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. “É a quantidade
que os vendedores querem e podem vender” (MANKIW 2013, p. 71).
Da mesma maneira que foi exposto quando tratamos da demanda, a oferta
depende de vários fatores. Dentre eles, destaca-se seu próprio preço, dos demais
preços, do preço dos fatores de produção, das preferências do empresário e da
tecnologia.
Para Silva e Azevedo (2017, p. 77) lei da oferta, “refere-se ao fato de que quanto mais
elevado for o preço de um bem ou serviço, maior será a disposição do empresário
em disponibilizar o seu produto para os consumidores, coeteris paribus”. 
Grá�co 2 - Oferta
Fonte: o autor.
Equilíbrio de mercado
A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a quantidade de
equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado. 
Grá�co 3 - Equilíbrio de mercado.
Fonte: o autor.
Na intersecção das curvas de oferta e demanda (ponto E) ou seja, ao se cruzarem,
teremos o preço e a quantidade de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que
atendem às aspirações, necessidades dos consumidores e dos produtores de forma
simultânea.
Quando a quantidade ofertada estiver abaixo daquela de equilíbrio “PE” (A, por
exemplo), teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma competição
entre os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores que as
ofertadas. Formar-se-ão �las, o que forçará a elevação de preços, até atingir-se o
equilíbrio, quando as �las cessarão. Más se a quantidade ofertada se encontrar
acima do ponto de equilíbrio “PE” (B, por exemplo), haverá um excesso ou excedente
de produção, um acúmulo de estoques não programado do produto, o que poderá
provocar uma competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos
preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio (VASCONCELLOS 2015, p. 55) .
Dessa forma visando a equidade, o governo pode intervir na formação de preços no
mercado através de:
1. Impostos;
2. Subsídios;
3. Tabelamento;
4. Fixação de preços mínimos;
5. Congelamentos de preços e salários;  Etc.
Elasticidade
É possível explicar a elasticidade como o grau de reação de um produto à variação
de, por exemplo, seu preço, isto é, a elasticidade demonstra uma relação entre o
efeito nas quantidades demandadas ou ofertadas de determinado produto e as
causas que o determina, sob a condição de coeteris/céteris paribus.
Para resumir podemos conceituar elasticidade com o grau de reação ou de
sensibilidade de um bem ou serviço à variação de, seu preço, preço dos produtos
substitutos ou complementares e renda do consumidor. “A elasticidade é uma
medida do tamanho da resposta dos compradores e vendedores às mudanças das
condições do mercado” (MANKIW 2013, p. 87).
Sua metodologia de cálculo parte da análise do quociente entre a variação
percentual da quantidade em função da variação percentual de outra variável, que
lhe provoque alguma mutação, como o preço do próprio bem ou serviço. Ela poderá
ser calculada no ponto ou num intervalo ou arco.
Elasticidade-Preço da Demanda
Sua função é avaliar a reação da quantidade da demanda de um bem ou serviço em
relação às variações em seu preço. Essa é a visão do quando considerado o lado do
consumidor.
A elasticidade-preço da demanda pode ser de�nida “como sendo a relação entre a
variação percentual na quantidade demandada e a variação percentual no preço”
(VASCONCELLOS 2011 p. 8).
Algebricamente, a elasticidade-preçoda demanda pode ser representada por:
 = Variação na quantidade demandada
 = Variação no preço
Edp = onde :
ΔQ
Q
ΔP
P
ΔQ
ΔP
Figura 1 - A elasticidade-preço da procura
Fonte: Rossetti (2016, p. 432)
Elasticidade-Preço da Oferta
O mesmo raciocínio utilizado para a demanda também se aplica para a oferta, a
�gura 2 mostra perfeitamente essa relação de raciocínios. No entanto, neste caso
que o resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entre preço e
quantidade ofertada é direta. 
Figura 2 - A elasticidade-preço da procura
Fonte: Rossetti (2016, p. 433)
“A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade ofertada
res- ponde a mudanças no preço. A oferta de um bem é chamada
elástica se a quantidade ofertada responde substancialmente a
mudanças no preço. A oferta é chamada inelástica se a quantidade
ofertada responde pouco a mudanças no preço” (MANKIW 2013, p. 96).
Quanto maior o preço, maior a quantidade que o empresário estará disposto a
ofertar, coeteris paribus. 
Teoria da produção
AUTORIA
Rodrigo Jr. Gualassi
Conceito da Teoria da Produção
A Teoria da Produção preocupa-se com o lado da oferta do mercado, ou seja, com os
produtores, que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles
produzidos.
Produção é o processo pelo qual uma �rma transforma os fatores de
produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no
mercado. Assim, a �rma é uma intermediária: compra insumos (inputs,
fatores de produção), combina-os segundo um processo de produção
escolhido e vende produtos (outputs) no mercado (VASCONCELLOS,
2015 p. 113)
Para que essa teoria seja melhor entendida, antes, devemos nos ater aos conceitos
de �rma e posteriormente na de�nição da função de produção:
Firma, ou empresa: Na Teoria da Produção, não há interesse em de�nir a
empresa do ponto de vista jurídico ou contábil. Portanto, aqui, a empresa será
apenas uma unidade técnica de produção. Em decorrência, o empresário será
o proprietário ou pessoa que administra a �rma (SILVA; LUIZ, 2010).
Vasconcellos (2015, p. 143) destaca como objetivo proposto pelas �rma a “maximizar
lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de rentabilidade
sobre os custos etc”.
Função de produção: que é uma relação técnica entre as quantidades
empregadas dos fatores de produção e as quantidades produzidas do bem ou
serviço, podendo ser representada pela expressão:
Q= f (K, L) em que: 
Q= quantidade produzida do bem; 
K=  quantidade empregada de fator capital; 
L=  quantidade empregada de fator trabalho;
Essa expressão signi�ca que a quantidade produzida do bem depende, ou “é
função”, das quantidades empregadas dos fatores capital e trabalho. “No qual
insumos tais como serviços de mão de obra, matéria-prima e serviços de bens de
capital são transformados em um produto �nal” (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E
BARBIERI, 2011, p. 147).
Lei dos Rendimentos Decrescentes
Um dos conceitos mais conhecidos entre os economistas, dentro da Teoria da
Produção, é o da Lei ou Princípio dos Rendimentos Decrescentes, que trata sobre
quando elevando-se a quantidade do fator variável, permanecendo �xa a
quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente aumentará as taxas
crescentes; a seguir, depois de certa quantidade utilizada do fator variável,
continuará a crescer, mas a taxas que tendem a cair continuando o incremento da
utilização do fator variável, a produção total chegará a um máximo, para depois
diminuir.
A Lei dos Rendimentos Decrescentes se refere a uma teoria que explica
o motivo por aumentos nas quantidades produzidas serem cada vez
menores em relação ao acréscimo de unidades produtivas no processo
de produção de um bem ou serviço. A teoria defende que a e�ciência
produtiva diminui a cada novo fator de produção incrementado ao
mesmo fator �xo (SILVA; FERNANDES, 2017 p. 57).
Se considerarmos como exemplo dois fatores: terra (�xo) e mão-de-obra (variável) é
possível veri�car que, se várias combinações de terra e mão-de-obra forem utilizadas
para produzir um item como o feijão e se a quantidade de terra for mantida
constante, os aumentos da produção dependerão do aumento da mão-de-obra
empregada na lavoura para sua efetiva produção. 
Assim, a produção deste item aumentará até certo ponto e depois cairá, isto é, a
maior quantidade de homens para trabalhar, associada à área constante de terra,
permitirá que a produção cresça até um certo ponto (máximo) e depois passe a
diminuir. Como a proporção entre os fatores �xo e variável vai se alterando, quando
aumenta a produção, essa lei também é chamada de Lei das Proporções Variáveis.
Custo de Oportunidade
São os custos relacionados às oportunidades deixadas de lado por determinado
indivíduo ou empresa, num espaço de tempo especí�co. Essa situação é mais fácil
de ser veri�cada se tomarmos por base o exemplo de uma empresa que possua
galpão próprio. Enquanto os contadores normalmente contabilizam o custo igual a
zero na utilização desse galpão, mesmo que ele abrigue as máquinas da própria
empresa, os economistas identi�cam nessa situação uma possibilidade de ganho,
pois o empresário poderia receber algum tipo de receita não operacional, caso ele
alugasse esse galpão. Dessa forma, os aluguéis não recebidos correspondem ao
custo de oportunidade (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E BARBIERI, 2011).
Custos Fixos e Variáveis
De acordo com Vasconcellos (2015, p. 127) “custos contábeis são aqueles
normalmente lançados na contabilidade privada, ou seja, são custos explícitos, que
sempre envolvem um dispêndio monetário”.
São os gastos efetivos contabilizados no balanço da empresa, que podem ser:
a) Custos Fixos: Ele independe da produção, não varia de acordo com seu volume e é
representado por fatores �xos, como aluguel, IPTU etc. - ,que são denominados,
contabilmente, custos indiretos.
b) Custos Variáveis: Esse custo depende da produção e varia de acordo com seu
volume. É representado por fatores variáveis – como mão-de-obra, matéria-prima
etc. – e são denominados, contabilmente, custos diretos.
Custos Médio e Marginal
Custo Total Médio: é o resultado do quociente do custo total pela quantidade total
produzida, também conhecido como custo unitário.
Custo Marginal: Também denominado custo incremental, é o resultado da produção
de uma unidade adicional de produto. Podemos calculá-lo pelo quociente da
variação do custo total pela variação da quantidade total produzida. Sua ocorrência
só é possível para o custo variável, uma vez que os custos �xos não variam em
função da produção.  
Economias e Deseconomia de Escala
As economias de escala ocorrem quando a curva de custo total médio de longo
prazo decresce com o aumento da produção, já as deseconomias de escalas
ocorrem quando a curva de custo total médio se eleva com a produção (MANKIW,
2013)
Quanto às economias de escala podemos destacar três possíveis causas para sua
ocorrência. São elas:
a)  Economia de escala na fábrica – está ligada ao investimento no capital �xo e
humano, trazendo ganhos provenientes da especialização, que, por sua vez, estão
relacionados à produtividade dos fatores, ou seja, estão relacionados aos aumentos
mais que proporcionais da capacidade produtiva em relação aos custos de
produção. Também podemos ter o que chamamos de economias de escopo, que
re�etem os benefícios de menores custos ao se produzir dois ou mais produtos em
conjunto em vez de separados.
b) Economia de escala no produto – está relacionada ao aumento da especialização
dos fatores quando a produção de um único e especí�co produto, por exemplo a
mão-de-obra, tende a se tornar cada vez mais quali�cada para a elaboração de um
CTMe =
Custo Total
Total Produzido
CTMg =
ΔCV T
ΔQuantidade Total
produto por causa das repetidas vezes que lida com ele. Esse fato está ligado à curva
de aprendizado, que se re�ete diretamente nos custos.
c)  Economia de escala ligada à empresa – são várias as vantagens que esse tipo de
economia pode trazer, e dentre as mais importantes destacamos:
Vantagens de produção e distribuição –

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