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EconomiaEconomia AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Bem vindo(a)! As empresas desempenham suas atividades de comércio, produção e serviços sob um contexto de comportamentos diferenciados dos consumidores, a existência da escassez de recursos, a falta ou excesso de demanda e oferta e a presença do estado regulamentado, incentivando e demandando. Desta forma a disciplina de economia torna-se necessária ao aluno por proporcionar condições de avaliar essa dinâmica de mercado e confrontar com a realidade da atividade empresarial onde atua. Nesta nossa disciplina de economia contemplaremos na unidade I, os princípios da economia de forma que serão abordados os primórdios do pensamento econômico percorrendo um caminho de correntes e pensamentos que levam até os tempos atuais. Já na unidade II serão apresentados conceitos de economia, o problema econômico fundamental, os setores básicos da economia e os sistemas econômicos. Na unidade III conceituaremos e contextualizaremos a microeconomia, compreenderemos os tipos de análise microeconômica visando estabelecer a importância da aplicação da sua análise. Conceituaremos e contextualizaremos demanda, oferta e equilíbrio de mercado com o objetivo de compreender demanda e oferta. Ao �nal da unidade III abordaremos os conceitos de teoria de mercado. Por �m, na unidade IV conceituaremos macroeconomia além de promover a compreensão dos objetivos da política macroeconômica. Apresentaremos os instrumentos de política macroeconômica e contextualizaremos os agregados macroeconômicos, além de conceituar e tipi�car moeda e conceituar e compreender a in�ação. Ao estudar este material esperamos capacitar o estudante a avaliar sistematicamente a atuação de todos os agentes econômicos que participam de um sistema econômico. Preparar o aluno para lidar com os conceitos e instrumentos básicos da teoria econômica, especialmente de Microeconomia, em que o administrador se baseia para tomar decisões empresariais, sobrelevando os aspectos das decisões dos agentes econômicos individuais: o consumidor e a �rma, e como estes se relacionam nos mercados. Compreender a in�uência do Estado sobre as empresas. Compreender as políticas e os impactos na demanda por meio da ampliação ou redução do crédito; moeda e in�ação. Aproveite seu material. Bons Estudos! Unidade 1 Antecedentes históricos da economia AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Introdução Olá, Este capítulo foi carinhosamente preparado para que você possa antes mesmo de ter contato com os assuntos econômicos mais próximos da nossa realidade, buscar compreender o porquê e como chegamos até aqui. Dessa forma passaremos cronologicamente por períodos que remetem desde os primórdios da humanidade até os tempos atuais. Percorrendo por períodos como por exemplo na antiguidade quando percebidos alguns dos primeiros registros dos estudos econômicos a saber. É fato de que economia não é uma disciplina simples de se entendida, nem é nosso objetivo que você pense que é, por isso este material traz conteúdos de forma sucinta, considerando uma abordagem simples e objetiva acerca do que cada época passada gerou de conteúdo que possa hoje, ser amplamente estudado e além disso utilizado como base de uma ciência social que faz parte da vida de todos nós. Espero que goste. Bons estudos! Precursores da teoria econômica AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Ao iniciar esse capítulo suponho que seja necessário esclarecer uma importante indagação: qual a necessidade de estudar sobre teoria da economia? Pensemos bem a esse respeito. Talvez você possa estar pensando que não existe necessidade, até mesmo porque poderia ser uma tremenda perda de tempo pesquisar algo que ocorreu a tanto tempo, certo? Errado. Veja o que nos diz Nogami e Passos (2016, p. 7) acerca desse assunto:” como qualquer outra ciência, a Economia preocupa-se com a previsão e a explicação de fenômenos. Para tanto, utiliza-se de teorias. Em economia, construir teorias signi�ca extrair conhecimentos sobre o funcionamento do sistema econômico”. E essas teorias servem como base para as próximas que poderão surgir. Uma vez que entende-se a importância de tal pesquisa histórica, passamos a partir de agora então, aos fatos que merecem destaque ao longo do tempo. Alguns importantes períodos históricos podem ser associados a fatores econômicos, como exemplo disso, pode-se citar os ciclos do ouro e da cana-de-açúcar no Brasil, e a Revolução Industrial, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a crise do petróleo, que alteraram profundamente a história mundial. As próprias guerras e revoluções são permeadas por motivações que podem ter origens e interesses econômicos. E para ajudar na compreensão da economia como a conhecemos hoje, o(a) convido para olhar para o passado. Antiguidade Para iniciar nossos estudos sobre economia, se faz importante destacar que por um bom tempo, ela constituiu-se como um conjunto de preceitos ou de soluções adequadas a problemas particulares. Como bem mencionado por Pinho et al (2017, p. 67) “na antiguidade grega, por exemplo, apareceram apenas algumas ideias econômicas fragmentárias em estudos �losó�cos e políticos, mas sem o brilho dos trabalhos nos campos da ATENÇÃO Nunca é demais frisar que o objetivo do estudo da Ciência Econômica é analisar os problemas econômicos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de vida (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008). �loso�a, ética, política, mecânica ou geometria”. Sendo possível identi�car tais correlações por exemplo conforme observados em Aristóteles, Platão e Xenofonte: “Aristóteles (384-322 a.C.), em seus estudos sobre aspectos de administração privada e sobre �nanças públicas. Também encontramos algumas considerações de ordem econômica nos escritos de Platão (427-347 a.C.) e de Xenofonte (440-335 a.C.), sendo que este último aparentemente cunhou o ter- mo economia (oikonomia), no sentido de gestão de bens privados” (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008, p. 22). Contudo, para Silva e Azevedo (2017, p. 17) “na antiguidade os estudos não apresentavam um padrão homogêneo ou sistemático das relações econômicas, não havendo contribuições consistentes para o surgimento da Teoria Econômica”. Por isso, nessa época tal atividade econômica associada ao homem era vista como parte da �loso�a social, moral e ética, a qual deveria se orientar seguindo princípios gerais da ética, justiça e igualdade. Rossetti (2016, p. 16) também destaca que “�lósofos da Grécia Antiga, como Platão e Aristóteles, e os escolásticos da Idade Média tenham explorado temas de conteúdo econômico”. Mercantilismo AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi O Mercantilismo (1450-1750) segundo Pinho et al (2017, p. 68) “imprimiu ao pensamento econômico um cunho de arte empírica, de preceitos de administração pública que os governantes de- veriam usar para aumentar a riqueza da nação e do príncipe”. Importantes transformações marcaram o início do Mercantilismo, destacando-se as seguintes: intelectuais — com o Renascimento e sua magní�ca �oração artística (Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, Rafael, Ticiano e outros) e literária, a laicização do pensa- mento, o retorno aos métodos de observação e de experiência, a difusão de novas ideias por meio da imprensa (Gutemberg imprimiu a primeira Bíblia em 1450) etc.; religiosas — trazidas principalmente pelo movimento da Reforma, em especial a implantada por Calvino e pelos puritanos anglo- saxões, que exaltavam o individualismo e a atividade econômica, condenavam a ociosidade, justi�cavam os empréstimos a juros, a busca do lucro, o sucesso nos negócios etc.; padrão de vida — marcadas pela reabilitação teológica da vida material em relação ao ascetismo e, consequentemente, pelo desejo de bem-estar, de alimentação requintada (com o uso de especiarias, do açúcar etc.), de habitações confortáveis e arejadas (que implicavam a necessidade de decoração dos interiores, com móveis trabalhados, quadros, tapeçarias, louças �nas etc.), de viagens inter-regionais (quecontribuíram para a propagação das novas maneiras de viver e de pensar) etc.; políticas — com o aparecimento do Estado Moderno, coordenador dos recursos materiais e humanos da nação, aglutinador das forças da nobreza, do clero, dos senhores feudais, da burguesia nascente etc.; transformações geográ�cas — decorrentes da ampliação dos “limites do mundo”, graças às grandes descobertas (sobretudo a bússola) e aos esforços para desenvolver a navegação (em especial dos soberanos portugueses, como o infante D. Henrique, o Navegador): Bartolomeu Dias dobrou o cabo das Tormentas (1487), Colombo desembarcou em Guanahani (1492), Vasco da Gama atingiu as Índias (1498), Cabral descobriu o Brasil (1500), Magalhães empreendeu, pela primeira vez, uma viagem de circum- navegação, concluída por seu lugar-tenente Sebastião del Cano (1514), Cortez conquistou o México (1519-1521), Pizarro dominou a terra dos Incas (1531) etc.; transformações econômicas — ao �uxo à Europa de metais preciosos, provenientes do Novo Mundo, provocou o deslocamento do eixo econômico mundial: os grandes centros comerciais marítimos não mais se limitaram ao Mediterrâneo, estendendo- se também ao Atlântico e ao Mar do Norte (Londres, Amsterdã, Bordéus, Lisboa etc.). O aparecimento de interessantes ideias sobre a moeda possibilitou a elaboração da concepção metalista, base do Mercantilismo: o ouro e a prata passaram a ser considerados os mais perfeitos instrumentos de aquisição de riqueza (PINHO, 2017, p. 19). Vasconcellos e Garcia (2008) contribuem para a formação do nosso entendimento ressaltando que o surgimento da primeira escola econômica denominada mercantilismo pôde ser percebida a partir do século XVI, mesmo não apresentando um conjunto técnico homogêneo possuía algumas características importantes, como: Apresentava algumas preocupações explícitas sobre acumulação de riquezas de uma nação; Continha alguns princípios de como fomentar o comércio exterior e entesourar riquezas; Aparecem relatos mais elaborados da moeda em detrimento da grande importância proveniente do acúmulo de metais. E foi a partir disso que a política mercantilista estimulou guerras, aqueceu o nacionalismo mantendo a forte presença do Estado no que tange os assuntos econômicos. Fisiocracia - "Regras da natureza" AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Surge como reação ao mercantilismo. Escola de pensamento francesa que elaborou trabalhos importantes. Sustentavam que a terra era a única fonte de riqueza e que havia um ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Proveniência Divina para a felicidade dos homens. Fisiocracia quer dizer “regras da natureza” e o trabalho de maior destaque obteve respaldado em François Quesnay. Tableau Économique, sua obra de maior relevância. Quesnay, foi o Primeiro a dividir a economia em setores, mostrando a relação entre eles. Está na origem do sistema de circulação monetária input-output criado no século XX (anos 1940) pelo economista russo, naturalizado norte-americano, Wassily Leontief , da Universidade de Harvard. Para os �siocratas, a riqueza consistia em bens produzidos com a ajuda da natureza em atividades econômicas como a lavoura, a pesca e a mineração. A agricultura era encorajada, pois só a terra tinha capacidade de multiplicar riqueza. Existia a exigência que as pessoas empenhadas no comércio e nas �nanças fosse reduzidas ao menor número possível (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008). A Fisiocracia impôs-se principalmente como doutrina da ordem natural: o universo é regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela Providência Divina para a felicidade dos homens. Estes, por meio da razão, poderão descobrir essa ordem[...]Alguns autores consideram as teorias de Quesnay sobre o Estado e a sociedade meras reformulações da doutrina escolástica que satisfaziam aos nobres e à sociedade. Uns poucos chegam a destacar certa tendência teológica no pensamento de Quesnay, mas a maioria está de acordo em reconhecer a natureza puramente analítica ou cientí�ca de sua obra econômica (PINHO 2017, p. 71). Silva e Azevedo (2017, p. 18) destacam que “acreditava--se em uma ordem natural que fazia com que o universo fosse regido por leis naturais, absolutas, imutáveis e universais, desejadas pela providência divina para a felicidade dos homens”. Desse modo os �siocratas, consideravam que toda a vida permanece na dependência da produtividade do solo bruto e a capacidade natural de renovação do meio ambiente. Liberalismo AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Adam Smith (1723-1790) Teve como um dos seus maiores pensadores na �gura de Adam Smith (1723-1790). Considerado precursor da moderna teoria econômica, ou ainda, Smith é comumente conhecido como “pai” da economia. A Riqueza das Nações (1976), sua obra, trata de questões econômicas que vão desde as leis do mercado e aspectos monetários até a distribuição do rendimento da terra, concluindo com um conjunto de recomendações políticas. “No qual defendia o liberalismo, ou seja, a livre concorrência e a desnecessidade do governo nas questões econômicas, o que �cou conhecido por laissez-faire, ou “deixar-fazer”, em francês” (SILVA E AZEVEDO, 2017, p. 18). Em sua visão harmônica do mundo real, Smith entendia que a atuação da livre concorrência, sem qualquer interferência, levaria a sociedade ao crescimento econômico, como que guiada por uma mão invisível. Com Argumentos baseados na livre iniciativa, no laissez –faire considerava-se que a causa da riqueza das nações é o trabalho humano ou teoria do valor-trabalho. Divisão do trabalho, especialização em tarefas especi�cas (áreas) e daí como consequência Fator decisivo para aumento da produção (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008). Para Smith A Produtividade decorre da divisão de trabalho que por sua vez decorre da tendência inata da troca, que, �nalmente é estimulada pela ampliação dos mercados. O papel do Estado na economia deveria corresponder apenas à proteção da sociedade contra eventuais ataques e à criação e à manutenção de obras e instituições necessárias, mas não à intervenção nas leis de mercado e, consequentemente, na prática econômica. Embora a maioria dos autores tenha feito de Smith (1723-1790) o apologista da nascente classe industrial capitalista, a verdade é que ele se mostrava favorável aos operários e aos trabalhadores agrícolas, opondo-se aos privilégios e à proteção estatal que apoiavam o “sistema mercantil” (PINHO, 2017, p. 72). David Ricardo (1772-1823) Os temas presentes nas suas obras incluem a teoria do valor-trabalho na qual traça uma relação entre o trabalho e o seu respectivo valor monetário; a teoria da distribuição, que relaciona os lucro e os salários; o comércio internacional e temas monetários (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008). John Stuart Mill (1806-1873) Morreu em 1873. Deixou-nos uma obra vasta que, ainda hoje, constitui excelente motivo de re�exão e cujo estudo é incontornável. Dela se destacam: Sistema de Lógica Dedutiva e Indutiva (1837), Princípios de Economia Política (1844), Sobre a Liberdade (1859), Considerações Sobre o Governo Representativo (1861), Utilitarismo (1863), Sujeição das Mulheres (1869) e Autobiogra�a (1873) (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008). Jean-Baptiste Say (1768-1832) Tal como Smith, considera o “mercado” essencial. Segundo Say a produção realiza- se através de 3 elementos: 1. o trabalho; 2. o capital;e, 3 agentes naturais (por agentes naturais entenda-se a terra, etc). Deu atenção especial ao empresário e ao lucro. Subordinou o problema do equilíbrio das trocas diretamente à produção, tornando- se conhecida sua concepção de que oferta cria a procura equivalente (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008). Thomas Malthus (1766-1834) Economista inglês que elaborou uma teoria que a�rmava que a população iria crescer tanto que seria impossível produzir alimentos su�cientes para alimentar o grande número de pessoas no planeta. Dentre suas obras a principal foi o Princípio da População. Para Malthusa produção de alimentos crescia de forma aritmética, enquanto o crescimento populacional crescia de forma alarmante. Karl Marx (1818-1883) Para Pinho (2017, p.75) Marx “opôs-se aos processos analíticos dos clássicos e às suas conclusões, com base no que Lenin considerou a melhor criação da humanidade no século XIX”. Aqui podendo ser citado a �loso�a alemã, a economia política inglesa e o socialismo francês”. Vasconcellos e Garcia (2008, p. 29) salientam que a escola marxista “critica a abordagem pragmática da ciência econômica e propõe-se um enfoque analítico, em que a Economia interage com os fatos históricos e sociais”. A�rma que analisar questões econômicas deixando de lado a observação de fatores históricos e sociais pode gerar uma visão distorcida da realidade. Em seu trabalho de maior relevância, a obra intitulada de O capital, Marx enfatiza a teoria do valor do trabalho analisando aspectos da economia com sua teoria referenciada. Para ele, o capital detém-se com a burguesia, classe social desenvolvida após o desaparecimento do sistema Feudal. Essa classe tem a apropriação dos meios de produção, cabendo a outra parte, classe social, intitulada de proletariado vender sua força de trabalho já que não possuem condições para produzirem aquilo que seria necessário para sua sobrevivência. REFLITA Até aqui, me dei conta que a economia: Surgiu no período da antiguidade com os primeiros pensamentos econômico (Aristóteles, Platão e Xenofonte); Mercantilismo, sendo o controle do estado sua principal característica, foco na riqueza interna (ouro e prata). Menos importações e mais exportações ; Fisiocracia, (Quesnay): Para os �siocratas, toda a vida permanece dependente da produtividade do solo bruto e a capacidade do meio ambiente natural se renovar; Liberalismo, a livre concorrência e a desnecessidade do governo nas questões econômicas, o que �cou conhecido por laissez-faire, ou “deixar-fazer”, em francês. Fonte: o autor. Teoria Neoclássica AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi De acordo com Vasconcellos e Garcia (2008) essa corrente de pensamento teve início na década de 1870 e desenvolveu-se até as primeiras décadas do século XX.A crença na economia de mercado e em sua capacidade autorreguladora fez com que os teóricos econômicos não se preocupassem tanto com a política e o planejamento macroeconômicos. Foco nos aspectos microeconômicos. O trabalho de maior destaque teve respaldo em Alfred Marshall e sua obra Princípios de economia (1890) - Teoria marginalista. “Esses estudos privilegiavam aspectos microeconômicos, pois defendiam o Estado mínimo, devido à crença de autorregulação dos mercados, deixando de lado questões macroeconômicas ou políticas. Deste modo, as contribuições da era neoclássica se deram pelos estudos de redução de custos, da utilidade marginal (capacidade de satisfazer as necessidades humanas), a lei da oferta e da demanda, a formação de preços, entre outros” (SILVA E AZEVEDO,2017 p.19). Outros teóricos importantes do período: William Jevons: com a Teoria da Utilidade Marginal; Léon Walras: com sua Teoria Geral do Equilíbrio (dos preços); Eugen Böhm-Bawerk: contribuições, especialmente à teoria do capital e do juro; Arthur Pigou: identi�cou situações em que a presença de “in�uências externas” na produção justi�cam a intervenção do Estado, para a provisão de bens ou de serviços. Teoria Keynesiana AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Teve como maior precursor John Maynard Keynes (1883-1946) que utilizando de suas obras rompeu a tradição neoclássica, pois apresentaram um programa de ação do governo para a promover o pleno emprego (PINHO, 2017). Sua obra, Teoria Geral do Emprego, dos Juros e da Moeda(1936) causou um impacto revolucionário que tornou-se conhecido como a Revolução Keynesiana. Para Keynes de acordo com Fernandes (2016, P. 20), “um dos fatores responsáveis pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia, determinado pela demanda agregada ou efetiva de bens e serviços”. Mostrou que a combinação das políticas econômicas da época não funcionava adequadamente dentro do novo contexto econômico. Um dos principais fatores responsáveis pelo volume de emprego é o nível de produção nacional de uma economia determinada por sua vez, pela demanda agregada ou efetiva. Invertendo a lei de Say onde a oferta cria sua própria procura. Para Keynes, numa economia em recessão, não existem forças de auto ajustamento, por isso se torna necessário a intervenção do Estado por meio de uma política de gastos públicos. Keynes utilizando de seus argumentos obteve uma forte in�uência na economia dos países capitalistas. Nesse período, houve desenvolvimento expressivo da teoria econômica. Por um lado, incorporaram-se os modelos por meio do instrumental estatístico e ma- temático, que ajudou a formalizar ainda mais a ciência econômica. Por outro, alguns economistas trabalharam na esteira de pesquisa aberta pela obra de Keynes. Debates teóricos sobre aspectos de seu trabalho duram até hoje, desta- cando-se três grupos: os monetaristas, os �scalistas e os pós-keynesianos. Apesar de nenhum deles ter um pensamento homogêneo e todos terem pequenas diver- gências internas, é possível fazer algumas generalizações (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008, p. 28). Esse posicionamento teórico signi�ca o �m da crença no laissez-faire como regulador dos �uxos real e monetário da economia, e é chamado de princípio da demanda efetiva. O período recente AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Silva e Azevedo (2016) destaca que novas abordagens e teorias econômicas foram criadas após o período Keynesiano. Essas por sua vez foram inspiradas nas diversas abordagens e teorias citadas anteriormente neste material. Hoje em dia é amplamente possível observar questões eu foram tratadas nos tópicos anteriores e que são levantadas, um exemplo disso é nível de intervenção do Estado nas economias, sem que se chegue a alguma conclusão concreta. A economia vem apresentando algumas transformações, principalmente a partir dos anos 1970. 1. Existe uma consciência maior das limitações e possibilidades da teoria; 2. Avanço no conteúdo empírico da economia; 3. Consolidação das contribuições dos períodos anteriores. Atualmente, a análise econômica engloba quase todos os aspectos da vida humana, sendo considerável o impacto desses estudos na melhoria do padrão de vida e do bem-estar da sociedade. O controle e o planejamento macroeconômico permitem antecipar muitos problemas e evitar algumas �utuações desnecessárias na economia (VASCONCELLOS E GARCIA, 2008). Na �gura a seguir é possível visualizar de forma simpli�cada as principais correntes do pensamento econômico ao longo da história. Figura 1. Síntese: principais correntes do pensamento econômico. Fonte: Rossetti (2016, p.36) SAIBA MAIS Este prêmio, o�cialmente denominado "Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel", é o único que não estava previsto no testamento do inventor sueco da dinamite. O Nobel de Economia é o�cialmente chamado de Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas e foi estabelecido pelo banco central sueco nos anos 1960 em homenagem a Nobel. A premiação não fazia parte dos prêmios originais, criados no testamento de Alfred Nobel, em 1895. Veja Abaixo lista com os vencedores do Nobel de Economia do ano: 2018: William Nordhaus e Paul Romer (Estados Unidos), por integrar a mudança climática e a inovação tecnológica no crescimento econômico. 2017: Richard Thaler (Estados Unidos), por sua pesquisa sobre as consequências dos mecanismos psicológicos e sociais nas decisões dos consumidores e dos investidores. 2016: Oliver Hart (Reino Unido/Estados Unidos) e Bengt Holmström (Finlândia), por suas contribuições à teoria dos contratos. 2015: Angus Deaton (Reino Unido/Estados Unidos) por seus estudos sobre "o consumo, a pobreza e o bem-estar". 2014: Jean Tirole (França), por sua "análise do poder do mercado e de sua regulação". 2013: Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller (EstadosUnidos), por seus trabalhos sobre os mercados �nanceiros. 2012: Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos), por seus trabalhos sobre a melhor maneira de adequar a oferta e a demanda em um mercado, com aplicações nas doações de órgãos e na educação. 2011: Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos), por trabalhos que permitem entender como acontecimentos imprevistos ou políticas programadas in�uenciam os indicadores macroeconômicos. 2010: Peter Diamond e Dale Mortensen (Estados Unidos), Christopher Pissarides (Chipre/Reino Unido), um trio que melhorou a análise dos mercados nos quais a oferta e a demanda têm di�culdades para se acoplar, especialmente no mercado de trabalho. 2009: Elinor Ostrom e Oliver Williamson (Estados Unidos), por seus trabalhos separados que mostram que a empresa e as associações de usuários são às vezes mais e�cazes que o mercado. ACESSAR https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2018/10/08/interna_internacional,995498/os-10-ultimos-vencedores-do-premio-nobel-de-economia.shtml Chegamos ao �nal deste capítulo. Nele acompanhamos a contribuição que cada período da história proporcionou para o entendimento atual da ciência econômica. Este capítulo foi especialmente preparado pensando na importância de fundamentar nossos estudos antes mesmo de abordar temas muito mais próximos da nossa realidade. Temas muito mais especí�cos dentro do contexto econômico. Como a economia faz parte da rotina dos indivíduos, é muito comum em muitos casos, até mesmo, motivados por questões políticas, que opiniões e vereditos sejam lançados ao vento desde salas de reuniões até as mesas dos bares, isso acontece mesmo sem nenhum entendimento dos motivos pelos quais o objeto da discussão ocorre da forma que ocorre. Nas discussões econômicas, muitas vezes a emoção fala mais alto que a razão. Agora que você já sabe onde (provavelmente) e como tudo começou, poderá desfrutar dos próximos capítulos desse desa�ante conteúdo. É importante lembrar que ler este material é sinal da sua busca por compreender os porquês e como chegamos até aqui. Por isso que passamos sucinta e cronologicamente por períodos que remetem desde a antiguidade até bem próximo dos tempos atuais, para que além de se situar você possa compreender de onde esses estudos originaram e como foram respaldados. Percorremos por períodos como por exemplo na civilização antiga de Platão, quando percebidos alguns dos primeiros registros dos estudos econômicos a saber, passamos pelo mercantilismo, expomos as principais teorias como a de Keynes, por exemplo. E como mencionado no início desta unidade, é um fato de que economia realmente não é uma disciplina simples de se entendida, contudo acreditamos sinceramente que este material é uma grande porta de entrada para despertar seu interesse pelo tema que poderá obviamente ser muito mais enriquecido em estudos futuros. Conclusão - Unidade 1 Leitura complementar Resumo Histórico-Econômico do Brasil: A Internacionalização da Economia e o Estado Empresário A modernização econômica do Brasil ocorrida durante a segunda metade do século XX, destacando a internacionalização da economia e as suas consequências socioeconômicas. Nos últimos 50 anos, as chamadas economias em desenvolvimento alcançaram níveis expressivos de industrialização e urbanização, formando uma burguesia nacional e uma classe média de assalariados com renda relativamente elevada. Esse momento pode ser compreendido através de dois pressupostos: a participação do Estado como empresário e a atração de empresas transnacionais. Após a década de 1950, ocorreu no Brasil o processo de internacionalização da economia, com grande participação do Estado como empresário e no desenvolvimento de infraestrutura (transportes, energia, portos) e políticas de incentivos �scais. Todos esses fatores, aliados à disponibilidade de mão-de-obra barata, mercado consumidor emergente e acesso a matérias-primas e fontes de energia, atraíram empresas transnacionais para o território brasileiro. Houve uma grande ampliação do parque industrial, principalmente indústrias de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos). O país conheceu a sua industrialização tardia e adotou plenamente o Fordismo, um sistema produtivo tradicional que considerava a capacidade de produção e os grandes parques industriais como fundamentos para a atividade industrial. Esse padrão concretizado com o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961) foi ampliado pela ditadura militar (1964-1985). Os militares criaram obras estruturais em diferentes regiões brasileiras, a destacar as usinas hidrelétricas e as rodovias. Muitos municípios do interior do estado de São Paulo começaram a desenvolver seus distritos industriais. Durante a década de 1970, ocorreu o “milagre econômico brasileiro”, que elevou o país à posição de 8ª economia mundial no ano de 1973, com taxas anuais de crescimento em torno de 10%. No caso brasileiro, o modelo fordista trouxe crescimento econômico para o país, mas não foi capaz de promover o desenvolvimento econômico regional. O aumento de renda per capita de um país nem sempre representa avanços na qualidade de vida. O crescimento que o Brasil obteve, principalmente durante o período correspondente ao regime militar, construiu um arcabouço técnico e logístico para o desenvolvimento, mas não o privilegiou. A partir da década de 1980, ocorreu o esgotamento da capacidade do Estado em promover o desenvolvimento industrial - �m do Estado empresário - devido às políticas econômicas mal sucedidas que aumentaram a dívida externa e a in�ação. No plano externo, os países desenvolvidos começaram a adotar medidas neoliberais, reduzindo o papel do Estado na sua participação em determinados setores econômicos. O Brasil iniciou, a partir da década de 1990, um acelerado programa de abertura econômica conduzido pelo governo Collor. Através da redução de alíquotas de importações, desregulamentação do Estado, privatizações das empresas estatais e diminuição de subsídios, mudanças profundas foram implementadas na estrutura industrial do país. Apesar de estimular a competitividade, muitas pequenas e médias empresas não tiveram suporte técnico e �nanceiro para se adaptarem a essas transformações. Até os dias atuais, a principal di�culdade enfrentada pelos pequenos e médios empreendedores no Brasil é que os investimentos em tecnologia e o crédito necessário para a efetuação de qualquer base de estruturação produtiva ainda dependem do resguardo estatal. En�m, o país abraçou o neoliberalismo econômico como política de Estado. Livro https://brasilescola.uol.com.br/geografia/resumo-historico-economico-brasil-internacionalizacao-economia.htm Filme Unidade 2 Introdução a Economia AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Introdução Olá caro(a) aluno(a), Na unidade anterior vimos os primórdios dos estudos econômicos. Passamos desde a antiguidade até o período atual, a importância desse estudo justi�ca-se a partir de agora, pois nesta unidade você verá sobre os conceitos de economia, o que é e qual sua importância. Outro fator importante que será exposto a seguir é relacionado ao problema econômico fundamental. Você sabe o que é escassez? Sabe quais são seus re�exos na sociedade? Se eu dissesse a você que provavelmente para estar estudando neste curso agora, antes você teve que fazer uma escolha, por exemplo, entre estudar ou comprar um carro, ou ainda sua decisão pôde ter sido entre �nanciar uma casa ou entrar na faculdade. Eu estaria errado? Se não, saiba que isso tem muito a ver com a economia, e suas contribuições com ciência das escolhas. Você verá também as contribuições dos setores básicos da economia além de poder a partir deste material distinguir os sistemas econômicos atuais. Bons estudos! Conceitos de Economia AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Etimologicamente, a palavra ECONOMIA, vem do Grego: OIKOS = casa NOMOS = norma, Lei. Assim: “OIKOSNOMOS” “Administração da casa” “Aquele que administra o lar” “Administração da coisa pública”Economia é a ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo de bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas. (VICECONTI E NEVES, 2013) Para Nogami e Passos (2016) a economia é considerada como “uma ciência social justamente porque tais ciências estudam a forma como a sociedade se organiza e funciona. A partir de um determinado ponto de vista de que outras ciências sociais tais como o direito, a sociologia, a antropologia e a psicologia também estudam o funcionamento da sociedade, a economia por estudar comportamento humano interagindo com as organizações na sociedade também o pode ser reconhecida como ciência social. Assim, de acordo com Vasconcellos (2015) “trata-se de uma ciência social, já que objetiva atender às necessidades humanas. Contudo, depende de restrições físicas, provocadas pela escassez de recursos produtivos ou fatores de produção”. Esses fatores de produção são: mão de obra; capital; terra; matérias-primas. De acordo com Rossetti (2016, p. 19) “a economia é um estudo da humanidade nas atividades correntes da vida; examina a ação individual e social em seus aspectos mais estreitamente ligados à obtenção e ao uso das condições materiais do bem- estar”. Linhas básicas da teoria econômica Nosso material tem como foco de estudo a análise das duas grandes áreas da Teoria Econômica: MICROECONOMIA: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o comportamento econômico das unidades individuais de decisão representados pelos consumidores, pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos. As unidades individualizáveis da economia, como o consumidor e a empresa, consideradas isoladamente ou em agrupamentos de�nidos por critérios classi�catórios (ROSSETTI, 2016, p. 40). Figura 1: Compartimentos” usuais da economia: conexões entre principais segmentos Fonte: Rossetti (2016) MACROECONOMIA: é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo, procurando identi�car e medir as variáveis que determinam o volume da produção total, o nível de emprego e o nível geral de preços do sistema econômico, bem como a inserção do mesmo na economia mundial. (VICECONTI E NEVES, 2013). O principal objetivo da teoria econômica é analisar como são determinados os preços e as quantidades dos bens produzidos e dos fatores de produção existentes na economia (PINHO, 2017 p. 301). Problema econômico fundamental AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Pinho et al (2017) ressalta que se todos tivessem uma renda maior, seria fácil imaginar que nem todos iriam gastar as mesmas proporções em consumo. Desse modo a caracteriza então como uma ciência não exata, em que se podem programar os resultados sem erros. As necessidades humanas são in�nitas ou ilimitadas. Os Fatores de produção (trabalho, capital e recursos naturais) são �nitos ou limitados. É por esses motivos que a economia é conhecida também como a ciência da escassez ou das escolhas. Nunca é demais rea�rmar que de forma sucinta a economia é a ciência da escassez. Para Silva e Azevedo (2017, p. 39) “a escassez é derivada do termo latino excarpus, que signi�ca algo em pouca quantidade, que possui carência, falta ou insu�ciência”. Após entender o signi�cado e a importância da economia, cabe explicitar o objeto de análise da economia, ou seja, a variável “culpada” por todos os problemas econômicos: escassez. Se os recursos não fossem escassos, não haveria ciências econômica. Mas o que é escassez? Qual o sentido da escassez na economia? Escassez é situação em que os recursos são limitados e podem ser utilizados de diferentes maneiras, de tal modo que devemos sacri�car uma coisa por outra. A escassez está relacionada ao tempo, dinheiro, espaço, matéria prima, empregos, etc. Ou seja, recursos limitados e necessidades ilimitadas! A partir do problema da escassez, qualquer economia procura responder as seguintes perguntas: O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? REFLITA Suponha “se uma quantidade in�nita de cada bem pudesse ser produzida, se os desejos humanos pudessem ser completamente satisfeitos, não importaria que uma quantidade excessiva de certo bem fosse, de fato, produzida” Fonte: Pinho et al (2017, p. 10). Veja o quadro a seguir: Lei da Demanda e da Oferta Lei da Demanda: é a visão do consumidor, expressa a relação inversa existente entre a quantidade de um bem e seu preço. Quanto mais escasso for um bem, maior será o seu preço e a abundância ocorrerá o inverso. Quadro 1: questões fundamentais sobre escassez. necessidades humanas ilimitadas – o que e quanto produzir x escassez 🡪escolha 🡪 – como produzir recursos produtivos escassos – para quem produzir O QUE E QUANTO PRODUZIR: A sociedade deve decidir se produz mais bens de consumo ou bens de capital, ou, como num exemplo clássico: quer produzir mais canhões ou mais manteiga? em que quantidade? os recursos devem ser dirigidos para a produção de mais bens de consumo, ou bens de capital? COMO PRODUZIR: Trata-se de uma questão de e�ciência produtiva: serão utilizados métodos de produção capital-intensivos? ou mão de obra-intensivos? ou terra-intensivos? Essa decisão depende da disponibilidade de recursos de cada país. PARA QUEM PRODUZIR: A sociedade deve decidir quais os setores que serão bene�ciados na distribuição do produto: trabalhadores, capitalistas ou proprietários da terra? agricultura ou indústria? mercado interno ou mercado externo? Região Sul ou Norte? Ou seja, trata-se de decidir como será distribuída a renda gerada pela atividade econômica. Fonte: Vasconcellos, (2015). Por outro lado, a partir da visão do empresário/produtor a Lei da Oferta: estabelece uma relação direta entre os preços dos bens e a quantidade ofertada. Assim, quanto maior o preço, maior é a quantidade ofertada. Agentes econômicos São aqueles que agem sobre a economia. São pessoas de natureza física ou jurídica que, por meio de suas ações, contribuem para o funcionamento do sistema econômico. Segundo Nogami e Passos (2016) são eles: as Famílias (ou unidades familiares); as Empresas (ou unidades produtivas);e, o Governo. Acompanhe o quadro a seguir: Portanto: DEMANDA maior que a OFERTA = a tendência é o preço subir DEMANDA menor que a OFERTA = a tendência é o preço baixar Quadro 2: Agentes econômicos Famílias incluem todos os indivíduos e unidades familiares da economia e que, no papel de consumidores, adquirem os mais diversos tipos de bens e serviços, objetivando o atendimento de suas necessidades de consumo. Por outro lado, as famílias, na qualidade de “proprietárias” dos recursos produtivos, fornecem às empresas os diver- sos fatores de produção: Trabalho, Terra, Capital e Capacidade Empresarial. são unidades encarregadas de produzir e/ou comercializar bens e serviços. A produção é realizada por meio da combinação dos fatores produtivos adquiridos juntos às famílias. Tanto na aquisição de recursos produtivos quanto na venda de seus produtos, as decisões das empresas são guiadas pelo objetivo de se conseguir o máximo lucro. Empresas Governo por sua vez, inclui todas as organizações que, direta ou indiretamente, estão sob o controle do Estado, nas suas esferas federais, estaduais e municipais. Muitas vezes o governo intervém no sistema econômico atuando como empresário e produ- zindo bens e serviços através de suas empresas estatais; em outras, age como compra- dor – quando, além de contratar serviços, adquire materiais, equipamentos etc. –, tendo em vista a realização de suas tarefas; outras vezes, ainda, o governo intervém no siste- ma econômico por meio de regulamentos e controles com a �nalidade de disciplinar a conduta dos demais agentes econômicos. Fonte: Nogami e Passos (2016, p.16) Setores básicos da Economia AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi As atividades produtivas são divididas em três setores, são eles: 1. Setor primário: são atividades agrícolas, pecuáriase extrativas, sejam elas minerais animais ou vegetais. 2. Setor secundário: são atividades industriais, onde as matérias primas são transformadas em produtos acabados, prontos para o consumidor �nal. 3. Setor terciário: este setor se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser tangível, concreto, embora seja de grande importância no sistema econômico. É composto pelas unidades produtoras que prestam serviços, como as instituições �nanceiras, escolas, hospitais, transportes, comércio etc. Veja o detalhamento no quadro 3. Quadro 3 - atividades produtivas ATIVIDADES PRIMÁRIAS DE PRODUÇÃO Lavouras Culturas permanentes. Culturas temporárias extensivas.Horticultura. Floricultura. Produção animal Criação e abate de gado e aves. Pesca. Caça. Derivados da produção animal. Extração vegetal Produção �orestal: silvicultura e re�orestamento para usos múltiplos. Extração de recursos �orestais nativos. ATIVIDADES SECUNDÁRIAS DE PRODUÇÃO Indústria extrativa mineral Extração de minerais metálicos e não metálicos. Indústria de transformação Transformação de minerais não metálicos. Siderurgia e metalurgia. Material eletroeletrônico e de comunicações. Material de transporte. Bene�ciamento de madeira e mobiliário. Celulose, papel e papelão. Química. Produtos farmacêuticos e veterinários. Borracha. Produtos de matéria plástica. Produtos de higiene e limpeza. Têxtil, vestuário, calçados e artefatos de couro. Produtos alimentares. Bebidas. Fumo. Editorial e grá�ca. Indústria da construção Obras públicas. Construções e edi�cações para �ns residenciais e não residenciais. Atividades semi- industriais Produção, transmissão e distribuição de energia elétrica. Gás encanado. Tratamento de esgotos. Potabilização e distribuição de água. ATIVIDADES TERCIÁRIAS DE PRODUÇÃO Comércio Comércio exterior. Comércios internos atacadista evarejista, subagrupados segundo grandes ramos. Intermediação �nanceira Instituições reguladoras e de emissão monetária. Bancos comerciais e de desenvolvimento. Sociedades de crédito, �nanciamento e investimento. Seguros. Capitalização. Bens e serviços Os bens e serviços de acordo com Nogami e Passos (2016) são tudo aquilo capaz de atender uma necessidade humana. Bens segundo Rossetti (2016, p. 126): “é a denominação usual de produtos tangíveis, resultantes de atividades primárias e secundárias de produção. É a denominação genérica dos produtos que provêm das atividades agropecuárias e das diferentes categorias de atividades industriais, de transformação e de construção.” Por que os bens e serviços são procurados? Porque são úteis ou seja, atendem a necessidade humana Os bens podem ser classi�cados, quanto a raridade, em: Livres: aqueles cuja a quantidade é ilimitada e podem ser obtidos sem nenhum esforço humano. Ex: Luz solar, ar, mar, etc. Econômicos: são escassos, tem valor de mercado e precisam de esforço humano para produzi-los. Ex: carro, computador, caneta, etc. Os bens econômicos são classi�cados, quanto a natureza, em: Atividades complementares dos mercados monetário, �nanceiro, de capitais e cambial. Transportes e comunicações Transportes aéreos, ferroviários, hidroviários e rodoviários. Comunicações. Telecomunicações. Governo Administração pública direta e autarquias, das diferentesesferas de governo: central, estadual, municipal. Outros serviços Assistência à saúde. Educação e cultura. Hospedagem e alimentação. Conservação e reparação de máquinas, veículos e equipamentos. Lazer. Atividades pro�ssionais liberais. Fonte: Rossetti (2016) Materiais: são tangíveis: consumo - e a eles podemos atribuir características como peso, altura etc. Ex: roupa, caderno; capital – equipamentos; intermediários – Livro, borracha, etc. Imateriais ou serviços: são intangíveis: Ex: consulta médica, aula, os serviços de um advogado, os serviços de transporte, etc. Os bens podem ser classi�cados também em: bens de consumo; bens de capital; bens �nais; bens intermediários; bens privados e bens públicos. Acompanhe o detalhamento no quadro a seguir. Quadro 4 - Outros bens: detalhamento Bens de consumo São aqueles diretamente utilizados para a satisfação das necessidades humanas. Podem ser de uso não durável, ou seja, que desaparecem uma vez utiliza- dos (alimentos, cigarros, gasolina etc.), ou de uso durável, que tem como característica o fato de que podem ser usados por muito tempo (moveis eletrodomésticos etc.). Bens de capital (ou Bens de Produção), por sua vez, são aqueles que permitem produzir outros bens. São exemplos de Bens de Capital as maquinas, computadores, equipamentos, instalações, edifícios etc. Bens �nais Tanto os Bens de Consumo quanto os Bens de Capital são classi�cados como Bens Finais, uma vez que já́ passaram por todos os processos de transformação possíveis, signi�cando que estão acabados. Bens intermediários São aqueles que ainda precisam ser transformados para atingir sua forma de�nitiva. A título de exemplo, podemos citar o fertilizante utilizado na produção de arroz, ou o aço, o vidro e a borracha utilizados na produção de carros. Bens privados São os produzidos e possuídos privadamente. Comoexemplo temos os automóveis, aparelhos de televisão etc. Bens públicos Referem-se ao conjunto de bens gerais fornecido pelo setor público: educação, justiça, segurança, transportes etc. Fonte: Nogami e Passos (2016, p. 11) Fatores de produção Para produzir bens e serviços são os fatores de produção ou recursos produtivos. Mas o que são fatores de produção? São os elementos, limitados, utilizados no processo de fabricação dos mais variados tipos de bens que irão satisfazer as necessidades humanas ilimitadas. Eles são “constituídos pelas dádivas da natureza, pela população economicamente mobilizável, pelas diferentes categorias de capital e pelas capacidades tecnológicas e empresarial”. (ROSSETTI, 2016 p. 65). Respectivamente, são as seguintes as denominações usuais desses recursos (como são classi�cados): Recursos naturais ou terra → é a origem de todo o processo produtivo. Ex: minerais, água, sol, etc; Trabalho → é a contribuição do ser humano na produção. Pode ser físico ou intelectual. Ex: Trabalho de um agricultor no campo ou uma consulta médica; Capital → são bens utilizados no processo produtivo. Ex: máquinas, construções, infraestrutura, etc… Tecnologia→ é constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que dão sustentação ao processo de produção. O quadro 4 demonstra em detalhes esse conjunto de conhecimentos e habilidades que se dá a denominação genérica de capacidade tecnológica. Quadro 5 - Capacidade tecnológica: conceito e tipologia. Capacidade tecnológica Conjunto de conhecimentos e de habilidades que dão sustentação ao processo de produção. Conceitualmente corresponde às expressões savoir faire (saber fazer) ou know-how (como fazer). Localiza- se em todos os elos de todas as cadeias produtivas. Está presente em todos os setores e em todas as atividades humanas de produção. Envolve, de um lado, os conhecimentos acumulados sobre as reservas naturais; de outro lado, a capacitação do quadro demográ�co; de outro ainda, a con�guração e o desempenho dos bens de capital e dos bens e serviços gerados. Nesse sentido, é um elo de ligação entre o capital e a força de trabalho. Tipologia da capacidade tecnológica Capacitação para atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Capacitação para desenvolver e implantar novos projetos. Capacitação para operar os processos de produção. Capacitação para P&D Traduz-se pelo talento, pelo conhecimento e pelas habilidades requeridas para atividades de pesquisa básica e aplicada. Envolve tecnologias de armazenamento, processamento, interpretação, fusão e interação de conhecimentos técnico-cientí�cos. Fundamentalmente, resulta em invenções. Capacitação para desenvolvimento e implantação de projetos Traduz-se por conhecimentos e habilidades para formatar projetos de novos processos e de novos produtos. Envolve a seleção e a combinaçãode tecnologias tradicionais dominadas e de última geração para de�nir plantas e viabilizar a produção de protótipos em escala econômica. Fundamentalmente, é a passagem da invenção à inovação. Capacitação para operar o processo de produção Traduz-se por capacidades associadas à operação do processo produtivo. Envolve habilidades relacionadas à manutenção de plantas, ao planejamento e controle da produção, à otimização de processos e ao controle da qualidade dos produtos resultantes. Diz respeito também aos relacionamentos com os demais integrantes a jusante e a montante da cadeia produtiva em que cada atividade se situa. Empresariedade → a mobilização, a interação e a combinação dos recursos fundamentais de produção pressupõem a existência de um quinto fator de alta relevância: a capacidade de empreendimento. Curva de Transformação e o Custo de oportunidade Como foi exposto anteriormente, a economia está ligada ao problema da escolha. Isso muito provavelmente não lhe era novidade, visto que muito provável ou certamente você já teve que escolher adquirir alguma coisa em relação à outra. E por que isso acontece mesmo? Vale lembrá-lo que para responder a essa questão basta se lembrar que os recursos são limitados e as necessidades ilimitadas. Em outras palavras, é imposto às empresas uma escolha para a produção de diversos tipos de bens. Para ilustrar, será descrito a seguir uma breve situação hipotética: a) Uma economia produz dois tipos de bens: X e Y; b) A quantidade e qualidade dos recursos é �xa; c) Existe pleno emprego; d) A tecnologia é constante. Essa Fronteira ou Curva de Possibilidades de Produção (CPP), também é costumeiramente identi�cada como a Curva de Transformação, “é a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados e a tecnologia” (VASCONCELLOS, 2015 p. 10). Através de sua análise será possível obter a percepção das alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos disponíveis plenamente empregados. A quantidade de cada bem que pode ser produzido dado a quantidade de fatores de produção disponíveis pode ser melhor acompanhado na tabela 1. Fonte: Rossetti (2016) A tabela pode ser representado no grá�co 1, como: Grá�co 1 - Curva de transformação ou possibilidades de produção. Fonte: o autor. Curva de transformação mostra a possibilidade de produzir bens dada uma certa quantidade de fatores de produção A situação anterior apresenta o custo de oportunidade, no qual as empresas deverão “abrir mão” da produção de um bem para produzir outro. Assim: Trata-se de uma curva das possibilidades de produção ou curva de transformação; No limite da curva (pontos A, B, C, D e E) algumas respostas para as possibilidades de produção poderão ser obtidas, tais como: Tabela 1 - Tabela representativa das possibilidades de produção. BEM QUANT.MAX. X QUANTIDADES INTERMEDIÁRIAS QUANT. MAX. Y X 0 10 15 20 30 Y 55 45 25 5 0 PONTO A B C D E Fonte: o autor. Pode-se de�nir custo de oportunidade como todo sacrifício de se transferir os recursos de uma atividade para outra, ou seja, é a quantidade de um bem ou serviço a que se deve renunciar para obter outro. representa o que melhor está cotado no mercado no momento. representa o sacrifício de escolher o que produzir dado a falta de espaço disponível para produzir vários produtos. Falta de tempo para produzir mais. Mudanças nos rumos estratégicos dos negócios. Etc. Sistemas Econômicos AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi A forma de comprar e vender bens, os impostos que se paga, o tipo de máquina utilizados pelas empresas, etc variam de país para país. Engloba todos os métodos pelos quais os recursos são alocados e os bens e serviços distribuídos. “Sistemas econômicos são arranjos historicamente constituídos, a partir dos quais os agentes econômicos são levados a empregar recursos e a interagir via produção, distribuição e uso dos produtos gerados, dentro de mecanismos institucionais de controle e de disciplina, que envolvem desde o emprego dos fatores produtivos até as formas de atuação, as funções e os limites de cada um dos agentes” (ROSSETTI, 2016, p. 141). É formado por um conjunto de organizações que fazem com que os recursos escassos sejam utilizados para satisfazer as necessidades humanas. É composto por: a) Estoque de fatores de produção; b) Empresas; c) Instituições; Sistema Socialista A base do socialismo é a propriedade coletiva ou estatal dos recursos produtivos. Estado toma todas as decisões. As indústrias são propriedade da sociedade como um todo. O controle da propriedade é mantido pelo Estado para, supostamente, o benefício da sociedade. Para Rossetti (2016, p. 21) “o binômio produção-distribuição (entendendo-se distribuição no sentido de processo distributivo ou, mais simplesmente, como repartição) é a base a partir da qual a perspectiva socialista construiu sua concepção”. Essa concepção é sobre a matéria de que se ocupa a economia. Sistema capitalista Para Comparato (2014) usando uma consagrada expressão de Gramsci, uma das principais justi�cativas desse sistema intitulado de capitalista, que foram apresentadas pelos seus intelectuais, sempre foi a de que, embora provocando necessariamente uma situação de desigualdade socioeconômica, ele é insuperável em matéria de produção de bens. Algumas características do sistema capitalista: Fatores de produção, bens de consumo e dinheiro são propriedades privada; Controle da economia é via sistema de preços; Incentivo para a produção é o lucro; As empresas são competitivas; O papel do governo é limitado. SAIBA MAIS Qual a diferença entre comunismo e socialismo? As expressões “comunismo” e “socialismo” recebem signi�cados nem sempre muito precisos. Numa explicação bem resumida, daria para dizer que, segundo a teoria marxista, o socialismo é uma etapa para se chegar ao comunismo. Este, por sua vez, seria um sistema de organização da sociedade que substituiria o capitalismo, implicando o desaparecimento das classes sociais e do próprio Estado. “No socialismo, a sociedade controlaria a produção e a distribuição dos bens em sistema de igualdade e cooperação. Esse processo culminaria no comunismo, no qual todos os trabalhadores seriam os proprietários de seu trabalho e dos bens de produção”, diz a historiadora Cristina Meneguello, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Mas essas duas expressões também pode assumir outros signi�cados. “Pode-se entender o socialismo, num sentido mais limitado, signi�cando as correntes de pensamento que se opõem ao comunismo por defenderem a democracia. Em contraposição, o comunismo serviria de modelo para a construção de regimes autoritários”, a�rma o historiador Alexandre Hecker, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Assis (SP). Os especialistas são quase unânimes em a�rmar que nunca houve um país comunista de fato. Alguns estudiosos vão mais longe e questionam até mesmo a existência de nações socialistas. “Os países ditos comunistas, como Cuba e China, são assim chamados por se inspirarem nas idéias marxistas. Contudo, para os críticos de esquerda, esses países sequer poderiam ser chamados de socialistas, por terem Estados fortes, nos quais uma burocracia ligada a um partido único exerce o poder em nome dos trabalhadores”, diz o sociólogo Marcelo Ridenti, também da Unicamp. Logo após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), formou-se na Europa, sob liderança da União Soviética, um bloco de nações chamadas de comunistas. “Esses países tornaram-se ditaduras, promovendo perseguições contra dissidentes. A sociedade comunista, justa e harmônica, concebida por Marx, não foi alcançada”, a�rma Cristina. ACESSAR https://super.abril.com.br/mundo-estranho/qual-a-diferenca-entre-comunismo-e-socialismo-existiu-algum-pais-realmente-comunista/ Aqui, encerramos mais uma unidade da nossa disciplina de economia. Neste capítulo vimos os conceitos de economia, uma ciência social justamente porque tais ciências estudam a forma como a sociedade se organiza e funciona.objetiva atender às necessidades humanas. O estudo da economia segue duas linhas básicas teóricas: microeconomia que é o ramo da Teoria Econômica que estuda o comportamento econômico das unidades individuais de decisão representados e a macroeconomia, sendo que esta é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo. A partir dessas distinções, a economia procura resolver um problema que fundamentalmente norteia toda sua base de estudos. Vimos que as necessidades humanas são in�nitas ou ilimitadas. Os Fatores de produção (trabalho, capital e recursos naturais) são �nitos ou limitados. É por esses motivos que a economia é conhecida também como a ciência da escassez ou das escolhas. A partir do problema da escassez, qualquer economia procura responder as seguintes perguntas: o que e quanto produzir? como produzir? para quem produzir? A ação dos agentes econômicos que são aqueles que agem sobre a economia, denominados como famílias (ou unidades familiares), empresas (ou unidades produtivas) e governo. Estudamos também sobre o setor primário: são atividades agrícolas, pecuárias e extrativas, sejam elas minerais animais ou vegetais; setor secundário: são atividades industriais, onde as matérias primas são transformadas em produtos acabados, prontos para o consumidor �nal; e, setor terciário: que se diferencia dos outros pelo fato de seu produto não ser tangível, concreto, embora seja de grande importância no sistema econômico. Por �m, apresentamos os sistemas econômicos, arranjos historicamente constituídos, a partir dos quais os agentes econômicos são levados a empregar recursos e a interagir via produção, distribuição e uso dos produtos gerados, dentro de mecanismos institucionais de controle e de disciplina, que envolvem desde o emprego dos fatores produtivos até as formas de atuação, as funções e os limites de cada um dos agentes. Conclusão - Unidade 2 Leitura complementar Coronavírus começa a atingir economia na China Informações divulgadas ontem (26), por autoridades chinesas em coletiva de imprensa, revelaram que o coronavírus está começando a afetar a economia. Além de inibir o deslocamento da população pelo país, o alerta pelo risco de contaminação atrasará também o cronograma chinês. Depois de cancelar as comemorações do Ano Novo, o coronavírus impossibilitará o retorno às aulas e aos postos de trabalho. Em primeiro lugar, as consequências do coronavírus foram sentidas no setor dos transportes. Com a restrição de deslocamentos por trem, ônibus e avião, o �uxo de passageiros, seja por turismo ou por mobilidade, teve redução. De acordo com o vice- ministro de Transportes, Liu Xiaoming, no sábado (25), as viagens, em geral, despencaram 28,8% em relação a 2019. Ainda segundo os dados apresentados por Xiaoming, o declínio foi representativo, especi�camente, em viagens aéreas civis (41,6%), de trem (41,5%) e rodoviárias (25%). Inclusive, no domingo (26), a China Railway Chengdu anunciou a interrupção de diversas rotas de trem de alta velocidade. Até Xangai, centro �nanceiro mundial e a maior cidade da China, faz parte dos percursos que sofrerão a paralisação. Devido ao coronavírus, esse recesso terá início já nos próximos dias e deve ter �m no início de fevereiro. No entanto, a avaliação governamental é de que os efeitos das interrupções gerarão problemas de longo prazo para a China. Combate ao coronavírus Apesar das exigências com a higiene, como a obrigatoriedade do uso de máscaras faciais, há uma escassez de materiais. Além das máscaras, faltam também kits de teste de coronavírus e roupas especiais de proteção. Diante disso, o governo assumiu a carência de suprimentos, especialmente na cidade de Wuhan, epicentro da doença. Outro ponto crítico é o desequilíbrio entre a demanda e o montante de produção. Segundo o vice-ministro da Indústria e Tecnologia da Informação, Wang Jiangping, 40% da capacidade total de produção foi ativada. A ação é um esforço para atender a essas necessidades, mesmo com a pausado feriado do Ano Novo no país. Por isso, o Ministério das Finanças da China emitiu cerca de 1,6 bilhões de dólares em subsídios para assistência médica, compra de equipamentos e outros esforços. Assim como as autoridades estão trabalhando para aumentar a equipe médica e disponibilizar mais leitos hospitalares. Disponível em: ACESSAR Livro https://www.euqueroinvestir.com/coronavirus-comeca-atingir-economia-china/ Filme Unidade 3 Microeconomia AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Introdução A partir desse momento faremos uma divisão em nosso estudo sobre economia. Nesta e na próxima unidade deste material abordaremos os assuntos ligados à micro e macroeconomia. Aqui especi�camente trataremos sobre a microeconomia e seus derivados. Você verá adiante os conceitos que norteiam o estudo microeconômico e entender os tipos de análise que circundam essa variável, bem como a aplicação de tal análise. Vamos conceituar também demanda, oferta e equilíbrio de mercado e ver a importância estabelecida entre elas e obviamente compreender o que é demanda e o que é oferta, além de sua in�uência na economia. Por �m, abordaremos as teorias de mercado. Bons estudos! Microeconomia: conceitos AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi A microeconomia é o ramo ligado a Teoria Econômica que estuda como se comporta economicamente as unidades individuais de decisão representados pelos consumidores, pelas empresas e pelos proprietários de recursos produtivos (VICECONTI; NEVES 2013). Para Mankiw (2013, p. 28) “ microeconomia é o estudo de como as famílias e empresas tomam decisões e de como elas interagem em mercados especí�cos”. O estudo da microeconomia foca em analisar a formação de preços no mercado, ou seja, a interação entre os agentes econômicos, a empresa e o consumidor, por exemplo, e como estes interagem e decidem qual o preço e a quantidade de determinado bem ou serviço em mercados especí�cos” (VASCONCELLOS, 2015). Análise Microeconômica AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Pressupostos básicos A hipótese coeteres paribus (ceteris paribus) Ao empregar o uso de tal hipótese, está sendo a�rmado que o foco de estudo é dirigido apenas àquele mercado, analisando-se o papel que a oferta e a demanda nele exercem, supondo que outras variáveis inter�ram muito pouco, ou que não inter�ram de maneira absoluta. Tudo o mais permanece constante. Isto signi�ca que a validade das leis e dos modelos econômicos implica que sejam mantidos constantes todos os demais fatores que podem interferir nas magnitudes das variáveis sob observação. Rossetti (2016, p. 57) salienta que essa expressão “signi�ca mantidos inalterados todos os demais fatores ou, então, permanecendo iguais todos os demais elementos”. É exatamente a esta particularidade que os economistas se referem quando empregam a expressão latina ceteris paribus: Mantidos inalterados todos os demais fatores; Permanecendo iguais todos os demais fatores. Objetivos da empresa A grande questão na microeconomia, reside na hipótese adotada quanto aos objetivos da empresa produtora de bens e serviços. A análise tradicional supõe o princípio da racionalidade (homo economicus) segundo o qual o empresários sempre buscam a maximização do lucro total, otimizando a utilização dos recursos de que dispões. Dessa corrente surgem conceitos de receita marginal, custo marginal e produtividade marginal ao invés de médias. SAIBA MAIS O homo economicus é o homem econômico racional, ou seja, aquele indivíduo que identi�ca suas preferências e processa todas as informações disponíveis. Além disso, suas escolhas são sempre consistentes e referendadas pelo uso da razão. Ainda de acordo com a economia racional, esse homem é descrito como alguém que evita trabalho desnecessário usando o julgamento racional. Nesse sentido, ele consegue sempre maximizar sua riqueza. Finanças Comportamentais: Veja 6 truques da mente contra você Ou seja, o homo economicus sempre analisa todos os custos de oportunidades envolvidos na tomada de decisão. Então elefaz as escolhas mais acertadas e consequentemente otimiza seus resultados. Fonte: Suno Research ACESSAR https://www.sunoresearch.com.br/artigos/homo-economicus/ Aplicações da Análise Microeconômica AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Análise microeconômica ou ainda teoria dos preços é a parte do estudo dedicada em explorar, como parte da ciência econômica obviamente, como se determina o preço dos bens e serviços, ou seja, como eles são formados, também dos fatores de produção. Essa análise preocupa-se em responder, também, algumas questões aparentemente rotineiras, um exemplo delas é: Analise microeconômica: empresas De acordo com Rossetti (2016, p. 145) “as empresas são os agentes econômicos para os quais convergem os recursos disponíveis da economia, mobilizados para �ns produtivos”. Do ponto de vista microeconômico as análises realizadas pelas empresas condizem com decisões que podem ser tomadas por elas a partir da análise da microeconomia, elas devem considerar, por exemplo: Políticas de preços da empresa; Previsões de demanda e faturamento; Previsões de custo de produção; Decisões ótimas de produção ( escolha da melhor alternativa); Avaliação e elaboração de projetos de investimento( custo-benefício); Politica de propaganda e publicidade; Localização da empresa; Diferenciação de mercados. Analise microeconômica: política econômica porque, quando o preço de um bem se eleva, a quantidade demandada desse bem deve cair, ceteris paribus? São decisões necessárias ao planejamento estratégico das empresas e à política e à programação econômica do setor público. Consistem: Avaliação de projetos de investimentos públicos; Efeitos de impostos sobre mercados especí�cos; Política de subsídios; Fixação de preços mínimos na agricultura; Fixação do salário mínimo; Controle de preços; Política salarial; Política de preços e tarifas públicas (água, luz e outras); Fixação de tarifas alfandegárias; Leis antitruste (defesa da concorrência). Para Vasconcellos (2015, p.15) “as políticas econômicas governamentais (políticas salariais, políticas assistencialistas, gastos com educação etc.) in�uenciam direta e indiretamente na mobilidade social”. Demanda e oferta de mercado AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Conceito de Demanda A demanda ou procura pode ser de�nida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em determinado período de tempo. Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período, dada sua renda, seus gastos e o preço de mercado. Representa um desejo, um plano: o máximo a que o consumidor pode aspirar, dada sua renda e os preços no mercado (VASCONCELLOS 2015, p.31). A procura depende de variáveis que in�uenciam a escolha do consumidor. São elas: o preço do bem ou serviço, o preço de outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do indivíduo. Para estudar-se a in�uência dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris paribus (Ceteris paribus), ou seja, considera-se cada uma dessas variáveis afetando separadamente as decisões do consumidor. Demanda é o mesmo que quantidade demandada? Embora tendam a ser utilizados como sinônimo existe distinção entre demanda e quantidade demandada, esses termos têm signi�cados diferentes. Essa relação entre preço e quantidade demandada se aplica à maioria dos bens existentes na economia e, de fato, ela é tão universal que os economistas a chamam lei da demanda: com tudo o mais mantido constante, quando o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada deste diminui; quando o preço diminui, a quantidade demandada do bem aumenta (MANKIW 2013, p. 65). Por demanda entende-se toda a escala ou curva que relaciona os possíveis preços a determinadas quantidades. Por quantidade demandada devemos entender um ponto especí�co da curva relacionando um preço a uma quantidade. Grá�co 1 - Demanda ou quantidade demandada. Fonte: o autor. No grá�co 1 é possível perceber a relação entre demanda e quantidade demandada ao ponto de que por exemplo considerando o fator preço (céteris páribus) ao ponto de que se este subir a demanda/quantidade demandada tende a reduzir. A mesma regra se aplica quando inversamente analisado. A curva de demanda é negativamente inclinada, pois ao ponto de que o preço sobe as quantidades demandadas tendem a baixar ou conforme citado acima, analisando pelo ponto de vista de que se o preço baixar as quantidades procuradas tende a subir. Conceito De Oferta A oferta é conceituada como sendo as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. “É a quantidade que os vendedores querem e podem vender” (MANKIW 2013, p. 71). Da mesma maneira que foi exposto quando tratamos da demanda, a oferta depende de vários fatores. Dentre eles, destaca-se seu próprio preço, dos demais preços, do preço dos fatores de produção, das preferências do empresário e da tecnologia. Para Silva e Azevedo (2017, p. 77) lei da oferta, “refere-se ao fato de que quanto mais elevado for o preço de um bem ou serviço, maior será a disposição do empresário em disponibilizar o seu produto para os consumidores, coeteris paribus”. Grá�co 2 - Oferta Fonte: o autor. Equilíbrio de mercado A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado. Grá�co 3 - Equilíbrio de mercado. Fonte: o autor. Na intersecção das curvas de oferta e demanda (ponto E) ou seja, ao se cruzarem, teremos o preço e a quantidade de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem às aspirações, necessidades dos consumidores e dos produtores de forma simultânea. Quando a quantidade ofertada estiver abaixo daquela de equilíbrio “PE” (A, por exemplo), teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma competição entre os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores que as ofertadas. Formar-se-ão �las, o que forçará a elevação de preços, até atingir-se o equilíbrio, quando as �las cessarão. Más se a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de equilíbrio “PE” (B, por exemplo), haverá um excesso ou excedente de produção, um acúmulo de estoques não programado do produto, o que poderá provocar uma competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos preços, até que se atinja o ponto de equilíbrio (VASCONCELLOS 2015, p. 55) . Dessa forma visando a equidade, o governo pode intervir na formação de preços no mercado através de: 1. Impostos; 2. Subsídios; 3. Tabelamento; 4. Fixação de preços mínimos; 5. Congelamentos de preços e salários; Etc. Elasticidade É possível explicar a elasticidade como o grau de reação de um produto à variação de, por exemplo, seu preço, isto é, a elasticidade demonstra uma relação entre o efeito nas quantidades demandadas ou ofertadas de determinado produto e as causas que o determina, sob a condição de coeteris/céteris paribus. Para resumir podemos conceituar elasticidade com o grau de reação ou de sensibilidade de um bem ou serviço à variação de, seu preço, preço dos produtos substitutos ou complementares e renda do consumidor. “A elasticidade é uma medida do tamanho da resposta dos compradores e vendedores às mudanças das condições do mercado” (MANKIW 2013, p. 87). Sua metodologia de cálculo parte da análise do quociente entre a variação percentual da quantidade em função da variação percentual de outra variável, que lhe provoque alguma mutação, como o preço do próprio bem ou serviço. Ela poderá ser calculada no ponto ou num intervalo ou arco. Elasticidade-Preço da Demanda Sua função é avaliar a reação da quantidade da demanda de um bem ou serviço em relação às variações em seu preço. Essa é a visão do quando considerado o lado do consumidor. A elasticidade-preço da demanda pode ser de�nida “como sendo a relação entre a variação percentual na quantidade demandada e a variação percentual no preço” (VASCONCELLOS 2011 p. 8). Algebricamente, a elasticidade-preçoda demanda pode ser representada por: = Variação na quantidade demandada = Variação no preço Edp = onde : ΔQ Q ΔP P ΔQ ΔP Figura 1 - A elasticidade-preço da procura Fonte: Rossetti (2016, p. 432) Elasticidade-Preço da Oferta O mesmo raciocínio utilizado para a demanda também se aplica para a oferta, a �gura 2 mostra perfeitamente essa relação de raciocínios. No entanto, neste caso que o resultado da elasticidade será positivo, pois a correlação entre preço e quantidade ofertada é direta. Figura 2 - A elasticidade-preço da procura Fonte: Rossetti (2016, p. 433) “A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade ofertada res- ponde a mudanças no preço. A oferta de um bem é chamada elástica se a quantidade ofertada responde substancialmente a mudanças no preço. A oferta é chamada inelástica se a quantidade ofertada responde pouco a mudanças no preço” (MANKIW 2013, p. 96). Quanto maior o preço, maior a quantidade que o empresário estará disposto a ofertar, coeteris paribus. Teoria da produção AUTORIA Rodrigo Jr. Gualassi Conceito da Teoria da Produção A Teoria da Produção preocupa-se com o lado da oferta do mercado, ou seja, com os produtores, que vão oferecer aos consumidores os bens e serviços por eles produzidos. Produção é o processo pelo qual uma �rma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. Assim, a �rma é uma intermediária: compra insumos (inputs, fatores de produção), combina-os segundo um processo de produção escolhido e vende produtos (outputs) no mercado (VASCONCELLOS, 2015 p. 113) Para que essa teoria seja melhor entendida, antes, devemos nos ater aos conceitos de �rma e posteriormente na de�nição da função de produção: Firma, ou empresa: Na Teoria da Produção, não há interesse em de�nir a empresa do ponto de vista jurídico ou contábil. Portanto, aqui, a empresa será apenas uma unidade técnica de produção. Em decorrência, o empresário será o proprietário ou pessoa que administra a �rma (SILVA; LUIZ, 2010). Vasconcellos (2015, p. 143) destaca como objetivo proposto pelas �rma a “maximizar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de rentabilidade sobre os custos etc”. Função de produção: que é uma relação técnica entre as quantidades empregadas dos fatores de produção e as quantidades produzidas do bem ou serviço, podendo ser representada pela expressão: Q= f (K, L) em que: Q= quantidade produzida do bem; K= quantidade empregada de fator capital; L= quantidade empregada de fator trabalho; Essa expressão signi�ca que a quantidade produzida do bem depende, ou “é função”, das quantidades empregadas dos fatores capital e trabalho. “No qual insumos tais como serviços de mão de obra, matéria-prima e serviços de bens de capital são transformados em um produto �nal” (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E BARBIERI, 2011, p. 147). Lei dos Rendimentos Decrescentes Um dos conceitos mais conhecidos entre os economistas, dentro da Teoria da Produção, é o da Lei ou Princípio dos Rendimentos Decrescentes, que trata sobre quando elevando-se a quantidade do fator variável, permanecendo �xa a quantidade dos demais fatores, a produção inicialmente aumentará as taxas crescentes; a seguir, depois de certa quantidade utilizada do fator variável, continuará a crescer, mas a taxas que tendem a cair continuando o incremento da utilização do fator variável, a produção total chegará a um máximo, para depois diminuir. A Lei dos Rendimentos Decrescentes se refere a uma teoria que explica o motivo por aumentos nas quantidades produzidas serem cada vez menores em relação ao acréscimo de unidades produtivas no processo de produção de um bem ou serviço. A teoria defende que a e�ciência produtiva diminui a cada novo fator de produção incrementado ao mesmo fator �xo (SILVA; FERNANDES, 2017 p. 57). Se considerarmos como exemplo dois fatores: terra (�xo) e mão-de-obra (variável) é possível veri�car que, se várias combinações de terra e mão-de-obra forem utilizadas para produzir um item como o feijão e se a quantidade de terra for mantida constante, os aumentos da produção dependerão do aumento da mão-de-obra empregada na lavoura para sua efetiva produção. Assim, a produção deste item aumentará até certo ponto e depois cairá, isto é, a maior quantidade de homens para trabalhar, associada à área constante de terra, permitirá que a produção cresça até um certo ponto (máximo) e depois passe a diminuir. Como a proporção entre os fatores �xo e variável vai se alterando, quando aumenta a produção, essa lei também é chamada de Lei das Proporções Variáveis. Custo de Oportunidade São os custos relacionados às oportunidades deixadas de lado por determinado indivíduo ou empresa, num espaço de tempo especí�co. Essa situação é mais fácil de ser veri�cada se tomarmos por base o exemplo de uma empresa que possua galpão próprio. Enquanto os contadores normalmente contabilizam o custo igual a zero na utilização desse galpão, mesmo que ele abrigue as máquinas da própria empresa, os economistas identi�cam nessa situação uma possibilidade de ganho, pois o empresário poderia receber algum tipo de receita não operacional, caso ele alugasse esse galpão. Dessa forma, os aluguéis não recebidos correspondem ao custo de oportunidade (VASCONCELLOS; OLIVEIRA E BARBIERI, 2011). Custos Fixos e Variáveis De acordo com Vasconcellos (2015, p. 127) “custos contábeis são aqueles normalmente lançados na contabilidade privada, ou seja, são custos explícitos, que sempre envolvem um dispêndio monetário”. São os gastos efetivos contabilizados no balanço da empresa, que podem ser: a) Custos Fixos: Ele independe da produção, não varia de acordo com seu volume e é representado por fatores �xos, como aluguel, IPTU etc. - ,que são denominados, contabilmente, custos indiretos. b) Custos Variáveis: Esse custo depende da produção e varia de acordo com seu volume. É representado por fatores variáveis – como mão-de-obra, matéria-prima etc. – e são denominados, contabilmente, custos diretos. Custos Médio e Marginal Custo Total Médio: é o resultado do quociente do custo total pela quantidade total produzida, também conhecido como custo unitário. Custo Marginal: Também denominado custo incremental, é o resultado da produção de uma unidade adicional de produto. Podemos calculá-lo pelo quociente da variação do custo total pela variação da quantidade total produzida. Sua ocorrência só é possível para o custo variável, uma vez que os custos �xos não variam em função da produção. Economias e Deseconomia de Escala As economias de escala ocorrem quando a curva de custo total médio de longo prazo decresce com o aumento da produção, já as deseconomias de escalas ocorrem quando a curva de custo total médio se eleva com a produção (MANKIW, 2013) Quanto às economias de escala podemos destacar três possíveis causas para sua ocorrência. São elas: a) Economia de escala na fábrica – está ligada ao investimento no capital �xo e humano, trazendo ganhos provenientes da especialização, que, por sua vez, estão relacionados à produtividade dos fatores, ou seja, estão relacionados aos aumentos mais que proporcionais da capacidade produtiva em relação aos custos de produção. Também podemos ter o que chamamos de economias de escopo, que re�etem os benefícios de menores custos ao se produzir dois ou mais produtos em conjunto em vez de separados. b) Economia de escala no produto – está relacionada ao aumento da especialização dos fatores quando a produção de um único e especí�co produto, por exemplo a mão-de-obra, tende a se tornar cada vez mais quali�cada para a elaboração de um CTMe = Custo Total Total Produzido CTMg = ΔCV T ΔQuantidade Total produto por causa das repetidas vezes que lida com ele. Esse fato está ligado à curva de aprendizado, que se re�ete diretamente nos custos. c) Economia de escala ligada à empresa – são várias as vantagens que esse tipo de economia pode trazer, e dentre as mais importantes destacamos: Vantagens de produção e distribuição –
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