Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Epidemiologia – Laís Nunes [3º semestre] INTRODUÇÃO A EPIDEMIOLOGIA Analisando-se o significado da palavra através da sua nomenclatura tem: EPI: sobre DEMIO: população e LOGIA: ciência, dessa forma é a ciência que estuda a saúde da população; É a ciência que estuda a frequência e a distribuição dos fenômenos saúde/ doença nas populações humanas para identificar seus determinantes, ou seja, ela é o estudo dos fatores determinante da frequência e distribuição das doenças em populações; É o principal eixo da saúde pública, pois é através dela que se conhece o suficiente sobre a ocorrência das doenças e agravamentos à saúde da população para prevenir, proteger e promover a melhoria das condições de vida; Em qualquer das definições de epidemiologia adotada, é fundamental o entendimento do que é saúde, já que é a partir dessa definição individual que construiremos o conceito coletivo, sendo assim, saúde é a ausência da doença, e a doença é uma perturbação na saúde. TEORIA DAS MIASMAS Dizia que a origem das doenças decorria do mal qualidade do ar, proveniente de emanações oriundas da decomposição de animais e plantas; O QUE A EPIDEMIOLOGIA ESTUDA Distribuição da mortalidade e morbidade; Realiza testes de eficácia e de inocuidade de vacinas; Desenvolve vigilância epidemiológica; Analisa fatores ambientais e socioeconômicos ligados às doenças e condições de saúde; OBJETIVOS DA EPIDEMIOLOGIA Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de saúde na população; Identificar os fatores etiológicos (causas, fatores de exposição, fatores de riscos) das efemeridades; Proporcionar dados essenciais ao planejamento, execução e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças; APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA Diagnóstico da situação de saúde; Investigação etiológica; Determinação de riscos; Aprimoramento na descrição do quadro clínico; Determinação de prognósticos; Planejamento e organização de serviços; Analise critica de trabalhos científicos; PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS ABORDAGENS CLÍNICA E EPIDEMIOLÓGICA Não teríamos avanços na clínica sem os estudos epidemiológicos, mas estes não existiriam sem os avanços na clínica. Clínico Epidemiológico Tipos de diagnóstico Individual. Comunitário/ populacional. Objetivo Curar e prevenir a doença da pessoa. Melhorar o nível de saúde da comunidade/ident ificar fatores risco. Informação necessária História clínica, exame físico, exames complementares. Dados populacionais, dados com referência de tempo e espaço geográfico de causas de morte, serviços de saúde, incapacidade, fatores risco. Ações Tratamento reabilitação. Programas de saúde/promoção. Monitorame nto no tempo Acompanhamento clínico (evitar a doença/melhorar/ curar a pessoa). Mudanças no estado de saúde da população bem como diminuição das taxas de mortalidade, da incidência de doenças. CONTRIBUIÇÕES EPIDEMIOLOGICAS PARA AS CIÊNCIAS MÉDICAS Varíola; Envenenamento por mercúrio- doença ambiental; HIV/AIDS; PILARES DA EPIDEMIOLOGIA Antes ela era restrita a saúde pública, logo se expandiu para a área clínica e social; Eixos básicos: Ciências biológicas/ clínica médica: apoia-se a outras áreas do próprio campo da saúde; entendendo o mecanismo de como funciona a doença para que se possa conseguir prever, controlar e erradicar essas doenças; Ciências sociais/ medicina social: a sociedade em sua organização determina o tipo de acometimento, ou seja, determina muito dos riscos de adoecer, bem como o maior ou menor acesso das pessoas às técnicas de prevenção, promovendo a recuperação da saúde; dessa forma a saúde deixa de ser uma Epidemiologia – Laís Nunes [3º semestre] questão técnica e passa a ser uma questão técnica social e política; Estatística: instrumento metodológico de coleta das informações, tendo um papel fundamental seja na etapa de planejamento de uma pesquisa clínica, seja na análise dos dados (estudo do significado da frequência). PREMISSA BÁSICA Os agravos à saúde não ocorrem ao acaso na população, e sim, a distribuição desigual de agravos é produto da ação de fatores que se distribuem desigualmente na população. PRINCIPAIS CONCEITOS Casos esporádicos: quando o número de casos de uma doença/agravo é raro e quando são isolados/distantes; Endemia: quando o número de casos de uma doença/agravo apresenta-se de forma regular, em um determinado lugar e período de tempo; tendo como característica o caráter regular, constante e sistemático; Ex.: febre amarela na Amazônia. Epidemia: quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado lugar e período de tempo; tendo como característica um caráter descontrolado, brusco e temporário; Ex.: dengue em várias regiões do Brasil. Surto: é um tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica pequena e bem definida delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quarteis, escolas etc); Ex.: doença de chagas no Pará. Pandemia: é um tipo de epidemia generalizada que abrange uma vasta região como países e continentes. Ex.: tuberculose, AIDS, influenza H1N1.
Compartilhar