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INFRA TI-UNIDADE 3

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89
INFRAESTRUTURA DE TI
Unidade III
5 DATA CENTERS E SERVIDORES
5.1 Servidores e infraestrutura de armazenamento de dados
5.1.1 Servidor
Como já é de nosso conhecimento, o servidor é um computador com funções de controle, 
armazenamento e compartilhamento de recursos tecnológicos dentro de uma rede de computadores. 
Ele se comporta como um elemento central no funcionamento das aplicações dentro de uma arquitetura 
de TI que utiliza o modelo cliente-servidor, seja qual for o nível de segmentação de camadas.
 Lembrete
Na arquitetura de TI, utilizando o modelo cliente-servidor, encontramos 
arranjos que utilizam duas, três e quatro camadas que determinam a forma 
como as aplicações funcionam em rede.
As principais atividades desenvolvidas por servidores nas organizações envolvem: compartilhamento 
e gerenciamento de arquivos, serviços de domínio, armazenamento de dados, conexão remota, 
hospedagem de aplicações, backup de dados e interligação entre periféricos.
Essas atividades ditam os tipos de servidores que encontramos no mercado, determinando as 
tarefas que são executadas nas redes de computadores. Assim, podemos classificá-los em: servidor de 
arquivos, servidor de banco de dados, servidor de e-mail, servidor de impressão, servidor web, servidor 
de aplicação, servidor de Domain Name System (DNS), servidor proxy e servidor de File Transfer 
Protocol (FTP).
O primeiro servidor mais encontrado é o servidor de arquivos, responsável pela tarefa de armazenar 
e compartilhar arquivos em uma rede de computadores. Ele opera como um ponto central dentro 
da infraestrutura contribuindo com a redução de custos com backup de dados, além de oferecer 
segurança na salvaguarda de arquivos, dispensando a necessidade de armazenamento local em 
computadores clientes.
O próximo servidor a ser entendido é o de banco de dados, que oferece um armazenamento adequado 
de registros para que o SGBD de dados execute as suas funções.
90
Unidade III
 Lembrete
Conforme visto anteriormente, um sistema de gerenciamento de bancos 
de dados (SGBD) é um software específico usado para criar, armazenar, 
organizar e acessar dados a partir de um banco de dados.
O servidor de e-mail é utilizado em conjunto com aplicações que gerenciam o envio e a recepção de 
mensagens eletrônicas. Funcionam a partir da utilização do Simple Mail Transfer Protocol (SMTP). Nesse 
servidor estão armazenados os e-mails de uma organização.
Outro servidor interessante é o servidor web, que opera a partir do Hiper Text Transfer Protocol (HTTP) 
provendo a operação, o carregamento e o controle das páginas de internet nos navegadores utilizados 
em uma organização. Tudo isso facilita a programação de sistemas que utilizem a interface WEB.
O servidor de aplicação efetua um controle das aplicações dos usuários, provendo um ambiente 
adequado para programação e desenvolvimento de software, de forma a garantir a segurança, a 
disponibilidade e diversas outras necessidades.
Os outros três tipos de servidores têm relação muito forte com protocolos de aplicação WEB. 
O primeiro deles é o servidor DNS, que provê a tradução de nomes para endereços IP. O segundo 
é o proxy, que provê a conexão efetiva a internet. O terceiro é o FTP, que provê a transferência de 
arquivos de forma confiável.
5.1.2 Componentes de um servidor
Os detalhes construtivos do hardware de um servidor não se distanciam muito dos computadores 
comuns no que tange aos seus componentes. A principal diferença é na capacidade de funcionamento 
desses recursos, além da gestão implementada na operação dos mesmos.
Os principais componentes de um servidor são:
• placa‑mãe: é o local (placa) onde estão instalados os principais componentes do servidor;
• placa de rede: é a placa responsável pelo estabelecimento da comunicação entre o servidor e os 
computadores clientes;
• CPU: é o componente responsável pelo processamento dos dados e informações dentro de um servidor;
• memória: é a responsável pelo armazenamento dos dados, de forma temporária ou permanente;
• disco rígido: é o componente responsável também pelo armazenamento, mas de forma 
permanente e com capacidade maior que as memórias comuns.
91
INFRAESTRUTURA DE TI
5.1.3 Tipos de servidores
É comum classificar os servidores de acordo com a função que eles exercem (DNS, proxy, FTP, entre 
outros). No entanto, encontramos a tipificação dos servidores também de acordo com o gabinete 
utilizado, como torre, rack e blade.
O servidor torre, também conhecido como tower, é caracterizado por ter um gabinete instalado de 
forma vertical, muito semelhante aos desktops. Corresponde, normalmente, aos modelos mais simples e 
mais acessíveis financeiramente falando, apresentando-se como a porta de entrada no uso de servidores 
em pequenas em médias empresas.
Outra característica interessante do servidor torre é que ele possui menor consumo de energia e 
baixo ruído emitido como fruto de sua operação.
 Saiba mais
Por meio do link indicado a seguir, você pode observar um servidor da 
fabricante Dell em uma visão frontal e traseira, além de uma outra visão 
lateral com a tampa do gabinete removido.
DELL. PowerEdge T140 | 1HD de 1TB | 8GB. [s.d.]. Disponível em: https://
deals.dell.com/pt-br/work/productdetail/35k4. Acesso em: 10 fev. 2020.
Considerado uma solução mais robusta, o servidor rack apresenta-se com uma configuração que 
possui uma maior flexibilidade e escalabilidade. Isso porque o servidor rack possui uma série de slots 
de expansão que permite a instalação de placas e discos de armazenamento de dados, gerando a 
possibilidade de aumento do número de servidores.
 Observação
Em um servidor rack é possível a instalação de novas placas de expansão 
sem a necessidade do desligamento da fonte de alimentação do equipamento.
 Saiba mais
Você pode observar alguns servidores rack do fabricante Lenovo por 
meio do link indicado a seguir.
LENOVO. ThinkSystem SR670. [s.d.]. Disponível em: https://www.
lenovo.com/br/pt/data-center/servers/rack-servers/Thinksystem-
SR670/p/77XX7SRSR67. Acesso em: 10 fev. 2020.
92
Unidade III
Uma questão importante sobre servidores rack é o resfriamento e, consequentemente, do controle 
da temperatura, pois esses servidores são instalados próximos uns dos outros, provocando aumento na 
temperatura nos racks próximos.
O último tipo de servidor é o blade, que se parece com caixas (gavetas) montadas em um 
chassi. A solução com servidores blade proporciona um menor uso de espaço e menor necessidade de 
resfriamento, além de um custo mais baixo que as soluções de servidor rack.
 Saiba mais
Por meio do link indicado a seguir, você pode ver uma solução de 
servidor blade do fabricante HPE.
HPE. Blade de servidor HPE ProLiant e910. [s.d.]. Disponível em: https://buy.
hpe.com/br/pt/servers/proliant-server-blades/proliant-e910-server-blades/
hpe-proliant-e910-server-blade/p/1011632916. Acesso em: 10 fev. 2020.
5.1.4 Infraestrutura de armazenamento de dados
O valor de uma organização está, em muitas situações, associado aos dados que ela possui. Vamos 
pensar em uma instituição bancária: quantos dados de clientes, de operações e de cadastros estão 
armazenados em seus bancos de dados?
Estendendo essa compreensão para todo tipo de empresa ou organização, percebe-se que é grande 
o volume de dados gerados pelos seus sistemas, bem como a capacidade de processar todos esses dados 
de forma a atender as expectativas daqueles que dependem da TI.
A princípio, o armazenamento desses dados era feito em memórias RAM, insuficientes para toda 
demanda. Assim, surgiu o disco rígido, também conhecido como HD, bem como outros dispositivos de 
armazenamento como o Compact Disk (CD), o Digital Versatile Disc (DVD), a fita magnética e diversos 
outros dispositivos de estado sólido.
 Lembrete
As memórias RAM não conseguem armazenar dados quando o sistema 
computacional está desenergizado.
A partir disso, criou-se a ideia de storage, que funciona como um grande repositório de dados de 
uma organização,operando de forma centralizada em uma rede local e funcionando como servidor 
de arquivos ou até mesmo backup de dados, com funções de compartilhamento e colaboração.
93
INFRAESTRUTURA DE TI
O storage pode ser classificado de três formas distintas:
• Direct Attached Storage (DAS): conhecido como armazenamento direto vinculado, 
funciona apenas como um dispositivo externo, operando como um disco opcional externo para 
armazenamento de dados;
• Network Attached Storage (NAS): conhecido como armazenamento direto em rede, funciona 
como um servidor dotado de um sistema operacional, responsável por armazenar arquivos e 
gerenciar informações;
• Storage Area Network (SAN): conhecido como rede de área de armazenamento, opera como 
uma rede contendo servidores e storages dedicados ao armazenamento de alto desempenho, 
disponibilidade e segurança.
Para que o armazenamento de dados ocorra dentro de um processo seguro, é necessário que se 
estabeleça uma rotina de backup, com uma forma bem definida, visando à salvaguarda dos arquivos 
utilizados pela organização.
O backup pode ser compreendido como uma cópia dos arquivos utilizados pela empresa para 
outra mídia (disco ou fita), de forma a garantir a disponibilidade e a integridade em caso de 
incidente ou outra necessidade verificada pela organização.
Os processos de backup podem ser classificados em três tipos:
• backup full: também conhecido como backup completo, processa uma cópia todas as informações 
(alteradas ou não);
• backup incremental: nesse processo, copiam-se as informações alteradas desde o fim do 
último backup executado;
• backup diferencial: aqui executa-se a cópia total dos arquivos uma primeira vez, copiando-se 
depois apenas as alterações que surgirem desde o último backup full.
5.2 Data center
5.2.1 Introdução
O data center, também conhecido como centro de processamento de dados, é um local onde está 
implementada uma infraestrutura de TI com componentes de alta capacidade, tendo por objetivo o 
processamento e armazenamento de dados e o fornecimento de serviços tecnológicos. No data center 
é comum haver a instalação de servidores, storages, equipamentos de redes (switches e roteadores, 
entre outros).
94
Unidade III
A ideia é que o data center consiga oferecer serviços de TI de alto desempenho e disponibilidade, 
além da escalabilidade necessária para atender os requisitos de negócios, sempre prezando por critérios 
de segurança da informação, tão importantes para as organizações e sua gestão.
Assim, os elementos que compõem um data center são: as instalações, o gerenciamento e os recursos 
de TI. O primeiro elemento engloba as próprias instalações físicas, o fornecimento de energia elétrica 
e os equipamentos de refrigeração. O segundo elemento está relacionado às questões que envolvem a 
gestão do data center. O terceiro elemento, por fim, trata dos recursos de TI utilizados no data center. A 
figura a seguir apresenta cada um desses elementos.
Data center
Instalações físicas
Energização
Refrigeração
TI
Energia Telecomunicações Upload e download
Gerenciamento
Figura 46 – Elementos do data center
Entre os diversos serviços entregues pelo data center, é possível citar: redes, segurança, processamento, 
armazenamento, fornecimento de aplicações, alta disponibilidade, automação, gerenciamento da 
TI, recuperação de desastres e virtualização (este último serviço pode ser considerado um dos mais 
importantes por se tratar do oferecimento dos recursos de hardware otimizados para as organizações). 
A figura a seguir apresenta os serviços entregues pelo data center.
Serviços de alta disponibilidade 
e recuperação a desastres
Data center
Serviços de segurança
Serviços de aplicação
Serviços de 
processamento
Serviços de 
rede
Serviços de 
armazenamento
Serviços de virtualização
Serviços de automação e gerenciamento da TI
Figura 47 – Serviços de um data center
95
INFRAESTRUTURA DE TI
Dessa forma, o data center tem um papel fundamental na sustentação dos requisitos de negócio, 
seja nas aplicações utilizadas no ambiente operacional, seja na elaboração das estratégias competitivas. 
Assim, é possível perceber o data center situado na base da infraestrutura de TI, que sustenta aplicações, 
que, por sua vez, sustentam os processos de usuário. Veja a figura a seguir.
Aplicações
Processos (usuário)
Serviços de data center
Componentes do data center
Serviços de infraestutura
Nível de serviço
Nível de serviço
Figura 48 – Serviços de infraestrutura de TI e serviços de data center
5.2.2 Componentes da arquitetura do data center
Considerando as normas vigentes em redes de computadores, cabeamento estrutura e outras de TI, 
de forma geral, é possível encontramos uma arquitetura de data center descrita na figura a seguir.
ER
MDA
HDA
EDA
EDA
HDA
EDA
HDA
ZDA
Provedor(es) 
de acesso
Sala de suporte e 
centro de operações
Sala de 
telecomunicações
Cabeamento 
horizontal
Cabeamento 
backbone
Sala dos 
computadores
Figura 49 – Arquitetura de um data center
96
Unidade III
O primeiro componente a ser compreendido é a ER-Entrance Room (traduzida como sala de entrada), 
onde está situado o ponto de contato entre o cabeamento oriundo da operadora de telecomunicações 
e o sistema de cabeamento estruturado do data center.
O próximo componente é o MDA-Main Distribution Area (traduzido como área de distribuição 
principal), onde encontra-se a core de conexões do data center, além dos roteadores e do backbone da 
rede. Os subsistemas de cabeamento estruturado são interligados ao MDA.
As HDA (Horizontal Distribution Area) e EDA (Equipment Distribution Area) alojam, respectivamente, 
a interconexão do subsistema de cabeamento horizontal e equipamentos terminais do data center 
(como servidores, storages e unidades de fita).
A ZDA (Zone Distribution Area) tem a sua implementação opcional com intuito de gerar maior 
flexibilidade para o subsistema de cabeamento horizontal, situando-se entre o HDA e o EDA.
A redes de comunicação de dados de um data center também devem seguir uma arquitetura 
estabelecida segundo normas e padrões internacionais. Assim, é comum o estabelecimento de uma 
arquitetura de rede no data center em três camadas distintas e hierarquicamente estabelecidas: núcleo, 
agregação e acesso. A figura a seguir apresenta esta arquitetura de redes em camadas.
Núcleo
Agregação
Acesso
Figura 50 – Arquitetura de redes em camadas
A primeira camada é a núcleo, composta de switches de alta velocidade que favorecem um 
grande e rápido fluxo de dados. A interligações entre esses switches precisa ser feita com cabeamento 
de categoria 6 ou 6A, no mínimo, ou até fibras ópticas multimodo e monomodo.
A camada de agregação também é composta de switches, mas esses com a função de integrar 
serviços de rede e de segurança da informação.
Já a camada de acesso é composta de switches que são interligados aos servidores.
97
INFRAESTRUTURA DE TI
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre data center, leia os primeiros três 
capítulos do livro indicado a seguir.
VERAS, M. Virtualização: tecnologia central do datacenter. Rio de Janeiro: 
Brasport, 2016.
5.2.3 Tipos e classificações dos data centers
Existem dois tipos diferente de data centers: data center empresarial e data center de internet.
O primeiro tipo de data center (empresarial) é utilizado quando uma organização deseja um data 
center próprio construído no mesmo prédio, onde estão situadas todas as outras atividades inerentes 
ao negócio. Claro que esse tipo de data center só tem a sua implementação exequível quando há um 
espaço adequado para sua construção, dotado de toda segurança possível para a sua operação.
O segundo data center (internet) tem o papel de fornecer uma infraestrutura de armazenamento 
e processamento de dados críticos para o negócio, envolvendo todas as necessidades de segurança 
(redundância, disponibilidade e integridade) via internet (na nuvem). Para a existência desse primeiro 
tipo, é necessário umprédio apenas para as funções e os serviços de um data center.
Sobre a classificação dos data centers, é comum estabelecê-la em quatro segmentações, conhecidas 
como tiers (traduzido como camadas) colocadas em níveis.
O primeiro nível (ou tier 1) é o mais básico de todos, não contemplando redundâncias em rotas físicas 
e lógicas. Assim, quaisquer falhas na alimentação elétrica do data center, por exemplo, podem acarretar 
uma indisponibilidade (total ou parcial). É comum afirmarmos que, nesse primeiro nível, o percentual 
de disponibilidade é de 99,671%, ou seja, em um ano, o serviço pode ficar até 28,8 horas indisponível.
O segundo nível (ou tier 2) é caracterizado pela existência de componentes redundantes no âmbito 
interno. O projeto dessa classificação de data center deve contemplar a lógica N+1 para equipamentos, 
cabeamento interno e sistema de ar-condicionado, além da operação contínua 24 x 7 (24 horas durante 
os sete dias da semana). Nesse nível, a disponibilidade mínima deve ser de 99,749%, ou seja, em um ano, 
o serviço pode ficar indisponível por até 22 horas.
 Observação
A lógica N+1 prevê sempre o uso de mais um equipamento para 
fornecimento de redundância. Por exemplo, um data center tier 2 deve ter, 
além do cabeamento de backbone em operação, um cabeamento redundante 
pronto para ser utilizado em caso de desastre com o cabeamento principal.
98
Unidade III
O terceiro nível (ou tier 3) é conhecido por ter manutenções que não acarretam paradas no serviço. 
Nessa classificação, o data center opera na lógica N+1 tanto para questões internas quanto para os 
serviços prestados pela operadora de telecomunicações (é necessário dispor de duas operadoras de 
telecomunicações prestando serviços para o data center), além de possuir duas ERs. O tier 3 (assim 
como os outros níveis) opera com apenas uma MDA. Nesse nível, a disponibilidade mínima esperada é 
de 99,82%, ou seja, em um ano, detecta-se apenas 1,6 hora de indisponibilidade.
O quarto e último nível (ou tier 4) é conhecido por sua tolerância a falhas, operando com a lógica 
N+1 para todos os recursos, inclusive oferecendo uma MDA secundária e também o uso de duas 
alimentações elétricas de empresas diferentes. O objetivo é que, nessa classificação, a disponibilidade 
alcance 99,995%, ou seja, apenas 24 minutos de indisponibilidade por ano.
5.2.4 Custos de implementação e operação de um data center
Muitas são as questões a serem consideradas na implementação de um data center, pensando desde 
o projeto até a instalação e a construção propriamente dita.
Uma primeira questão envolve o fator financeiro, isso por conta não somente dos custos com a 
implementação, mas também do Custo Total de Propriedade (conhecido pela sigla TCO, que se refere 
ao termo em inglês Total Coast Ownership). O TCO é o custo associado ao fato de apenas utilizarmos ou 
termos propriedade sobre um determinado recurso.
Exemplo de aplicação
Para compreendermos melhor o que vem a ser o TCO, pensemos na aquisição de um computador 
pessoal que normalmente tem um TCO que representa três vezes o custo com a sua aquisição. E por 
quê? Porque há custos com energia elétrica, manutenção e instalação, entre outros.
Para Magalhães e Pinheiro (2007, p. 81):
A avaliação do TCO é importante para uma organização priorizar seus 
investimentos na área de TI, compreender os seus custos atuais e tomar 
decisões tecnologicamente viáveis. A implementação de metodologia de 
apuração do TCO deixou de ser restrita a poucos iniciados para se tornar 
uma necessidade na área de gerenciamento de serviços de TI. No panorama 
atual em constantes mudanças, como poderá uma organização suportar os 
custos relacionados à infraestrutura de TI? Paralelamente ao crescimento 
quase diário do grau de dependência dos negócios em relação aos serviços 
de TI, também crescem os custos das atividades a eles relacionadas, tais 
como: aprovisionamento, instalação, utilização e modificação. Geralmente, 
à medida que a organização passa de sistemas desenvolvidos para sistemas 
emergentes, verifica-se uma mudança de processos e custos de TI bem pensados 
para estruturas de custos, processos e estratégias de gerenciamento pobres. 
99
INFRAESTRUTURA DE TI
Esses são os maiores riscos para uma boa administração dos serviços de TI. 
As ferramentas e metodologias de apuração do TCO ajudam os gestores da 
área de TI a planejar cuidadosamente o orçamento e os recursos que serão 
necessários, identificando oportunidades e satisfazendo as exigências da 
área de TI e das áreas dos clientes dos seus serviços.
Quando o administrador de TI utiliza o TCO, ele tem condições de:
• auditar os resultados para apontar pontos fortes e fracos dos custos de TI;
• criar uma estrutura ideal de TI, com base em custos aderentes às estratégias de negócios;
• fornecer simulação de custos e benefícios dos recursos de TI;
• conhecer os conceitos de apuração de custos;
• explorar situações e variáveis ligadas aos custos com infraestrutura de TI;
• reduzir custos;
• desenvolver orçamentos confiáveis;
• quantificar e priorizar alternativas de infraestrutura de TI.
Na implementação de um data center, existem custos na execução do sistema de alimentação 
elétrica, na construção da sala, na aquisição de equipamentos, na implementação e montagem dos 
sistemas de cabeamento estruturado e na instalação de todo o sistema de refrigeração.
Claro que tudo isso está relacionado à classificação do data center, ou seja, em qual nível ele vai 
operar (tier 1 até o tier 2) e ao tamanho das áreas onde os equipamentos e o sistema de cabeamento 
estruturado serão alojados.
Sobre o TCO do data center, é possível identificar pelo menos dois fatores que o influenciam: 
depreciação e o custo operacional. A depreciação nos remete à desvalorização dos equipamentos e 
consequente redução de valor de mercado, acompanhada da redução do desempenho quando comparado 
às necessidades de negócio. O custo operacional engloba os gastos com operadores de telecomunicações 
e fornecimento de energia elétrica, além de questões que envolvem manutenção preventiva.
5.2.5 Data center em contêiner
Os servidores de uma determinada organização podem ser perfeitamente instalados em contêineres, 
propiciando maior flexibilidade e escalabilidade. Assim, de modo rápido, é possível implementar soluções 
de data center em eventos contingenciais e também (por que não?) como data center principal.
100
Unidade III
O seu principal ponto positivo reside no uso mais inteligente da energia elétrica, produzindo uma 
maior eficiência energética que os data center tradicionais. O quadro a seguir apresenta uma comparação 
entre os data centers tradicionais e data centers em contêiner.
Quadro 4 – Comparação entre data center tradicional e container
Atributos primários Tradicional Contêiner
Tempo para implementar Longo (tipicamente dois anos) Meses
Custo de capital Muito alto Mais baixo
Custo de operação Variável Similar ao melhor tradicional
Adaptado de: Veras (2015, p. 98).
A questão de escalabilidade precisa ser considerada também ao compararmos o data center 
tradicional e o contêiner. A figura a seguir apresenta um comparativo.
3 6
Tempo 
(anos)
Requisitos de 
capacidade
Data center 
em contêiner 
(CDC)
Data center 
tradicional 
(TDC)
Capacidade de 
processamento
9
Figura 51 – Comparativo de escalabilidade do data center tradicional e do data center em contêiner
Para obter sucesso no uso de data center em contêiner, é necessário selecionar bem a solução, 
devendo-se considerar os requisitos dos equipamentos de TI utilizados, contemplando espaço inicial e 
futuro para os racks. Questões de eficiência energética e de refrigeração precisam ser checadas, além, é 
claro, dos requisitos de segurança, que é sempre algo crítico.
5.2.6 Gestão do data center
Diante de todas as particularidades que circundam os data centers, surge sempre uma pergunta: como 
fazer para que a sua operação transcorra da melhor forma e a mais alinhada possível às necessidadesde negócios? A resposta reside na adequada gestão do data center. Nesse sentido, grande importância é 
101
INFRAESTRUTURA DE TI
conferida normalmente a uma equipe que faz a gestão das operações do data center, responsável pelo 
monitoramento dos recursos utilizados pelo data center.
 Observação
Em algumas organizações essa equipe é terceirizada.
A gestão da infraestrutura do data center deve ser provida de um sistema que necessariamente abranja: 
emissão de relatórios, utilização de dashboards e cenários, controle e gerenciamento e, por fim, visualização.
Outro aspecto bem crítico da gestão a ser considerado relaciona-se à segurança física do data 
center. O acesso precisa ser bem controlado, considerando níveis apropriados de perfis e proximidade 
das instalações. E não só o acesso, mas também as questões relacionadas a desastres, incluindo plano 
para mitigar riscos, bem como gerar respostas diante das mais diversas situações.
Ainda no quesito segurança, é preciso conferir importância à gestão relacionada a refrigeração, 
umidade e energia em um data center, sob pena de paradas não programadas e consequências imediatas 
para o negócio.
5.2.7 Virtualização
Veras (2016, p. 47) menciona que:
A ideia de virtualização iniciou com a publicação do artigo “Time Sharing 
Processing in Large Fast Computer”, por Christopher Strachey, cientista 
da computação na Conferência Internacional de Processamento de 
Informação realizada em Nova York em 1959. Sua publicação tratou 
do uso da multiprogramação em tempo compartilhado e estabeleceu 
um novo conceito de utilização de máquinas de grande porte. 
Essas máquinas de grande porte poderiam agora utilizar melhor os 
recursos de hardware. Baseado no trabalho inicial de Strachey, o MIT 
desenvolveu o padrão CTSS (Compatible Time Sharing System), utilizado 
como referência por diversas empresas que fabricavam máquinas de 
grande porte. A IBM posteriormente introduziu o multiprocessamento 
nos mainframes, baseado na evolução do padrão CTTS, que permitiu 
que várias unidades de processamento trabalhassem como uma só, 
antecipando o conceito de virtualização. Esses mainframes introduziram 
o conceito de memória virtual (também chamado de storage virtual) 
como parte do sistema operacional. Essa opção possibilitou a 
abstração e o mapeamento de memória real para a memória virtual e 
a especificação de partições ou espaços de endereçamento que eram 
utilizados por programas diferentes. Surgiam as primeiras formas de 
fazer virtualização.
102
Unidade III
Conforme já mencionado, a virtualização é o principal serviço de TI entregue por um data center, 
exercendo grande impacto nos outros serviços prestados. Na virtualização, é possível a segmentação de um 
servidor físico em diversos servidores lógicos, em que aplicações utilizam sistemas operacionais diferentes.
A virtualização permite a criação de um data center virtual que pode oferecer recursos de 
processamento, armazenamento e conectividade, de forma que todo o potencial de hardware instalado 
seja aproveitado, reduzindo a ociosidade de recursos computacionais.
A partir disso, é possível mencionar a existência de máquinas virtuais alojadas nos servidores físicos lastreadas 
em políticas estabelecidas pelo administrador do sistema. As máquinas virtuais operam como uma camada de 
abstração entre o hardware e software, isolando aplicações e sistemas operacionais do hardware do servidor físico.
Assim, com a implementação de máquinas virtuais, podemos criar um servidor virtual. A figura a 
seguir apresenta essa ideia de virtualização.
Servidor 
1
Servidor 
2
Servidor 
3
Servidor 
4
Servidor 
5
Máquina virtual 
1
Servidor virtualizado
5:1
Máquina virtual 
2
Máquina virtual 
3
Máquina virtual 
4
Máquina virtual 
5
Figura 52 – Virtualização
A virtualização gera uma série benefícios, podendo-se citar:
• melhoria no aproveitamento da infraestrutura já implementada na organização;
• maior utilização do hardware, propiciando uma redução na quantidade de máquinas existentes;
• gerenciamento centralizado dos recursos de infraestrutura de TI;
• rápida implementação e disponibilização de aplicações tecnológicas;
• grande variedade de plataformas;
• disponibilização de ambientes dedicados a testes sem prejuízos dos sistemas operando em produção;
• maior confiabilidade e segurança;
• processos de atualização e migração mais fáceis de serem executados.
103
INFRAESTRUTURA DE TI
6 INFRAESTRUTURA E SERVIÇOS
6.1 Serviços
6.1.1 Conceito de serviço
Embora tão aplicado comumente em diversas áreas de conhecimento e em muitas organizações, o 
termo serviço é frequentemente confundido com o conceito de produto, principalmente na área de TI.
Freitas (2013) afirma que serviço é uma forma de entregar algo, de valor percebido pelo cliente, com o 
objetivo de alcançar os resultados que eles, os clientes, esperam, de forma a não se responsabilizar com 
a propriedade de determinados custos e riscos.
Os clientes desejam serviços porque esses serviços possuem valor agregado, ou seja, entregam 
benefícios que são percebidos. No entanto, o valor é mensurado não somente em matéria de benefícios, 
mas também por meio dos custos e riscos envolvidos.
Na entrega de um serviço, há mais do que os custos de produção envolvidos: há o custo de negociação 
e decisão, o custo de oportunidade e o custo de governança. Dessa forma, em muitas situações o valor 
agregado de um serviço pode, sim, diminuir devido aos altos custos associados.
Também associado ao valor, encontram-se os riscos que permitem descobrir, quando mensurados, os 
requisitos de disponibilidade de um serviço, assim como equilibrá-lo com os custos associados, tornando, 
dessa forma, viável a aquisição de um serviço e sua execução.
6.1.2 Diferenças entre produtos e serviços
Há grandes diferenças entre produtos e serviços. Imaginemos que a área de suporte de TI de uma 
empresa receba uma solicitação para instalar um novo computador na área comercial. O computador 
a ser instalado é, de fato, um produto, mas a instalação e o funcionamento do próprio computador são 
considerados como serviço. Observe que o cliente está interessado no serviço muito mais do que no produto.
É possível afirmar que, pelo menos em cinco características, produtos diferem dos serviços. São elas: 
a intangibilidade, a indivisibilidade, a variabilidade, perecibilidade e o critério de satisfação.
Sobre a intangibilidade dos serviços, pode-se dizer que não há como prová-los, apalpá-los, ouvi-los 
ou cheirá-los, ao contrário do que ocorre com um produto. Claro que há uma tendência em mensurar a 
qualidade de um serviço a partir do que se tangibiliza como produto: por exemplo, um serviço prestado 
pelo responsável de um buffet pode ser mensurado a partir da comida servida, no entanto, o serviço não 
se resume a tal aspecto.
A indivisibilidade poder ser verificada pela impossibilidade de se separar prestador do serviço, o modo 
como é percebido e o profissionalismo do próprio serviço. E essa indivisibilidade não envolve apenas pessoas.
104
Unidade III
Sobre a variabilidade, Magalhães e Pinheiro (2007) afirmam que ela advém da qualidade dos serviços 
prestados, os quais são inseparáveis das pessoas, enquanto a qualidade, por sua vez, pode variar.
Como um prestador de serviço normalmente vende o seu desempenho, não podendo ser armazenado 
para venda ou utilização posterior, pode-se observar a característica da perecebilidade, diferentemente 
do que se dá com grande parte dos produtos.
6.1.3 Qualidade em serviços
Aos poucos os conceitos de qualidade de produtos foram sendo estendidos para serviços, ainda que 
com as devidas adaptações, justamente por terem, serviços e produtos, características diferentes e, sob 
determinados aspectos, serem praticamente disjuntos.
Primeiro, sobre a dimensão da tangibilidade, a qualidade em serviços pode ser percebida por meio 
de evidências físicas dos serviços, ou seja, na aparência das instalações utilizadas, pessoas envolvidas, 
materiaise objetos utilizados.
Outro aspecto é a confiabilidade, que está relacionada à capacidade de entregar os serviços sempre de 
forma confiável e precisa, contribuindo para o aumento da percepção positiva do serviço por parte 
do cliente. É possível citar ainda outros fatores que influenciam na qualidade dos serviços, como 
flexibilidade, cordialidade, integridade, responsividade e segurança.
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre qualidade em TI, leia o livro indicado 
a seguir.
COSTA, I. et al. Qualidade em Tecnologia da Informação: conceitos de 
qualidade nos processos, produtos, normas, modelos e testes de software 
no apoio às estratégias empresariais. São Paulo: Atlas, 2012.
6.2 Transição da infraestrutura para serviços
6.2.1 Serviços de TI
Sobre esse tema, Magalhães e Pinheiro (2007, p. 54) acentuam:
As necessidades e expectativas dos clientes frequentemente são muito 
diferentes. Na maioria dos casos, as necessidades são muito mais fáceis de 
satisfazer do que as expectativas. Os clientes tendem a comunicar e a preparar 
as suas especificações de serviços e produtos de TI a serem adquiridos baseados 
em suas necessidades, mas medem o desempenho da área de TI que os atende 
105
INFRAESTRUTURA DE TI
baseando-se em suas expectativas. Por exemplo, quando se pergunta a um 
cliente o que ele precisa em um determinado serviço de e-mail, ele irá responder 
que necessita da disponibilidade e da sua capacidade de armazenamento de 
mensagens, mas o que ele espera, além disso, é velocidade no acesso, rápido 
suporte técnico em caso de necessidade de ajuda e um baixo tempo de reparo, 
quando se fizer necessária uma ação corretiva, não importando se no ambiente 
do servidor ou em sua estação local, independentemente de onde estejam 
localizados. O atendimento das necessidades é frequentemente verificado pela 
criação de indicadores de desempenho associados às variáveis de desempenho 
importantes para as necessidades existentes, fixando-se metas com uma faixa 
de variação determinada, mas o que realmente deseja o cliente é que todas 
as interações estejam próximas da média estabelecida, e não apenas dentro 
da faixa de tolerância, garantindo a uniformidade de resposta a sucessivas 
interações, o que pode ser traduzido como previsibilidade.
Cada vez mais a TI tem experimentado uma verdadeira evolução, passando de uma provedora de 
infraestrutura de TI para uma provedora de serviços de TI.
Um serviço de TI é a entrega de valor, por meio de ferramentas e recursos de infraestrutura de TI 
em vista da satisfação dos clientes. Bons exemplos de serviços de TI são os atendimentos de suporte de 
qualquer nível, automação de escritórios, serviços de acesso à internet e serviços de integração via ERP, 
entre outros.
Esses serviços são prestados normalmente por provedores de serviços de TI, que podem ser 
terceirizados ou internalizados, executados por uma área de TI interna das empresas. Esses provedores 
possuem um portfólio de serviços que são colocados como disponíveis aos clientes.
6.2.2 Infraestrutura de TI e a computação em nuvem
Esse contexto de transição da infraestrutura de TI para a TI de serviços gerou uma infraestrutura 
de TI percebida como serviço, ou, como alguns especialistas chamam, uma Infraestrutura de TI como 
Serviço (IaaS).
Impulsionadas pela internet associada à ideia de serviços de TI, as organizações estão cada vez mais 
interligadas por meio da TI, causando uma mudança nas empresas totalmente alicerçada na TI. Antes, 
as empresas tinham apenas tráfego de dados em redes internas, agora, a interligação é quase que total, 
gerando os sistemas interorganizacionais.
Veras (2016, p. 32) afirma que:
O surgimento da internet e a consequente redução dos custos de 
interligação, o avanço da padronização de protocolos de comunicação e a 
disponibilidade de banda ocorreram muito rapidamente. Um efeito positivo 
do exagero com os negócios na internet, por volta do ano 2000, possibilitou 
106
Unidade III
tornar a opção de interligar redes de diferentes organizações uma realidade. 
Sistemas Interorganizacionais são agora baseados nessas redes que utilizam 
a internet como espinha dorsal. As fronteiras organizacionais não são 
claras nesse novo modelo organizacional, e a TI acaba por deixar mais 
difícil saber quais os limites existentes entre essas organizações. A nova 
organização, agora, é uma combinação de diversas organizações, composta 
por células interconectadas com diversos pontos de acesso propiciados pela 
infraestrutura de TI.
A figura a seguir apresenta essa ideia de mudança e de quebra de paradigma proporcionada pela TI.
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Mainframe
Organização
TI
Figura 53 – Mudança organizacional promovida pela TI
A figura anterior nos introduz a uma ideia de nuvem, ou seja, organizações com as suas conexões 
sendo percebidas como pontos nessa nuvem, cujo elemento central é o data center.
Tudo isso contribui para um novo tipo de centralização em grandes estruturas de data center, com 
uma ideia diferente da computação centralizada marcante no início da TI do século passado. Essa é a 
ideia principal da computação na nuvem, habilitada pelo crescimento da internet e do entendimento 
da TI como um serviço.
Inicialmente com a ideia de centralizar o processamento de aplicações e o seu armazenamento 
fora do ambiente das empresas, a computação em nuvem nos remete, nos dias de hoje, a uma 
infraestrutura de hardware, software e serviços, disponíveis de forma dinâmica, baseada em acordos 
de nível de serviço.
107
INFRAESTRUTURA DE TI
Com a computação em nuvem, cria-se a ideia de que o recurso computacional é infinito e conciliado 
com eliminação do comprometimento prévio de capacidade. Assim, paga-se pelo custo do que se usa, 
de forma real, dos serviços acordados.
As principais características da computação em nuvem são: oferecimento de serviços sob demanda, 
disponibilidade ampla de serviços de redes de comunicação de dados, disponibilidade de um pool de 
recursos, rápida elasticidade e serviços que podem ser medidos.
Os três principais modelos de serviços para computação em nuvem são: infraestrutura como um 
serviço, software como um serviço e plataforma como um serviço.
No que tange a modelos de desenvolvimento, a computação em nuvem pode ser classificada de 
quatro formas diferentes:
• Nuvem pública: computação em nuvem com infraestrutura operada e gerenciada por empresas 
públicas ou grandes grupos industriais;
• Nuvem privada: computação em nuvem com infraestrutura operada e gerenciada pelo cliente;
• Nuvem comunitária: computação em nuvem com infraestrutura operada e gerenciada por várias 
organizações suportando uma comunidade que possui interesses comuns;
• Nuvem híbrida: combinação de duas ou mais nuvens (pública, privada, comunitária).
6.2.3 Arquitetura orientada a serviço
A arquitetura orientada a serviço, também conhecida pelo seu acrônimo em inglês SOA (Service 
Oriented Architecture), é uma filosofia de arquitetura de TI que implementa princípios da orientação a 
serviço em vista da aproximação da relação entre os sistemas de informação que suportam o negócio 
e as organizações. A orientação a serviço é um método que visa a integrar uma corporação como seus 
serviços interconectados, de modo que um aplicativo possa chamar uma função de outro aplicativo 
como serviço.
O objetivo primordial da SOA é concretizar a possibilidade de conectar uma diversidade de sistemas 
de informação sem que haja a necessidade de descartar sistemas existentes.
Em SOA, há o conceito de aplicações compostas, que provê a execução de serviços integrados que 
apoiam a empresa, de modo a facilitar e agilizar ajustes demandados pelos negócios. No entanto, para 
que esse modelo funcione, é necessário evitar grande interdependência entre serviços individuais, 
também conhecidos como baixo acoplamento, de modo a criar uma flexibilidade.
Essa integração proposta pela orientação a passa por uma série de desafios, como: redes decomputadores não confiáveis e lentas, aplicativos programados nas mais diversas linguagens, 
formato de dados diferente, plataformas de execução e mudanças que são inevitáveis. Esses 
108
Unidade III
desafios podem ser percebidos por meio de quatro itens: segurança, comunicação, formatação de 
dados e manutenção.
Por isso, para que uma arquitetura de TI seja totalmente integrada de modo a atender as demandas 
de negócios, é necessário considerar a presença dos seguintes componentes:
• sistemas: aplicativos que trocarão informação entre si;
• dados: informação que trafegará entre os aplicativos;
• interface: formato de envio e recebimento de informações entre os aplicativos;
• comunicação: forma de comunicação entre os aplicativos.
Esses componentes podem prover as necessidades de integração tão desejadas pelas aplicações de 
negócio. Entre elas, encontram-se: transferência de arquivos, base de dados compartilhada e chamada 
de procedimentos remotos, além de troca de informações e mensagens contendo instruções sobre o que 
deve ser feito com os dados enviados.
Os principais benefícios, não somente da arquitetura orientada a serviço, mas de toda a computação 
orientada a serviço, são:
• maior interoperabilidade intrínseca: é uma característica que as aplicações possuem de serem 
capazes de se comunicar (entre si) para compartilhar dados;
• maior federação: é a capacidade de estabelecer a união entre coisas diferentes para que elas 
possam agir como se fossem apenas uma;
• mais opções de diversificação de fornecedores: é a capacidade de conseguir escolher uma 
entre diversas soluções apresentadas, além de ser possível o uso conjunto de recursos;
• maior alinhamento do domínio de negócio e de tecnologia: possível graças ao paradigma de 
design, que promove a abstração em vários níveis;
• maior retorno sobre o investimento (ROI): há um grande retorno sob o investimento em 
arquiteturas reusáveis e componíveis;
• maior agilidade organizacional: essa agilidade relaciona-se à eficiência com que a empresa 
responde às mudanças de mercado;
• menor carga de trabalho de TI: o uso da orientação a serviços ao longo do tempo significa 
menor desperdício e redundância, além de um reduzido tamanho e custo operacional e menos 
despesas indiretas ligadas à governança e evolução.
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INFRAESTRUTURA DE TI
 Resumo
Foram vistos os temas: servidores, infraestrutura de armazenamento de 
dados, data center, virtualização e serviços.
Apresentaram-se todos os conceitos de servidores, além de suas 
classificações, tipos, funções e aplicabilidade, cobrindo questões sobre o 
armazenamento de dados e os data centers.
Abordou-se a mudança da concepção de infraestrutura compreendida como 
serviço, sendo introduzido o conceito de computação em nuvem nas suas três 
formas: infraestrutura com serviço, plataforma como serviço e software 
como serviço. Foram apresentados também conceitos básicos de serviço e 
da arquitetura orientada a serviços.
 Exercícios
Questão 1. (AOCP 2018) O data center é um ambiente projetado para abrigar servidores e outros 
componentes ativos de rede. Sobre data center, é correto afirmar que:
A) Storages são softwares projetados especificamente para exclusão de dados.
B) Storages são equipamentos de rede projetados especificamente para configuração de dados no 
data center.
C) Storages são dispositivos projetados especificamente para armazenamento de dados.
D) Storages são softwares projetados especificamente para edição do projeto de dados do data center.
E) Storages são equipamentos projetados especificamente para envio de dados para o data center.
Resposta correta: alternativa C.
Análise da questão
O data center é um local onde está implementado uma infraestrutura de TI com componentes de 
alta capacidade, cujo objetivo é o processamento, armazenamento de dados e fornecimento de serviços 
tecnológicos. No data center é comum a instalação de servidores, storages, equipamentos de redes 
(switches, roteadores, entre outros).
110
Unidade III
Um storage é onde são centralizados os dados da rede local e que pode assumir outras funções e 
ser usado, por exemplo, como servidor de arquivos, backup, área de compartilhamento e colaboração, 
ou seja, ele pode ser utilizado em tudo que envolve a administração e o processamento de dados 
armazenados.
Questão 2. (IBFC 2019) Ao se elaborar um projeto de rede desejando-se um ambiente com total 
redundância da infraestrutura do data center (elétrica, climatização, rede), deve-se optar por um:
A) Data Center Tier 1 ou Data Center Tier 2.
B) Data Center Tier 2 ou Data Center Tier 4.
C) Data Center Tier 1 ou Data Center Tier 3.
D) Data Center Tier 3 ou Data Center Tier 4.
E) Data Center Tier 1 ou Data Center Tier 4.
Resposta correta: alternativa D.
Análise da questão
Sobre a classificação dos data centers, é comum estabelecê-la em quatro segmentações, 
conhecidas como tiers (traduzido como camadas) colocadas em níveis. O primeiro nível (ou tier 1) é 
o mais básico de todos, não contemplando redundâncias em rotas físicas e lógicas. Assim, quaisquer 
falhas na alimentação elétrica do data center, por exemplo, podem acarretar indisponibilidade, que 
pode ser total ou parcial. O segundo nível (ou tier 2) é caracterizado pela existência de componentes 
redundantes no âmbito interno. No projeto desta classificação de data center a redundância deve 
contemplar a lógica N+1 para equipamentos, cabeamento interno e sistema de ar-condicionado, 
além da operação contínua. O terceiro nível (ou tier 3) é conhecido por ter manutenções que não 
acarretam paradas no serviço. Nesta classificação, o data center opera na lógica N+1 tanto para 
questões internas quanto para os serviços prestados pela operadora de telecomunicações, além de 
possuir duas ERs. O quarto e último nível (ou tier 4) é conhecido por sua tolerância a falhas, operando 
com a lógica N+1 para todos os recursos, inclusive oferecendo uma MDA secundária e também o uso 
de duas alimentações elétricas de empresas diferentes. Assim, os níveis que apresentam redundância 
na infraestrutura elétrica, de climatização e de rede são os níveis 3 e 4.

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