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MÉTODO DE PREÇOS, CUSTO E CUSTEIO Prof. Msc. Bruno Campos 2021-1 Método de Preços, custo e custeio Ementa da Disciplina: Compreende os diferentes sistemas de custeio e os fatores que afetam os custos empresariais, explorando a capacidade de avaliação e expressão de opinião sobre o sistema de custo mais adequado à matriz operacional e à estratégia de uma organização. Avalia aspectos de mercado, estratégicos, tributários, qualitativos e quantitativos para a formação de preço. Método de Preços, Custo e custeio Objetivos de Aprendizagem: -Desenvolver a capacidade de apurar, analisar e controlar os custos de um negócio - Desenvolver a capacidade de registrar e analisar os estoques e suas movimentações - Desenvolver a capacidade de comparar as diversas metodologias de custeio e sua aplicabilidade em conformidade com a necessidade especifica - Desenvolver a capacidade de detectar agentes de custos e seus causadores - Examinar a relação existente entre custo x volume x lucro - Desenvolver a capacidade de formular planilhas e tabelas de apuração de custos e formação de preços Método de Preços, Custo e custeio BIBLIOGRAFIA BÁSICA MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 1 recurso online. ISBN 9788522482054. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522482054>. Acesso em: 17 jan 2019. ROCHA, Welington; MARTINS, Eliseu. Métodos de custeio comparados: custos e margens analisados sob diferentes perspectivas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 1 recurso online. ISBN 9788522498314. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522498314>. Acesso em: 17 jan 2019. BERNARDI, Luiz Antonio. Formação de preços: estratégias, custos e resultados. 5. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2017. 1 recurso online. ISBN 9788597011531. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788597011531>. Acesso em: 17 jan 2019. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 1 recurso online. ISBN 9788522485048. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522485048>. Acesso em: 17 jan 2019. WERNKE, Rodney. Análise de custos e preços de venda: ênfase em aplicações e casos nacionais. São Paulo: Saraiva. 1 recurso online. ISBN 9788502088203. Disponível em: <http://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788502088203>. Acesso em: 17 jan 2019. BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora hp 12c e Excel. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 1 recurso online. ISBN 9788522481675. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522481675>. Acesso em: 17 jan 2019. Frezatti, Fábio; Aguiar, Andson Braga de; Guerreiro, Reinaldo. Diferenciações entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial: uma pesquisa empírica a partir de pesquisadores de vários países. Rev. contab. finanç., v.18, n. 44. maio/ago. São Paulo, 2007. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-70772007000200002> PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade de custos: teoria, prática, integração com sistemas de informações (ERP). São Paulo: Cengage Learning, 2014. 1 recurso online. ISBN 9788522113835. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522113835>. Acesso em: 17 jan 2019. Metodologias para a gestão de custos: Apuração, análise e gerenciamento • Balanço patrimonial DRE Consumo associado à elaboração do produto ou serviço CUSTOS Produtos ou serviços elaborados INVESTIMENTOS GASTOS DESPESAS Consumo associado ao período Terminologias Metodologias para a gestão de custos: Apuração, análise e gerenciamento • Gastos – Consistem no sacrifício financeiro com o qual a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer • Serão em última instância classificados como custos ou despesas, a depender de sua participação na elaboração do produto ou serviço. Metodologias para a gestão de custos: Apuração, análise e gerenciamento • Alguns gastos podem ser temporariamente classificados como investimentos e, a medida que forem consumidos, receberão a classificação de custos ou despesas. Metodologias para a gestão de custos: Apuração, análise e gerenciamento • Investimento – Representam gastos ativados em função da sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a futuros períodos. Metodologias para a gestão de custos: Apuração, análise e gerenciamento • Custos – correspondem aos gastos utilizados na produção de outros bens ou serviços; • Estão associados aos produtos ou serviços produzidos pela entidade. São consumidos pelos estoques. • Ex: Gasto com matérias primas, embalagens, mão de obra fabril, aluguéis e seguro de instalações fabris. Metodologias para a gestão de custos: Apuração, análise e gerenciamento Despesas – Correspondem aos bens ou serviços consumidos direta ou indiretamente para a obtenção de receitas. Não estão associados à produção de um produto ou serviço. Ex: Gastos com salários de vendedores, gastos com funcionários administrativos. Metodologias para a gestão de custos: Apuração, análise e gerenciamento CUSTOS DESPESAS Diretamente relacionados ao processo de produção Associados a gastos administrativos ou com vendas Ficam no Estoque ( Ativo – Balanço Patrimonial) Possuem natureza não fabril Integram a Demonstração do Resultado do período em que incorrem Metodologias para a gestão de custos: Apuração, análise e gerenciamento Em alguns momentos, pode ocorrer alguma pequena confusão ou dúvida na separação clara entre custos ou despesas. Nestas ocasiões, algumas regras podem ser seguidas. 1 – valores irrelevantes devem ser considerados como despesas ( Princípio do conservadorismo e materialidade); Metodologias para a gestão de custos: Apuração, análise e gerenciamento Em alguns momentos, pode ocorrer alguma pequena confusão ou dúvida na separação clara entre custos ou despesas. Nestas ocasiões, algumas regras podem ser seguidas. 2 – valores com rateio extremamente arbitrário também devem ser considerados como despesa do período. Terminologias – Análise de Custos Custos incrementais – também denominados diferenciais ou marginais. Custos incorridos adicionalmente em função de uma decisão tomada. Custos evitáveis - custos que serão eliminados se a empresa deixar de executar alguma atividade. Custos inevitáveis – independentemente da decisão a ser tomada, os custos continuarão existindo. Custeio por absorção • Além de ser um dos mais antigos sistemas, é o único aceito para fins fiscais. • Este sistema consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados. • Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos. Custeio por absorção • A premissa fundamental dessa metodologia é separar custos e despesas. Metodologias Custeio direto ou variável É aquele em que só são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesa do período, indo diretamente para o resultado; Custeio pleno ou integral É uma metodologia que rateia não só os custos de produção, mas também todas as despesas da empresa, inclusive as financeiras, a todos os produtos . Volume de atividade na gestão de custos A classificação dos gastosem relação aos volumes de produção e vendas podem ser apresentados como: • Fixos Que não oscilam no curto prazo em função dos volumes; • Variáveis Oscilam conforme produção e vendas; Volume de atividade na gestão de custos Quando analisados na sua forma unitária, o comportamento dos gastos sofre alteração, podendo ser classificados em: 1. Gasto fixos unitários – Tornam-se inversamente proporcionais aos volumes de produção e vendas. Se o volume de produção aumenta, o gasto fixo unitário diminui. Volume de atividade na gestão de custos Exemplo Na produção de 100 unidades do produto A, o Gasto fixo total é de $ 1.000,00 e o unitário é de $ 10. Com o aumento da produção para 150 unidades do produto A, e o Gasto fixo total de $ 1.000,00, o valor do gasto unitário é de $ 6,67 Volume de atividade na gestão de custos 2. Gastos variáveis unitários – Tornam-se fixos. Exemplo Na produção de 100 unidades do produto A, o Gasto variável total é de $ 2.000,00 e o unitário é de $ 20. Com o aumento da produção para 150 unidades do produto A, o Gasto variável total é de $ 3.000,00, sendo então o unitário de $ 20 Análise custo, volume e lucro Para compreensão da gestão e controle dos custos, preços e lucros, a Análise custo, volume e lucro permite ao gestor tomar decisão de maneira mais segura. Em muitas ocasiões, é preferível ganhar pouco, muitas vezes, do que muito, poucas vezes. Em outras situações, o inverso é preferível: ganhar muito, poucas vezes. Consequência das Análises custo, volume e lucro Caso 1 A empresa Alfa vende cerca de 100 unidades, comercializadas a $ 10 reais cada, com gastos fixos iguais a $ 200,00 e gastos variáveis unitários iguais a $ 3,00. Vejamos o cenário apresentado acima e outros dois possíveis cenários. Consequência da Análise custo, volume e lucro Descrição Queda 50 unid Base 100 unid Aumento 150 Total Unitário Total Unitário Total Unitário Receitas 500,00 10,00 1.000,00 10,00 1.500,00 10,00 (-) gastos fixos (200,00) (4,00) (200,00) (2,00) (200,00) (1,33) (-) gastos variáveis (150,00) (3,00) (300,00) (3,00) (450,00) (3,00) (=) resultado 150,00 3,00 500,00 5,00 850,00 5,67 Consequência da Análise custo, volume e lucro Percepção do cenário com queda de 50% nas vendas. 1 . Com a queda das vendas: • o gasto variável total cai de maneira proporcional, sendo reduzido de $ 300,00 para $ 150,00. • Por outro lado, enquanto o gasto variável unitário mantém-se igual a $3,00, o gasto fixo unitário eleva- se de $ 2,00 para $ 4,00 (aumento de 100%). Consequência da Análise custo, volume e lucro Percepção do cenário com queda de 50% nas vendas. 2. O resultado total cai de 70%, de $ 500,00 para apenas $ 150,00. • O resultado unitário registra uma queda de 40%, sendo reduzido de $ 5,00 para $ 3,00. Consequência da Análise custo, volume e lucro Percepção do cenário com aumento de 50% nas vendas. 1. O aumento em 50% das vendas provocaria: • um aumento nos gastos variáveis totais , que seriam elevados de $ 300,00 para $ 450,00. Porém os gastos variáveis unitários seriam os mesmos. Consequência da Análise custo, volume e lucro Percepção do cenário com aumento de 50% nas vendas. 2. Os gastos fixos unitários seriam reduzidos em cerca de 33%, de $ 2,00 para apenas $ 1,33. Os efeitos sobre o resultado indicariam uma elevação de 70% do resultado total ( de $ 500,00 para $ 850,00) e 13,64 % do resultado unitário ( de $5,00 para $ 5,67). Métodos de Custeio Introdução – Métodos de Custeio “Os métodos de custeio são conjuntos de técnicas – ou modelos – inicialmente utilizados para determinar os custos de produtos e serviços, no sentido de possibilitar uma base para a precificação dos produtos e serviços e a apuração dos resultados, de forma segregada, ao final dos períodos”. (SCHULTZ, SILVA E BORGERT, 2008, p. 5) Métodos de Custeio Absorção Custeio Departamentalização Custeio ABC Variável Métodos de Custeio Custeio por Absorção “Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos”. MARTINS (2006, p. 37) Métodos de Custeio Custeio por Absorção O custeio por absorção é o método aceito pela Contabilidade Financeira, bem como pela legislação tributária, além dos princípios de contabilidade e também pelos processos adotados na auditoria para verificar os estoques. (LORENTZ, 2015; VEIGA E SANTOS, 2016) Métodos de Custeio Custeio por Absorção O custeio por absorção é o método aceito pela Contabilidade Financeira, bem como pela legislação tributária, além dos princípios de contabilidade e também pelos processos adotados na auditoria para verificar os estoques. (LORENTZ, 2015; VEIGA E SANTOS, 2016). Métodos de Custeio Custeio por Absorção Esquema Básico da Contabilidade de Custos (I) – Custeio por Absorção Empresas de Manufatura DESPESAS CUSTOS ESTOQUE DE PRODUTOS VENDA Métodos de Custeio Métodos de Custeio ABSORÇÃO Método de Custeio Absorção Métodos de Custeio Custeio por Absorção - Exemplo A empresa Gadita S/A apresentou a seguintes estrutura de custos no período de x4: Métodos de Custeio Custeio por Absorção - Exemplo A empresa utiliza o custeio por absorção para o rateio de seus custos indiretos entre os produtos e no período distribui seus custos indiretos de fabricação de acordo com as unidades produzidas. Dessa forma os custos unitários dos produtos serão? Primeiro Passo – Base de Rateio Métodos de Custeio Custeio por Absorção – Exemplo Segundo Passo – Alocação do CIF aos Produtos Métodos de Custeio Custeio por Absorção – Exemplo Terceiro Passo – Custo Total e Unitário CUSTEIO ABC Introdução “O custeio ABC surgiu para tentar resolver os problemas causados à formação dos custos dos produtos em função das alocações (rateio) dos CIF minimizando, assim, as distorções provocadas pelo custeio por absorção”. (LORENTZ, 2015) Duas visões para a análise de Custos (Martins, 2010): 1. Visão Econômica de Custeio – É uma visão vertical no sentido que apropria os custos aos objetos de custeio através das atividades realizadas em cada departamento; 2. Visão de Aperfeiçoamento de Processos – É uma visão horizontal, no sentido de que capta os custos dos processos através das atividades realizadas em vários departamentos. Introdução A. É um método de alocação dos custos que permite identificar com precisão as atividades desenvolvidas por uma empresa por meio de direcionadores de custos e atividades; B. Parte do princípio de não é o produto ou serviço que consome recursos, e sim os recursos são consumidos pelas atividades e estas, por sua vez, são consumidas pelos produtos ou serviços. (LORENTZ, 2015) Método ABC Método ABC Método ABC Direcionadores de Custos – 1ª Etapa Fator que determina a ocorrência de uma atividade, sendo considerado a verdadeira causa dos custos, pela necessidade de recursos para execução de uma atividade. Direcionadores de Atividades – 2ª Etapa Fatores que identificam quanto de cada atividade foi consumida (gasta) por produto ou no produto.Método ABC Método ABC – Funcionamento Identificação das Atividades Relevantes; Alocação dos Custos às Atividades: 1. De forma criteriosa; 2. Alocação direta; 3. Rastreamento; 4. Rateio. Método ABC – Funcionamento Método ABC – Funcionamento Mapeamento das Atividades Fonte: Lorentz (2015). Atividade é mais detalhada que Centro de Custos; Visão horizontal do processo. Exemplos de Atividades Montagem de uma bicicleta: Preparar a superfície do quadro; Pintar; Montar as rodas; Acoplar as rodas; Montar os bancos e etc. Método ABC – Funcionamento Atividades e Direcionadores de Custos Fonte: Lorentz (2015). “ A atividade é definida como um conjunto de tarefas necessárias para a fabricação do produtos ou a execução de um serviço, as quais consomem recursos da empresa” (LORENTZ, 2015, p. 207) Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) Fonte: Lorentz (2015). Uma indústria de confecções produz dois produtos: camisas e vestidos. Os custos diretos por unidade são: A produção mensal de camisas é de 12.000 unidades e de vestidos é de 10.000 unidades. Os preços de venda unitários são: camisas $ 14,25; vestidos $ 23,20. Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) Os custos indiretos totalizam $ 120.800,00 e referem-se às seguintes atividades relevantes: . Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) Os dados referentes às atividades são os seguintes: . Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) Cálculo da taxa de aplicação de CIF por atividades: Realizar manutenção de equipamentos: $ 15.000,00 ÷ 100 hs = $ 15,00 por hora. Cortar e costurar: $ 60.00,00 ÷ 1.000 hs = $ 60,00 por hora. Fazer acabamentos: $ 37.800,00 ÷ 700 hs = $ 54,00 por hora. Programar produção: $ 8.000,00 ÷ 200 hs = $ 40,00 por hora. . Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) Distribuição dos custos das atividades aos produtos: . Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) Cálculo do Custo Unitário . Vantagens x Desvantagem do Método ABC . Custeio Variável Devido aos problemas vistos com relação à dificuldade trazida pela apropriação dos Custos Fixos aos produtos e em função da grande utilidade do conhecimento do Custo Variável e da Margem de Contribuição, nasceu uma forma alternativa para custeamento. Com base, portanto, no Custeio Variável, so ́ são alocados aos produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do período, indo diretamente para o Resultado; para os estoques so ́ vão, como consequência, custos variáveis. EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO Para se ter bem uma ideia de quais as diferenças que existiriam na Demonstrac ̧ão de Resultados e no Balanço com o uso alternativo de Custeio Variável e de Custeio por Absorção, Vejamos a seguinte hipótese: EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO A indústria apropria seus custos pelo Custeio por Absorção e avalia seus estoques à base do PEPS. Os dados para a elaboração das Demonstrações de Resultado e fixação dos valores dos estoques finais para cada ano são calculados assim: EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO Análise na Utilização do Custeio por Absorção. Análise 1 Com os resultados dos quatro anos, notamos que, ao passar a empresa de $3.000.000 para $4.500.000 em vendas, teve seu resultado diminuído de $400.000 para $320.000. Houve aumento de 50% nas vendas, mas uma queda de 20% no lucro! A produc ̧ão foi grande no primeiro ano, com baixo custo unitário ($65/un.), mas foi reduzida no segundo, aumentando esse valor ($72/un.). Análise 1 Apesar do grande acréscimo das vendas, o aumento do custo unitário foi mais relevante e acabou por provocar esse lucro final reduzido. Quanto aos estoques, caíram 50%, de 20.000 un. para 10.000 un. do 1o para o 2o ano, mas não houve tal redução em reais, Análise 2 No 3o ano houve uma redução de 16,7% nas vendas, em comparação com o 2o, mas os lucros aumentaram em 96,9%. As explicações são as mesmas: com a produc ̧ão de 70.000 un. no 3o ano, o custo unitário caiu para $60/un., o que provocou um grande lucro, apesar de as primeiras vendas serem feitas com produtos remanescentes do ano anterior. Análise 3 No 4o período há outro acréscimo violento nas vendas (40%), mas outra vez o resultado reagiu de forma diferente, caindo 76%. Vendeu-se como nunca, mas obteve-se o menor lucro. Em suma, os resultados não acompanham necessariamente a direção das vendas, sendo muitíssimo influenciados pelo volume de produção. Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos sob o Custeio Variável? Só́ se agregaria ao produto seu custo variável, passando os custos fixos a serem alocados integralmente para o resultado do período em que tivessem sido incorridos; assim, cada unidade estocada estaria sempre, independentemente do volume de produc ̧ão de que participou, avaliada por $30,00. Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos sob o Custeio Variável? Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos sob o Custeio Variável? Podemos verificar aqui que, aumentando-se as vendas, aumenta-se também o lucro; reduzindo-se o faturamento, cai o resultado. Não há relacionamento igual em ambos em termos percentuais: aumentando-se as vendas em 50% no 2o ano, temos uma melhoria no resultado de 300%, passando de negativo de $ 300.000 para positivo de $ 600.000. Ao cair o faturamento em 16,7%, do 2o para o 3o ano, caiu o lucro em 75%. Isso é fácil de se explicar, já que, de diferentes valores de margem de contribuição é sempre deduzido o mesmo montante de custo fixo. Basta ver que as alterações dos valores das margens de contribuição são, estas sim, exatamente iguais às das vendas em termos percentuais. Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos sob o Custeio Variável? A diferença de valores de resultado entre um critério e outro está sempre localizada no custo fixo incorporado aos estoques. No fim do 1o ano, por exemplo, o Absorção mostra um estoque de $1.300.000, correspondente a 20.000 un. pelo custo unitário de $65. Pelo Variável é de $600.000, com o custo unitário de $30. A diferença, de 20.000 un. × $35 ($700.000), é o valor dos custos fixos incorporados pelo Absorção ao estoque, e e ́ exatamente a diferença entre o lucro de um e outro critério (lucro de $400.000 para prejuízo de $300.000). No fim do 2o ano, o Absorção tem $720.000 de estoques, correspondentes a 10.000 un. pelo valor unitário de $72. Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos sob o Custeio Variável? A diferença com o Variável é de $420.000, mas a diferençano lucro é de $280.000 ($320.000 – $600.000), porém ocorre que no resultado pelo Absorção do 2o ano estão alocados aqueles $700.000 de custo fixo estocado no fim do 1o. Houve, portanto, uma redução nos custos fixos do estoque de $280.000 ($700.000 – $420.000), e daí a diferença no resultado. RAZÕES DO NÃO USO DO CUSTEIO VARIÁVEL NOS BALANÇOS Do ponto de vista decisorial, verificamos que o Custeio Variável tem condições de propiciar muito mais rapidamente informações vitais à empresa; O resultado medido dentro do seu critério parece ser mais informativo à administração, por abandonar os custos fixos e tratá-los contabilmente como se fossem despesas, já que são quase sempre repetitivos e independentes dos diversos produtos e unidades. RAZÕES DO NÃO USO DO CUSTEIO VARIÁVEL NOS BALANÇOS Os Princípios Contábeis hoje aceitos não admitem o uso de Demonstrações de Resultados e de Balanços avaliados à base do Custeio Variável; por isso, esse critério de avaliar estoque e resultado não é reconhecido pelos Contadores, pelos Auditores Independentes e tampouco pelo Fisco. O Custeio Variável de fato fere os Princípios Contábeis, principalmente o Regime de Competência e a Confrontação. RAZÕES DO NÃO USO DO CUSTEIO VARIÁVEL NOS BALANÇOS Segundo estes, devemos apropriar as receitas. e delas deduzir todos os sacrifícios envolvidos para sua obtenção. Ora, se produzimos hoje, incorremos hoje em custos que são sacrifícios para a obtenção das receitas derivadas das vendas dos produtos feitos, e essas vendas poderão em parte vir amanhã. Não seria, dentro desse raciocínio, muito correto jogar todos os custos fixos contra as vendas de hoje, se parte dos produtos feitos só será vendida amanhã; deve então também ficar para amanhã uma parcela dos custos, quer variáveis, quer fixos, relativos a tais produtos. A margem de contribuição considera, na sua formação, somente itens variáveis, que acompanham volume de produção e/ou de venda. No caso do volume de produção, são os custos variáveis, e para o volume de venda, considera-se as despesas variáveis. A margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade de produto, ou seja: MC = Preço de venda unitário – Custos e despesas variáveis Margem de Contribuição Exemplo: Custos e Despesas variáveis – Produto A Matéria prima e materiais direto $ 460,00 Materiais Indiretos variáveis $ 36,00 Mão de obra direta $ 200,00 Comissões s(PV 1.700,00) $ 204,00 Total de custos variáveis $ 900,00 Então Conclui-se que: • Preço de venda $ 1.700,00 - 100% • Custo variável unitário $ 900,00 – 52,94% • Margem de Contribuição $ 800,00 – 47,06% Padovese (2010, p. 355) apresenta o seguinte exemplo de apuração de margem de contribuição unitária, total e o lucro do período: Exemplo: a partir das informações, apurar: I. margem de contribuição unitária e total; II. lucro total do período. Informações para uma unidade do produto A: Preço de venda unitário $ 1.700,00 Custos variáveis: Matéria-prima 200kgs x $ 2,30 $ 460,00 Materiais auxiliares 0,10 kgs x $ 360,00 36,00 Mão de obra direta 4hs. X $ 50,00 200,00 $ 696,00 Despesas variáveis: Comissões sobre vendas 12% x $ 1.700,00: $ 204,00 Sendo assim, Total dos custos e despesas variáveis por unidade = $696 + $204= 900,00 Custos e despesas fixas do período: $ 560.000,00 Quantidade produzida e vendida no período: 1.000 unidades. I. Margem de contribuição unitária e total MCU = $ 1.700,00 – $ 900,00 → $ 800,00 MCT = $ 800,00 x 1.000 unds. → $ 800.000,00 II. Lucro total do período Demonstração do resultado do período Vendas 1.000 unds. x $ 1.700,00 $ 1.700.000,00 Custos e despesas variáveis 1.000 unds. x $ 900,00 (900.000,00 ) Margem de contribuição 800.000,00 Custos e despesas fixas (560.000,00) Lucro do período 240.000,00 Ponto de equilíbrio O ponto de equilíbrio (ou ponto de ruptura), segundo Iudícibus (2008, p.143), mostra o momento em que as receitas de vendas cobrem os custos e despesas totais da empresa, obtendo-se, a partir daí, a formação do lucro; Caso as vendas não sejam suficientes para cobrir a estrutura empresarial (custos e despesas totais), o prejuízo ocorrerá. Ponto de equilíbrio O ponto de equilíbrio tanto poderá ser apresentado em quantidade de itens necessários para o alcance da receita, quanto em valor; Em termos quantitativos, informa o volume que a empresa precisa produzir e vender de um determinado produto para que consiga cobrir todos os custos e despesas do período, tanto os variáveis quanto os fixos. Ponto de equilíbrio No caso de a empresa operar com mais de um produto, é recomendável a apuração do ponto de equilíbrio em valor, ou seja, o ponto de equilíbrio é traduzido em valor de vendas e, assim, é possível a empresa saber qual é a sua receita total mínima do período, aquela que possa cobrir todos os gastos deste mesmo período. No ponto de equilíbrio, tanto em quantidade quanto em valor, não há lucro ou prejuízo; logo, a empresa só obterá lucro se vender acima do ponto e, no caso de vender abaixo deste mesmo ponto, terá prejuízo. Ponto de equilíbrio Resumo: 1.O ponto de equilíbrio evidencia o volume que a empresa precisa produzir ou vender para que consiga pagar todos os custos e despesas fixas, além dos custos e despesas variáveis em que tem de incorrer para fabricar/ vender o produto. 2.Neste ponto não há lucro nem prejuízo. A partir de volumes adicionais de produção ou de venda, a empresa passa a ter lucros. Ponto de equilíbrio 3.Esta informação é importante para a empresa porque identifica a capacidade mínima em que a empresa deve operar para não ter prejuízo, tendo assim um lucro zero. Ponto de equilíbrio e Gestão de curto prazo 1. O ponto de equilíbrio é uma técnica para utilização em gestão de curto prazo, porque não se pode pensar em um planejamento de longo prazo para uma empresa que não dê resultado positivo e não remunere os detentores de suas fontes de recursos. 2. Objetiva determinar a quantidade mínima que a empresa deve produzir e vender. Abaixo dessa quantidade de produção e vendas, a empresa estará operando com prejuízo. BRUNI Ponto de equilíbrio BRUNI Construindo um único gráfico Volume (Q) U n . M o n e t. ( $ ) Gasto fixo Gasto variável Gasto total Receita total Break-even point Ponto de ruptura Ponto de equilíbrio contábil (PECq) Ponto de equilíbrio contábil (PEC$) BRUNI Os gastos unificados … Volume (Q) G a s to s ( $ ) Gastos Totais Receitas Totais PECq PEC$ BRUNI Uma formulazinha básica … Ponto de equilíbrio contábil (PECq) Quantidade produzida e vendida para lucro contábil nulo A partir dele as operações começam a ser lucrativas PECq = Gastos Fixos Preço - GVun PEC$ = PECq x Preço Margem de Contribuição Unitária BRUNI Para a Fábrica de Sorvetes Aluguel e salários: $1.000,00/mês Matéria-prima/embalagem: $8,00/Kg Preço de venda: $10,00 Volume de vendas: 600 Kg/mês PECq = Gastos Fixos Preço - GVun PECq = Gastos Fixos Preço - GVun = 1000 10 - 8 = 500 Kg/mêsPEC$ = PECq x Preço = 500 x 10 = $5.000,00/mês Margem de Contribuição Unitária BRUNI No gráfico … Volume (Q) U n M o n e t ($ ) 500 $5.000,00 600 $6.000,00 Lucro = $200,00 BRUNI E se … Mais de um produto precisar ser considerado? BRUNI Simples … Muito simples!!! Use uma “média”! BRUNI Hot Dogs Vira-Lata Gastos mensais Salário do funcionário: $400,00 Encargos: $300,00 Outros: $500,00 Gastos unitários Pão: $0,20 Salsicha: $0,10 Molho e outros: $0,20 BRUNI Calculando o PEC PECq = Gastos Fixos Preço - GVun PECq = Gastos Fixos Preço - GVun = 1200 1 – 0,50 = 2400 Hot Dogs/mês PEC$ = PECq x Preço = 2400 x $1 = $2.400,00/mês Margem de Contribuição Unitária BRUNI Resolveu vender refrigerante Preço: $1,00 Custo: $0,70 100% das vendas de hot dog são acompanhadas de refrigerantes BRUNI Um lanche “médio” Ítem Preço Custo Var Hot dog $1,00 $0,50 Refrigerante $1,00 $0,70 Lanche médio $2,00 $1,20 BRUNI Calculando o PEC PECq = Gastos Fixos Preço - GVun PECq = Gastos Fixos Preço - GVun = 1200 2 – 1,20 = 1500 Lanches/mês PEC$ = PECq x Preço = 1500 x $2 = $3.000,00/mês Margem de Contribuição Unitária Economias de escopo BRUNI Pensando sobre ... Economias de escopo Redução de custos em função do aumento de mix De forma análoga às economias de escala, as economias de escopo podem ser entendidas como reduções nos custos médios que resultam da produção/venda conjunta de bens diferentes. Ponto de Equilíbrio Custo Fixo Ponto de Equilíbrio Contábil: Preço – custo variável unitário Custo Fixo + Desp Finan Liq. + Marg Lucro Ponto de Equilíbrio Econômico: Preço – custo variável unitário Custo fixo – itens s/desembolso Ponto de Equilíbrio Financeiro: Preço – custo variável unitário Fonte –Bruni, Adriano Leal Ponto de Equilíbrio Contábil É a quantidade de vendas que deve ser efetuada para cobrir todos os custos e despesas fixas, deixando de lado os aspectos financeiros e não operacionais. Portanto, o ponto de equilíbrio operacional considera somente os gastos que envolvem a atividade operacional da empresa, representado pelos seguintes dados: receita de vendas; custos variáveis; despesas variáveis; custos fixos; despesas fixas. Ponto de Equilíbrio Econômico A formação do ponto de equilíbrio econômico, inclui as despesas financeiras e ainda um lucro desejado. Sabemos que as despesas financeiras são os juros sobre empréstimos obtidos, o que significa dizer que não compõem os custos e despesas operacionais da empresa, e ainda poderemos completar a variação do ponto de equilíbrio, incluindo o lucro desejado do período. Assim, obteremos uma quantidade de unidades a ser produzida e vendida, que permita que a empresa cubra todos os gastos operacionais e financeiros e obtenha o lucro esperado. Ponto de Equilíbrio Financeiro A finalidade do ponto de equilíbrio financeiro é demonstrar qual é a quantia necessária para a empresa efetivamente pagar sua estrutura, qual é o volume de “caixa” de que a organização necessita no período. Ponto de Equilíbrio Financeiro Sendo assim, a formação do ponto de equilíbrio financeiro tanto poderá partir do ponto de equilíbrio operacional quanto do econômico, uma vez que ao excluir os itens sem desembolso financeiro da fórmula (a depreciação), o resultado obtido, independentemente de ser em quantidades ou em valor de receitas, será menor em relação aos outros pontos, justamente por desconsiderar os itens sem desembolso em sua apuração. Exercício: Preço de venda $ 1.700 por unidade de produto Custos e despesas variáveis $ 900 por unidade de produto Margem de contribuição $ ? por unidade de produto Custos e despesas fixas no período: Custo indireto de fabricação $ 200.000 Depreciações $ 150.000 Despesas administrativas $70.000 Despesas comerciais $ 50.000 Despesas financeiras líquidas das receitas financeiras = $ 90.000 Soma dos custos e despesas fixas $ 560.000 a) Calcule o ponto de equilíbrio operacional b) Calcule o ponto de equilíbrio econômico c) Calcule o ponto de equilíbrio financeiro Exercício: a) Calcule o ponto de equilíbrio operacional\contábil = b) Calcule o ponto de equilíbrio econômico = c) Calcule o ponto de equilíbrio financeiro = Exemplos: Utilizando os mesmos dados para o produto A, apurar: I - Ponto de equilíbrio em quantidade e a demonstração de resultado do período. II – Ponto de equilíbrio em valor. • Preço de venda unitário $ 1.700,00 • Custos variáveis $ 696,00 • Despesas variáveis $ 204,00 • Total dos custos e despesas variáveis por unidade $ 900,00 • Custos e despesas fixas do período $ 560.000,00 Resolução I. Ponto de equilíbrio em quantidade e a demonstração de resultado do período Ponto de equilíbrio em quantidade = $ 560.000,00 = 700 unidades Produzir $800,00 e vender no período Demonstração do resultado do período Vendas 700 unds. x $ 1.700,00 $ 1.190.000,00 Custos e despesas variáveis 700 unds. x $ 900,00 (630.000,00 ) Margem de contribuição 560.000,00 Custos e despesas fixas (560.000,00) Lucro do período 0 Obs.: A demonstração de resultado, comprova que no PE a empresa não terá lucro ou prejuízo; porém, se vender abaixo de 700 unidades, o prejuízo é inevitável, pois mostra que uma quantidade vendida abaixo de 700 não é suficiente para cobrir a estrutura da empresa; porém, com vendas acima desta mesma quantidade, começa-se a formar o lucro do período. Ponto de equilíbrio econômico = Custos fixos totais + Desp.financeiras líquidas + Lucro esperado . Margem de contribuição unitária em valor Utilizando os mesmos dados para o produto A e considerando que, além dos gastos operacionais, a empresa apresenta as despesas e receitas financeiras e o lucro desejado, temos um outro PE em quantidade: Preço de venda unitário $ 1.700,00 Custos variáveis $ 696,00 Despesas variáveis $ 204,00 Total dos custos e despesas variáveis por unidade $ 900,00 Custos e despesas fixas do período $ 560.000,00 (-)Despesas financeiras do período $ 35.000,00 (+)Receitas financeiras do período $ 12.900,00 (=)Despesas financeiras líquidas $ 22.100,00 Lucro desejado para o período $ 95.000,00 Ponto de equilíbrio em quantidade = $ 560.000,00 + $ 22.100,00 + $ 95.500,00 = 847 unidades $ 800,00 Demonstração do resultado do período Vendas = 847 unds. x $ 1.700,00 $ 1.439.900,00 Custos e despesas variáveis= 847 unds. x $ 900,00 (762.300,00) Margem de contribuição 677.600,00 Custos e despesas fixas (560.000,00) Despesas financeiras líquidas (22.100,00)Lucro do período 95.500,00 Ponto de equilíbrio financeiro (Custos fixos totais + Desp. financeiras líquidas + Lucro esperado) – Itens sem desembolso . Margem de contribuição unitária em valor Utilizando os mesmos dados para o produto A e considerando que além dos gastos operacionais a empresa apresenta as despesas e receitas financeiras, o lucro desejado e, ainda o valor da depreciação que faz parte dos custos e despesas fixas, temos, agora um outro PE em quantidade: Preço de venda unitário $ 1.700,00 Custos variáveis $ 696,00 Despesas variáveis $ 204,00 Total dos custos e despesas variáveis por unidade:$ 900,00 Custos e despesas fixas do período $ 560.000,00 (-)Despesas financeiras do período $ 35.000,00 (+)Receitas financeiras do período $ 12.900,00 =despesas financeiras líquidas $ 22.100,00 Lucro desejado para o período $ 95.500,00 Depreciação do período $ 110.000,00 Ponto de equilíbrio em quantidade = ($ 560.000,00 + $ 22.100,00 + $ 95.500,00) - $ 110.000,00 / $ 800,00 = 709 unds. Demonstração do resultado do período Vendas = 709 unds. x $ 1.700,00 $ 1.205.300,00 Custos e despesas variáveis= 709 unds. x $ 900,00 (638.100,00) Margem de contribuição 567.600,00 Custos e despesas fixas (450.000,00) Despesas financeiras líquidas (22.100,00) Lucro esperado (95.000,00) Lucro do período 0 Margem de Segurança e Controle de estoque Apuração e análise de custos Margem de Segurança É a quantia ou quantidade das vendas que excede as vendas da empresa no ponto de equilíbrio. A margem de segurança representa quanto as vendas podem cair sem que a empresa incorra em prejuízo e pode ser expressa em valor, unidades ou percentual. Margem de segurança = Vendas reais – Vendas noPonto de Equilíbrio % da Margem de Segurança :MS em valor x100 Vendas totais Volume (Q) U n M o n e t ($ ) 500 $5.000,00 600 $6.000,00 Margem de segurança Quantidade Faturamento • Margem de segurança – O quanto se pode perder em vendas sem incorrer em prejuízos • MS em quantidade – Vendas (Q) – PEC (Q) • MS em $ – Vendas ($) – PEC ($) • MS em % – MS (Q) / Vendas (Q) ou – MS ($) / Vendas ($) ou MS em quantidade Vendas (Q) – PEC (Q) 600 – 500 = 100 kg MS em $ Vendas ($) – PEC ($) 6000 – 5000 = $1.000,00 MS em % 100 / 600 = 16,67% 1000/6000 = 16,67% Perfumes Cheiro Bom Para produzir 1000 unidades/mês – Embalagens: $2.000,00 – Essência: $8.000,00 – Salários e encargos fixos: $10.000,00 – Preço unitário: $30,00 Sabendo que a empresa está produzindo 800 unidades, calcule as margens de segurança Fonte –Bruni, Adriano Leal 1. MS em quantidade Vendas (Q) – PEC (Q) 800 – 500 = 300 Unid 2. MS em $ Vendas ($) – PEC ($) 24.000 – 15.000 = $9.000,00 3. MS em % = Vendas (Q) – PEC (Q) = Vendas (Q) = 300 / 800 = 37,5% =9.000/24.000 = 37,5% Lucro(800 unidades)= 24.000 – 18.000= $6.000 Fonte –Bruni, Adriano Leal Margem de Segurança EX: Suponhamos que uma construtora esteja produzindo um tipo de casa pré- fabricada com as seguintes características: custos variáveis : $ 140.000/u Custos e despesas fixos: $1.000.000 Preço de venda : $240.000 PE = ? Suponhamos que ela esteja produzindo e vendendo 14 casas por mês, obtendo com isso um lucro de : Então a empresa está com a margem de segurança de : ? PE = $1.000.000 = 10 casas (240.000 – 140.000) Receitas atuais = 14 x Pv = 14 x 240.000 = 3.360.000 Receita no ponto de equilíbrio = 10 x PV = 10x 240.000 = 2.400.000 MS =$ 960.000 Formação de preços baseado em custos A Taxa de marcação é um índice aplicado sobre o custo de um produto ou serviço para a formação do preço de venda, baseado na ideia de preço margem; que consiste basicamente em somar-se ao custo unitário do produto ou serviço e uma margem de lucro para obter-se o preço de venda. Como calcular o Preço? O preço deve ser suficiente para cobrir todos os custos, despesas e impostos e no final gerar um lucro na venda para manter a empresa ativa, desta forma podemos simplificar a estrutura do mark-up onde o preço e igual a somatória de todos os elementos inclusive o lucro desejado. (+) CUSTO (+) DESPESAS (+) IMPOSTOS (+) LUCRO (=) PREÇO DE VENDA Como calcular um preço de venda utilizando o Markup. Formula Markup (MKD) Exemplo 01: Suponhamos que você paga hoje R$ 1,00 (Custo) no quilo da chapa de aço, o ICMS é de 18%, PIS e COFINS 4,65%, comissão do vendedor 2,5%, despesas administrativas 6% e seu lucro desejado ante o imposto de 20%. Como calcular um preço de venda utilizando o Markup. Encontrando o indicador MK = (PV – CTV) / 100 MK = (100 – 51,15) / 100 MK = 48,85 / 100 MK = 0,4885 Se utilizamos o índice do Markup encontrado, seria o custo de R$ 1,00 / 0,4885= R$ 2,05 o preço do quilo para garantir o pagamento de todos os custos, impostos e gerar um lucro de 20%. Como calcular um preço de venda? PV = Custo / MKD PV= 1 / 0,4885 PV= 2,047708 ou 2,05 Confirme na tabela abaixo a estrutura onde foi aplicado o Mark-UP de 2,05 que é suficiente para gerar lucro de 20% sobre a venda. Como calcular um preço de venda utilizando o indicador?. Como calcular um preço de venda utilizando o Multiplicador. Lucro de 20% sobre o preço de venda de R$ 2,05, igual a R$ 0,41, que representa 41% sobre o preço de custo. Veja a evidenciação do percentual de lucro desejado = 0,41 / 2,05 x 100 = 0,20 x 100 = 20% Lucro Referências PADOVEZE ,C. L. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura, aplicação, 3. Ed. Cengage learning – SP; Administração de Custos, Preços e Lucros, com aplicações na HP 12C e Excel, Adriano Leal Bruni, 5ª ed. Ed. Atlas.
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