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Método de Preços, Custo e Custeio

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MÉTODO DE PREÇOS, CUSTO E 
CUSTEIO 
Prof. Msc. Bruno Campos 
2021-1 
Método de Preços, custo e custeio 
 
Ementa da Disciplina: 
 
Compreende os diferentes sistemas de custeio e os fatores que afetam os custos empresariais, 
explorando a capacidade de avaliação e expressão de opinião sobre o sistema de custo mais 
 adequado à matriz operacional e à estratégia de uma organização. 
 
Avalia aspectos de mercado, estratégicos, tributários, qualitativos e quantitativos 
 para a formação de preço. 
Método de Preços, Custo e custeio 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
 
 
-Desenvolver a capacidade de apurar, analisar e controlar os custos de um negócio 
- Desenvolver a capacidade de registrar e analisar os estoques e suas movimentações 
- Desenvolver a capacidade de comparar as diversas metodologias de custeio e 
sua aplicabilidade em conformidade com a necessidade especifica 
- Desenvolver a capacidade de detectar agentes de custos e seus causadores 
- Examinar a relação existente entre custo x volume x lucro 
- Desenvolver a capacidade de formular planilhas e tabelas de apuração de custos 
 e formação de preços 
 
 
Método de Preços, Custo e custeio 
 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 1 recurso online. ISBN 9788522482054. 
Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522482054>. Acesso em: 17 jan 2019. 
ROCHA, Welington; MARTINS, Eliseu. Métodos de custeio comparados: custos e margens analisados sob 
diferentes perspectivas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 1 recurso online. ISBN 9788522498314. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522498314>. Acesso em: 17 jan 2019. 
BERNARDI, Luiz Antonio. Formação de preços: estratégias, custos e resultados. 5. ed. Rio de Janeiro: Atlas, 2017. 1 
recurso online. ISBN 9788597011531. Disponível em: 
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788597011531>. Acesso em: 17 jan 2019. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 1 recurso online. ISBN 
9788522485048. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522485048>. Acesso em: 17 jan 2019. 
WERNKE, Rodney. Análise de custos e preços de venda: ênfase em aplicações e casos nacionais. São Paulo: Saraiva. 1 recurso online. ISBN 
9788502088203. Disponível em: <http://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788502088203>. Acesso em: 17 jan 2019. 
BRUNI, Adriano Leal; FAMÁ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora hp 12c e Excel. 6. ed. São Paulo: 
Atlas, 2012. 1 recurso online. ISBN 9788522481675. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522481675>. Acesso 
em: 17 jan 2019. 
Frezatti, Fábio; Aguiar, Andson Braga de; Guerreiro, Reinaldo. Diferenciações entre a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial: uma 
pesquisa empírica a partir de pesquisadores de vários países. Rev. contab. finanç., v.18, n. 44. maio/ago. São Paulo, 2007. Disponível em 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-70772007000200002> 
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade de custos: teoria, prática, integração com sistemas de informações (ERP). São Paulo: Cengage Learning, 
2014. 1 recurso online. ISBN 9788522113835. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522113835>. Acesso em: 17 
jan 2019. 
 
Metodologias para a gestão de custos: 
Apuração, análise e gerenciamento 
• Balanço patrimonial DRE 
 
 
 
 
 
Consumo associado à elaboração do produto ou 
serviço 
 
 
 
CUSTOS Produtos ou 
serviços 
elaborados 
INVESTIMENTOS 
GASTOS 
DESPESAS 
Consumo 
associado ao 
período 
Terminologias 
Metodologias para a gestão de custos: 
Apuração, análise e gerenciamento 
 
• Gastos – Consistem no sacrifício financeiro 
com o qual a entidade arca para a obtenção 
de um produto ou serviço qualquer 
 
• Serão em última instância classificados como 
custos ou despesas, a depender de sua 
participação na elaboração do produto ou 
serviço. 
Metodologias para a gestão de custos: 
Apuração, análise e gerenciamento 
 
 
• Alguns gastos podem ser temporariamente 
classificados como investimentos e, a medida 
que forem consumidos, receberão a 
classificação de custos ou despesas. 
Metodologias para a gestão de custos: 
Apuração, análise e gerenciamento 
 
 
• Investimento – Representam gastos ativados 
em função da sua vida útil ou de benefícios 
atribuíveis a futuros períodos. 
Metodologias para a gestão de custos: 
Apuração, análise e gerenciamento 
 
• Custos – correspondem aos gastos utilizados na 
produção de outros bens ou serviços; 
 
• Estão associados aos produtos ou serviços produzidos 
pela entidade. São consumidos pelos estoques. 
 
• Ex: Gasto com matérias primas, embalagens, mão de 
obra fabril, aluguéis e seguro de instalações fabris. 
 
 
Metodologias para a gestão de custos: 
Apuração, análise e gerenciamento 
 
Despesas – Correspondem aos bens ou serviços 
consumidos direta ou indiretamente para a 
obtenção de receitas. 
 
Não estão associados à produção de um produto 
ou serviço. 
 
 Ex: Gastos com salários de vendedores, gastos 
com funcionários administrativos. 
 
 
 
 
 
 
Metodologias para a gestão de custos: 
Apuração, análise e gerenciamento 
 
 
 
 
 
 
 
 CUSTOS DESPESAS 
Diretamente relacionados ao processo 
de produção 
Associados a gastos administrativos ou 
com vendas 
Ficam no Estoque ( 
Ativo – Balanço Patrimonial) 
Possuem natureza não fabril 
Integram a Demonstração do Resultado 
do período em que incorrem 
 
Metodologias para a gestão de custos: 
Apuração, análise e gerenciamento 
Em alguns momentos, pode ocorrer alguma 
pequena confusão ou dúvida na separação 
clara entre custos ou despesas. Nestas 
ocasiões, algumas regras podem ser seguidas. 
 
1 – valores irrelevantes devem ser 
considerados como despesas ( Princípio do 
conservadorismo e materialidade); 
 
 
 
 
 
 
 
Metodologias para a gestão de custos: 
Apuração, análise e gerenciamento 
Em alguns momentos, pode ocorrer alguma 
pequena confusão ou dúvida na separação 
clara entre custos ou despesas. Nestas 
ocasiões, algumas regras podem ser seguidas. 
 
2 – valores com rateio extremamente 
arbitrário também devem ser considerados 
como despesa do período. 
 
 
 
 
 
 
Terminologias – Análise de Custos 
 Custos incrementais – também denominados 
diferenciais ou marginais. Custos incorridos 
adicionalmente em função de uma decisão 
tomada. 
 
 Custos evitáveis - custos que serão eliminados se 
a empresa deixar de executar alguma atividade. 
 
 Custos inevitáveis – independentemente da 
decisão a ser tomada, os custos continuarão 
existindo. 
 
Custeio por absorção 
• Além de ser um dos mais antigos sistemas, é o 
único aceito para fins fiscais. 
 
• Este sistema consiste na apropriação de todos 
os custos de produção aos bens elaborados. 
 
• Todos os gastos relativos ao esforço de 
fabricação são distribuídos para todos os 
produtos feitos. 
 
 
Custeio por absorção 
 
 
• A premissa fundamental dessa metodologia 
é separar custos e despesas. 
 
 
 
 
Metodologias 
 
 Custeio direto ou variável 
 
 É aquele em que só são alocados aos produtos os custos 
variáveis, ficando os fixos separados e considerados como 
despesa do período, indo diretamente para o resultado; 
 
 Custeio pleno ou integral 
 
 
 
 
 É uma metodologia que rateia não só os custos de produção, 
mas também todas as despesas da empresa, inclusive as 
financeiras, a todos os produtos . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Volume de atividade na gestão de custos 
 A classificação dos gastosem relação aos volumes de 
produção e vendas podem ser apresentados como: 
 
• Fixos Que não oscilam no curto prazo em 
função dos volumes; 
 
• Variáveis Oscilam conforme produção e 
vendas; 
 
 
 
 
 
Volume de atividade na gestão de custos 
 
 Quando analisados na sua forma unitária, o 
comportamento dos gastos sofre alteração, podendo 
ser classificados em: 
 
1. Gasto fixos unitários – Tornam-se inversamente proporcionais 
aos volumes de produção e vendas. 
 
 Se o volume de produção aumenta, o gasto fixo unitário diminui. 
 
 
 
 
 
 
Volume de atividade na gestão de custos 
 
 
 Exemplo 
 
 Na produção de 100 unidades do produto A, o Gasto fixo total é 
de $ 1.000,00 e o unitário é de $ 10. 
 
 Com o aumento da produção para 150 unidades do produto A, 
e o Gasto fixo total de $ 1.000,00, o valor do gasto unitário é de 
$ 6,67 
 
 
 
 
 
 
Volume de atividade na gestão de custos 
 
2. Gastos variáveis unitários – Tornam-se fixos. 
 
 Exemplo 
 
 Na produção de 100 unidades do produto A, o Gasto variável total é de $ 2.000,00 
e o unitário é de $ 20. 
 
 Com o aumento da produção para 150 unidades do produto A, o Gasto variável 
total é de $ 3.000,00, sendo então o unitário de $ 20 
 
 
 
 
Análise custo, volume e lucro 
 
 Para compreensão da gestão e controle dos custos, preços e 
lucros, a Análise custo, volume e lucro permite ao gestor 
tomar decisão de maneira mais segura. 
 
 Em muitas ocasiões, é preferível ganhar pouco, muitas vezes, 
do que muito, poucas vezes. Em outras situações, o inverso é 
preferível: ganhar muito, poucas vezes. 
 
 
 
Consequência das Análises custo, volume e lucro 
Caso 1 
 
 A empresa Alfa vende cerca de 100 unidades, 
comercializadas a $ 10 reais cada, com gastos fixos 
iguais a $ 200,00 e gastos variáveis unitários iguais a 
$ 3,00. 
 Vejamos o cenário apresentado acima e outros dois 
possíveis cenários. 
 
 
 
 
Consequência da Análise custo, volume e lucro 
 
 
 
 
 
Descrição 
Queda 50 unid Base 100 unid Aumento 150 
Total Unitário Total Unitário Total Unitário 
Receitas 500,00 10,00 1.000,00 10,00 1.500,00 10,00 
(-) gastos 
fixos 
(200,00) (4,00) (200,00) (2,00) (200,00) (1,33) 
(-) gastos 
variáveis 
(150,00) (3,00) (300,00) (3,00) (450,00) (3,00) 
(=) 
resultado 
150,00 3,00 500,00 5,00 850,00 5,67 
 
Consequência da Análise custo, volume e lucro 
Percepção do cenário com queda de 50% nas vendas. 
 
1 . Com a queda das vendas: 
• o gasto variável total cai de maneira proporcional, 
sendo reduzido de $ 300,00 para $ 150,00. 
• Por outro lado, enquanto o gasto variável unitário 
mantém-se igual a $3,00, o gasto fixo unitário eleva-
se de $ 2,00 para $ 4,00 (aumento de 100%). 
 
 
 
Consequência da Análise custo, volume e lucro 
Percepção do cenário com queda de 50% nas vendas. 
 
 2. O resultado total cai de 70%, de $ 500,00 para 
apenas $ 150,00. 
• O resultado unitário registra uma queda de 40%, 
sendo reduzido de $ 5,00 para $ 3,00. 
 
 
 
Consequência da Análise custo, volume e lucro 
 Percepção do cenário com aumento de 50% nas 
vendas. 
 
1. O aumento em 50% das vendas provocaria: 
• um aumento nos gastos variáveis totais , que seriam 
elevados de $ 300,00 para $ 450,00. Porém os gastos 
variáveis unitários seriam os mesmos. 
 
 
 Consequência da Análise custo, volume e lucro 
 Percepção do cenário com aumento de 50% nas 
vendas. 
 
2. Os gastos fixos unitários seriam reduzidos em cerca 
de 33%, de $ 2,00 para apenas $ 1,33. Os efeitos 
sobre o resultado indicariam uma elevação de 70% 
do resultado total ( de $ 500,00 para $ 850,00) e 
13,64 % do resultado unitário ( de $5,00 para $ 5,67). 
 
 
 
 Métodos de Custeio 
Introdução – Métodos de Custeio 
 
“Os métodos de custeio são conjuntos de técnicas – ou 
modelos – inicialmente utilizados para determinar os custos 
de produtos e serviços, no sentido de possibilitar uma base 
para a precificação dos produtos e serviços e a apuração 
dos resultados, de forma segregada, ao final dos períodos”. 
(SCHULTZ, SILVA E BORGERT, 
2008, p. 5) 
 
 Métodos de Custeio 
 
 Absorção 
 Custeio Departamentalização 
 Custeio ABC 
 Variável 
 
 Métodos de Custeio 
Custeio por Absorção 
 
“Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos 
bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos 
ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos 
ou serviços feitos”. MARTINS (2006, p. 37) 
 
 Métodos de Custeio 
Custeio por Absorção 
 
O custeio por absorção é o método aceito pela Contabilidade 
Financeira, bem como pela legislação tributária, além dos 
princípios de contabilidade e também pelos processos adotados 
na auditoria para verificar os estoques. (LORENTZ, 2015; VEIGA E 
SANTOS, 2016) 
 
 Métodos de Custeio 
Custeio por Absorção 
O custeio por absorção é o método aceito pela Contabilidade 
Financeira, bem como pela legislação tributária, além dos 
princípios de contabilidade e também pelos processos adotados 
na auditoria para verificar os estoques. (LORENTZ, 2015; VEIGA E 
SANTOS, 2016). 
 
 
 Métodos de Custeio 
Custeio por Absorção 
Esquema Básico da Contabilidade de Custos (I) – Custeio por Absorção 
Empresas de Manufatura 
 
 
DESPESAS CUSTOS 
ESTOQUE DE 
PRODUTOS 
VENDA 
 
 Métodos de Custeio 
 
 Métodos de Custeio 
ABSORÇÃO 
Método de Custeio 
Absorção 
 
 Métodos de Custeio 
Custeio por Absorção - Exemplo 
A empresa Gadita S/A apresentou a seguintes estrutura de 
custos no período de x4: 
 
 
 
 Métodos de Custeio 
Custeio por Absorção - Exemplo 
A empresa utiliza o custeio por absorção para o rateio de seus custos 
indiretos entre os produtos e no período distribui seus custos indiretos de 
fabricação de acordo com as unidades produzidas. Dessa forma os custos 
unitários dos produtos serão? 
Primeiro Passo – Base de Rateio 
 
 
 
 Métodos de Custeio 
Custeio por Absorção – Exemplo 
 
Segundo Passo – Alocação do CIF aos Produtos 
 
 
 
 
 Métodos de Custeio 
Custeio por Absorção – Exemplo 
 
Terceiro Passo – Custo Total e Unitário 
 
 
 
CUSTEIO ABC 
Introdução 
 
“O custeio ABC surgiu para tentar resolver os 
problemas causados à 
formação dos custos dos produtos em função das 
alocações (rateio) 
dos CIF minimizando, assim, as distorções 
provocadas pelo custeio 
por absorção”. (LORENTZ, 2015) 
Duas visões para a análise de Custos (Martins, 2010): 
 
1. Visão Econômica de Custeio – É uma visão vertical no 
sentido que apropria os custos aos objetos de custeio 
através das atividades realizadas em cada departamento; 
 
2. Visão de Aperfeiçoamento de Processos – É uma visão 
horizontal, no sentido de que capta os custos dos 
processos através das atividades realizadas em vários 
departamentos. 
Introdução 
 
 
A. É um método de alocação dos custos que permite identificar 
com precisão as atividades desenvolvidas por uma empresa por 
meio de direcionadores de custos e atividades; 
 
B. Parte do princípio de não é o produto ou serviço que consome 
recursos, e sim os recursos são consumidos pelas atividades e 
estas, por sua vez, são consumidas pelos produtos ou serviços. 
(LORENTZ, 2015) 
Método ABC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método ABC 
 
 
 
 
 
 
Método ABC 
 
Direcionadores de Custos – 1ª Etapa 
 
Fator que determina a ocorrência de uma atividade, sendo 
considerado a verdadeira causa dos custos, pela necessidade de 
recursos para execução de uma atividade. 
 
Direcionadores de Atividades – 2ª Etapa 
 
Fatores que identificam quanto de cada atividade foi consumida 
(gasta) por produto ou no produto.Método ABC 
 
Método ABC – Funcionamento 
 
 
Identificação das Atividades Relevantes; 
Alocação dos Custos às Atividades: 
 
1. De forma criteriosa; 
2. Alocação direta; 
3. Rastreamento; 
4. Rateio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método ABC – Funcionamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Método ABC – Funcionamento 
 
 
Mapeamento das Atividades 
Fonte: Lorentz (2015). 
 
Atividade é mais detalhada que Centro de Custos; 
Visão horizontal do processo. 
 
 
Exemplos de Atividades 
Montagem de uma bicicleta: 
Preparar a superfície do quadro; 
Pintar; 
Montar as rodas; 
Acoplar as rodas; 
Montar os bancos e etc. 
 
 
 
 
Método ABC – Funcionamento 
 
Atividades e Direcionadores de Custos 
Fonte: Lorentz (2015). 
 
 
 “ A atividade é definida como um conjunto de tarefas necessárias 
para a fabricação do produtos ou a execução de um serviço, as quais 
consomem recursos da empresa” (LORENTZ, 2015, p. 207) 
 
 
 
 
 
Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) 
Fonte: Lorentz (2015). 
 
Uma indústria de confecções produz dois produtos: camisas e 
vestidos. Os custos diretos por unidade são: 
 
 
 
 
 
A produção mensal de camisas é de 12.000 unidades e de 
vestidos é de 10.000 unidades. 
Os preços de venda unitários são: 
camisas $ 14,25; 
vestidos $ 23,20. 
Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) 
 
Os custos indiretos totalizam $ 120.800,00 e referem-se às 
seguintes atividades relevantes: 
 
 
 
 
 
. 
Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) 
 
Os dados referentes às atividades são os seguintes: 
 
 
 
 
 
. 
Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) 
 
 Cálculo da taxa de aplicação de CIF por atividades: 
 
 
Realizar manutenção de equipamentos: $ 15.000,00 ÷ 100 hs = $ 
15,00 por 
hora. 
 Cortar e costurar: $ 60.00,00 ÷ 1.000 hs = $ 60,00 por hora. 
Fazer acabamentos: $ 37.800,00 ÷ 700 hs = $ 54,00 por hora. 
Programar produção: $ 8.000,00 ÷ 200 hs = $ 40,00 por hora. 
 
 
 
 
 
. 
Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) 
 
Distribuição dos custos das atividades aos produtos: 
 
 
 
 
 
. 
Implantação do ABC – Exemplo (Lorentz, 2015, p .211 – 212) 
Cálculo do Custo Unitário 
 
 
 
 
 
. 
Vantagens x Desvantagem do Método ABC 
 
 
 
 
 
 
 
. 
Custeio Variável 
 
Devido aos problemas vistos com relação à dificuldade trazida pela 
apropriação dos Custos Fixos aos produtos e em função da grande 
utilidade do conhecimento do Custo Variável e da Margem de 
Contribuição, nasceu uma forma alternativa para custeamento. 
 
Com base, portanto, no Custeio Variável, so ́ são alocados aos 
produtos os custos variáveis, ficando os fixos separados e 
considerados como despesas do período, indo diretamente para o 
Resultado; para os estoques so ́ vão, como consequência, custos 
variáveis. 
 
 
EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR 
ABSORÇÃO 
 
Para se ter bem uma ideia de quais as diferenças que existiriam na 
Demonstrac ̧ão de Resultados e no Balanço com o uso alternativo 
de Custeio Variável e de Custeio por Absorção, Vejamos a seguinte 
hipótese: 
 
 
 
 
EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR 
ABSORÇÃO 
 
 
 
 
 
EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR 
ABSORÇÃO 
 
 
A indústria apropria seus custos pelo Custeio por Absorção e avalia 
seus estoques à base do PEPS. 
 
 Os dados para a elaboração das Demonstrações de Resultado e 
fixação dos valores dos estoques finais para cada ano são 
calculados assim: 
 
 
 
 
EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR 
ABSORÇÃO 
 
 
 
 
 
EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR 
ABSORÇÃO 
 
 
 
 
 
EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR 
ABSORÇÃO 
 
 
 
 
 
EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR 
ABSORÇÃO 
 
 
 
 
 
EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR 
ABSORÇÃO 
 
 
 
 
 
EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E POR 
ABSORÇÃO 
 
Análise na Utilização do Custeio por Absorção. 
 
Análise 1 
Com os resultados dos quatro anos, notamos que, ao passar a 
empresa de $3.000.000 para $4.500.000 em vendas, teve seu 
resultado diminuído de $400.000 para $320.000. 
 
Houve aumento de 50% nas vendas, mas uma queda de 20% no 
lucro! 
 
 A produc ̧ão foi grande no primeiro ano, com baixo custo unitário 
($65/un.), mas foi reduzida no segundo, aumentando esse valor 
($72/un.). 
 
 
 
Análise 1 
 
 
 Apesar do grande acréscimo das vendas, o aumento do custo 
unitário foi mais relevante e acabou por provocar esse lucro final 
reduzido. 
 
 Quanto aos estoques, caíram 50%, de 20.000 un. para 10.000 
un. do 1o para o 2o ano, mas não houve tal redução em reais, 
 
 
 
 
 
Análise 2 
 
No 3o ano houve uma redução de 16,7% nas vendas, em 
comparação com o 2o, mas os lucros aumentaram em 96,9%. 
 
 As explicações são as mesmas: com a produc ̧ão de 70.000 un. no 
3o ano, o custo unitário caiu para $60/un., o que provocou um 
grande lucro, apesar de as primeiras vendas serem feitas com 
produtos remanescentes do ano anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise 3 
 
 No 4o período há outro acréscimo violento nas vendas (40%), 
mas outra vez o resultado reagiu de forma diferente, caindo 
76%. 
 
 Vendeu-se como nunca, mas obteve-se o menor lucro. 
 
 Em suma, os resultados não acompanham necessariamente a 
direção das vendas, sendo muitíssimo influenciados pelo volume 
de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos 
sob o Custeio Variável? 
 
 
 
 Só́ se agregaria ao produto seu custo variável, passando os 
custos fixos a serem alocados integralmente para o resultado do 
período em que tivessem sido incorridos; assim, cada unidade 
estocada estaria sempre, independentemente do volume de 
produc ̧ão de que participou, avaliada por $30,00. 
 
 
 
 
 
 
Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos 
sob o Custeio Variável? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos 
sob o Custeio Variável? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Podemos verificar aqui que, aumentando-se as vendas, aumenta-se 
também o lucro; reduzindo-se o faturamento, cai o resultado. 
 
 Não há relacionamento igual em ambos em termos percentuais: 
aumentando-se as vendas em 50% no 2o ano, temos uma melhoria no 
resultado de 300%, passando de negativo de $ 300.000 para positivo de $ 
600.000. 
 
 Ao cair o faturamento em 16,7%, do 2o para o 3o ano, caiu o lucro em 
75%. Isso é fácil de se explicar, já que, de diferentes valores de margem 
de contribuição é sempre deduzido o mesmo montante de custo fixo. 
Basta ver que as alterações dos valores das margens de contribuição são, 
estas sim, exatamente iguais às das vendas em termos percentuais. 
 
Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos 
sob o Custeio Variável? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A diferença de valores de resultado entre um critério e outro está sempre 
localizada no custo fixo incorporado aos estoques. No fim do 1o ano, por 
exemplo, o Absorção mostra um estoque de $1.300.000, correspondente 
a 20.000 un. pelo custo unitário de $65. 
 
 Pelo Variável é de $600.000, com o custo unitário de $30. A diferença, de 
20.000 un. × $35 ($700.000), é o valor dos custos fixos incorporados pelo 
Absorção ao estoque, e e ́ exatamente a diferença entre o lucro de um e 
outro critério (lucro de $400.000 para prejuízo de $300.000). No fim do 
2o ano, o Absorção tem $720.000 de estoques, correspondentes a 10.000 
un. pelo valor unitário de $72. 
 
Como ficariam as demonstrações desses mesmos períodos 
sob o Custeio Variável? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A diferença com o Variável é de $420.000, mas a diferençano lucro é de 
$280.000 ($320.000 – $600.000), porém ocorre que no resultado pelo 
Absorção do 2o ano estão alocados aqueles $700.000 de custo fixo 
estocado no fim do 1o. 
 
 Houve, portanto, uma redução nos custos fixos do estoque de $280.000 
($700.000 – $420.000), e daí a diferença no resultado. 
RAZÕES DO NÃO USO DO CUSTEIO VARIÁVEL NOS 
BALANÇOS 
 
 
 Do ponto de vista decisorial, verificamos que o Custeio Variável 
tem condições de propiciar muito mais rapidamente informações 
vitais à empresa; 
 O resultado medido dentro do seu critério parece ser mais 
informativo à administração, por abandonar os custos fixos e 
tratá-los contabilmente como se fossem despesas, já que são 
quase sempre repetitivos e independentes dos diversos produtos 
e unidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAZÕES DO NÃO USO DO CUSTEIO VARIÁVEL NOS BALANÇOS 
 
 
 Os Princípios Contábeis hoje aceitos não admitem o uso de 
Demonstrações de Resultados e de Balanços avaliados à base do 
Custeio Variável; por isso, esse critério de avaliar estoque e resultado 
não é reconhecido pelos Contadores, pelos Auditores Independentes e 
tampouco pelo Fisco. 
 
 
 O Custeio Variável de fato fere os Princípios Contábeis, principalmente 
o Regime de Competência e a Confrontação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RAZÕES DO NÃO USO DO CUSTEIO VARIÁVEL NOS BALANÇOS 
 
 
 Segundo estes, devemos apropriar as receitas. e delas deduzir todos 
os sacrifícios envolvidos para sua obtenção. 
 
 Ora, se produzimos hoje, incorremos hoje em custos que são sacrifícios 
para a obtenção das receitas derivadas das vendas dos produtos feitos, 
e essas vendas poderão em parte vir amanhã. Não seria, dentro desse 
raciocínio, muito correto jogar todos os custos fixos contra as vendas 
de hoje, se parte dos produtos feitos só será vendida amanhã; deve 
então também ficar para amanhã uma parcela dos custos, quer 
variáveis, quer fixos, relativos a tais produtos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A margem de contribuição considera, na sua formação, somente 
itens variáveis, que acompanham volume de produção e/ou de 
venda. 
No caso do volume de produção, são os custos variáveis, e para o 
volume de venda, considera-se as despesas variáveis. 
 
A margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda 
unitário do produto e os custos e despesas variáveis por unidade 
de produto, ou seja: 
MC = Preço de venda unitário – Custos e despesas variáveis 
Margem de Contribuição 
Exemplo: 
 
Custos e Despesas variáveis – Produto A 
Matéria prima e materiais direto $ 460,00 
Materiais Indiretos variáveis $ 36,00 
Mão de obra direta $ 200,00 
Comissões s(PV 1.700,00) $ 204,00 
Total de custos variáveis $ 900,00 
 
Então Conclui-se que: 
 
• Preço de venda $ 1.700,00 - 100% 
• Custo variável unitário $ 900,00 – 52,94% 
• Margem de Contribuição $ 800,00 – 47,06% 
 
 
 
Padovese (2010, p. 355) apresenta o seguinte exemplo de apuração de 
margem de contribuição unitária, total e o lucro do período: 
 
Exemplo: a partir das informações, apurar: 
 
I. margem de contribuição unitária e total; 
II. lucro total do período. 
 
Informações para uma unidade do produto A: 
Preço de venda unitário $ 1.700,00 
Custos variáveis: 
 
Matéria-prima 200kgs x $ 2,30 $ 460,00 
Materiais auxiliares 0,10 kgs x $ 360,00 36,00 
Mão de obra direta 4hs. X $ 50,00 200,00 
 $ 696,00 
Despesas variáveis: 
 
Comissões sobre vendas 12% x $ 1.700,00: $ 204,00 
 
Sendo assim, 
 
Total dos custos e despesas variáveis por unidade = 
$696 + $204= 900,00 
 
Custos e despesas fixas do período: $ 560.000,00 
 
 
Quantidade produzida e vendida no período: 1.000 unidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
I. Margem de contribuição unitária e total 
 
MCU = $ 1.700,00 – $ 900,00 → $ 800,00 
MCT = $ 800,00 x 1.000 unds. → $ 800.000,00 
 
II. Lucro total do período 
Demonstração do resultado do período 
 
Vendas 
1.000 unds. x $ 1.700,00 $ 1.700.000,00 
Custos e despesas variáveis 
1.000 unds. x $ 900,00 (900.000,00 ) 
Margem de contribuição 800.000,00 
Custos e despesas fixas (560.000,00) 
Lucro do período 240.000,00 
 
Ponto de equilíbrio 
 
 O ponto de equilíbrio (ou ponto de ruptura), segundo Iudícibus (2008, 
p.143), mostra o momento em que as receitas de vendas cobrem 
os custos e despesas totais da empresa, obtendo-se, a partir daí, a 
formação do lucro; 
 
 Caso as vendas não sejam suficientes para cobrir a estrutura 
empresarial (custos e despesas totais), o prejuízo ocorrerá. 
 
Ponto de equilíbrio 
 
 O ponto de equilíbrio tanto poderá ser apresentado em quantidade de 
itens necessários para o alcance da receita, quanto em valor; 
 
 
 Em termos quantitativos, informa o volume que a empresa precisa 
produzir e vender de um determinado produto para que consiga cobrir 
todos os custos e despesas do período, tanto os variáveis quanto os 
fixos. 
 
Ponto de equilíbrio 
 No caso de a empresa operar com mais de um produto, é 
recomendável a apuração do ponto de equilíbrio em valor, ou seja, o 
ponto de equilíbrio é traduzido em valor de vendas e, assim, é 
possível a empresa saber qual é a sua receita total mínima do período, 
aquela que possa cobrir todos os gastos deste mesmo período. 
 
 No ponto de equilíbrio, tanto em quantidade quanto em valor, não há 
lucro ou prejuízo; logo, a empresa só obterá lucro se vender acima do 
ponto e, no caso de vender abaixo deste mesmo ponto, terá prejuízo. 
 
Ponto de equilíbrio 
Resumo: 
 
1.O ponto de equilíbrio evidencia o volume que a empresa 
precisa produzir ou vender para que consiga pagar todos os 
custos e despesas fixas, além dos custos e despesas variáveis 
em que tem de incorrer para fabricar/ vender o produto. 
 
2.Neste ponto não há lucro nem prejuízo. 
 
 A partir de volumes adicionais de produção ou de venda, a 
empresa passa a ter lucros. 
 
Ponto de equilíbrio 
 
3.Esta informação é importante para a empresa porque 
identifica a capacidade mínima em que a empresa deve 
 operar para não ter prejuízo, tendo assim um lucro zero. 
 
 
 
Ponto de equilíbrio e Gestão de 
curto prazo 
1. O ponto de equilíbrio é uma técnica para utilização em gestão 
de curto prazo, porque não se pode pensar em um 
planejamento de longo prazo para uma empresa que não dê 
resultado positivo e não remunere os detentores de suas 
fontes de recursos. 
 
2. Objetiva determinar a quantidade mínima que a empresa deve 
produzir e vender. 
 
Abaixo dessa quantidade de produção e vendas, a empresa estará 
operando com prejuízo. 
 
BRUNI 
Ponto de 
equilíbrio 
BRUNI Construindo um único gráfico 
Volume (Q) 
U
n
. 
M
o
n
e
t.
 (
$
) 
Gasto fixo 
Gasto 
variável 
Gasto total 
Receita total 
Break-even point 
Ponto de ruptura 
Ponto de equilíbrio contábil (PECq) 
Ponto de equilíbrio 
contábil (PEC$) 
BRUNI Os gastos unificados … 
Volume (Q) 
G
a
s
to
s
 (
$
) 
Gastos 
Totais 
Receitas 
Totais 
PECq 
PEC$ 
BRUNI Uma formulazinha básica … 
 Ponto de equilíbrio contábil (PECq) 
 Quantidade produzida e vendida 
para lucro contábil nulo 
 A partir dele as operações 
começam a ser lucrativas 
 
PECq = 
Gastos Fixos 
Preço - GVun 
PEC$ = PECq x Preço 
Margem de Contribuição Unitária 
BRUNI Para a Fábrica de Sorvetes 
Aluguel e salários: $1.000,00/mês 
Matéria-prima/embalagem: $8,00/Kg 
Preço de venda: $10,00 
Volume de vendas: 600 Kg/mês 
 
PECq = 
Gastos Fixos 
Preço - GVun 
PECq = 
Gastos Fixos 
Preço - GVun 
= 
1000 
10 - 8 
= 500 Kg/mêsPEC$ = PECq x Preço = 500 x 10 = $5.000,00/mês 
Margem de Contribuição 
Unitária 
BRUNI No gráfico … 
Volume (Q) 
U
n
 M
o
n
e
t 
($
) 
500 
$5.000,00 
600 
$6.000,00 
Lucro = $200,00 
BRUNI E se … 
Mais de um 
produto 
precisar ser 
considerado? 
BRUNI Simples … 
 Muito simples!!! 
Use uma 
“média”! 
BRUNI Hot Dogs Vira-Lata 
Gastos mensais 
Salário do 
funcionário: 
$400,00 
Encargos: $300,00 
Outros: $500,00 
Gastos unitários 
Pão: $0,20 
Salsicha: $0,10 
Molho e outros: 
$0,20 
BRUNI Calculando o PEC 
PECq = 
Gastos Fixos 
Preço - GVun 
PECq = 
Gastos Fixos 
Preço - GVun 
= 
1200 
1 – 0,50 
= 2400 Hot Dogs/mês 
PEC$ = PECq x Preço 
= 2400 x $1 = $2.400,00/mês 
Margem de Contribuição 
Unitária 
BRUNI Resolveu vender refrigerante 
Preço: $1,00 
Custo: $0,70 
100% das vendas de 
hot dog são acompanhadas 
de refrigerantes 
BRUNI Um lanche “médio” 
 Ítem Preço Custo Var 
 Hot dog $1,00 $0,50 
 Refrigerante $1,00 $0,70 
 Lanche médio $2,00 $1,20 
BRUNI Calculando o PEC 
PECq = 
Gastos Fixos 
Preço - GVun 
PECq = 
Gastos Fixos 
Preço - GVun 
= 
1200 
2 – 1,20 
= 1500 Lanches/mês 
PEC$ = PECq x Preço 
= 1500 x $2 = $3.000,00/mês 
Margem de Contribuição 
Unitária 
Economias de escopo 
BRUNI Pensando sobre ... 
Economias de escopo 
Redução de custos em 
função do aumento de mix 
De forma análoga às economias de escala, as economias de 
escopo podem ser entendidas como reduções nos custos 
médios que resultam da produção/venda conjunta de bens 
diferentes. 
Ponto de Equilíbrio 
 Custo Fixo 
Ponto de Equilíbrio Contábil: Preço – custo variável unitário 
 
 
 Custo Fixo + Desp Finan Liq. + Marg Lucro 
Ponto de Equilíbrio Econômico: Preço – custo variável unitário 
 
 Custo fixo – itens s/desembolso 
Ponto de Equilíbrio Financeiro: Preço – custo variável unitário 
Fonte –Bruni, Adriano Leal 
 Ponto de Equilíbrio Contábil 
 
É a quantidade de vendas que deve ser efetuada para cobrir todos os 
custos e despesas fixas, deixando de lado os aspectos financeiros e 
não operacionais. 
 
Portanto, o ponto de equilíbrio operacional considera somente os 
gastos que envolvem a atividade operacional da empresa, 
representado pelos seguintes dados: receita de vendas; custos 
variáveis; despesas variáveis; custos fixos; despesas fixas. 
 Ponto de Equilíbrio Econômico 
 
A formação do ponto de equilíbrio econômico, inclui as despesas 
financeiras e ainda um lucro desejado. 
Sabemos que as despesas financeiras são os juros sobre 
empréstimos obtidos, o que significa dizer que não compõem os 
custos e despesas operacionais da empresa, e ainda poderemos 
completar a variação do ponto de equilíbrio, incluindo o lucro 
desejado do período. 
 
Assim, obteremos uma quantidade de unidades a ser produzida e 
vendida, que permita que a empresa cubra todos os gastos 
operacionais e financeiros e obtenha o lucro esperado. 
Ponto de Equilíbrio Financeiro 
 
A finalidade do ponto de equilíbrio financeiro é demonstrar qual é a 
quantia necessária para a empresa efetivamente pagar sua 
estrutura, qual é o volume de “caixa” de que a organização 
necessita no período. 
 
 Ponto de Equilíbrio Financeiro 
 
 Sendo assim, a formação do ponto de equilíbrio financeiro tanto 
poderá partir do ponto de equilíbrio operacional quanto do 
econômico, uma vez que ao excluir os itens sem desembolso 
financeiro da fórmula (a depreciação), o resultado obtido, 
independentemente de ser em quantidades ou em valor de 
receitas, será menor em relação aos outros pontos, justamente 
por desconsiderar os itens sem desembolso em sua apuração. 
 
Exercício: 
 
Preço de venda $ 1.700 por unidade de produto 
Custos e despesas variáveis $ 900 por unidade de produto 
Margem de contribuição $ ? por unidade de produto 
Custos e despesas fixas no período: 
Custo indireto de fabricação $ 200.000 
Depreciações $ 150.000 
Despesas administrativas $70.000 
Despesas comerciais $ 50.000 
Despesas financeiras líquidas das receitas financeiras = $ 90.000 
Soma dos custos e despesas fixas $ 560.000 
 
a) Calcule o ponto de equilíbrio operacional 
b) Calcule o ponto de equilíbrio econômico 
c) Calcule o ponto de equilíbrio financeiro 
Exercício: 
 
 
a) Calcule o ponto de equilíbrio operacional\contábil = 
b) Calcule o ponto de equilíbrio econômico = 
c) Calcule o ponto de equilíbrio financeiro = 
Exemplos: 
Utilizando os mesmos dados para o produto A, apurar: 
 
I - Ponto de equilíbrio em quantidade e a demonstração de resultado do 
período. 
II – Ponto de equilíbrio em valor. 
 
• Preço de venda unitário $ 1.700,00 • Custos variáveis $ 696,00 • 
Despesas variáveis $ 204,00 • Total dos custos e despesas variáveis por 
unidade $ 900,00 • Custos e despesas fixas do período $ 560.000,00 
Resolução 
I. Ponto de equilíbrio em quantidade e a demonstração de resultado do 
período 
Ponto de equilíbrio em quantidade = $ 560.000,00 = 700 unidades Produzir 
 $800,00 e vender no período 
 
 
Demonstração do resultado do período 
 
Vendas 
700 unds. x $ 1.700,00 $ 1.190.000,00 
Custos e despesas variáveis 
700 unds. x $ 900,00 (630.000,00 ) 
Margem de contribuição 560.000,00 
Custos e despesas fixas (560.000,00) 
Lucro do período 0 
 
Obs.: A demonstração de resultado, comprova que no PE a empresa não 
terá lucro ou prejuízo; porém, se vender abaixo de 700 unidades, o prejuízo 
é inevitável, pois mostra que uma quantidade vendida abaixo de 700 não é 
suficiente para cobrir a estrutura da empresa; porém, com vendas acima 
desta mesma quantidade, começa-se a formar o lucro do período. 
 
 Ponto de equilíbrio econômico 
 = Custos fixos totais + Desp.financeiras líquidas + Lucro esperado 
. Margem de contribuição unitária em valor 
 
Utilizando os mesmos dados para o produto A e considerando que, além 
dos gastos operacionais, a empresa apresenta as despesas e receitas 
financeiras e o lucro desejado, temos um outro PE em quantidade: 
 
Preço de venda unitário $ 1.700,00 
Custos variáveis $ 696,00 
Despesas variáveis $ 204,00 
Total dos custos e despesas variáveis por unidade $ 900,00 
Custos e despesas fixas do período $ 560.000,00 
(-)Despesas financeiras do período $ 35.000,00 
(+)Receitas financeiras do período $ 12.900,00 
(=)Despesas financeiras líquidas $ 22.100,00 
Lucro desejado para o período $ 95.000,00 
 
 
 
 
Ponto de equilíbrio em quantidade = 
$ 560.000,00 + $ 22.100,00 + $ 95.500,00 = 847 unidades 
 $ 800,00 
Demonstração do resultado do período 
Vendas = 847 unds. x $ 1.700,00 $ 1.439.900,00 
Custos e despesas variáveis= 847 unds. x $ 900,00 (762.300,00) 
Margem de contribuição 677.600,00 
Custos e despesas fixas (560.000,00) 
Despesas financeiras líquidas (22.100,00)Lucro do período 95.500,00 
 
 Ponto de equilíbrio financeiro 
 
 
(Custos fixos totais + Desp. financeiras líquidas + Lucro esperado) – Itens sem desembolso 
. Margem de contribuição unitária em valor 
 
Utilizando os mesmos dados para o produto A e considerando que além 
dos gastos operacionais a empresa apresenta as despesas e receitas 
financeiras, o lucro desejado e, ainda o valor da depreciação que faz parte 
dos custos e despesas fixas, temos, agora um outro PE em quantidade: 
 
Preço de venda unitário $ 1.700,00 
Custos variáveis $ 696,00 
Despesas variáveis $ 204,00 
Total dos custos e despesas variáveis por unidade:$ 900,00 
Custos e despesas fixas do período $ 560.000,00 
(-)Despesas financeiras do período $ 35.000,00 
(+)Receitas financeiras do período $ 12.900,00 
 
 
 
=despesas financeiras líquidas $ 22.100,00 
Lucro desejado para o período $ 95.500,00 
Depreciação do período $ 110.000,00 
 
 
 
Ponto de equilíbrio em quantidade = ($ 560.000,00 + $ 22.100,00 
+ $ 95.500,00) - $ 110.000,00 / $ 800,00 = 709 unds. 
 
 
Demonstração do resultado do período 
 
Vendas = 709 unds. x $ 1.700,00 $ 1.205.300,00 
Custos e despesas variáveis= 709 unds. x $ 900,00 (638.100,00) 
Margem de contribuição 567.600,00 
Custos e despesas fixas (450.000,00) 
Despesas financeiras líquidas (22.100,00) 
Lucro esperado (95.000,00) 
Lucro do período 0 
Margem de Segurança e Controle 
de estoque 
 
 Apuração e análise de custos 
 
Margem de Segurança 
 É a quantia ou quantidade das vendas que excede as vendas da 
empresa no ponto de equilíbrio. 
 A margem de segurança representa quanto as vendas podem cair sem 
que a empresa incorra em prejuízo e pode ser expressa em valor, 
unidades ou percentual. 
 
 
Margem de segurança = Vendas reais – Vendas noPonto de Equilíbrio 
 
 
% da Margem de Segurança :MS em valor x100 
 Vendas totais 
 
 
Volume (Q) 
U
n
 M
o
n
e
t 
($
) 
500 
$5.000,00 
600 
$6.000,00 
Margem de segurança 
Quantidade 
Faturamento 
• Margem de segurança 
– O quanto se pode perder em vendas sem incorrer em prejuízos 
 
• MS em quantidade 
– Vendas (Q) – PEC (Q) 
 
• MS em $ 
– Vendas ($) – PEC ($) 
 
• MS em % 
– MS (Q) / Vendas (Q) ou 
– MS ($) / Vendas ($) ou 
 
 
 
MS em quantidade 
Vendas (Q) – PEC (Q) 
600 – 500 = 100 kg 
 
MS em $ 
Vendas ($) – PEC ($) 
6000 – 5000 = $1.000,00 
 
MS em % 
100 / 600 = 16,67% 
1000/6000 = 16,67% 
Perfumes Cheiro Bom 
Para produzir 1000 unidades/mês 
 
– Embalagens: $2.000,00 
– Essência: $8.000,00 
– Salários e encargos fixos: $10.000,00 
– Preço unitário: $30,00 
 
Sabendo que a empresa está produzindo 800 unidades, calcule as 
margens de segurança 
Fonte –Bruni, Adriano Leal 
 
 
1. MS em quantidade 
 
Vendas (Q) – PEC (Q) 800 – 500 = 300 Unid 
 
2. MS em $ 
 
Vendas ($) – PEC ($) 24.000 – 15.000 = $9.000,00 
 
 
3. MS em % = Vendas (Q) – PEC (Q) = 
 Vendas (Q) 
 
 = 300 / 800 = 37,5% 
 =9.000/24.000 = 37,5% 
 
Lucro(800 unidades)= 24.000 – 18.000= $6.000 
Fonte –Bruni, Adriano Leal 
Margem de Segurança 
 
 
EX: Suponhamos que uma construtora esteja produzindo um tipo de casa 
pré- fabricada com as seguintes características: 
 
custos variáveis : $ 140.000/u 
Custos e despesas fixos: $1.000.000 
Preço de venda : $240.000 
PE = ? 
 
Suponhamos que ela esteja produzindo e vendendo 14 casas por mês, 
obtendo com isso um lucro de : 
 
Então a empresa está com a margem de segurança de : ? 
 
 
 
PE = $1.000.000 = 10 casas 
 (240.000 – 140.000) 
 
Receitas atuais = 14 x Pv = 14 x 240.000 = 3.360.000 
 
Receita no ponto de equilíbrio = 10 x PV = 10x 240.000 = 2.400.000 
MS =$ 960.000 
Formação de preços baseado em 
custos 
A Taxa de marcação é um índice aplicado sobre 
o custo de um produto ou serviço para a 
formação do preço de venda, baseado na ideia 
de preço margem; que consiste basicamente em 
somar-se ao custo unitário do produto ou 
serviço e uma margem de lucro para obter-se o 
preço de venda. 
 
 
 
Como calcular o Preço? 
 
O preço deve ser suficiente para cobrir todos os custos, despesas e 
impostos e no final gerar um lucro na venda para manter a empresa 
ativa, desta forma podemos simplificar a estrutura do mark-up 
onde o preço e igual a somatória de todos os elementos inclusive o 
lucro desejado. 
 
(+) CUSTO 
(+) DESPESAS 
(+) IMPOSTOS 
(+) LUCRO 
(=) PREÇO DE VENDA 
 
 
 
 
Como calcular um preço de venda 
utilizando o Markup. 
 
 
 
 
Formula Markup (MKD) 
 
Exemplo 01: Suponhamos que você paga hoje R$ 1,00 (Custo) no quilo da 
chapa de aço, o ICMS é de 18%, PIS e COFINS 4,65%, comissão do 
vendedor 2,5%, despesas administrativas 6% e seu lucro desejado ante o 
imposto de 20%. 
 
 
 
 
 
 
Como calcular um preço de venda 
utilizando o Markup. 
 
Encontrando o indicador 
 
MK = (PV – CTV) / 100 
MK = (100 – 51,15) / 100 
MK = 48,85 / 100 
MK = 0,4885 
 
Se utilizamos o índice do Markup encontrado, seria o custo de R$ 1,00 
/ 0,4885= R$ 2,05 o preço do quilo para garantir o pagamento de todos os 
custos, impostos e gerar um lucro de 20%. 
 
 
 
Como calcular um preço de venda? 
 
PV = Custo / MKD 
PV= 1 / 0,4885 
PV= 2,047708 ou 2,05 
 
 
Confirme na tabela abaixo a estrutura onde foi aplicado o Mark-UP 
de 2,05 que é suficiente para gerar lucro de 20% sobre a venda. 
 
 
 
Como calcular um preço de venda 
utilizando o indicador?. 
 
 
 
 
Como calcular um preço de venda 
utilizando o Multiplicador. 
 Lucro de 20% sobre o preço de venda de R$ 2,05, igual a R$ 0,41, que representa 41% sobre o preço de custo. 
 
Veja a evidenciação do percentual de lucro desejado 
 
= 0,41 / 2,05 x 100 
= 0,20 x 100 
= 20% Lucro 
 
Referências 
 PADOVEZE ,C. L. Controladoria estratégica e 
operacional: conceitos, estrutura, aplicação, 3. Ed. 
Cengage learning – SP; 
 Administração de Custos, Preços e Lucros, com 
aplicações na HP 12C e Excel, Adriano Leal Bruni, 5ª 
ed. Ed. Atlas.

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