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Roteiro 9- Alterações cardiovasculares e respiratórias ao exercício

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1. A PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA AUMENTA PROPORCIONALMENTE AO CONSUMO 
DE OXIGÊNIO E AO FLUXO SANGUÍNEO DURANTE O EXERCÍCIO PROGRESSIVO, 
ENQUANTO A PRESSÃO DIASTÓLICA SE MANTÉM RELATIVAMENTE INALTERADA 
OU CAI LIGEIRAMENTE. EXPLIQUE COMO SE DÁ ESSE PROCESSO. 
 
- A imagem ilustra o padrão geral para as pressões sistólica e diastólica durante o exercício continuo e 
progressivo na esteira ergométrica andando e correndo 
- Após uma elevação rápida inicial em relação ao nível de repouso, a pressão sistólica aumenta 
linearmente com a intensidade do exercício, enquanto a pressão diastólica se mantém estável ou cai 
ligeiramente nos níveis mais altos de atividade 
- Os homens e as mulheres sadios sedentários e treinados em endurance demonstram respostas 
semelhantes da pressão arterial 
- Durante o exercício máximo por indivíduos treinados com alta capacidade aeróbica, a pressão sistólica 
pode aumentar até 200 mmHg ou mais, apesar da resistência periférica total reduzida. Esse nível de 
pressão arterial reflete mais provavelmente a grande movimentação do sangue pelo coração 
2. PARA OS MESMOS NÍVEIS RELATIVOS E ABSOLUTOS DE EXERCÍCIO, A ATIVIDADE 
REALIZADA COM OS SEGMENTOS SUPERIORES DO CORPO PRODUZ MAIOR 
ELEVAÇÃO NA PRESSÃO SISTÓLICA QUE O EXERCÍCIO REALIZADO COM OS 
MEMBROS INFERIORES. EXPLIQUE COMO SE DÁ ESSE PROCESSO. 
- O exercício realizado com os braços produz pressões sistólica e diastólica consideravelmente mais 
altas e, consequentemente, maior sobrecarga cardiovascular que as atividades realizadas com os 
membros inferiores para um determinado percentual do O2máx em cada forma de exercício 
 
 
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- Isso ocorre porque a massa muscular e a árvore vascular dos membros superiores de menor porte 
oferecem maior resistência ao fluxo sanguíneo que a massa e o suprimento sanguíneo de maior porte 
dos membros inferiores 
- Os indivíduos com disfunção cardiovascular devem praticar exercícios que movimentem os grupos 
musculares relativamente grandes (como caminhada, ciclismo e corrida), ao contrário dos exercícios que 
utilizam massa muscular limitada, como trabalhar com uma pá, usar um martelo para colocar pregos em 
uma posição alta ou ativar uma manivela com os braços 
 
3. APÓS A ATIVIDADE FÍSICA, A PRESSÃO ARTERIAL CAI PARA MENOS QUE O NÍVEL 
PRÉ-EXERCÍCIO E PODE PERMANECER MAIS BAIXA POR ATÉ 12 H. EXPLIQUE 
COMO SE DÁ ESSE PROCESSO. 
- Após completar uma única sessão de atividade física submáxima, a pressão arterial cai 
temporariamente até abaixo dos níveis pré-exercício para os indivíduos normotensos e hipertensos em 
virtude de uma vasodilatação periférica inexplicável 
- A resposta hipotensiva à atividade pode durar até 12 h 
- A resposta hipotensiva ocorre em resposta à atividade aeróbica de intensidade tanto baixa quanto 
moderada ou ao exercício de resistência 
- Uma explicação para a hipotensão pós-exercício é que um volume significativo de sangue permanece 
estagnado nos órgãos viscerais e/ou nos leitos vasculares dos músculos estriados esqueléticos durante 
a recuperação. A estagnação venosa reduz o volume sanguíneo central, o que, por sua vez, reduz a 
pressão de preenchimento atrial e acarreta queda da pressão arterial sistêmica 
- Um aumento prolongado no fluxo sanguíneo esplâncnico, renal ou cutâneo durante a recuperação 
desempenha provavelmente apenas um papel auxiliar limitado na resposta hipotensiva pós-exercício 
- Independente do mecanismo, as reduções pós-exercício na pressão arterial também indicam o valor da 
atividade física moderada como um tratamento não farmacológico para a hipertensão arterial 
- Reduções relativamente prolongadas da pressão arterial pós-exercício justificam as recomendações de 
múltiplos períodos de atividade física entremeados durante o dia inteiro 
 
 
 
 
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4. COMO OCORRE O SUPRIMENTO E UTILIZAÇÃO DO OXIGÊNIO PELO MIOCÁRDIO 
DURANTE O EXERCÍCIO FÍSICO. 
- Em repouso, o miocárdio demanda muito oxigênio em relação ao seu fluxo sanguíneo; extrai cerca de 
70 a 80% do oxigênio existente no sangue contido nos vasos coronários. A magnitude da extração de 
oxigênio pelo miocárdio difere consideravelmente da maioria dos outros tecidos, que utilizam apenas 
cerca de 25% de seu oxigênio disponível em repouso 
- Consequentemente, um aumento proporcional do fluxo sanguíneo coronariano durante a atividade 
física constitui o único mecanismo para aumentar o aporte de oxigênio ao miocárdio 
- Durante um esforço físico rigoroso, o fluxo sanguíneo coronariano aumenta até 4 vezes o nível de 
repouso 
- Em geral, o fluxo de sangue coronariano supre as necessidades miocárdicas de oxigênio causadas por 
aumentos da frequência cardíaca durante uma atividade física. Os vasos coronarianos dilatam-se 
durante o exercício por causa de uma combinação dos efeitos dos mecanismos autorregulatórios 
(mediados pela vasodilatação simpático-adrenorreceptora) e por mecanismos de controle por 
retroalimentação (possivelmente por causa de nucleotídios adenina estimuladores da vascularização 
liberados pelos eritrócitos) 
- A pressão arterial facilita também o fluxo sanguíneo coronariano 
- A pressão aórtica aumentada durante a atividade força um volume proporcionalmente maior de sangue 
para a circulação coronariana 
- O fluxo e o refluxo de sangue nos vasos coronarianos flutuam consistentemente a cada fase do ciclo 
cardíaco. Em média, cerca de 2,5 vezes mais sangue flui nas veias coronárias durante a diástole que 
durante a sístole 
5. O METABOLISMO DA GLICOSE, DOS ÁCIDOS GRAXOS E DO LACTATO CIRCULANTE 
FORNECE ENERGIA PARA MANTER A FUNÇÃO DO MIOCÁRDIO. A UTILIZAÇÃO 
PERCENTUAL DE NUTRIENTES PELO MIOCÁRDIO PARA A OBTENÇÃO DE ENERGIA 
VARIA COM A INTENSIDADE E A DURAÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA E COM O 
ESTADO DE TREINAMENTO DO INDIVÍDUO. EXPLIQUE COMO OCORREM ESSES 
PROCESSOS. 
 
- A imagem mostra a utilização de um substrato específico em bases percentuais pelo miocárdio durante 
o repouso e a atividade física moderada e intensa 
 
 
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- O miocárdio depende quase exclusivamente da energia liberada nas reações aeróbicas; por isso, não é 
de surpreender que o tecido miocárdico tenha capacidade oxidativa 3x mais alta que o músculo estriado 
esquelético 
- Suas fibras musculares contêm a maior concentração mitocondrial de todos os tecidos, com uma 
capacidade excepcional para o catabolismo dos ácidos graxos de cadeia longa como um meio primário 
para a ressíntese do ATP 
- A glicose, os ácidos graxos e o lactato formados pela glicólise no músculo esquelético proporcionam a 
energia para o funcionamento apropriado do miocárdio. Em repouso, esses três substratos contribuem 
para a ressíntese do ATP, com a maior parte da energia proveniente da degradação dos ácidos graxos 
livres (60 a 70%) 
- Após uma refeição, a glicose passa a constituir o substrato energético preferido 
- Em essência, o coração utiliza, para obter energia, qualquer substrato que conseguir “ver” em um nível 
fisiológico 
- Durante a atividade intensa, quando o efluxo de lactato do músculo esquelético ativo para o sangue 
aumenta drasticamente, o coração obtém a maior parte de sua energia graças à oxidação do lactato 
circulante 
- Na atividade mais moderada, quantidades iguais de gordura e de carboidratos fornecem energia 
- No exercício submáximo prolongado, o metabolismo dos ácidos graxos livres por parte do miocárdio 
aumenta até quase 80% da demanda energética total 
- Existem padrões semelhantes do metabolismo do miocárdio para indivíduos treinados e não treinados. 
Entretanto, uma pessoa treinada em endurance demonstra uma dependência consideravelmente maior 
do miocárdio em relação ao catabolismo das gorduras no exercício submáximo. Essa diferença, 
semelhante ao efeito para o músculo estriado esquelético, ilustra o “efeito de conservaçãodos 
carboidratos” do treinamento aeróbico 
6. O CORAÇÃO “É LIGADO” NA TRANSIÇÃO DO REPOUSO PARA A ATIVIDADE FÍSICA 
EM VIRTUDE DA MAIOR ATIVIDADE SIMPÁTICA E DA MENOR ATIVIDADE 
PARASSIMPÁTICA INTEGRADA COM O INFLUXO DO COMANDO CENTRAL. 
EXPLIQUE COMO SE DÁ ESSE PROCESSO. 
- As influências neurais podem modular e sobrepujar o ritmo miocárdio inerente. Essas influências têm 
origem no centro cardiovascular e fluem graças aos componentes simpáticos e parassimpáticos do 
sistema nervoso autônomo 
- Essas duas divisões operam em paralelo, porém atuam por vias estruturais e sistemas transmissores 
claramente diferente 
- Numerosos neurônios simpáticos inervam os átrios, enquanto os ventrículos recebem quase 
exclusivamente fibras simpáticas 
 
 
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INFLUÊNCIA SIMPÁTICA: 
- A estimulação dos nervos cardioaceleradores simpáticos libera as catecolaminas epinefrina 
(adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina) 
- Esses neuro-hormônios agem acelerando a despolarização do nó SA e fazem o coração bater mais 
rapidamente (efeito cronotrópico) 
- As catecolaminas fazem também aumentar a contratilidade miocárdica (efeito inotrópico) aumentando o 
volume de sangue bombeado pelo coração em cada contração 
- A força da contração ventricular quase duplica na vigência de uma estimulação simpática máxima 
- A epinefrina, liberada e lançada no sangue pela medula das glândulas suprarrenais durante a ativação 
simpática geral, produz um efeito taquicárdico semelhante, porém de ação mais lenta, sobre a função 
cardíaca 
- A estimulação simpática também influencia profundamente o fluxo sanguíneo através do corpo ao 
provocar vasoconstrição, exceto na árvore vascular coronariana 
- Os axônios pré-ganglionares do sistema simpático emergem somente dos segmentos torácico e lombar 
da medula espinal. Os neurônios pré-ganglionares do sistema nervoso simpático estão localizados na 
substância cinzenta da medula espinal. Seus axônios emergem através das raízes ventrais para fazer 
sinapse com os gânglios da cadeia simpática adjacentes à coluna vertebral 
- As fibras nervosas simpáticas pós-ganglionares terminam nas camadas musculares lisas das pequenas 
artérias, arteríolas e esfíncteres pré-capilares 
- A norepinefrina atua como vasoconstritor geral liberado por neurônios simpáticos específicos 
denominados fibras adrenérgicas 
- Alguns nervos constritores adrenérgicos permanecem continuamente ativos. Assim sendo, alguns 
vasos sanguíneos exibem também um estado de constrição ou de tônus vasomotor até mesmo dentro do 
músculo ativo durante a atividade física intensa 
- A dilatação dos vasos sanguíneos sob influência adrenérgica ocorre mais em virtude de um tônus 
vasomotor reduzido (menor atividade adrenérgica) do que de maior atividade das fibras dilatadoras 
colinérgicas simpáticas ou parassimpáticas (ver próxima seção) 
 
 
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- Além disso, a poderosa vasodilatação induzida pelas escórias do metabolismo local sobrepuja qualquer 
vasoconstrição de ativação simpática no tecido ativo 
- A frequência cardíaca é acelerada durante o exercício em virtude de um feedback humoral proveniente 
dos metabólitos liberados e lançados na circulação pelos músculos ativos que contribuem para a 
aceleração da frequência cardíaca durante uma atividade física 
 
INFLUÊNCIA PARASSIMPÁTICA: 
- Os axônios pré-ganglionares da divisão parassimpática emergem somente do tronco encefálico e dos 
segmentos sacrais da medula espinal. Portanto, os sistemas parassimpático e simpático complementam-
se anatomicamente 
- Os neurônios parassimpáticos pré-ganglionares estão localizados dentro do tecido do tronco encefálico 
e nos segmentos inferiores da medula espinal. Seus axônios percorrem uma distância maior que os 
axônios simpáticos, pois seus gânglios estão localizados em áreas adjacentes aos órgãos-alvo ou dentro 
deles 
- As fibras parassimpáticas distribuem-se para a cabeça, o pescoço e as cavidades corporais (com 
exceção dos tecidos genitais eréteis) e não emergem na parede corporal e nos membros 
- Quando estimulados, os neurônios parassimpáticos liberam acetilcolina, que retarda o ritmo da 
descarga sinusal e torna mais lenta a frequência cardíaca. Uma frequência cardíaca reduzida, ou 
bradicardia, resulta em grande parte da estimulação do par de nervos vagos, cujos corpos celulares têm 
origem no centro cardioinibidor do bulbo. Os nervos vagos, os únicos nervos cranianos que saem da 
região da cabeça e do pescoço, descem para as regiões torácicas e abdominais. Esses nervos 
conduzem aproximadamente 80% de todas as fibras parassimpáticas 
- A estimulação vagal não exerce nenhum efeito sobre a contratilidade miocárdica 
- As fibras nervosas parassimpáticas deixam o tronco encefálico e a medula espinal para afetar diversas 
áreas corporais 
 
 
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- Similar à função simpática, a estimulação parassimpática excita alguns tecidos, incluindo os músculos 
da íris, vesícula e ductos biliares, brônquios, artérias coronárias, e inibe outros tecidos, incluindo 
músculos dos esfíncteres intestinais, intestinos e árvore vascular da pele 
- A estimulação parassimpática induz todas as secreções glandulares, com exceção das glândulas 
sudoríparas 
- No início e durante o esforço de intensidade baixa a moderada, a frequência cardíaca aumenta por 
inibição da estimulação parassimpática, em grande parte por meio da ativação do comando central 
- A frequência cardíaca da atividade vigorosa aumenta por inibição parassimpática adicional e ativação 
direta nos nervos cardioaceleradores simpáticos 
- A magnitude da aceleração da frequência cardíaca está relacionada diretamente com a intensidade e a 
duração da atividade 
7. EXPLIQUE COMO FATORES EXTRÍNSECOS NEURAIS E HORMONAIS MODIFICAM O 
RITMO INERENTE DO CORAÇÃO DURANTE O EXERCÍCIO FÍSICO. 
- O centro cardiovascular recebe influxo sensorial reflexo (feedback) dos receptores periféricos existentes 
nos vasos sanguíneos, nas articulações e nos músculos 
- Os quimiorreceptores e mecanorreceptores nos músculos e na sua vasculatura monitoram estado físico 
e químico do músculo 
- Os impulsos aferentes provenientes desses receptores – fibras finas e de condução lenta nos grupos III 
e IV dos aferentes provenientes dos corpúsculos de Pacini e dos receptores das terminações nervosa 
não encapsuladas – proporcional um feedback rápido. 
- Esse influxo modifica o efluxo vagal (parassimpático) ou simpático iniciando respostas cardiovasculares 
e respiratórias apropriadas para as várias intensidades da atividade física 
- A ativação dos aferentes quimicamente sensíveis dentro do interstício (espaço intersticial) do músculo 
ajuda a regular a ativação neural simpática do músculo durante o esforço submáximo

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