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12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 1/40 PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICOESTRATÉGICO Me. Dor iva l Paula Tr indade 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 2/40 introdução Introdução Não basta ter um excelente plano, se ele não for colocado em prática. Quando colocado em prática, este deve levar ao resultado esperado. O planejamento estratégico é a forma de garantir que os objetivos de uma empresa sejam alcançados. Para isso, conhecer estes objetivos é o primeiro passo quando um plano é formatado. Com os objetivos de�nidos, a ferramenta do Balanced Scorecard (BSC) pode ser utilizada para colocar em movimento esse plano. O primeiro desa�o, então, é traduzir um planejamento em números para se encaixar na �loso�a BSC. Será que isso é possível, sendo que esta estratégia foi toda baseada em números? Q d d ã d l i i i l é d d BSC l i I N I C I A R 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 3/40 Quando o processo de execução do plano inicia pelo método do BSC, ele vai avaliar todo o desempenho do plano e, por consequência, contribuir para a gestão do negócio. O segredo está em envolver as pessoas (todos os stakeholders) e, nesse momento, aparece o segundo desa�o: como envolver as pessoas e motivá- las para o êxito? As pessoas farão parte de um mapa estratégico, um infográ�co capaz de traduzir todo o planejamento em uma combinação de elementos grá�cos e textuais, de modo que todos entendam suas responsabilidades nesse processo. Esse mapa, uma intricada teia de ações, conduz os envolvidos dentro das políticas empresariais de forma que, ao colocá-las em prática, tenham maior consciência de como devem se comportar e tomar decisões. Durante toda a execução do plano, os envolvidos e responsáveis serão avaliados, e responderão pelo seu desempenho devido à relação de causa e efeito produzida pelo mapa. Por �m, percebe-se que o cenário dos ambientes de negócios mudam e, portanto, é necessário mudar, também, o mapa estratégico. Novamente, surge uma questão: os planos não são imutáveis? Considerando que estes já foram ricamente planejados, bem como todos os recursos e processos já estão em andamento, seria possível mudar um plano? Abordaremos todas estas questões nesse capítulo. Prepare-se! Bons estudos! 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 4/40 Em algum momento da história, os Estados Unidos perderam a liderança na gestão e na tecnologia para o Japão. A economia dos EUA nos anos 1980 estava indo de vento em popa, mas a gestão nas empresas não acompanhava o mesmo Balanced ScorecardBalanced Scorecard Como Como Ferramenta de GestãoFerramenta de Gestão 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 5/40 p p , g p p ritmo. É nesse momento que as pesquisas com o Balanced Scorecard (BSC) ganharam notoriedade, surgindo como um novo conceito, que prometia criar um modelo de gestão baseado na medição do próprio desempenho. Este era um modelo que partia do ponto de vista de que só indicadores �nanceiros não eram mais su�cientes para controle e gestão da e�ciência e e�cácia no meio corporativo e em instituições, de modo em geral. As críticas aos modelos de gestão e controle existentes �zeram as empresas adotarem o BSC, que demonstrou ser e�ciente e trazer resultados interessantes. Embora não seja um sistema complexo de implantar, precisa de alguns cuidados no seu projeto e execução, que veremos a seguir. Entrevista nas organizações Na construção e implantação de um BSC nas empresas é fundamental envolver o maior número de pessoas no processo. Quando falamos pessoas, e não colaboradores ou funcionários, é porque o ideal é não envolver somente indivíduos do corpo ou quadro interno das empresas. O ideal é ouvir todos os stakeholders (funcionários, clientes, fornecedores, representantes da comunidade, poder público, etc.). O envolvimento de todos na formatação do BSC permite ter um plano que atenda ao máximo detalhes que geralmente se referem a algumas pessoas ou grupo de pessoas. A missão da empresa é atender às necessidades dos stakeholders, então, nada melhor do que eles mesmo dizerem o que é importante ou não e onde estão os fatores críticos de sucesso. Informação é um capital enorme. Portanto, esses atores são elementos fundamentais para fornecer essas informações. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 6/40 A construção do BSC consome muito tempo devido à necessidade de ouvir as pessoas em seus habitats corporativos e também os agentes externos (clientes, fornecedores, vizinhos, etc.). Contudo, traz inúmeras vantagens que vão além das informações. Entre elas podemos destacar: comprometimento, transparência, motivação e metas mais realistas. produtividade, caso não sejam adotadas algumas técnicas para entrevistar esses participantes do processo. Para ouvi-los existem vários modos de realizar entrevistas de baixo custo e grande impacto, sem atrapalhar as rotinas diárias dos colaboradores, conforme descrito a seguir: Treinamento Figura 1 - Em planejamento estratégico nenhuma informação ou elemento pode �car de fora. Tudo deve ser considerado na formulação dos planos de ações. Fonte: Dusit, Shutterstock, 2019. Figura 2 - Um trabalho participativo na elaboração das propostas, ouvindo todos os stakeholders, garante a precisão das informações e comprometimento dos envolvidos. Fonte: Rawpixel.com, Shutterstock, 2019. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 7/40 Durante os treinamentos e programas de capacitação, que as empresas costumam oferecer aos colaboradores, há uma oportunidade de contato que não se pode desperdiçar. Enquanto o treinamento é realizado, perguntas podem trazer informações relevantes. Pesquisa de satisfação com os clientes Toda empresa ouve (ou deveria ouvir) seus clientes periodicamente. Algumas empresas, dependendo do tipo de produto ou serviço que vendem, logo após o consumo do bem ou serviço, aproveitam para medir o nível de satisfação e levantar sugestões. Pesquisa com fornecedores Podem ajudar a colher informações sobre pontos de melhoria nos �uxos de processos da cadeia de suprimentos e, ainda, informações sobre os concorrentes. Reuniões dos gestores com seus liderados São necessárias para feedbacks sobre o comportamento esperado dos funcionários e os devidos ajustes. Essa também é uma oportunidade para levantar as informações necessárias destes clientes internos. Reuniões de brainstorming para o projeto de planejamento São reuniões programadas e realizadas com a participação de mediadores para obter informações, críticas e, principalmente, sugestões a serem utilizadas no processo de formatação do plano de ação. Entrevistar líderes e representantes da comunidade Todos aqueles que são afetados indiretamente pela empresa podem ser ouvidos em grupos organizados por meio de reuniões. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 8/40 De posse de todas as informações coletadas, é possível traçar os objetivos estratégicos com maior �delidade. Doravante, os objetivos e metas não serão mais da empresa, mas de todos. Com os objetivos de�nidos, continua- se a sequência de entrevistas e reuniões para de�nir as ações necessárias e iniciar a discussão do BSC. É nesse momento que é feita a tradução das declarações em necessidades especí�cas.Posteriormente, essas necessidades especí�cas vão gerar um planos de ações. Durante a fase de tradução das necessidades em plano de ações, ou melhor, em ações, é o momento de determinar os responsáveis e suas metas. O comprometimento do colaborador é maior na execução quando ele participa do desenvolvimento das ações e metas, sendo que todas essas práticas ajudam a incrementar o comprometimento. Além do comprometimento, a rotina de preparação traz transparência nas ações da empresa, o que ajuda a reduzir as resistências daqueles que se sentem inseguros com o futuro e inquietos com as mudanças e cobranças que possam vir. Quando a insegurança desaparece, dá lugar à motivação. Esse é o clima ideal para uma gestão e�caz, que alcance seus objetivos. Outro ganho com o envolvimento participação e motivação dos colaboradores é a saiba mais Saiba mais “Brainstorming: tempestade de ideias” (SEBRAE, 2015) é uma técnica muito interessante para produzir ideias. Ela é muito conhecida no meio corporativo como maneira de solucionar problemas. A técnica é muito simples: basta reunir pessoas e estimular que elas proponham sugestões criativas sobre como resolver um problema. Acesse o link: ACESSAR http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/brainstorming-tempestade-de-ideias,0f08000e96127410VgnVCM1000003b74010aRCRD 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 9/40 Outro ganho com o envolvimento, participação e motivação dos colaboradores é a formatação dos planos de ação com metas mais realistas, com números que trazem certa dose de desa�o e consequente estímulo ao crescimento contínuo. Essa metodologia de gerenciamento funciona perfeitamente quando há sinergia entre todos os setores, o que torna o BSC uma ferramenta de gestão, e não mais apenas um sistema de controles. Com o BSC, o todo é maior que a somatória das partes, parafraseando Aristóteles (REALE, 2002). Com a posse dessas informações, o próximo passo é elaborar o planejamento. Para facilitar o raciocínio e a execução, cria-se um infográ�co, que consiste na apresentação de informações utilizando elementos grá�cos. Este infográ�co é chamado de mapa estratégico. C ã d é i saiba mais Saiba mais Aristóteles foi um dos maiores �lósofos da Grécia antiga. Um dos alunos exemplares de Platão e mestre de Alexandre o Grande, ele viveu entre 384 e 322 a.C. Ele resumiu na sua metafísica que “o todo é maior do que a simples somatória das suas partes”. Ele mesmo foi o fundador da da metafísica (REALE, 2002). 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 10/40 Construção de mapa estratégico O mapa estratégico é o infográ�co que estabelece uma relação de causa e efeito. Explicando melhor: toda ação gera uma reação. Por exemplo, se a empresa treinar melhor os vendedores (ação), é de se esperar que ocorra um aumento nas vendas (reação). Portanto, o mapa estratégico organiza as ações e seus re�exos ou reações em cadeia, até que todas a ações executadas e reações esgotadas produzam os resultado das expectativas e atinjam o objetivo mestre do plano/corporação. Para que o mapa estratégico funcione, três elementos são fundamentais: objetivo (foco), vinculação (interligação das ações) e comunicação (campanha direcionada a todos os stakeholders). São várias as funções do mapa estratégico, conforme detalhado a seguir: alinhar todas as informações-chave para gerenciamento do plano e dos processos; promover sinergia entre as ações; permitir acuidade visual e uma visão holística, ou seja, deve ser possível enxergar o todo e compreender o fenômeno na sua totalidade; deixar claro o roteiro e o envolvimento de todos os agentes do processo; mapear todas a ações e reações (relações de causa e efeito); mostrar a partida e a chegada com o objetivo central, que é a visão de longo prazo da empresa. O mapa estratégico é a materialização da estratégia da empresa, que proporciona uma vantagem competitiva decomposta em um processo: começo, meio e �m. É importante saber que a “estratégia, no BSC, é de�nida como um conjunto de hipóteses sobre os relacionamentos de causa e efeito: a) entre os objetivos e as ações necessárias para que sejam alcançados; b) entre objetivos e as medidas do desempenho obtido no esforço de alcançá-los” (COSTA, 2008, p. 12). Antes de elaborar o mapa estratégico, é fundamental que o objetivo já esteja de�nido e que já esteja de�nido qual estratégia será utilizada como fator chave 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 11/40 para o desdobramento em ações. O desenho do mapa começa após a fase de entrevistas, que detalhamos anteriormente, e inicia-se o processo de implantação. Já que se trata de um infográ�co, o mapa estratégico é uma ferramenta para transmitir informações por elementos visuais e textuais, trabalhando os dois lados do cérebro (criatividade e lógica). Neste caso, a �nalidade é transformar os processos em um �uxo de operações de causa e efeito, alinhando todos os gestores de acordo com o mesmo propósito, objetivo central ou visão corporativa. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 12/40 Mapa estratégico é como os executivos e gestores da cúpula da administração monitoram o cumprimento da estratégia e, ao mesmo tempo, ele dá liga ao planejamento operacional atuando como uma ligação entre as ações e as fases em direção ao ponto de chegada. Dessa forma, a gestão garante não perder seus propósitos de vista. Acompanhe no exemplo a seguir. O mapa deve caber em uma única página. Dessa forma é possível ter uma visão do todo (holisticamente) como o painel de controle (dashboard), que permite ver em uma única tela do desktop o maior número de grá�cos e informações cruzadas. Desenho do mapa estratégico Figura 3 - Exemplo de mapa estratégico de uma empresa que tem como objetivo ser atrativa para investidores. Fonte: Elaborada pelo autor, 2019. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 13/40 Para desenhar o mapa estratégico deve-se começar pelo desdobramento em relações de causa e efeito (se e então), exempli�cando: se aumentamos os treinamentos dos funcionários, então aumentamos a produtividade; se todas as ações gerarem reações que vão afunilando em direção ao objetivo central, então temos um mapa estratégico perfeito. Um bom exercício é levantar hipóteses. Erros nas hipóteses de causa e efeito levam a indicadores de gestão não apropriados para orientar a execução do plano, com consequente desperdício de energia, tempo e dinheiro. Retomando a raiz da metodologia (BSC), deve-se organizar e agrupar as ações por temas: clientes, processos internos, �nanceiro, crescimento/aprendizagem. Como vimos na �gura acima, a integração de causa e efeito não acontece somente de forma vertical, mas também de forma lateral, entrelaçando as quatro perspectivas do BSC, praticamente como um �uxograma de processos. Há um efeito em cascata no qual os recursos se diluem e se combinam. O que torna o processo interessante é que naturalmente �ca estabelecido uma escala de prioridades e uma sequência lógica Nada acontece por acaso 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 14/40 prioridades e uma sequência lógica. Nada acontece por acaso. Quando todas as ações da empresas (em relação aos seus clientes, aos produtos e serviços e aos seus processos internos ou à sua estrutura organizacional) são subordinadas aos resultados estratégicos esperados, traduzidos em metas �nanceiras, faz-se necessário controlar o resultado das ações críticas em todasessas dimensões. É esse mecanismo de “amarração” que de�ne a disposição das informações no BSC (COSTA, 2008, p. 21). En�m, quando o desdobramento ocorre e todas as metas são cumpridas de acordo com sua relação de causa e efeito, a estratégia foi cumprida e o objetivo foi atingido. Eventualmente, alguma ação pode não ser executada ou ajustada a tempo para não in�uenciar negativamente no resultado esperado. Ou seja, o mapa tem que ser �exível. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 15/40 O que orienta o comportamento e as atitudes dos colaboradores de uma empresa em relação ao projeto e à execução de um planejamento estratégico são as políticas e diretrizes empresariais de�nidas pelos administradores ou Políticas EmpresariaisPolíticas Empresariais 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 16/40 p p p responsáveis pela empresa. Muitos ainda confundem políticas empresariais com diretrizes ou com a política do governo. Essa confusão é justa, já que são conceitos muito próximos, no entanto trata-se de conceitos distintos com relação à destinação. No desenvolvimento deste tópico, vamos esclarecer essa dúvida. Veremos como as políticas podem interferir no comportamento das pessoas durante os processos, condutas e tomadas de decisão no ambiente corporativo e como alinhar as políticas empresariais com os objetivos estratégicos. Conceitos Básicos Para �car bem claro, vejamos os conceitos de diretrizes e de política empresarial. A política se refere à ciência de governar, negociar para compatibilizar interesses do povo e está muito ligada a instituições públicas. No entanto, no ambiente corporativo ela ganha outra conotação e determina a forma de relacionamento entre os stakeholders. A política empresarial procura determinar limites e mostrar às pessoas o que podem ou não fazer considerando a carta de valores da empresa (Visão, Missão, Valores) que são re�etidas como objetivos, desa�os e metas a serem alcançados. Dessa forma, a política empresarial serve como um guia na tomada das decisões sempre que houver necessidade. Ao determinar as políticas da empresa, elas passam a ser um guia que norteia o comportamento das pessoas. É importante que tenham um certo grau de �exibilidade, para não engessar o desenvolvimento do plano. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 17/40 De acordo com Oliveira, políticas empresariais podem ser conceituada como “parâmetros ou orientações que facilitam a tomada de decisões pelo executivo (isto para qualquer nível dentro da organização” (2015, p. 230). Já as diretrizes, de forma genérica, traçam as linhas que indicam a direção a seguir. No meio corporativo, são instruções e orientações para se estabelecer o plano de ação ligado aos objetivos estratégicos e à visão de curto, médio e longo prazo. Em outras palavras, os próprios objetivos, metas, ações e políticas são as diretrizes empresariais. Tipos de políticas de acordo com as fontes de conceituação A política empresarial, que doravante vamos tratar apenas pelo termo política, tem aspectos distintos de acordo com o nível em que é discutida e aplicada, recebendo pequenas variações e atribuições. Em um primeiro momento, ela pode ser classi�cada conforme o nível na pirâmide organizacional, conforme demonstrado por Oliveira (2015, p. 240) na sequência a seguir. Política estabelecida Se refere ao nível estratégico e diz respeito ao comportamento dos executivos na diversi�cação que a empresa vai adotar com base no seu processo decisório. Em outras palavras, tem forte ligação com as práticas de negócio da empresa. Se relaciona aos meios que irão produzir as vantagens competitivas. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 18/40 Política solicitada Refere-se aos níveis tático e operacional e solicita aos executivos de que forma devem proceder em certas situações. Os níveis inferiores tomam decisões que devem estar alinhadas com as políticas estabelecidas pelos níveis superiores. Por essa razão, solicitam instruções a serem seguidas e que doravante passam a ser as práticas organizacionais (em outras palavras, viram padrão de comportamento). Política imposta São impostas pelo ambiente de negócios e podem vir de sindicatos, do governo, de um representante da cadeia de suprimentos, representantes da classe de consumidores atendidos, etc. Dizem respeito às normas de segurança, à qualidade, ao atendimento e relacionamento com os clientes internos e externos. Na relação de clientes-servidor, entende-se como cliente interno os colaboradores e clientes externos os consumidores de produtos e serviços da empresa. A política segue se dividindo conforme outros aspectos relevantes para sua correta de�nição e uso por todos os afetados por ela. Vejamos como ela atua quanto à sua abrangência, sempre lembrando que política é a orientação de como todos devem se comportar de acordo com seus níveis de relacionamento. Primeiramente, abordaremos a política da �loso�a de atuação da empresa, que consiste na atitude natural frente às condições gerais. Listamos alguns exemplos. Políticas gerais de negócios Dizem respeito às práticas determinantes de onde e como deverá haver maior concentração dos esforços, por exemplo: atendimento, neutralizar concorrentes, materiais de produção, etc. Política de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) Forma e valores de alocação de recursos nesse setor. Por exemplo: pontos de é i d l i d i ódi d i í i l 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 19/40 ética no desenvolvimento de experimentos com códigos de princípios e valores morais a serem seguidos. Política de prioridades O que deve vir primeiro, em detrimento de outras opções, por exemplo, como de�nir emergências ou urgências e a conduta a ser adotada para cada situação. Nos planos, as políticas de gestão são fundamentais e interferem diretamente na formulação das ações estratégicas com foco no objetivo mestre. Alguns pontos de atenção na política administrativa ou de gestão são destacados a seguir. Avaliação das pessoas Todos os colaboradores envolvidos diretamente nos processos devem ter seus desempenhos avaliados. As políticas determinam quais as regras para não ferir direitos ou cometer injustiças que poderão trazer efeitos nocivos. Custos Como fazer a gestão dos custos operacionais. Por exemplo: onde reduzir os custos, onde os custos podem apresentar maior �exibilidade, etc. Salarial Como serão determinado os salários, seus benefícios, percentuais de aumentos, atendimentos às condições impostas pelos sindicados, sistemas de promoções (horizontal e vertical), etc. Investimentos Qual o nível de especulação e o padrão de comportamento dos investimentos (conservador, liberal, moderado, arrojado, agressivo). Relação com os investidores 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 20/40 Qual o nível de transparência, valor da informação, periodicidade das comunicações. Boni�cação Assim como os colaboradores devem ser cobrados pelas suas atribuições e responsabilidades e, ainda, seus compromissos em relação aos objetivos e metas, devem ser reconhecidos por seus esforços. Essa política determina quais e como devem ser as boni�cações, de modo que sejam justas e não causem ruídos ou desestímulos. Algumas políticas devem tratar de assuntos especí�cos relacionadas ao campo operacional. Elas dizem respeito ao comportamento no dia-a-dia dos colaboradores. Mesmo que as condições de risco sejam bem menores dependendo do nívelhierárquico do colaborador, eles também devem tomar decisões em certos momentos. Se não houver um guia, uma política, isso pode levar a um estado de letargia, ou seja, à incapacidade de reagir frente a algumas situações que pedem decisões imediatas. Isso pode repercutir negativamente nos resultados dos processos. Vamos ver uns exemplos a seguir. Troca de mercadorias Em lojas de varejo a empresa deve determinar como são as políticas de troca de mercadorias para não haver con�itos na relação entre consumidores e atendimento/vendedores. Uma troca pode ser feita com ou sem restrições, também pode ser determinado o momento da venda no qual não serão permitidas trocas de mercadorias. Atendimento Dependendo do tipo de negócio, é preciso deixar clara a política de atendimento aos clientes. Elas dizem respeito tanto ao atendimento das leis e normativas especí�cos como também às próprias determinações da empresa conforme sua 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 21/40 espec cos co o ta bé às p óp as dete ações da e p esa co o e sua conveniência (�la de espera, prioridade de atendimento, tempo de resposta ou espera, etc.). Devolução ou desistência É comum o arrependimento do cliente após a compra do produto. A legislação já determina algumas condições para devolução ou desistência da compra. Independentemente da legislação, a empresa pode acrescentar, sem ferir as leis, outros procedimentos conforme sua conveniência (estado da mercadoria, percentual de devolução em dinheiro, prazos para devolução, etc.). Toda política implementada tem impactos ou in�uência no processo de planejamento estratégico das empresas. Elas ditam as regras de como os objetivos serão atingidos. Alcançar os objetivos a qualquer custo pode resultar em danos morais, danos à imagem, ou até mesmo, descon�gurar o foco e inviabilizar os processos. As políticas devem ser transformadas em práticas organizacionais para surtirem o efeito desejado. Práticas Organizacionais Para falar sobre prática organizacional é preciso de�nir o que é uma prática e o que é organizar, e assim, lançar mais luz sobre como as políticas empresariais se transformam em práticas organizacionais. Prática é o efeito de praticar, executar de forma contínua e repetitiva tudo o que foi acordado havendo conformidade de opiniões. Organizar é a forma como se prepara os recursos (materiais, humanos, tecnológicos, �nanceiros) para executar ou colocar em prática uma tarefa. Partindo dessas premissas, práticas organizacionais são a forma como colocamos em prática todas as ações planejadas, em conformidade com as políticas da empresa, alinhando o planejamento com os objetivos que são alicerçados pela missão, visão e valores corporativos. As práticas organizacionais de�nem exatamente como colocar ideias em âmbito de realidade factível e viável. Exempli�cando, quando o planejamento pede uma 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 22/40 inovação que dê velocidade aos processos, podemos traduzir essa necessidade nas seguintes práticas: �exibilidade nas operações com parceiros comerciais, inovação tecnológica no sistema produtivo, terceirização, redução do quadro de funcionários, redes e alianças, horários de trabalho �exíveis, ou seja, sair do campo teórico e partir para a execução (como fazer). Kostova (1999, p. 310, tradução nossa) de�ne práticas organizacionais como: formas particulares de conduzir as funções organizacionais que evoluem com o passar do tempo, sofrendo a in�uência da história da organização, das pessoas, interesses e ações que se tornaram institucionalizadas na organização. Re�etindo o conhecimento compartilhado e competências da organização, as práticas tendem a ser aceitas e aprovadas pelos membros, pois são percebidas como a maneira correta para a realização de determinadas tarefas. Sem entrar no detalhamento do �uxo de tarefa (�uxograma), quando uma estratégia é de�nida, a sua decomposição resulta em uma prática organizacional traduzida em ações, sustentada pela política empresarial. Se a estratégia da empresa para estabelecer uma vantagem competitiva sobre os concorrentes estabelece políticas de relacionamento amigáveis, isso pode resultar em ações como trocas ou devoluções de mercadorias sem questionamentos, restrições ou exigências de apresentação de notas �scais. Nesse caso, a troca de mercadorias sem questionamento passa a ser uma das práticas organizacionais. Outra prática organizacional pode ser a forma como a empresa estabelecerá as avaliações e controles do planejamento, que apresentamos no próximo item. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 23/40 Depois que o plano é colocado em prática, é fundamental que ele seja controlado e avaliado constantemente, para saber se ele vai realizar ou alcançar os objetivos do propósito estratégico. Controle e Avaliação doControle e Avaliação do PlanejamentoPlanejamento 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 24/40 p p g Quando o plano é colocado em execução, caso não exista um mecanismo de controle e avaliação, ele pode sofrer algum desvio por conta das alterações no ambiente de negócio. Esses desvios devem ser corrigidos a tempo para não comprometer os resultados esperados. A função controle do planejamento é uma ação contínua de medir e comparar desempenhos. Quando se elabora um planejamento, alimenta-se uma expectativa que é comparável à perspectiva de resultado ao �nal de um período determinado no plano. Geralmente ele é plurianual, com prazos que variam de 2 a 5 anos. A seguir, veremos metodologias, como o BSC, que podem ajudar nesse processo de controle e gestão, estabelecendo parâmetros e instrumentos de avaliação contínuas e e�cazes. Ferramentas de controle a avaliação Controlar signi�ca submeter processos produtivos à observação e vigilância constante e sistemática. Um dos mais brilhantes cientistas da administração moderna, Peter Drucker, usava uma frase para de�nir a importância dos controles na e�cácia do gerenciamento: o que não é possível medir, não é possível gerenciar (FERNANDES, 2015). Deming (AGUAYO, 2012), outro renomado cientista da administração, responsável por inúmeros programas de qualidade total em empresas, também responsável pela recuperação do Japão destruído após a 2ª Guerra a�rmava que “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se de�ne, não se de�ne o que não se entende e não há sucesso no que não se gerencia.” saiba mais Você o conhece? Peter Drucker é considerado o pai da administração e também é carinhosamente 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 25/40 Quando não existe um mecanismo de controle sistemático da execução do plano, isso é um sinal de que o plano é apenas um relatório de acordos que podem não serem cumpridos e, portanto, possivelmente não será realizado. Existem vários mecanismos, modelos e conceitos de sistemas de controle, que permitem fazer avaliações e correções do rumos das ações. Cada modelo pode focar em controlar mais uma especi�cidade do que outra, por exemplo, o modelo EVA (Economic Value Added), tem seu foco nos controles �nanceiros. Já o TQC (Total Quality Control) foca nos controles de qualidade. Dentre todos os modelos de avaliação e controles de planejamento, o mais completo é o BSC/Dashboard. Peter Drucker é considerado o pai da administração e também é carinhosamente chamado de guru das empresas. Embora tenha nascido na Áustria, em 1937, mudou- se para os Estados Unidos e, entre suas atividades, lecionou economia e administração na Claremont Graduate University, atuando tambémcomo escritor e consultor de empresas. Seu legado é de mais de 30 livros sobre como administrar negócios (FRAZÃO, s.d.). Leia mais sobre o autor acessando o site. ACESSAR saiba mais Saiba mais “O sistema Deming” (AGUAYO, 1990) é um livro que aborda como, após a 2ª Guerra Mundial, os Estados Unidos assumiram o controle do Japão, um país atrasado tecnologicamente e destruído pela guerra. Edward Deming foi chamado para implantar medidas que colocassem o país em condições de competitividade. O trabalho foi tão bem elaborado que, na década de 70, o Japão surpreendeu por ultrapassar os EUA em vários quesitos de produção. Con�ra o livro em acessando o site. ACESSAR https://www.ebiografia.com/peter_drucker/ https://www.amazon.com.br/Sistema-Deming-Rafael-Aguayo-ebook/dp/B007O30CDQ 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 26/40 O BSC é o mais completo dos sistemas de controle. Lembrando: ele trabalha com indicadores de desempenho tanto do ambiente interno como do ambiente externo de negócios. Assim, produz não apenas indicadores �nanceiros, como também indicadores não-�nanceiros, de tendência e ocorrências (registros passados). Dessa forma, controla todas as áreas da empresa sob quatro perspectivas: �nanceira, clientes, processos internos e aprendizagem/crescimento (RH). Considerando o BSC como modelo ideal, seguem alguns detalhes relevantes. Indicadores �nanceiros Indicadores �nanceiros são relevantes em análise isolada quando estão em conformidade com as estratégias. Por exemplo, quando há um foco intenso na lucratividade e rentabilidade do negócio. Nessa situação o objetivo passa a ser a maximização desses resultados, então é natural que esses indicadores ganhem relevância. Indicadores não-�nanceiros Vários aspectos podem in�uenciar diretamente no resultado da rentabilidade e lucratividade do negócio. As empresas realizam lucros por meio de geradores de receitas, essas receitas na maiorias das vezes vêm da venda de produtos e serviços, portanto, indicadores não-�nanceiros são fundamentais para medir os fatos geradores, como a satisfação do cliente, volume de vendas e o tempo médio de entrega dos produtos. Ainda nessa linha, podemos aumentar os resultados �nanceiros aumentando a e�ciência operacional, que é possível ao fazer mais com menos, ou seja, ao produzir mais com menos recursos. Com isso, a importância passa para medidores de desempenho como redução de custos na produção, na folha de pagamento dos funcionários, nos custos �xos (água, aluguel, transportadoras, etc.). Para controles mais efetivos, o BSC coloca em quatro perspectivas o bloco de indicadores a serem medidos (COSTA, 2008, p. 16). Vamos ver a seguir. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 27/40 Perspectiva �nanceira Busca avaliar os objetivos de longo prazo considerando a performance �nanceira do negócio (lucratividade, rentabilidade, distribuição de dividendos, prazos de retorno do capital). Perspectiva dos clientes Os lucros só se realizam e perpetuam se o clientes tiverem suas necessidades atendidas e, ainda, conforme seu grau de satisfação. O que mais importa para os clientes é a qualidade do produto, preço, desempenho, prazos, custo para aquisição, dentre outros. Assim, os indicadores que recebem mais destaque são: índice de satisfação do cliente, taxa de retenção, market share (participação no mercado), número de clientes ativos, vendas diárias, faturamento mensal. Perspectiva de processos internos Geralmente relacionada à produtividade e aos fatores críticos de e�ciência dos processos-chave. A empresa deve buscar a excelência nesses indicadores por intermédio da organização, inovação e processos. Nessa perspectiva, os indicadores que recebem um olhar mais crítico são: índice de produtividade, número de patentes registradas, lançamentos de novos produtos, etc. Perspectiva de crescimento e aprendizagem Não se realiza nada na empresa sem pessoas, sendo este um dos recursos mais signi�cativos para atingir as metas traçadas. A qualidade, o volume de vendas, a satisfação dos clientes, todos estes fatores estão intimamente associados a essa perspectiva. Ela avalia constantemente a habilidade e capacidade dos empregados. Alguns de seus indicadores são a rotatividade de funcionários (turn- over), horas-aula de treinamento e capacitação, número de demissões, etc. Tudo deve ser medido e alguns aspectos que contribuem para o sucesso do plano estratégico recebem atenção especial: Cumprir prazos 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 28/40 Todos os prazos devem receber um controle �no. Lembrando que no mapa estratégico sua tônica é uma relação de causa e efeito, portanto, uma atividade em atraso pode comprometer ou quebrar sua sequência e, dependendo do nível, anular a possibilidade de alcançar os objetivos. Cumprir custos Todas as ações irão consumir alguns recursos �nanceiros. A falta de controle dos custos pode causar a falta de recursos para alguma etapa e, assim, paralisar o plano de ação. Cumprir qualidade Cumprir prazos e realizar as atividades dentro dos custos não pode comprometer a qualidade. Produtos e serviços sem qualidade não vendem. Satisfação dos clientes Clientes insatisfeitos (internos ou externos) comprometem os itens anteriores. Os planejamentos seguem uma sequência lógica. A �gura a seguir mostra a importância dos controles em todas as fases, independentemente do nível em que se encontra a ação (estratégico, tático, operacional). 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 29/40 Portanto, de acordo com a imagem acima podemos visualizar como os controles estão relacionados com o planejamento estratégico. Finalidade e função dos controles Os controles exercem uma função gerencial na gestão da execução de um planejamento. Permitem identi�car erros e falhas, tendo por �nalidade corrigi-las a tempo. Veri�cam se as estratégias e políticas adotadas estão levando ao encontro dos objetivos e metas, caso contrário devem ser revistas para não haver desperdício de tempo e recursos �nanceiro. Durante a execução, o controle fornece informações que farão parte do aprendizado e experiências para futuras ações. Por isso, as informações devem ser rápidas e precisas. Nessas condições, os controles exercem a sua �nalidade máxima, que é proteger os ativos da empresa. Os controles, quando aplicados dessa forma e no modelo BSC, formam um modelo sistêmico de retroalimentação conforme a �gura abaixo. Este modelo fornece um feedback de modo que, a cada ciclo, os controles �cam mais e�cientes e e�cazes. Dessa forma, eles começam a incorporar a �loso�a de Drucker, que a�rma que medir e gerenciar são atos complementares, e não consequentes. Figura 6 - Diagrama de um sistema de retroalimentação de informações, produzidas pelo próprio ciclo, demonstrando o processo de aprendizagem pelo feedback. l b d l 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 30/40 As informações necessárias e úteis para alimentar o sistema de controle deve ter as características a seguir. Frequência Deve obedecer a certa regularidade e ser determinada para cada tipo de indicador. Ou seja, é preciso analisar qual a melhor frequência de coletas e avaliações. Qualidade Deve haver um mínimo de controle de qualidade na produção dessas informações para que dados incorretos não sejam repassados, já que isso poderia induzir a ações de correção desnecessárias. Fonte As fontes devem ser con�áveis, principalmente quando são produzidas por agentes externo da empresa. Prazo/validade Devem ter prazo de validade, informações atrasadasou antigas não servem para tomada de decisões, já que o cenário não é o mesmo da coleta. O sistema de controle obedece a uma sequência na sua elaboração. Depois de de�nidos os objetivos e metas que serão necessários para o sistema de controle, ele segue a seguinte ordem: estabelecer padrões de medida; criar um sistema apoiado por softwares de gestão e coleta de dados; determinação das métricas de comparação; li ã Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 31/40 avaliação; ações corretivas; retroalimentação do sistema. Os controles devem ser realizados nos três estados das operações e ações. O estágio de pré-execução é a fase na qual observamos se os preparativos das ações estão dentro do cronograma. O segundo estágio é chamado de tempo real, quando medimos o desempenho da ação durante sua execução. Por �m, temos o estágio de pós- execução, que mede o resultado �nal (valores, prazos, custos). saiba mais Saiba mais A frase “o que não pode ser medido, não pode ser gerenciado” de Drucker já foi atribuída a Deming sob outra versão, “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se de�ne, não se de�ne o que não se entende e não há sucesso no que não se gerencia”. No entanto, tudo indica a frase original é de Willian Thomson, o cientista que de�niu a escala de temperatura que mede o zero absoluto. E a frase original era “o que não se pode medir não pode ser melhorado”. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 32/40 Medidas Como visto, os controles só podem ser gerenciados se forem medidos. Para serem medidos, eles devem seguir padrões de medidas que sejam de entendimento e interpretação de caráter universal. Eles devem ser justos, com poder de aferição e ter competência para medir todas as fases desdobradas do mapa estratégico. Algumas empresas chegam a ter centenas de indicadores, cada um com unidades de medidas especi�cas, para que possam controlar todos os detalhes. Um ponto interessante é contar com o apoio de softwares de gestão na plataforma ERP (Enterprise Resource Planning). Estes sistemas são capazes de integrar todas as bases de dados e fazer a gestão de absolutamente tudo dentro do ambiente de negócios da empresa. O processo de medida inclui a capacidade de abrangência (resultado/ocorrência/tendência), coleta de dados, interpretação dos dados e relação com o mapa estratégico. Ao construir os indicadores com essas medidas devemos ter o cuidado de não poluir o rol de indicadores. Antes de colocá-los em prática, faça algumas perguntas, para testar se os indicadores e unidades de medidas estão apropriados. O que estamos medindo realmente? Como será feita a medição? Vai ser útil após sua avaliação? Como serão dados os feedbacks? Metas Meta é a quanti�cação (tradução em números) dos objetivos. Todo o planejamento deve ser convertido em números (metas) para ser gerenciado. Os indicadores e suas unidades de medida existem por um propósito: servem para controlar se os envolvidos no processo estão agindo em função do objetivo central. Para tanto, estes objetivos foram decompostos e esses responsáveis receberam metas a serem cumpridas em um determinado lapso de tempo. As metas são o compromisso e a garantia de que irão alcançar a expectativa do plano. Mesmo que não alcancem, devido ao esforço realizado é possível que cheguem bem perto ou até mesmo ultrapassem as metas. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 33/40 Meta é a quanti�cação (tradução em números) dos objetivos. Todo o planejamento deve ser convertido em números (metas) para ser gerenciado. Os indicadores e suas unidades de medida existem por um propósito: servem para Ajustes do Plano Quando osAjustes do Plano Quando os Números MudamNúmeros Mudam 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 34/40 p p p p controlar se os envolvidos no processo estão agindo em função do objetivo central. Para tanto, estes objetivos foram decompostos e esses responsáveis receberam metas a serem cumpridas em um determinado lapso de tempo. As metas são o compromisso e a garantia de que irão alcançar a expectativa do plano. Mesmo que não alcancem, devido ao esforço realizado é possível que cheguem bem perto ou até mesmo ultrapassem as metas. Um fator importante durante a execução de um plano é o tempo durante o qual acontecem as ações. Os tempos, conforme o mapa estratégico, acontecem em momentos distintos, portanto, ao determinar as metas estas ser sincronizadas com as diferentes etapas do planejamento. As metas devem ser de curto, médio e longo prazo. Isso garante que não será medido somente o resultado �nal, momento no qual o recurso tempo já está esgotado. Revisão do mapa estratégico Ação é o que dá movimento ao plano. As ações podem levar ao alcance das metas do plano ou não. Os planos de ações são decorrentes do mapa estratégico e não devem ser produções independentes. As ações, caso não tenham relação ou não contribuam para os objetivos traçados, devem ser descartadas antes mesmo de se iniciarem. Isso vai poupar retrabalho e o consumo de recursos desnecessários. O mapa estratégico é muito importante e deve ser utilizado. Se não for absorvido pelos funcionários, não será seguido e a chance de sincronismo e resultado diminui muito. Como vemos, existe um número considerável de variáveis que pode interferir no sucesso do plano. Além da não absorção do mapa pelos colaboradores, variáveis econômicas, legislação, esgotamento de recursos, mudança de foco, dentre outras, podem pedir pela revisão do mapa. Isso é natural, signi�ca apenas que o gestor do planejamento deve �car atendo a essas mudanças para realizar as devidas alterações e ajustes no mapa. Mesmo com sincronismo, algo pode não funcionar como deveria, e a função dos controles é mostrar de que forma isso está acontecendo para que seja feita a revisão do mapa. E, devido à relação de causa e efeito, pode ser necessário rever todo o plano. 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 35/40 Mesmo Kaplan e Norton (apud COSTA, 2008, p. 43) usam as regras do PDCA (do inglês: plan, do, check, action) de Deming (AGUAYO, 2012) para construir um ciclo de planejamento e, assim, suportar sua gestão. Esses pontos foram organizados em quatro processos gerenciais denominados sucintamente, como você pode conferir a seguir. a. Formular Translating the vision, na de�nição de 1996. b. Comunicar Communicating and linking. c. Planejar Business planning. d. Avaliar Feedback and learning. Eles reconhecem as possibilidades de falhas, mas veem isso como parte do processo de aprendizagem conforme demostrado na �gura a seguir. Figura 7 - Ciclo PDCA na visão e adaptação de Kaplan e Norton, que procura estabelecer o processo de controle do plano. Fonte: Adaptado do quadro Managing Strategy: four processes (KAPLAN; NORTON, 1996, p. 77, apud COSTA, p.43). 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 36/40 Outro aspecto importante nesse modelo de gestão de planejamento é que a empresa precisa comunicar que o mapa será usado para avaliação dos desempenhos individuais e será a base para recompensas. Manter os colaboradores constantemente informados de seus resultados, dar feedbacks e avaliação de desempenho pode eliminar riscos. Por isso, a �exibilidade do processo deve ser considerada natural. Não pode ser um processo imutável. Cada setor, cada célula produtiva da empresa pode desenhar seu próprio mapa estratégico, contudo, ele deve estaralinhado com o mapa geral ou ser um anexo dele. Por �m, fechamos este capítulo com a a�rmação de que a construção do sucesso do plano se dá pela gestão do próprio desempenho. , p , p , p ) 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 37/40 conclusão Conclusão Concluímos este capítulo embasado na frase de Peter Drucker, segunda a qual é importante saber medir para poder gerenciar. Agora você já sabe como formatar um sistema de controle e gestão empresarial. A boa gestão, com o uso de uma ferramenta con�ável, é a garantia para alcançar os objetivos propostos em um planejamento. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: compreender como o Balanced Scorecard pode se tornar uma ferramenta de gestão e como produzir um mapa estratégico, traduzindo as necessidades dos stakeholders em ações; extrair as necessidades dos stakeholders no processo de construção do mapa; conceituar e organizar as políticas empresarias para que, ao colocar o plano em execução, os colaboradores possam saber quais condutas devem reger seus comportamentos; 12/02/2021 Ead.br https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667176_1&P… 38/40 devem reger seus comportamentos; construir um sistema de controle e avaliação para medir os desempenhos e dar feedbacks aos envolvidos direta ou indiretamente no plano de execução; identi�car quando há a necessidade de mudanças e ajustes no mapa estratégico e como fazê-lo. referências Referências Bibliográ�cas AGUAYO, R. O sistema Deming. Livro eletrônico. São Paulo: Kindle, 2012. 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