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Introdução a Cinesiologia e biomecânica BIOMECÂNICA “ Estudo da estrutura e da função dos sistemas biológicos utilizando os métodos da mecânica”. (HATZE, 1974) • Mecânica (ramo da física que analisa as ações das forças)”. SUBDIVISÕES DA MECÂNICA: A) ESTÁTICA: estudo dos sistemas que não estão se movendo ou estão em estado de movimento constante (equilíbrio). B) DINÂMICA: estudo dos sistemas em movimento nos quais a aceleração está presente. • Cinemática: (parte da mecânica) ciência do movimento dos corpos no espaço, isto é, descreve a posição e o movimento dos corpos no espaço sem preocupar-se com as suas causas (ação das forças que o geram). • Cinética: ciência que identifica e analisa as forças que agem e interferem no estado de movimento de um corpo. Relação Mecânica e Biomecânica (formas de movimento) CINEMÁTICA DO MOVIMENTO HUMANO Dividida em: - Osteocinemática: descreve o movimento dos ossos no espaço. - Artrocinemática: descreve os movimentos que ocorrem entre as superfícies articulares durante o movimento osteocinemático. • Necessita de referências = sistema de coordenadas tridimensionais (planos e eixos anatômicos); a partir da posição anatômica. • O MOVIMENTO HUMANO é enfoque de estudo tanto da Cinesiologia quanto da Biomecânica. • As aplicações da Cinesiologia e Biomecânica poderão exigir não somente uma visão externa do movimento (visão clínica do observador), mas também, o conhecimento e uso de técnicas e equipamentos mais avançados. PRINCIPAIS OBJETIVOS DA ÁREA: • Compreender as forças que agem sobre o corpo e manipulá- las para os ajustes necessários; • Estabelecer uma intervenção criteriosa Movimento Humano 6 Resultado da associação de movimentos osteocinemáticos e movimentos artrocinemáticos e da coordenação neuromuscular durante a realização de um ato intencional. É estudado pela CINEMÁTICA! Osteocinemática 23/02/2021 7 23/02/2021 13 23/02/2021 14 23/02/2021 15 Movimento Linear = translação Todas as partes do sistema movimentando-se na mesma direção e no mesmo intervalo de tempo, ao longo de uma linha Ex: passageiro dormindo em viagem aérea Retilíneo Curvilíneo Formas de Movimento Movimento Angular = rotação Corpo se move numa trajetória circular sobre uma linha central, chamada eixo de rotação Movimento Geral = combinação de translação e rotação Combinação de movimentos lineares e angulares Ex: corredor Posição Anatômica de Referência Posição ereta vertical com todas as partes corporais, incluindo as palmas das mãos, voltadas para a frente Considerada como o ponto de partida para os movimentos dos segmentos corporais Posição inicial = posição zero • Superior / Inferior • Anterior / Posterior • Medial / Lateral • Proximal / Distal • Ipsilateral / Contralateral Ex: côndilos, epicôndilos e maléolos medial e lateral Relativo a um ponto de referência. Ex: Ombro Proximal: cotovelo; Distal: punho Ex: cabeça superior ao tronco; trocanter maior na extremidade superior do fêmur e epicôndilo medial do úmero na extremidade inferior. Ex: musculatura da coxa anterior = quadríceps; e posterior = isquiotibiais Segmento do mesmo lado / lado oposto Termos Direcionais Plano Sagital Direita / Esquerda Plano Frontal Anterior / Posterior Plano Transversal Superior / Inferior Eixo látero-lateral ou coronal Eixo ântero-posterior ou sagital Eixo súpero-inferior ou longitudinal O movimento num plano sempre ocorre em torno de um eixo de rotação perpendicular ao plano Planos de secção do corpo Planos anatômicos de referência Em qual plano e eixo estes movimentos são executados? Artrocinemática Três movimentos básicos: - Rolamento ou balanço: cada ponto de uma superfície faz contato com um novo ponto na outra superfície. - Deslizamento ou escorregamento: o mesmo ponto em uma superfície faz contato com novos pontos sobre a outra superfície - Giro: movimento ao redor de seu eixo. Coordenação Neuromuscular Para execução voluntária do movimento é necessário ter captado, percebido e retido a imagem proprioceptiva e evocá-la conforme os desejos. Esta ação depende então de cadência e sequenciamento correto dos disparos musculares combinados com a intensidade apropriada de contração muscular que leva ao inicio, condução e graduação efetiva do movimento. A interação dos sistemas sensorial e motor que possibilita aos músculos sinergistas, agonistas e antagonistas, assim com as estabilizadores e neutralizadores, prever ou responder as informações proprioceptivas e cinestésicas e, subsequentemente, trabalhar na sequencia correta para criar o movimento coordenado. Biomecânica X Cinesiologia Observar o movimento humano Solucionar problemas motores Cinesiologia: concentra-se no sistema musculoesquelético, eficiência dos movimentos do ponto de vista anatômico e ações das articulações e dos músculos Biomecânica: aplicação das leis da física ao estudo do movimento de sistemas biológicos O que é Biomecânica? A Biomecânica utiliza os princípios da mecânica para solucionar problemas relacionados à estrutura e à função dos organismos vivos Estrutura Função Biomecânica Por que estudar biomecânica? Princípios biomecânicos são aplicados por cientistas e profissionais em inúmeros campos ao abordar problemas relacionados à saúde humana e ao desempenho Problemas estudados pelos biomecânicos • Deterioração da mobilidade: menor capacidade de manter equilíbrio com o envelhecimento Fatores biomecânicos relacionados às quedas Problemas estudados pelos biomecânicos • Biomecânicos clínicos: aprimoramento da marcha de indivíduos com paralisia cerebral Problemas estudados pelos biomecânicos • Biomecânicos clínicos: deambulação com prótese Aperfeiçoamento de próteses Problemas estudados pelos biomecânicos • Biomecânica Ocupacional: prevenção de lesões e aprimoramento das condições de trabalho Manipulação de materiais pesados, posturas pouco naturais Estudo de movimentos e equipamentos ergonômicos Problemas estudados pelos biomecânicos • Desenvolvimento de calçados: esportivos e ortopédicos Segurança e desempenho Áreas de Atuação da Biomecânica • Biomecânica interna Forças internas (forças articulares e musculares) = movimento • Biomecânica externa Forças externas (gravidade, atrito, etc...) que estão atuando sobre o corpo e as consequências resultantes dessas forças Antropometria Conjunto de técnicas utilizadas para mensurar o corpo humano e/ou suas partes Exemplos: - Circunferência abdominal, cefálica... - São fundamentais no acompanhamento do desenvolvimento infantil Áreas de Estudos da Biomecânica Cinemetria Conjunto de métodos que permitem a determinação da posição e orientação dos segmentos corporais Medem os parâmetros cinemáticos do movimento: - posição, orientação, velocidade e aceleração Instrumento básico para medidas cinemáticas: - câmeras de vídeo - coordenadas de pontos de interesse *software específico calculam as variáveis cinemáticas de interesse Áreas de Estudos da Biomecânica Cinemetria Final do século XIX: fotos Cinemetria Atualmente: vídeo (30 ou 60 quadros por segundo) Digitalização Cinemetria Sistema de Coordenadas Cartesianas Dinamometria Sistemas orientados para a obtenção das forças que irão influenciar no movimento (forças internas e externas) O teste de força dinamométrica serve para avaliarmos a força isométrica (estática) do indivíduo, podendo ser realizados os testes de dinamometria manual. Sua realização necessita de aparelhos especiais → dinamômetros Áreas de Estudos da Biomecânica Dinamometria Eletromiografia São medidas as diferenças de potenciais elétricos, na tentativa de avaliar as ações musculares, buscando verificar os níveis de participação de cada músculo ou parte deste Considera-se: - avaliação da coordenação e da técnica de movimento - estabelecimento de padrões comparativos entre situações propostas de movimento - determinação dos padrõesde recrutamento para grupos musculares selecionados - resposta em situação de fadiga induzida pelo treinamento Áreas de Estudos da Biomecânica Eletromiografia Sistema de coleta de sinais elétricos, através de eletrodos do tipo agulha ou fio Fornecem indicadores para habilidades atléticas, comprometimento motor, níveis de contração muscular, período de atividade muscular e sinergias envolvidas em um movimento Áreas de Estudos da Biomecânica Eletromiografia Sistema Neuromuscular Aplicado ao Movimento Propriedades das Células Musculares IRRITABILIDADE Capacidade de responder a um estímulo (Eletroquímico – PA; Mecânico – Golpe externo). CONTRATILIDADE (Capacidade de Desenvolver Tensão) Capacidade de produzir alterações no comprimento. EXTENSIBILIDADE Capacidade de ser estirado ou de aumentar de comprimento. ELASTICIDADE Capacidade de voltar ao comprimento normal após um estiramento Organização Estrutural do Músculo Esquelético Organização Estrutural do Músculo Esquelético Unidade Motora Classificação/Função de um músculo durante o movimento: • Agonista: são os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. • Antagonista: músculos que se opõem à ação dos agonistas. Quando o agonista contrai-se, o antagonista relaxa progressivamente produzindo um movimento suave. • Sinergista: são aqueles que participam auxiliando a movimentação principal ou estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. • Estabilizadores: estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal. Funções Desempenhadas pelos Músculos CRITÉRIO CARACTERÍSTICA Agonista São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo; eles se contraem ativamente para produzir o movimento desejado. Antagonista São os músculos que se opõem à ação dos agonistas; quando um agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Sinergista / Neutralizador Impedem o movimento da articulação interposta quando passa por cima de mais de uma articulação; eles complementam a ação dos agonistas. Sinergista / Fixador / Estabilizador Fixam as partes proximais de um membro, enquanto os movimentos estão ocorrendo nas partes distais. M. Latíssimo do dorso M. Trapézio M. Deltóide M. Redondo maior 53 SINERGISTA Músculo que geralmente contrai-se ajudando no sentido de fixar ou estabilizar as articulações proximais para que as distais ajam com mais eficiência. 54 SINERGISTA - aplicações Sinergista: o termo tem sido empregado com várias conotações diferentes senão ambíguas. EX: 1- Um músculo que atua juntamente com outros para satisfazer uma dada tarefa. 2- De ação pura antagonista, o vetor resultante soma para uma tarefa comum. 3- Impede movimentos associados permitindo uma ação pura desejada (neutralizador). Pronador redondo na flexão do cotovelo. Ligações entre estruturas neuro- músculo-esqueléticas anatômica e funcionalmente independentes que atuam de forma cooperativa como uma unidade. (BERNSTEIN, 1967) Sinergia Muscular ”Capacidade de um músculo ou, mais corretamente um grupo muscular em gerar tensão, vencer ou suportar uma resistência.” (Fox, 2000) “Força Muscular” Tipos de Contração Muscular Contração Definição Dinâmica, isotônica ou concêntrica O músculo encurta-se com tensão variável ao deslocar uma carga constante Excêntrica O músculo sofre alongamento durante a contração (tensão ativa) Isométrica ou Estática Desenvolve-se tensão, porém não existe mudança no comprimento do músculo Isocinética A tensão desenvolvida pelo músculo, ao encurtar-se com velocidade constante, é máxima em toda amplitude de movimento Auxotônica Combinação de contração isométrica e isotônica Exercício Ação Muscular Comprimento Relação FI-FE ESTÁTICO ISOMÉTRICA CONSTANTE FI = FE DINÂMICO CONCÊNTRICA ENCURTA FI > FE DINÂMICO EXCÊNTRICA ALONGA FI < FE DINÂMICO ISOCINËTICO CONCÊNTRICA ou EXCÊNTRICA ENCURTA ou ALONGA Fi = força interna desenvolvida pelo músculo. FE = força externa sobre o músculo. Ação Muscular 59 PARTICULARIDADES DA CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA Músculos Estabilizadores:Transverso abdominal e Multifídius. Comum em ações de músculos Sinergistas: Reto Abdominal estabilizando a pelve e evitando-a que a mesma entre em anteversão pélvica durante a flexão de quadril. 60 TERMINOLOGIA B) DINÂMICA CONCÊNTRICA: Tipo de contração onde ocorre o encurtamento muscular, ou seja, origem e inserção muscular se aproximam. Sarcômeros reduzem o comprimento. A direção do movimento é contra a resistência do exercício. Exemplo: levantar um peso ou puxar uma polia contra a resistência. 61 C) DINÂMICA EXCÊNTRICA: Tipo de contração onde ocorre o alongamento muscular, ou seja, existe o afastamento da origem do músculo de sua inserção muscular. Sarcômeros aumentam comprimento. A direção do movimento é favor da resistência. Músculo é alongado sob tensão. Exemplo: abaixar o peso partindo de uma posição elevada ou frear o “puxão” da polia. Comum em ações que necessitam a capacidade de frear um determinado movimento. 62 PARTICULARIDADES DA CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA Permite trabalhar com uma carga extra à capacidade do indivíduo vencer um movimento e resistência que utilize uma contração concêntrica e com isto auxiliar em treinamentos que visem a hipertrofia muscular. Neste tipo de contração excêntrica, o risco de lesões e aumentado, pois pode existir um estiramento muscular que vai muito além das propriedades plásticas do tecido muscular e com isto, ocorrer a ruptura destas fibras musculares. Necessidade da utilização desta contração na fase final da reabilitação específica em rupturas musculares. 63 Informações errôneas •Desatentos tem duas falhas muito comuns na conceituação das contrações concêntricas e excêntricas: 1– CONCEITUAR CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA COMO ALONGAMENTO: Não é um alongamento!.. E sim como uma contração onde ocorre o alongamento muscular. 2 – CARACTERIZAR A DIREÇÃO DO MOVIMENTO COMO CONTRA OU FAVOR DA GRAVIDADE: Não é!..A resistência não necessariamente ocorre contra ou a favor da gravidade, uma vez que a resistência (polias) podem exercer uma resistência para cima, logo contrária e diferente da gravidade). 64 ISOCINÉTICA: Tipo de contração que ocorre quando a velocidade do movimento angular é constante. 65 EXEMPLOS DE CONTRAÇÕES CONCÊNTRICA EXCÊNTRICA 66 Refere a fraca tensão contrátil do agonista quando seus pontos de origem e de inserção estão muito próximos. É mais visível em músculos biarticulares porque para que a origem se aproxime da inserção tal músculo terá que ser responsável por dois movimentos, e com isto um dos movimentos perderá força. Ausência ou diminuição de qualquer deslizamento adicional entre os filamentos (o músculo já encurtou tudo o que podia encurtar). No caso abaixo a flexão de joelho. ÍSQUIOTIBIAIS: Quando o quadril está neutro, a ação dos ísquiotibiais na flexão do joelho se torna maior e mais eficiente ÍSQUIOTIBIAIS: Quando o quadril está estendido, a ação dos ísquiotibiais na flexão do joelho se torna menor e menos eficiente, logo a insuficiência ativa se torna maior Quanto mais o quadril fica fletido, mais a insuficiência ativa diminui. INSUFICIÊNCIA ATIVA BANCO FLEXOR (reforço de ísquiossurais). •Tensão ideal: em torno 80 a 120% do comprimento de repouso. SARCÔMERO MUITO ENCURTADO (quadril em estado neutro de flexão e extensão e no joelho realizando flexão) E TENSÃO ATIVA DIMINUÍDA SARCÔMERO NUMA POSIÇÃO IDEAL (quadril semi-fletido e no joelho realizando a flexão) E TENSÃO ATIVA AUMENTADA OUTRO EXEMPLO: Insuficiência ativa • Gastrocnêmio: combinação da flexão de joelho com a flexão plantar. • Reto Femoral:combinação da flexão de quadril com a extensão de joelho. • Porção Longa do Bíceps Braquial: combinação da flexão de ombro com a flexão de cotovelo. • Porção Longa do Tríceps Braquial: combinação da extensão de ombro com a extensão de cotovelo. • Flexores de dedos do carpo: combinação da flexão dos dedos com a flexão do carpo (punho). OUTROS EXEMPLO: Insuficiência ativa Quando os músculos antagonistas se tornam alongados em 1 ou + articulações, e não permitem (dificultam) o movimento do agonista. Refere-se a força tênsil. Exemplo: quadríceps como agonista realizando a extensão de joelho e os ísquiotibiais como antagonista podendo impedir a ação de extensão do joelho (força tênsil – que depende do nível de encurtamento muscular dos ísquiotibiais que pode dificultar a ação do quadríceps). QUADRÍCEPS ÍSQUIOTIBIAIS INSUFICIÊNCIA PASSIVA JUNTURAS (Articulações) CONCEITO Os ossos se conectam entre si e formam as junturas (ou articulações), que de acordo com sua conformação e arquitetura são classificadas em três tipos especiais: fibrosas (sinartroses), cartilaginosas (anfiartroses) e sinoviais (diartroses). JUNTURAS As fibrosas (sinartroses) não permitem movimento; conexão se dá por tecido interposto que se fixam em ambos os ossos (tecido conjuntivo (fibroso) As cartilaginosas (anfiartroses) há pouca mobilidade; conexão se dá por tecido interposto que se fixam em ambos os ossos (tecido cartilaginoso). JUNTURAS As sinoviais (diartrose) permitem movimento amplo; conexão se dá por tecido que se fixam em ambos os ossos (tecido conjuntivo fibroso - cápsula articular e ligamentos articulares) JUNTURAS Funções - une as peças do esqueleto - determina o grau de movimento JUNTURAS JUNTURAS FIBROSAS - tipos (dependem da forma): - Sindesmose (A) - Sutura (B) - Gonfose (C): articulação em que o ápice de um osso se adapta em uma cavidade. JUNTURAS JUNTURAS CARTILAGINOSAS Tipos: -Sínfise (fibrocartilagem) -Sincondrose (cartilagem hialina) JUNTURAS Junturas Sinoviais Componentes: - Cápsula articular (membranas fibrosa e a sinovial) - Cavidade articular - Líquido sinovial - Ligamentos - Discos ou meniscos Junturas Sinoviais - ARTROLOGIA • Tipos (formas das superfícies articulares): - Plana ( a ) - esferóide (cotilóide) ( b / c ) - Condilar (d ) - Elipsóide ( e ) - pivô/trocóide ( f ) - selar ( g ) - gínglimo/dobradiça ( d / h ) JUNTURAS e MOBILIDADE ARTICULAR O formato do encaixe e as estruturas que ligam os ossos determinam a mobilidade articular • Tipos Fibrosas (sinartroses) = sem movimento. Cartilaginosas (anfiartroses) = mobilidade reduzida (pouca mobilidade) Sinoviais (diartroses) = muita mobilidade. FIBROSA CARTILAGINOSA SINOVIAIS JUNTURAS e MOBILIDADE ARTICULAR • Graus de liberdade de movimento articular: classificação de acordo com nº planos e eixos (anaxial, uniaxial, biaxial, triaxial). CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA E FUNCIONAL DAS PRINCIPAIS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS DESCREVA A CLASSIFICAÇÃO DAS SEGUINTES ARTICULAÇÕES QUANTO AO TIPO E FORMA; QUANTO AO GRAU DE LIBERDADE E QUAIS MOVIMENTOS A MESMA REALIZA. • Atlânto-occipital • Atlânto-axial • Temporomandibular • Costovertebral • Acromioclavicular • Esternoclavicular • Glenoumeral • Úmero-ulnar • Úmero-radial • Rádio-ulnar Proximal • Rádio-ulnar distal • Radiocarpal • Quadril • Fêmur-tibial • Fêmoropatelar • Tíbio-fibular proximal • Talo-crural • Tarso-metatársica • Metatarsofalângicas • Metacarpofalângica • Interfalângicas Articulação Tipo Anaxial Axial Biaxial Poliaxial Atlânto-occipital Condilar X Atlânto-axial Trocóide X Temporomandibular Condilar X Costovertebral Plana X Acromioclavicular Plana X Esternoclavicular Esferóide* X Glenoumeral Esferóide X Úmero-ulnar Gínglimo X Úmero-radial Plana X Rádio-ulnar Proximal Trocóide X Rádio-ulnar distal Trocóide X Radiocarpal Elipsóide X Trapézio-1º metacarpal Selar X Metacarpofalângica Condilar X Interfalângicas Gínglimo X Articulação Tipo Anaxial Axial Biaxial Poliaxial Quadril Esferóide X Fêmur-tibial Condilar X Fêmoropatelar Plana X Tíbio-fibular proximal Plana X Talo-crural Gínglimo X Tarso-metatársica Plana X Metatarsofalângicas Condilar X Sistema de alavancas – Alavancas de 1º, 2º e 3º classe DEFINIÇÃO DE ALAVANCA É uma máquina simples, composta por um bastão rígido suspenso por um ponto de pivô. Considerada uma estrutura rígida capaz de se movimentar ao redor de um ponto de apoio, chamado ponto fixo ou eixo, quando uma força é aplicada. COMPONENTES • ALAVANCA: Haste Rígida (ossos) • EIXO: ponto de fixação mas que permite mobilidade (parafuso – articulação). • RESISTÊNCIA: peso do próprio segmento, peso extra e força gravitacional. • FORÇA: trabalho muscular. NO CORPO HUMANO Haste Rígida ——> Segmento corporal envolvido no movimento. Ponto Fixo, ponto apoio ou Eixo ——> Articulação. Força Potente, Potencia ou Força ——> Força Muscular (representada no local de inserção do músculo). Força Resistente, Resistencia ——> Peso dos Segmentos corporais envolvidos no movimento. ALAVANCAS Quando os músculos desenvolvem tensão, tracionando os ossos para sustentar ou mover resistências, estes funcionam mecanicamente como alavancas. Os três tipos de alavanca Existem três tipos de alavanca e elas se diferenciam de acordo com a posição da força potente, da força de resistência e do ponto de apoio. • Interfixa (1ª classe) = ponto de apoio (eixo) esta entre a Força potente e a força de resistência. • Inter-resistente (2ª classe) = a força resistente está entre o ponto de apoio e a força potente . • Interpotente (3ª classe) = a força potente entre o ponto de apoio e a força resistente Identificando os elementos de uma alavanca Alavancas de 1ª classe INTERFIXA O ponto fixo se encontra entre a força potente e a força resistente; É bem desenhada para o movimento de balanceio; EXEMPLOS NO CORPO HUMANO • Movimento da cabeça sobre o Atlas (1ª vértebra cervical) no sentido de flexão e extensão do pescoço. Alavancas de 2ª classe INTER-RESISTENTES A força resistente está entre a força potente e o ponto fixo; Apresenta maior vantagem mecânica pois o braço de força é sempre maior que o braço de resistência; Pouco encontrada no corpo humano. EXEMPLOS NO CORPO HUMANO • A mais usada para força; • Muitos autores afirmam que não há no corpo humano. • A ação dos músculos flexores plantares do tornozelo quando uma pessoa fica nas pontas dos pés. Alavancas de 3ª classe INTERPOTENTES A força potente está entre a força resistente e o ponto fixo; Mais comum no corpo humano; Não oferece vantagem mecânica; É boa para o movimento. EXEMPLOS NO CORPO HUMANO • Bíceps durante a flexão de cotovelo, onde o ponto fixo é a articulação do cotovelo, a força potente é a inserção proximal do bíceps no rádio e a força resistente é o peso do antebraço e da mão. Alavancas Ponto fixo está entre a força e a resistência Alavanca de 1ª classe A resistência está entre o ponto fixo e a força Alavanca de 2ª classe A força está entre a resistência e o ponto fixo Alavanca de 3ª classe VM= BF/BR BF: Braço de Força – Distancia do Eixo ate o ponto da Força Br: Braço de Resistencia – Distancia do eixo ate a resistência. � ALAVANCA DE 1ª CLASSE – ALAVANCA INTERFIXA: Dependendo de qual braço estiver mais próximo da ARTICULAÇÃO; � ALAVANCA DE 2ª CLASSE – ALAVANCA INTERRESISTENTE: Sempre com vantagem mecânica; � ALAVANCA DE 3ª CLASSE – ALAVANCA INTERPOTENTE: Sempre em desvantagem mecânica VANTAGEM MECÂNICA (VM) • Vm = 1 : a força necessária para movimentar uma resistência é exatamente igual à resistência. • Vm > 1 : a força necessária para movimentar uma resistência é menor do que a resistência. • Vm < 1 : a força necessária para movimentar uma resistência é maior do que a resistência Vantagem mecânica de uma alavanca Cadeias Cinemáticas de movimento Uma combinação de várias articulações unido segmentos sucessivos constituiuma Cadeia Cinética que, se o segmento distal estiver livre para se mover no espaço e não sustentar o peso corporal, a cadeia é considerada aberta, e na ocorrência do contrário a cadeia é considerada fechada. • FECHADA: Sustentam o peso corporal. É necessário movimento em várias articulações para que se complete o movimento, o segmento distal é normalmente fixo a uma superfície sustentadora (enquanto o segmento proximal de move), e a resistência pode ser aplicada tanto distal quanto proximal. • ABERTA: Não sustentam o peso corporal, com movimento ocorrendo em uma única articulação. O segmento distal é livre para se mover e a resistência é normalmente aplicada no segmento distal. 23/02/2021 105 Como estudar uma articulação? Responda as seguintes perguntas gerais para cada articulação: • Qual a composição Óssea? • Qual a sua classificação? • Qual a Função desta ARTICULAÇÃO? • Quais movimentos a mesma realiza? Qual a ADM de cada um movimento? • Quais músculos responsáveis por cada movimento? • Quais estabilizadores passivos desta articulação? • Quais as principais lesões?
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