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HISTÓRIA-Positivo

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1
Nazismo
Aula 
17 5B
História
Adolf Hitler
O partido nazista teve a sua origem em uma cervejaria de Munique, onde, 
em 1919, sete homens fundaram o Partido Nacional Socialista dos Trabalha-
dores Alemães. Um deles, Adolf Hitler, 
seria futuramente o chefe do Partido.
Hitler era natural de Braunau, Áustria, 
onde nasceu em 1889. Durante a guerra 
de 1914, alistou-se no exército bávaro, re-
cebendo a promoção de cabo. Odiava os 
judeus e marxistas, acreditava na origem 
ariana dos alemães e tinha um profundo 
desprezo pela democracia.
Em 08 de novembro de 1923, em 
Munique, Hitler tentou tomar o poder 
(putsch), sem sucesso. Preso, escreveu 
um livro (“Mein Kampf” – Minha Luta), 
cheio de violência e que influenciaria 
o povo alemão a aderir à sua filosofia 
política.
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 Hitler não apreciava a arte 
moderna. Tinha predileção 
pelo neoclássico.
O programa do partido nazista 
era claramente de desprezo pela 
democracia liberal e pelo mar-
xismo; antissemita; nacionalista; 
militarista e expansionista, ou seja, 
a Alemanha deveria buscar o seu 
lebensraum (espaço vital).
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 Joseph Goebbels
Divulgar ao máximo os ideais do nazismo. Essa foi uma das principais 
estratégias de Hitler para atingir o poder. Em Minha Luta, ele já abordava 
a questão da propaganda, que, para ele, deveria ser popular e emotiva. Ele 
desenvolveu uma “teoria da oratória” segundo a qual tudo (os gestos, a 
voz, o local) tinha de ser preparado com cuidado para emocionar o povo.
As massas, segundo Hitler, eram incapazes de muita compreensão. 
Por isso, um discurso deveria conter uma ou duas ideias, as quais 
deveriam ser explicadas sob as mais variadas formas até a plena com-
preensão dos ouvintes.
Deveria também ser curto, para não cansar. Por último deveria ser 
maniqueísta, opondo o bem e o mal, pois assim era a visão das massas.
Dessa forma, nos discursos e na propaganda, não era necessário 
estabelecer diferenças entre socialistas, liberais, social-democratas e 
comunistas. Dizia-se que todos eram inimigos da Alemanha, repre-
sentavam o mal e deveriam ser combatidos.
Joseph Goebbels, Ministro da Propaganda a partir de 1933, foi um dos 
mais úteis colaboradores de Hitler. Na verdade, os nazistas elaboraram 
uma síntese cuidadosa de todas as técnicas de manipulação de opinião até 
então existentes, utilizando-se de recursos da ciência, da religião e da arte.
MOCELLIN, Renato. O nazismo. São Paulo: FTD, 1998.
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 Adolf Hitler
2 Extensivo Terceirão
A tomada do poder
Pode-se dizer que a humilhação do Tratado de 
Versalhes, a hiperinflação de 1923, o militarismo, 
o nacionalismo e o medo do comunismo foram as 
causas que contribuíram para a ascensão do nazismo. 
Acrescentam-se ainda a propaganda qualificada e o 
carisma do Fuhrer (chefe) Adolf Hitler.
A crise de 29 contribuiu ainda mais para o cresci-
mento do nazismo. Nas eleições de 1930, os nazistas 
elegeram 107 deputados; nas de 1932,196 deputados. 
O apoio dos desempregados, dos burgueses empo-
brecidos, dos militares e até da alta burguesia (temia o 
comunismo) foi responsável por esse crecimento.
Nas eleições presidenciais de 1932, Hitler chegou em 
segundo lugar, perdendo para o velho Hindenburg, que 
convidou Hitler para ser Chanceler.
Com a morte de Hindenburg, em 1934, o Fuhrer 
assenhorou-se do poder.
Estado Nazista
O incêndio do Reichstag, atribuído injustamente 
aos comunistas, deu motivos para a implantação de um 
regime de terror.
De 1934 até 1939, a política interna de Hitler foi co-
roada de êxitos, em meio a uma política repressiva. Dela, 
nem antigos aliados escaparam. Em 1934, os líderes da 
SA (Divisões de Assalto) foram executados por membros 
da SS (Tropas de Proteção), no episódio conhecido como 
“Noite dos Longos Punhais”.
Hitler violou os dispositivos do Tratado de Versalhes: 
remilitarizou a Renânia; anexou a Áustria (Anschluss) 
e incorporou a Região dos Sudetos, pertencentes à 
Tchecoslováquia (confirmado pelo Tratado de Munique).
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 Manifestação nazista
O regime nazista era totalitário, Hitler possuía a 
totalidade do poder controlando o partido, o Estado e 
o exército.
A população foi enquadrada. Na escola e na univer-
sidade, o corpo docente foi depurado, e os manuais e 
cursos, revistos em função da doutrina nazista.
Goebbels cuidava da propaganda, através da im-
prensa, especialmente o rádio e o cinema. Milhares de 
livros considerados nocivos foram queimados em praças 
públicas.
“... o sistema econômico do Terceiro Reich era 
uma forma de capitalismo em que o Estado con-
trolava, organizava e dirigia a produção, consumo 
e distribuição dos alimentos. Apesar da retórica 
do “socialismo alemão” e da extensa regulamen-
tação do mercado livre pelo governo, no entanto, 
o regime nunca se intrometeu na propriedade ca-
pitalista. Ao contrário dos comunistas na União 
Soviética, os nazistas jamais instituíram uma au-
toridade central de planejamento (pelo menos 
não até que Albert Speer assumiu o Ministério da 
Produção de Armamentos e Munições no auge da 
Guerra, em 1942). Também não manifestaram a 
intenção de abolir o incentivo do lucro do capi-
talismo ou da propriedade privada dos meios de 
produção.”
STACKELBERG, Roderick. A Alemanha de Hitler: origens, 
interpretações, legados. Rio de Janeiro: Imago, 2002, p. 170
É verdade também que os nazistas praticamente 
aniquilaram o desemprego; restabeleceram a ordem e 
construíram grandes obras públicas. O nazismo foi a saí- 
da alemã para a crise do capitalismo. 
Na Olímpiada de 1936, Hitler quis mostrar ao mundo 
toda a força do III Reich.
Em relação aos judeus, considerados racialmente in-
feriores, internacionalistas e agentes do capitalismo e do 
bolchevismo, a repressão começou logo que os nazistas 
chegaram ao poder. Em 1935, pelas Leis de Nuremberg, 
foram proibidos os casamentos mistos e o exercício de 
certas profissões pelos judeus, como a de médico, por 
exemplo.
Na noite de 9 para 10 de novembro de 1938, a 
chamada Kristallnacht (Noite de Cristal), em Berlim, uma 
manifestação organizada pela Gestapo (polícia secreta) 
fez com que milhares de nazistas destruíssem sinagogas, 
incendiassem lojas e agredissem judeus. Milhares de 
judeus foram enviados para os campos de concentração 
de Buchenwald, Dachau e Sachsenhausen.
A ordem para o extermínio de todos os judeus sob 
controle nazista foi dada por Hitler a Goering e Himmler 
em março de 1941.
Aula 17
3História 5B
No dia 20 de janeiro de 1942, Heydrich apresentou 
seu plano na chamada Conferência de Wannsee, que 
reuniu os principais funcionários dos ministérios ale-
mães mais importantes: “A solução final (Endlösung) do 
problema judeu na Europa”, declarou, “será aplicada a 
cerca de 11 milhões de pessoas (...). Os judeus devem 
ser transferidos para o Leste sob severa vigilância e 
obrigados a realizar trabalhos forçados (...). Não é neces-
sário dizer que um grande número deles será eliminado 
naturalmente devido às próprias deficiências físicas. Os 
que sobreviverem a isso – que deverão ser considerados 
como o grupo mais resistente – devem ser tratados de 
acordo. Na verdade, a História nos mostra que essa elite 
natural traz em si as sementes de uma nova renascença 
judaica (...)”.
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 Mortos em um campo de concentração
Testes
Assimilação
17.01. (UERJ) – 
olimpiadas.uol.br
A cerimônia de abertura das Olimpíadas de 1936, ilustrada 
na foto, apresentou alguns dos símbolos e ideias do nazismo.
No contexto das competições esportivas, um dos principais 
valores da propaganda nazista com relação à identidade 
nacional alemã é: 
a) autenticidade da cultura 
b) superioridade do povo 
c) grandiosidade do território 
d) modernidade da economia 
17.02. (UERJ) – 
Na entrada do campo AuschwitzI, lia-se no portão: 
Arbeit macht frei (“O trabalho liberta”).
exame.abril.com.br
Primo Levi, judeu e antifascista, no fim de 1943, aos 
24 anos, foi preso pela polícia italiana e entregue às for-
ças de ocupação alemãs. Logo se fechava atrás dele o por-
tão do campo de Auschwitz com a inscrição “O trabalho 
liberta”, e Levi compreendeu: “Então isto é o inferno”.
Adaptado de WEINRICH, H. Lete: arte e crítica do esquecimento. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 2001.
No decorrer da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), 
campos de concentração foram criados em vários países 
europeus, sendo um dos maiores o complexo de Auschwitz, 
na Polônia. Para lá, eram enviados em massa aqueles consi-
derados inimigos da nação alemã.
De acordo com a imagem e com o texto, a frase “O trabalho li-
berta” apontava para a seguinte estratégia do projeto nazista: 
a) treinamento de capitais humanos 
b) controle de recursos de pesquisas 
c) exclusão de operários improdutivos 
d) exploração da mão de obra dos reclusos 
4 Extensivo Terceirão
17.03. (UERJ) – 
O cartaz acima, divulgado no aeroporto, nas ruas e 
nos ônibus de Yerevan, capital da Armênia, faz alusão 
ao líder otomano Talaat Pasha e a Adolf Hitler. A ima-
gem é uma das muitas espalhadas pela cidade para 
lembrar o centenário do massacre de até 1,5 milhão 
de armênios nas mãos dos turcos-otomanos, cujo 
império estava se desintegrando em meio à Primeira 
Guerra Mundial (1914-1918). Muitos eram civis de-
portados a regiões desérticas, onde morreram de fome 
e sede. Outros milhares foram massacrados. No cen-
tro da cidade, muitos pontos de ônibus exibem fotos 
de sobreviventes.
Adaptado de bbc.com, 24/04/2015.
Através da lembrança do massacre dos armênios, em 1915, 
é possível comparar experiências históricas com o objetivo 
de fomentar, na atualidade, práticas sociais de reconheci-
mento de: 
a) atos de genocídio e reparação das famílias vitimadas 
b) ações de expansionismo e continuidade das disputas 
territoriais 
c) projetos do totalitarismo e permanência de regimes 
autocráticos 
d) estratégias de conquista e convocação de tribunais 
internacionais 
17.04. (ACAFE – SC) – O antissemitismo orientou muitas das 
ações políticas e sociais do partido nazista enquanto este 
esteve no poder. Nesse contexto, e sobre o antissemitismo 
alemão, todas as alternativas estão corretas, exceto a: 
a) A eugenia foi uma tentativa das associações sionistas da 
Alemanha de financiar partidos políticos adversários dos 
nazistas na década de 20 e 30 do século XX. 
b) Na denominada Noite dos Cristais, na Alemanha, dezenas 
de sinagogas foram incendiadas e lojas comerciais de 
judeus depredadas. 
c) Muitos direitos civis dos judeus foram suprimidos e foi 
proibido o casamento entre judeus e alemães. 
d) Durante o regime nazista muitas pessoas e diversos pro-
fissionais colaboravam com o nacional socialismo para a 
identificação de judeus. Tal prática poderia garantir uma 
ascensão social. 
Aperfeiçoamento
17.05. (ALBERT EINSTEIN – SP) – 
No filme O Grande Ditador, produção norte-americana de 
1940, Charlie Chaplin compõe um retrato irônico do nazi-
-fascismo europeu em duas de suas principais figuras: Hitler 
e Mussolini. A cena reproduzida apresenta três características 
da ideologia nazista: 
a) colonialismo, expansionismo e antissemitismo. 
b) militarismo, irracionalismo e expansionismo. 
c) anticomunismo, expansionismo e centralismo. 
d) liberalismo, militarismo e tradicionalismo. 
17.06. (UNESP – SP) – Então, todos os alemães dessa época 
são culpados?
– Esta pergunta surgiu depois da guerra e permane-
ce até hoje. Nenhum povo é coletivamente culpado. Os 
alemães contrários ao nazismo foram perseguidos, pre-
sos em campos de concentração, forçados ao exílio. A 
Alemanha estava, como muitos outros países da Europa, 
impregnada de antissemitismo, ainda que os antissemi-
tas ativos, assassinos, fossem apenas uma minoria. Esti-
ma-se hoje que cerca de 100 000 alemães participaram 
de forma ativa do genocídio. Mas o que dizer dos outros, 
os que viram seus vizinhos judeus serem presos ou os 
que os levaram para os trens de deportação?
(Annette Wieviorka. Auschwitz explicado à minha filha, 2000. Adaptado.)
Ao tratar da atitude dos alemães frente à perseguição nazista 
aos judeus, o texto defende a ideia de que 
a) os alemães comportaram-se de forma diversa perante o 
genocídio, mas muitos mostraram-se tolerantes diante 
do que acontecia no país. 
b) esse tema continua presente no debate político alemão, 
pois inexistem fontes documentais que comprovem a 
ocorrência do genocídio. 
c) esse tema foi bastante discutido no período do pós-
-guerra, mas é inadequado abordá-lo hoje, pois acentua 
as divergências políticas no país. 
d) os alemães foram coletivamente responsáveis pelo 
genocídio judaico, pois a maioria da população teve 
participação direta na ação. 
e) os alemães defendem hoje a participação de seus ances-
trais no genocídio, pois consideram que tal atitude foi uma 
estratégia de sobrevivência. 
Aula 17
5História 5B
17.07. (UEL – PR) – Leia o texto a seguir.
O começo aqui foi muito difícil para nós. O pior 
foi a adaptação. Vocês conheceram nossa maravilhosa 
moradia em Berlim-Dahlen e iam se assustar vendo 
em que primitividade vivemos agora. Moramos em 
uma casa de madeira com cozinha, sala e dois peque-
nos quartos, um para mim e nosso filho adotivo Bo-
bby, o outro para a minha esposa, a filha dela Magdi e 
Marlies, filha adotiva.
BEHREND, S. Carta de Rudolf Isay. 1936. NDPH-UEL.
A desestruturação da vida cotidiana na Alemanha, após 1932, 
expressa na carta do jurista Rudolf Isay, deveu-se à ascensão 
de um partido 
a) comunista, porém rompido com a URSS. 
b) fascista, acrescido de elementos eugênicos. 
c) liberal, de ideais oligárquicos. 
d) socialista, vinculado à Internacional Comunista. 
e) trabalhista, fundamentado no marxismo inglês. 
17.08. (FUVEST – SP) – A operação era um pouco doloro-
sa e não durava mais que um minuto, mas era traumá-
tica. Seu significado simbólico estava claro para todos: 
este é um sinal indelével, daqui não sairão mais; esta 
é a marca que se imprime nos escravos e nos animais 
destinados ao matadouro, e vocês se tornaram isso. Vo-
cês não têm mais nome: este é o seu nome. A violência 
da tatuagem era gratuita, um fim em si mesmo, pura 
ofensa: não bastavam os três números de pano costu-
rados nas calças, no casaco e no agasalho de inverno?
Primo Levi. Os afogados e os sobreviventes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.
Está de acordo com o texto a seguinte afirmação: 
a) A tatuagem era uma forma de tortura e uma mensagem 
não verbal, que inscrevia a condenação no corpo do 
prisioneiro. 
b) O uso de tatuagens era perturbador apenas para ciganos 
e judeus ortodoxos, pois violava o código moral e as leis 
religiosas dessas comunidades. 
c) O recurso de tatuar o prisioneiro, além de impor um sofri-
mento físico e moral, discriminava o tipo de remuneração. 
d) O emprego das tatuagens funcionava como um código 
estético e de classificação dos prisioneiros nos campos 
de concentração. 
e) A tatuagem, assim como o trabalho voluntário, não 
tinham finalidade produtiva, mas contribuíam para o 
entendimento entre os prisioneiros. 
17.09. (IFPE) – O que a chamada imprensa liberal fez 
antes da Guerra foi cavar um túmulo para a nação 
alemã e para o Reich. Não precisamos dizer nada sobre 
os mentirosos jornais marxistas. Para eles, o mentir é 
tão necessário como, para os gatos, o miar. Seu único 
objetivo é quebrar as forças de resistência da nação, 
preparando-a para a escravidão do capitalismo inter-
nacional e dos seus senhores, os judeus. Que fez o Go-
verno para resistir a esse envenenamento em massa do 
povo alemão? Nada, absolutamente nada! Alguns fracos 
decretos, algumas multas por ofensas tão graves que 
não podiam ser desprezadas, e nada mais! Esperava-se 
conquistar as simpatias desses pestilentos através de 
lisonjas, do reconhecimento do “valor” da imprensa, 
de sua “significação”, dasua “missão educadora” e ou-
tras imbecilidades. Os judeus, porém, recebiam essas 
demonstrações com um sorriso de raposa e retribuíam 
com um astucioso agradecimento. A razão para essa 
ignominiosa renúncia do Governo não estava no des-
conhecimento do perigo, mas em uma covardia que 
gritava aos céus e na indecisão que, em consequência 
disso, caracterizava todas as resoluções tomadas. Nin-
guém tinha a coragem de “empregar meios radicais”, 
ao contrário disso, todos porfiavam em prescrever 
receitas homeopáticas e, em vez de dar-se um golpe 
certeiro na víbora, aumentava-se a sua capacidade de 
envenenar. O resultado é que não só tudo ficou pior do 
que dantes como a instituição que se deveria combater 
tomou cada dia maior vulto. 
HITLER, Adolf. Minha Luta, pp. 107-108. 
O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, 
mais conhecido como Partido Nacional-Socialista ou Nazista, 
cresceu nos anos 1920 e assumiu o poder na Alemanha na 
década seguinte. Surgia com o objetivo máximo de “resga-
tar a dignidade do povo alemão”, como disse o historiador 
Ronaldo Vainfas em sua obra “História: o mundo por um fio 
– do século XX ao XXI”.
A partir do texto e de seus conhecimentos sobre princípios 
e práticas nazistas, é CORRETO afirmar que 
a) o discurso hitlerista, construído no período de crise da 
democracia liberal, foi marcado pelo extremismo de 
direita, pelo racismo e pela eugenia, e lançou as bases da 
violência futura contra judeus e demais minorias. 
b) os judeus, por sua própria corrupção moral, envenenavam 
o povo alemão com ideias que não pertenciam à cultura 
verdadeiramente alemã, o que despertou o clima de 
perseguição política que culminou com o Holocausto. 
c) o principal líder do Partido Nazista, Adolf Hitler, desejava 
uma imprensa imparcial e justa, livre de mentiras e de 
falso intelectualismo, o que explica a escolha do Ministro 
da Propaganda Joseph Goebbels. 
d) o antissemistismo foi provocado pela própria imprensa 
judaica e marxista, que mentia para o povo alemão, já 
cansado da crise econômica e das humilhantes imposi-
ções do Tratado de Versalhes. 
e) os membros do Partido Nazista, pelo menos no início, 
conscientes que eram do valor da imprensa liberal e das 
liberdades de expressão nos anos 1920, tentaram negociar 
com a imprensa judaica. 
6 Extensivo Terceirão
17.10. (PUC – SP) – O filme “A queda – Os últimos dias de 
Hitler”, recentemente exibido nos cinemas, causou polêmica 
pois, segundo alguns críticos, “humaniza a figura de Hitler”. 
A principal preocupação desses críticos era que o público 
do filme, ao ver Hitler em cenas do quotidiano doméstico, 
simpatizasse com sua figura e passasse a ver o nazismo de 
forma mais tolerante. Em resposta às críticas, o diretor do 
filme afirmou que sua intenção era a oposta: aumentar a 
discussão sobre o período nazista, para evitar que as ideias 
propagadas por Hitler pudessem reaparecer na política atual. 
Dessa forma, em meio à polêmica, os dois lados manifesta-
ram intenção semelhante:
a) alertar para os riscos do totalitarismo e das ideias racistas, 
como as defendidas pelo nazismo e aplicadas na Alema-
nha nas décadas de 1930 e 1940.
b) proibir a liberdade de expressão, para que tanto o nazismo 
quanto outras ideologias autoritárias, como o socialismo 
soviético, sejam eliminados.
c) restabelecer a liberdade de organização político-partidária 
no ocidente, oferecendo alternativas institucionais para a 
difusão dos ideais nazistas.
d) impor os princípios enunciados no Tratado de Versalhes 
que impediu, em 1919, a Alemanha de produzir armas e 
que foi ignorado pelos nazistas.
e) reconhecer que, independentemente de suas ideias, os 
líderes políticos são seres humanos e que, portanto, têm 
direitos e merecem respeito.
Aprofundamento
17.11. (MACK – SP) – “Os eleitores alemães jamais de-
ram aos nazistas uma maioria no voto popular, como 
algumas vezes ainda é afirmado (...) Os nazistas de fato 
chegaram a ser o maior partido do Reichstag alemão nas 
eleições parlamentares de 31 de julho de 1932, com 
37,2% dos votos. Mais tarde, caíram para 33,1%, nas 
eleições parlamentares de 6 de novembro de 1932. Nas 
eleições de 6 de março de 1933, com Hitler já como 
chanceler e o Partido Nazista no comando da totalidade 
dos recursos do Estado alemão, seus resultados foram 
significativos, mas ainda insuficientes 43,9%. Mais que 
um em cada dois alemães votaram contra os candidatos 
nazistas, naquela eleição, desafiando a intimidação das 
Brigadas de Assalto. O Partido Fascista italiano con-
seguiu 35 cadeiras num total de 535, na única eleição 
parlamentar livre da qual chegou a participar, em 15 
de maio de 1921.”
(Paxton, Robert. A Anatomia do Fascismo. São Paulo: Paz e Terra, 2007; p. 
164-165)
Sobre a ascensão dos fascistas e nazistas ao poder na Itália 
e Alemanha, podemos afirmar que 
a) tanto Mussolini como Hitler foram convidados a assumir 
o cargo de chefe de governo por um chefe de Estado 
no exercício de suas funções oficiais. Nos dois casos, fica 
evidente o interesse das alas conservadoras em fortalecer 
a extrema direita para impedir o avanço das esquerdas. 
b) a ascensão de Mussolini ao poder foi diferente da ascen-
são de Hitler. O primeiro, a partir da Marcha sobre Roma, 
aplica um golpe violento derrubando o rei Victor Emanuel 
III. O segundo é convidado pelo presidente Hindenburg 
a assumir o cargo de chanceler alemão. 
c) Mussolini assume o poder convidado pelo rei Victor 
EmanueI III após a manifestação fascista conhecida como 
Marcha sobre Roma. Hitler torna-se chanceler após um 
bem-sucedido Golpe de Estado, derrubando o presidente 
Hindenburg e toda a cúpula política alemã. 
d) tanto Mussolini como Hitler ascende ao poder pela via 
golpista. Mussolini após uma demonstração de poder 
com milhares de fascistas em Roma. Hitler após uma 
grande marcha que tem início em Munique (Putsch da 
Cervejaria) e é finalizada com a ocupação do Reichstag e 
sua nomeação como chanceler alemão. 
e) o rei italiano Victor Emanuel III e o presidente alemão 
Hindenburg convidaram, respectivamente, Mussolini e 
Hitler para assumirem os cargos de chefe de governo. A 
motivação principal era alçar ao poder as lideranças da 
esquerda para que fosse possível combater com mais 
eficácia o avança da extrema direita italiana e alemã. 
17.12. (MACK – SP) – “Em 30 de janeiro de 1933, Hitler 
se tornou chanceler da Alemanha (...) – [e] agiu rápido 
para extinguir a democracia [no país]. Um Decreto de 
Emergência, aprovado pelo Reichstag em 5 de fevereiro, 
desapropriava todos os prédios e todas as prensas tipo-
gráficas do Partido Comunista e fechava as organizações 
pacifistas. Os Camisas Marrons atacaram os prédios da 
federação dos sindicatos e surraram opositores políticos 
nas ruas. (...)
A partir de 9 de março, o terror encontrou uma 
base segura atrás de arames farpados. O processo se 
iniciou no dia em que a SS enviou milhares de críticos 
do regime, entre eles comunistas, social-democratas, 
sindicalistas e judeus de toda sorte para um assim 
chamado ‘campo de concentração’ criado em Dachau, 
perto de Munique, coordenado por um dos pelotões 
mais brutais da SS na Baviera”.
Martin Gilbert. A História do Século XX. São Paulo: Planeta, 2016, pp.243-244
O texto aponta a ideologia e as ações levadas adiante pelo 
regime nazista na Alemanha. Sobre o assunto, assinale a 
alternativa correta. 
a) Profundamente antissemita e avessa à democracia e ao 
comunismo, a política nazista pautou-se pela concretiza-
ção de um Estado totalitário de extrema-direita. Para isso, 
ações terroristas, perseguição e eliminação de amplos 
setores sociais e políticos foram armas utilizadas, visando 
à legitimação e à consolidação do regime idealizado por 
Hitler. 
b) O regime nazista, uma vez no poder, perseguiu e eliminou 
os opositores, destacadamente comunistas e judeus. Sua 
ligação com movimentos sindicais de esquerda, na Ale-
manha, foram armas importantes na estratégia nazista de 
tomada de poder, mas não foram suficientespara evitar o 
extermínio dos comunistas nos campos de concentração. 
Aula 17
7História 5B
c) Racismo, xenofobia e aversão aos princípios democráticos 
foram características fundamentais do Estado nazista im-
plantado na Alemanha. Para legitimar suas ações perante 
a população, Hitler, uma vez no poder, criou campos 
de extermínio por todo o país e confinou neles antigos 
aliados, tais como os comunistas. 
d) O regime nazista consolidou-se a partir da década de 
1930. Sua gestação, porém, iniciou-se anos antes, quando 
Hitler, com apoio da SS, promoveu atentados a sinagogas, 
sindicatos e prédios públicos e conseguiu uma ampla 
rede de apoio entre jovens nacionalistas frustrados com 
a política e a economia do país. 
e) O nacionalismo que surgiu com o regime nazista estru-
turou-se em bases racistas e terroristas, ao perseguir e 
eliminar exclusivamente judeus e comunistas. Por isso, 
agrupamentos como os Camisas Marrons e a SS foram 
fundamentais, pois atuavam como o braço armado de 
um poderoso sentimento de pertencimento gerado na 
população do país. 
17.13. (UDESC) – “Depois das eleições (1933), a ditadu-
ra nazista dá início a uma autêntica limpeza da área: 
sindicatos e partidos são dissolvidos, suas sedes são 
invadidas, expropriados seus fundos e empastelados 
seus jornais. A lei de depuração de 7 de abril dá início a 
grande expurgo nas administrações e repartições públi-
cas, eliminando esquerdistas, judeus e democratas. Os 
Larger, campos de concentração, começam a inchar: já 
são 45 em 1933, com quarenta mil internos, aproxima-
damente. Goring cria então a polícia secreta do Estafo 
(Gestapo), com funções repressivas e preventivas. Em 
julho passa a vigorar uma lei de esterilização de doentes 
hereditários. Em setembro é criada a Câmara Cultural 
do Reich, sob o controle de Goebbels. Intelectuais e 
artistas perdem sua liberdade de expressão e organi-
zação: começa o êxodo para o exterior.”
Lenharo, Alcir. Nazismo: o triunfo da vontade. São Paulo: Ática, 1986, p. 29.
Tomando por base o texto de Alcir Lenharo, a respeito da Ale-
manha sob o governo de Adolf Hitler, analise as proposições. 
I. A partir de 1933, por meio de medidas de emergência, foi 
proibido o funcionamento legal dos partidos de oposição. 
II. O governo de Hitler usou fortemente cinema, rádio e 
propaganda para a propagação do ideário nazista. 
III. O exílio foi a opção de muitos intelectuais, artistas, poetas, 
escritores que perceberam os perigos do ideário nazista, 
pautado pela superioridade da chamada raça ariana. 
IV. O governo de Hitler foi unânime entre o povo alemão. 
Prova disso é a inexistência de quaisquer resistências ou 
atentados contra sua vida entre 1933 e 1945. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. 
e) Todas as afirmativas são verdadeiras. 
17.14. (UEL – PR) – Durante a Segunda Guerra Mundial, 
o número de pessoas exterminadas por motivos raciais 
nos campos de concentração nazistas eleva-se a mi-
lhões. Sobre esse tema, Eric Hobsbawm, no livro Era 
dos Extremos, fez o seguinte questionamento:
Seria menor o horror do Holocausto se os histo-
riadores concluíssem que exterminou não 6 milhões 
[...], mas 5 ou mesmo 4 milhões?
(HOBSBAWM, E. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1995, p. 50.)
Em relação à política eugenista praticada pelos nazistas, 
considere as afirmativas a seguir.
I. A política de seleção racial atingiu os prisioneiros russos 
que foram enviados aos campos de concentração e guetos.
II. Judeus que apresentavam características físicas arianas 
foram poupados dos campos de concentração.
III. O isolamento nos guetos somou-se aos campos de 
concentração como formas de extermínio da população 
não ariana.
IV. Populações ciganas que viviam nos territórios ocupados 
pelos alemães foram enviadas aos campos de concentração.
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
17.15. (UEPG – PR) – “O nazismo não era um movimento 
completamente novo, mas o resultado da fusão e da 
reelaboração de ideias e sentimentos há longo tempo 
presentes na sociedade alemã. [...] Foi o nazismo, po-
rém, que conseguiu sobressair, absorver ou eliminar os 
outros movimentos e conquistar o poder.”
Bertonha, J. F. Fascismo, Nazismo e Integralismo. São Paulo. Ática.
Sobre o nazismo, assinale o que for correto.
01) O nazismo procurou transformar a estrutura da so-
ciedade alemã, socializando a propriedade da terra e 
abandonando o dirigismo das atividades produtivas.
02) As classes médias não se sensibilizaram com as propos-
tas do Partido Nacional-Socialista e não aderiram a esse 
movimento.
04) O racismo é um dos pontos fundamentais do ideário 
nazista. Na concepção nazista, os alemães pertenciam 
a uma raça superior, a ariana, que sem se misturar a 
outras raças, deveriam comandar o mundo. Os judeus 
eram considerados os principais inimigos.
08) A crise de 1929 não influenciou no surgimento do na-
zismo, pois a Alemanha ainda não se inserira na econo-
mia internacional do pós-guerra.
16) Nacionalistas, os nazistas pretendiam construir a Gran-
de Alemanha. Entendida como o “espaço vital” para os 
arianos cumprirem seu destino, a Grande Alemanha 
deveria reunir as comunidades germânicas da Europa, 
como a Áustria, os Sudetos e Dantzig.
8 Extensivo Terceirão
17.16. (UNIOESTE – PR) – Baseando-se nos textos e no 
comentário apresentados a seguir:
“Hitler considerava que a propaganda sempre de-
veria ser popular, dirigida às massas, desenvolvida de 
modo a levar em conta um nível de compreensão dos 
mais baixos. ‘As grandes massas’, dizia ele, ‘têm uma 
capacidade de recepção muito limitada, uma inteli-
gência modesta, uma memória fraca’. Por isso mesmo, 
a propaganda deveria restringir-se a pouquíssimos 
pontos, repetidos incessantemente […]. Tudo interes-
sa no jogo da propaganda: mentiras, calúnias; para 
mentir, que seja grande a mentira, pois assim sendo, 
‘nem passará pela cabeça das pessoas ser possível ar-
quitetar uma tão profunda falsificação da verdade.”
LENHARO, Alcir. Nazismo: “o triunfo da vontade”. 6ª. ed., São Paulo: Ática, 1998, 
p. 47-48.
“Eu vivo em tempos sombrios.
Uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez,
Uma testa sem rugas é sinal de indiferença.
Aquele que ainda ri é porque ainda não recebeu a 
terrível notícia.
Que tempos são esses,
Quando falar sobre flores é quase um crime,
Pois significa silenciar sobre tanta injustiça? [...]”.
Trecho de “Aos que virão depois de nós”, de Bertolt Brecht, 193?.
Uma das características marcantes do nazismo – que colocou 
em cheque tanto a liberdade, a democracia e a dignidade 
humana, quanto os movimentos socialistas e comunistas 
– foi a disseminação de uma ideologia de extrema direita, 
de tradição xenófoba, nacionalista e antissemita, por uso 
sistemático e ostensivo dos modernos meios de informação e 
comunicação com o objetivo expresso de silenciar, controlar 
e conduzir as “massas” - daí a importância de Brecht dizer “Eu 
vivo em tempos sombrios”. Exemplos, aliás, desta prática 
– dadas às devidas proporções e aos contextos distintos – 
ainda persistem em nossos dias. 
Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) É possível afirmar que, em ambos os textos, encontra-se 
presente a referência histórica às práticas de violência e 
dominação, levadas a cabo pelo governo alemão através 
de Adolf Hitler, também conhecido como “Führer”. 
b) O conteúdo da poesia de Bertolt Brecht nada tem a ver 
com o processo histórico de ascensão ao poder de Adolf 
Hitler e do regime nazista em 1933, haja vista o motivo 
de sua escrita ser uma críticaveemente ao comunismo 
de Stálin na então União Soviética. 
c) Uma das razões principais para que Hitler defendesse o 
uso “repetitivo” dos modernos meios de comunicação da 
época – especialmente, as rádios – estava na capacidade 
que eles tinham de conquistar as “massas” a qualquer 
custo, inclusive ao custo da liberdade de expressão. 
d) Existe uma identificação entre o que denuncia a poesia 
de Brecht e a passagem analítica do texto de Lenharo, 
ao citar trechos de Mein Kümpf, de Hitler, na medida em 
que o silenciamento repressivo que anula o direito ao livre 
pensar crítico corresponderia ao bombardeio massivo 
de valores, símbolos e ideias caras ao nazismo, como a 
propaganda dirigida às massas. 
e) A presença em nossa contemporaneidade de movi-
mentos e grupos de extrema direita, que defendem a 
ausência de conhecimento crítico, a excessiva limitação 
da liberdade de pensamento e expressão e o preconceito 
contra questões de gênero, sexualidade e etnia guardam 
relativa ligação com a ideologia nazista. 
17.17. (UEPG – PR) – O nazismo e o fascismo são doutrinas 
políticas que se projetaram a partir da década de 1920 e que 
tiveram grande destaque a partir da Alemanha e da Itália. O 
nazifascismo esteve no centro das questões que conduziram 
a humanidade para a Segunda Guerra Mundial e, até os dias 
atuais, ainda possui seguidores espalhados ao redor do mundo.
A respeito desse tema, assinale o que for correto. 
01) O anticomunismo é um dos elementos centrais no dis-
curso nazifascista. Para os defensores dessa doutrina, o 
comunismo é responsável pela dissolução da estrutura 
social e familiar. 
02) É comum, tanto no nazismo como no fascismo, o culto 
exacerbado aos símbolos nacionais (como hinos, datas, 
bandeiras, heróis) e a valorização da nação como ele-
mento de unificação social e política. 
04) Não há, no nazismo e no fascismo, nenhuma discussão 
que envolva elementos raciais. A perspectiva de que al-
gumas raças são superiores a outras, como contida em 
regimes comunistas, não integra o escopo doutrinário 
nazifascista. 
08) Do ponto de vista econômico, fascistas e nazistas pos-
suem postura comum, isto é, ambos são defensores de 
uma perspectiva liberal de economia, sem o controle 
do Estado e com plena atuação do mercado como ele-
mento regulador da economia. 
16) Entre as características comuns ao nazismo e ao fascis-
mo está a defesa pela militarização da nação. Justifica-
do pela premissa da defesa nacional, o militarismo é 
um elemento fundamental para o processo de expan-
são territorial e política. 
17.18. (UEPG – PR) – As décadas de 1920, 1930 e 1940 fo-
ram marcadas politicamente pela ascensão dos chamados 
regimes totalitários. Especificamente, a respeito do nazismo, 
assinale o que for correto. 
01) Assim que se tornou chanceler da Alemanha, Adolf Hi-
tler agiu de forma a concentrar poderes e a transformar 
o país em uma ditadura. A criação de um partido único, 
a organização de uma polícia política, a suspensão de 
direitos individuais e da liberdade de imprensa são al-
guns dos pilares nos quais o nazismo se erigiu. 
02) Os sindicatos de trabalhadores foram ocupados pela 
polícia política nazista e foram obrigados a se fundir 
com a organização nazista “Frente de Trabalho Alemã”, 
o que significou o fim da representação autônoma dos 
trabalhadores alemães. 
Aula 17
9História 5B
04) A Igreja Católica foi duramente perseguida pelos nazis-
tas na Alemanha. Após o papa Pio XII se negar a assi-
nar um tratado de colaboração com o governo nazista, 
Adolf Hitler deflagrou uma intensa campanha repressi-
va aos católicos alemães durante todo o tempo em que 
esteve no poder. 
08) A Lei de Pureza Racial, promulgada por Hitler, previa 
um rígido controle sobre a entrada de estrangeiros (no-
tadamente descendentes de judeus) na Alemanha. Por 
outro lado, a mesma Lei estabeleceu um subsídio es-
tatal para que os chamados alemães puros cuidassem 
dos filhos hereditariamente doentes. 
16) A “SS” foi um esquadrão militar de elite criado por Adolf 
Hitler com um objetivo específico: investigar, interro-
gar, prender e expulsar judeus e imigrantes conside-
rados indesejáveis ou inferiores aos alemães. Foi a “SS” 
que montou e controlou os campos de concentração 
durante a Segunda Guerra Mundial. 
Desafio
17.19. (UERJ) – O filme O Ovo da Serpente tem como 
cenário a cidade de Berlim, no ano de 1923. Trata-se, 
sobretudo, de uma fábula de advertência. Dez anos 
antes da subida dos nazistas ao poder, já se podia ver 
um fantasma rondando as vielas da Alemanha e pressu-
por que, em meio à desordem, à crise econômica e ao 
vácuo político, uma semente de radicalismo e violência 
estava para brotar. Como afirma um dos personagens, 
a vitória só chegaria em alguns anos, quando os jovens 
do país se tornassem adultos e se vissem cansados de 
viver em uma terra amargurada. Ao cabo da trama, 
sentencia-se que o fascismo era uma ameaça perceptí-
vel: “É como o ovo de uma serpente. Através das finas 
membranas, você pode claramente discernir o réptil já 
perfeito”. O filme O ovo da serpente retrata o contexto 
de crise alemã após a Primeira Guerra Mundial, que 
favoreceu a subida ao poder de Hitler, principal figura 
do Partido Nazista. 
Adaptado de revistadehistoria.com. br.
Retire do texto dois problemas da sociedade alemã que 
contribuíram para a ascensão do nazismo ao poder em 1933. 
Indique, também, a ação tomada pelo Partido Nazista em 
relação a cada um desses problemas. 
Gabarito
17.01. b
17.02. d
17.03. a
17.04. a
17.05. b
17.06. a
17.07. b
17.08. a
17.09. a
17.10. a
17.11. a
17.12. a
17.13. c
17.14. c
17.15. 20 (04 + 16)
17.16. b
17.17. 19 (01 + 02 + 16)
17.18. 03 (01 + 02)
17.19. Dois dos problemas e respectiva ação:
• desordem social / instauração do Es-
tado corporativo e centralizador para 
enfrentar a crise das propostas liberais.
• crise econômica / intervencionismo 
estatal para controlar os conflitos entre 
capital e trabalho.
• vácuo político / fim do sistema políti-
co representativo liberal, com o esta-
belecimento do partido único e for-
talecimento de Hitler como liderança 
nacional.
10 Extensivo Terceirão
5B
Portugal, Espanha e Japão 
no entre guerras
História
Aula 18
Salazarismo Português
A monarquia portuguesa foi derrubada em 1910 por grupos liberais e 
republicanos.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Portugal teve uma participação 
bastante modesta, lutando ao lado da Inglaterra e da França.
O agravamento da crise econômica e social; a instabilidade política; o 
descontentamento popular; a oposição da Igreja aos governantes liberais 
facilitaram o golpe de direita desfechado pelos militares em 1926. Foi ins-
taurado um governo autoritário e corporativo chamado Estado Novo. Líde-
res oposicionistas foram presos ou exilados; a imprensa foi amordaçada e 
os sindicatos foram dissolvidos. Por trás dos militares, estava o economista 
Antônio de Oliveira Salazar, que ocupou diversos cargos e foi realmente 
quem controlou o poder até falecer em 1970.
Portugal se manteve neutro durante a Segunda Guerra Mundial e se 
aproveitou da Guerra Fria para se tornar aliado dos Estados Unidos.
No início da década de 70, Portugal mantinha seu Império Colonial com 
muita dificuldade. O país continuava atrasado, porém a oposição política 
crescia, bem como a crise econômica e a insatisfação social.
Em 1974, ocorreu a Revolução dos Cravos que, liderada por militares 
progressistas e com amplo apoio popular, pôs fim ao regime salazarista. O 
novo governo procedeu à rápida descolonização de Angola, Moçambique e 
Guiné-Bissau. Angola, por exemplo, mergulhou em uma guerra civil com a 
intervenção da África do Sul apoiando a Unita (União Nacional para a Inde-
pendência Total da Angola) e Cuba apoiando a MPLA (Movimento Popular 
para a Libertação de Angola). Já Timor-Leste foi invadido pela Indonésia.
Mário Novais
FCG-Biblioteca de Arte
 Antônio de Oliveira Salazar
“Salazar, um austero celi-
batário de 39 anos nascido 
em 1889 na região central de 
Portugal,assumiu o controle 
absoluto a partir de 1930 ... A 
Constituição do “Estado Novo” 
que ele redigiu em 1932 criou 
um regime “corporativo” nos 
moldes do que Benito Mus-
solini acabara de instituir na 
Itália. Apesar de vernizes fas-
cistas como a lei trabalhista de 
proibição de greves inspirada 
em Mussolini e a implacável 
polícia secreta, o Estado Novo 
era essencialmente um regime 
autoritário católico... O regi-
me salazarista também lançou 
mão de terríveis instrumentos 
de repressão. A polícia políti-
ca disseminou sua insidiosa 
influência por todo o país... A 
Guarda Republicana e a Polícia 
de Segurança Pública (PSP) 
postavam seguranças unifor-
mizados em todas as casas de 
espetáculo e outros lugares de 
reunião. Essas duas corpora-
ções esmagavam brutalmente 
os protestos públicos. A Legião 
Portuguesa, milícia de camisa 
verde e continência romana 
criada para combater ao lado 
de Francisco Franco duran-
te a Guerra Civil Espanhola, 
era o outro braço paramilitar 
do regime. Evitando excessos 
públicos ou escondendo-se 
habilmente das vistas dos es-
trangeiros, Salazar criou um 
terror “moderado” que era in-
cansável, vigilante e devasta-
doramente eficaz.”
MAXWELL, Kenneth. Império derrotado: 
revolução e democracia em Portugal. São 
Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 35
Aula 18
11História 5B
Com a Revolução, o movimento das Forças Armadas 
realizou uma reforma agrária e nacionalizou diversas 
empresas estrangeiras.
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 Soldados são recebidos por uma multidão nas ruas 
de Lisboa, após a derrubada dos salazaristas.
A canção “Grândula vila morena”, de Zeca Afonso, 
foi uma espécie de senha para a Revolução dos Cravos. 
“Grândula, vila morena terra de fraternidade o povo é 
quem mais ordena dentro de ti, ó cidade”.
Guerra Civil Espanhola
Em 1931, a Espanha tornou-se uma República. De 
1931 a 1936, viveu dias agitados, com choques constan-
tes entre a esquerda e a direita. Nas eleições de 1936, 
os partidos de esquerda, unidos na Frente Popular, che-
garam ao poder. A agitação social, as medidas tomadas 
pelo novo governo e a ameaça de grandes mudanças 
alarmaram os ricos proprietários, os militares e a Igreja.
No dia 18 de julho de 1936, estourou uma subleva-
ção militar que fracassou parcialmente. No Marrocos 
espanhol, o exército da África espanhola, sob a liderança 
de Francisco Franco Bohamonde, aderiu aos insurretos. 
A marinha, parte da guarda civil, a Catalunha e as pro-
víncias bascas permaneceram fiéis ao governo de Madri. 
Já o exército bandeou-se em massa para os rebeldes. 
Ao perceberem que seriam derrotados pelos aguerridos 
milicianos de Madri, Emílio Mola e Francisco Franco 
pediram ajuda a Hitler e a Mussolini. Estes, a princípio, 
relutaram; depois enviaram farto material bélico, conse-
lheiros e voluntários para combaterem pelos chamados 
“nacionalistas”.
Os republicanos receberam a ajuda das brigadas 
internacionais, compostas de voluntários de todo 
o mundo (alguns brasileiros também participaram). 
Quanto ao apoio soviético e das democracias ocidentais, 
foi muito aquém do esperado. Mesmo assim, os patriotas 
espanhóis resistiam bravamente. Quando Madri estava 
sob o ataque cerrado de Franco, a heroína comunista 
Dolores Ibarruri, conhecida como La Pasionaria, gritou: 
“No Pasarán!” (“eles não passarão”). E, de fato, pelo me-
nos naquela época, o inimigo não passou.
 Mulheres anarquistas lutando na Guerra Civil Espanhola
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Em meio à Guerra Civil, atos de atrocidade foram pra-
ticados em larga escala... Finalmente, em abril de 1939, 
os nacionalistas triunfaram. Na Guerra Civil Espanhola, 
os nazifascitas testaram as suas armas. O bloco totalitá-
rio saiu fortalecido. As democracias estavam em baixa.
Guernica
O pintor Pablo Picasso era defensor da causa repu-
blicana. Em Paris, ao saber do bombardeio da cidade 
de Guernica pelos nazistas, Picasso pintou detalhes 
da chacina. Conta-se que o embaixador de Hitler, em 
Paris, perguntou a Picasso de quem era a obra. Este 
respondeu-lhe que era do embaixador (por extensão, 
dos alemães). Picasso fez um contrato com o Museu 
de Arte Moderna de Nova Iorque para que protegesse 
Guernica até a queda do fascismo espanhol.
“Militarmente, o ataque foi executado a leste 
e confiado aos carlistas navarros (monarquistas), 
apoiados, no entanto, por uma divisão italiana 
e pela Legião Condor alemã. No dia 31 de mar-
ço (1937), Mola dirigiu aos bascos um violento 
ultimatum e lançou o ataque. A novidade foi a 
preparação deste por meio de bombardeios aéreos 
maciços: duas pequenas cidades bascas, Durango 
e Guernica, foram esmagadas.” 
VÍLAR, Pierre. A Guerra da Espanha. Rio de Janeiro: Paz e Terra. p. 53.
Na década de 1930, o Japão foi 
fortemente influenciado pelo milita-
rismo e a sua economia esteve sob 
o controle do zaibatsu, o “sindicato” 
dos grandes grupos econômicos. 
Ainda em 1936, o Japão associou-se 
à Alemanha e à Itália, no Pacto do 
Eixo, uma suposta aliança anticomu-
nista (Pacto Anti-Komintern).
Komintern tornou-se um ins-
trumento da política externa so-
viética, fomentando revoluções 
e custeando partidos comunis-
tas. Criado em 1919, foi dissolvi-
do em 1943.
Em 1937, o Japão atacou a China. 
Em 1938, os japoneses já ocupavam 
grande parte do território chinês.
O expansionismo japonês no 
Pacífico feria os interesses dos 
Estados Unidos. 
No cargo de primeiro-ministro, 
o general Hideki Tojo fez com que a 
ala militarista favorável à guerra triun- 
fasse, daí o ataque a Pearl Harbor.
12 Extensivo Terceirão
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 Esta obra simboliza a destruição da cidade basca de Guernica pela Força Aérea da Ale-
manha, que apoiava Franco. 
PICASSO, Pablo. Guernica, 1937. 1 óleo sobre tela, color., 349 cm x 777 cm. Museu Nacional Centro 
de Arte Reina Sofia, Madri.
Japão
No final do século XIX e começo do século XX, o Japão já era uma potência 
econômica e militar.
Com a crise de 1929, o país começou a enfrentar sérios problemas. Os 
militares passaram a acusar os governantes civis de serem ineficazes.
Em 1931, os japoneses invadiram a Manchúria e fundaram o Estado do 
Manchukuo, colocando como Imperador de fachada o jovem Imperador da 
China, deposto em 1912, Pu Yi. Apesar das pressões norte-americanas, os 
japoneses continuaram com sua guerra de agressão aos chineses.
Testes
Assimilação
18.01. (UNESP – SP) – A corporação 
tem como objetivo aumentar sem-
pre o poder global da Nação em 
vista de sua extensão no mundo. É 
justo afirmar o valor internacional 
da nossa organização, pois é no 
campo internacional somente que 
serão avaliadas as raças e as nações, 
quando a Europa, daqui a alguns 
tempos, apesar do nosso firme e 
sincero desejo de colaboração e 
de paz, tiver novamente chegado 
a outra encruzilhada dos destinos.
(Apud Katia M. de Queirós Mattoso. Textos e 
documentos para o estudo da história contemporâ-
nea: 1789-1963, 1977.)
O texto apresenta características do 
movimento 
a) modernista. 
b) socialista. 
c) positivista. 
d) fascista. 
e) liberal. 
18.02. (UECE) – Atente ao enunciado a seguir:
“Essas classes médias conservadoras eram, está claro, defensoras po-
tenciais ou mesmo convertidas do fascismo, devido à maneira como se 
traçaram as linhas de combate político no entreguerras. A ameaça à socie-
dade liberal e todos os seus valores parecia vir exclusivamente da direita; 
a ameaça à ordem social, da esquerda. As pessoas da classe média esco-
lhiam sua política de acordo com seus temores. Os conservadores tradi-
cionais em geral simpatizavam com os demagogos do fascismo e dispu-
nham-se a aliar-se a eles contra o inimigo maior. O fascismo italiano tinha 
uma cobertura de imprensa mais ou menos favorável na década de 1920, 
e mesmo na de 1930, exceto da que ia do liberalismo até a esquerda”. 
Eric J. Hobsbawn. Era dos Extremos: O breve século XX.2ª. Edição. São Paulo, Cia. das Letras, 1994. p. 126.
No que diz respeito aos regimes nazifascistas que se desenvolveram na Europa 
nas décadas de 1920 e 1930, é INCORRETO afirmar que 
a) apesar de defender um Estado militarista e policialesco que reduziria os direitos 
individuais, sobretudo dos grupos tidos como minoritários, o nazifascismo teve 
apoio das classes médias conservadoras. 
b) a imprensa italiana deu uma cobertura mais ou menos favorável ao fascismo, 
pois, com a exceção de jornais liberais e de esquerda, era conservadora. 
c) as classes médias, citadas por Hobsbawn, tomavam seus posicionamentos 
políticos fundadas no medo de perder vantagens ou privilégios. 
d) apesar de contar com apoio popular, o nazifascismo não contava com apoio 
das classes médias, pois estas eram formadas pelos setores mais instruídos e 
educados da sociedade. 
Aula 18
13História 5B
18.03. (UECE) – Dentre os inúmeros e violentos episódios 
que ocorreram na Espanha no século XX, destaca-se o ocor-
rido entre 1936 e 1939. Nesse conflito podem-se identificar 
vários elementos militares e ideológicos que marcaram o 
século: de um lado encontram-se as forças 
a) do movimento “Trindade Reacionária”, e do outro lado, a 
última Monarquia Bourbon. 
b) da Ação Republicana e esquerda Catalã, e do outro lado, 
os Galegos e o partido Basco. 
c) do Nacionalismo e do Fascismo, e do outro lado, a Frente 
Popular. 
d) do exército de Guernica, e do outro lado, os exércitos da 
Alemanha e da Itália. 
18.04. (UDESC) – O período que vai de 1914 a 1945 marca o 
início da Primeira Guerra Mundial e o fim da Segunda. Alguns 
historiadores, como Eric Hobsbawn, ressaltam elementos 
comuns deste período, denominando-o Era da Catástrofe. 
Com relação a este período, assinale a alternativa correta. 
a) O fim da Primeira Guerra Mundial estimulou os processos 
de independência e descolonização dos países da África 
e da Ásia. 
b) Neste período, a ascensão de regimes comunistas na 
América Latina pode ser compreendida como um re-
sultado direto da campanha soviética sobre a Alemanha 
Nazista. 
c) Disputas nacionalistas e manifestações antissemitas na 
Alemanha incitaram, entre outras questões, a imigração 
de grupos judeus para países vizinhos. 
d) O fim da Primeira Guerra Mundial ocasionou um enfra-
quecimento nos sentimentos nacionalistas, restaurados 
apenas nos anos 1960, durante a Guerra Fria. 
e) A participação do Brasil na Primeira Guerra Mundial foi 
promovida pelo então presidente Floriano Peixoto, como 
forma de aproximação político-econômica dos países 
aliados e de consolidação do lugar do país no cenário 
internacional. 
Aperfeiçoamento
18.05. (UNICAMP – SP) – 
 Partido Nacional Fascista de Benito Mussolini em 1934
si – significa “sim” em italiano. 
Bella Ciao 
Querida, adeus Esta manhã, eu acordei 
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, 
adeus, adeus! 
Esta manhã, eu acordei 
E encontrei um invasor 
Oh, membro da Resistência, leve-me embora 
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, 
adeus, adeus! 
Oh, membro da Resistência, leve-me embora 
Porque sinto que vou morrer 
E se eu morrer como um membro da Resistência 
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, 
adeus, adeus! 
E se eu morrer como um membro da Resistência 
Você deve me enterrar 
E me enterre no alto da montanha 
Querida, adeus! Querida, adeus! Querida, adeus, 
adeus, adeus! 
E me enterre no alto da montanha 
Sob a sombra de uma bela flor. (...). 
A fotografia anterior registra a fachada do Partido Nacional 
Fascista de Benito Mussolini em 1934. A música Bella Ciao foi 
um hino cantado contra o fascismo de Mussolini e as tropas 
nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Em 25 de abril de 
2018, quando a Itália celebrou 73 anos de sua libertação do 
nazifascismo, a canção foi entoada em várias partes do país. 
Sobre os usos da imagem e da música, assinale a alternativa 
correta. 
a) Através de vários mecanismos de propaganda ideológica 
e coerção física, os italianos foram forçados a entoar a 
música Bella Ciao, a fim de demonstrar publicamente sua 
adesão ao fascismo. Este caráter umbilical da relação da 
massa com o líder aparece retratado na fotografia. 
b) Por se tratar de um produto da indústria cultural com forte 
apelo comercial, compreende-se a circulação e o consumo 
desta música em plano global e em várias mídias (shows 
musicais, novelas e séries). Neste sentido, a imagem é um 
cartaz caracterizado pela neutralidade política. 
c) Trata-se de uma música de alcance internacional entoada 
em várias partes do mundo, em diferentes contextos de 
resistência política contra o fascismo, regime caracteriza-
do pela adesão da massa em relação ao seu líder, como 
explicita a fotografia. 
d) O gesto que recupera em 2018 esta canção sugere uma 
semelhança entre o tempo de antes (do fascismo) e o de 
hoje, aproximando Silvio Berlusconi de Mussolini, dirigen-
te retratado na fotografia. Antes, como agora, Bella Ciao 
exalta a resistência, identificando-se como uma canção 
nacionalista. 
14 Extensivo Terceirão
18.06. (UDESC) – Após a Primeira Guerra Mundial e a crise eco-
nômica do capitalismo liberal, em 1929, assistiu-se à expansão 
de movimentos autoritários de extrema direita, que tiveram 
no fascismo e no nazismo seus mais importantes exemplos.
Sobre esse período assinale a alternativa incorreta:
a) A juventude e os trabalhadores alemães foram enqua-
drados em organizações que pregavam o militarismo e 
a superioridade racial.
b) Na Itália fascista, Benito Mussolini ascendeu ao poder 
prometendo a restauração da grandeza italiana, inspirada 
nos tempos no Império Romano.
c) A guerra civil espanhola teve como resultado final a vitória 
das forças de Francisco Franco e a instauração de um 
regime ditatorial de direita.
d) O Estado Novo, instaurado no Brasil em 1937, estava as-
sociado ao processo de emergência de ideias autoritárias 
do período.
e) Na Alemanha, grande derrotada na Primeira Guerra Mun-
dial, o regime nazista preconizava uma forte oposição ao 
capitalismo e a adesão ao socialismo.
18.07. (UDESC) – Sobre os regimes totalitários no entreguer-
ras, pode-se afirmar:
a) Alemanha e Itália viviam uma situação social crítica e 
foi nesses países que se fundaram os principais regimes 
totalitários: o nazismo e o fascismo.
b) Na Itália houve o crescimento do fascismo, que permitiu, 
com o nazismo, a vitória na Segunda Guerra contra os 
chamados Aliados.
c) Na Península Ibérica, dada a solidez política e democrática 
de Portugal e Espanha, o totalitarismo não ocorreu.
d) A Guerra Civil Espanhola, em seu desfecho (1939), acabou 
com a Ditadura de Franco.
e) Os nazistas eram favoráveis ao comunismo internaciona-
lista e democrático de Stalin, com quem fizeram aliança 
durante a Segunda Guerra.
18.08. (PUCPR) – O General Francisco Franco, líder final da 
Falange, partido político de direita, foi vitorioso na Guerra 
Civil Espanhola (1936 - 1939) e criou um Estado Totalitário. 
Teve ajuda militar significativa:
I. dos Estados Unidos que, como sempre, temiam o avanço 
do socialismo.
II. da Alemanha, cujo governo era liderado por Adolf Hitler.
III. da Inglaterra, temerosa do progresso do socialismo em 
região tão próxima de seu país.
IV. da Itália, então monarquia, mas chefiada por Benito 
Mussolini.
V. da U.R.S.S., à frente da qual estava o ditador Stálin.
Estão corretas as opções:
a) I, III e V
c) I, II e III
e) II e IV
b) apenas II e III
d) III, IV e V
18.09. (UFRGS) – Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) 
as afirmações abaixo, referentes ao fascismo na Europa, no 
período entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial.
( ) O partido fascista italiano, liderado por Benito Mussoli-
ni, chegou ao poder em outubro de 1922, com o apoio 
de organizações de direita e centro-direita.
( ) Algumas das características ideológicas principais do 
fascismo são o nacionalismo exacerbado, o autoritaris-
mo, a devoção ao líder e o desprezo pela democracia 
liberal.
( ) O fascismo, em Portugal,Espanha e Polônia, constituiu-
-se como um movimento de oposição à influência da 
Igreja Católica na vida política e social dessas nações.
( ) A França foi um dos poucos países europeus em que o 
fascismo não teve qualquer tipo de influência política, 
mesmo após a invasão alemã, em 1940.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de 
cima para baixo, é 
a) F – V – V – F. 
b) V – F – F – V. 
c) V – V – F – F. 
d) F – V – F – V. 
e) V – F – V – F. 
18.10. (UDESC) – “Ao contrário do historiador con-
temporâneo ao fascismo (...) não podemos tratar o 
fascismo como um movimento morto, pertencente a 
história e sem qualquer papel político contemporâneo. 
Encontramo-nos, desta forma, numa situação insólita: 
sabemos qual a prática e as consequências do fascismo 
e sabemos, ainda, que não é um fenômeno puramente 
histórico, aprisionado no passado. Assim, torna-se 
impossível escrever sobre o fascismo histórico sem ter 
em mente o neofascismo e suas possibilidades.”
Daniel Araao Reis Filho. O século XX.
Assinale a alternativa que se refere corretamente ao trecho 
acima. 
a) O fascismo é um fenômeno puramente histórico e datado, 
restrito às experiências totalitárias da primeira metade 
do século XX. 
b) O fascismo, além de fenômeno histórico, faz-se presente 
na sociedade contemporânea pelas práticas que podem 
ser identificadas como neofascismo. 
c) O fascismo e o neofascismo são fenômenos históricos que, 
por tratar de passado e presente, não podem ser escritos. 
d) No que diz respeito à escrita da história do fascismo, a 
situação dos historiadores contemporâneos ao fascismo 
é idêntica à situação dos historiadores atuais. 
e) O fascismo, como fenômeno histórico, não possui relação 
alguma com a contemporaneidade
Aula 18
15História 5B
Aprofundamento
18.11. (UFRGS) – Observe a imagem abaixo.
Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/They_shall_not_pass>. 
Acesso em: 22 ago. 2016.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, 
referentes à Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e ao subse-
quente regime franquista (1939-1978).
( ) A Guerra Civil teve seu estopim quando setores nacio-
nalistas conservadores insurgiram-se contra a Segunda 
República e o governo eleito de Manuel Azaña.
( ) O regime de Francisco Franco foi caracterizado pela 
laicidade, pelo respeito à autonomia regional e pela 
defesa da república como forma de governo.
( ) As Brigadas Internacionais foram constituídas de mi-
lhares de voluntários de diferentes países que, durante 
a Guerra Civil, juntaram-se à causa republicana e à luta 
contra o fascismo.
( ) O regime franquista chegou ao fim em 1978, após um 
golpe de estado contra Francisco Franco, encabeçado 
por setores monarquistas vinculados ao então príncipe 
herdeiro Juan Carlos I.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de 
cima para baixo, é 
a) F – V – F – V. 
b) V – F – V – F. 
c) V – V – F – F. 
d) V – F – V – F. 
e) F – V – V – F.
18.12. (FGV – SP) – A respeito do salazarismo, estabelecido 
em Portugal entre 1933 e 1974, é correto afirmar:
a) Foi inspirado no modelo soviético e apresentava-se como 
um regime socialista, nacionalista e autoritário.
b) Preservou a monarquia portuguesa, mas estabeleceu 
um governo autoritário sob o comando de Antônio de 
Oliveira Salazar.
c) Tratava-se de um regime parlamentarista estabelecido por 
Antônio de Oliveira Salazar após a Revolução dos Cravos.
d) Tratava-se de um regime autoritário que impedia a livre 
organização partidária e era orientado por uma doutrina 
nacionalista.
e) Instaurou a República, manteve o catolicismo como região 
oficial e adotou uma política de aproximação com os 
setores oposicionistas.
18.13. (UFRS) – Considere as seguintes afirmações em 
relação ao surgimento do fascismo na Europa nos anos 
1920 e 1930.
I. Na França, as bases industriais arruinadas e o desemprego 
foram causas do surgimento do movimento fascista, que 
tomaria o poder no final dos anos 20.
II. Por se apresentar como uma solução alternativa ao socia-
lismo, o fascismo foi inicialmente visto com bons olhos 
pelos Estados vitoriosos da Primeira Guerra.
III. Os governos de Franco, na Espanha, e de Salazar, em 
Portugal, sofreram influências dos regimes fascistas 
italiano e alemão.
Quais estão corretas?
a) Apenas I 
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas II e III
e) I, II e III
18.14. (UFRGS) – A Guerra Civil Espanhola iniciada em 
1936, tradução sangrenta do confronto de duas Espanhas e 
ponto focal de uma atormentada história, tornou-se o mito 
fundador da luta internacional contra o fascismo.
Assinale a alternativa correta sobre esse tema.
a) A Espanha, que jamais vivera um regime republicano ou 
a vitória eleitoral de partidos de esquerda, observou em 
1936 um golpe de Estado desencadeado pelos comunis-
tas. Foi o começo da guerra civil.
b) Os regimes autoritários da época, como a Itália de Mus-
solini e a Alemanha de Hitler, preferiram não colaborar 
materialmente com a facção nacionalista espanhola, 
temendo a reação das democracias europeias.
c) A Guerra Civil terminou com o triunfo dos nacionalistas 
sobre os republicanos. A era franquista estava aberta. A 
Espanha vermelha, derrotada. Os militantes de esquerda, 
antigos combatentes republicanos, foram perseguidos no 
quadro da feroz repressão do “terror branco”.
d) Após a vitória, o general Francisco Franco proclamou a 
República e extinguiu a monarquia em nome da demo-
cracia. Instituiu-se o sufrágio universal, com extensão do 
voto, inclusive, às mulheres e aos soldados.
e) Os nacionalistas espanhóis, agrupados na Falange e adep-
tos de práticas fascistas, ao serem derrotados na guerra civil, 
partiram para outros países a fim de divulgar sua causa.
16 Extensivo Terceirão
18.15. (UFU – MG) – Em julho de 1936, o general Francisco 
Franco, sob o pretexto de um avanço comunista, liderou 
uma revolta militar para derrubar a República, dando início 
à guerra civil espanhola. Do seu lado estavam a maioria da 
Igreja Católica e setores da classe média e do Exército. A 
respeito dessa guerra é correto afirmar que:
I. os russos se mantiveram neutros enquanto Alemanha 
e Itália lutaram contra Franco ao lado dos republicanos, 
sendo derrotados pelas Brigadas Internacionais de co-
munistas e anarquistas.
II. a mais sensível imagem dos horrores da guerra civil es-
panhola pode ser vista na obra do artista plástico Pablo 
Picasso, que retratou, em Guernica, toda sua indignação 
perante o bombardeio alemão à cidade espanhola.
III. com a ajuda militar da Itália e da Alemanha e o apoio da 
Igreja Católica, o general Franco conseguiu, em 1939, der-
rubar a resistência republicana, abrindo caminho para a 
expansão dos regimes totalitários na Europa e instalando 
na Espanha, uma ditadura que duraria até 1975.
IV. entre os fatores de insatisfação dos setores conservadores, 
aglutinados no grupo da Falange e liderados por Franco, 
estava a vitória da coligação da Frente Popular e dos 
movimentos de esquerda nas eleições de 1936.
Assinale
a) se apenas I e III são corretas.
b) se apenas I, II e III são corretas.
c) se apenas II é correta.
d) se todas são corretas.
e) se apenas II, III e IV são corretas.
18.16. (UFSC) –
O quadro anterior reproduzido – Guernica – de Pablo Picasso, 
datado de 1937, representa o bombardeio da força aérea alemã 
à pequena cidade de Guernica. Em relação ao período entre 
as duas guerras mundiais (1919 - 1939), é correto afirmar que:
01) foi um período de fortalecimento das ideias democráti-
cas e liberais no ocidente.
02) nazista e fascismo foram ideologias antagônicas que se 
formaram na Europa no período “entre guerras”.
04) forças militares alemãs testaram suas novas armas na 
Espanha, combatendo a favor das tropas do General 
Francisco Franco.
08) as diversas dificuldades que surgiram após o término da 1a. 
Guerra, o avanço das ideias socialistas como reflexo da Re-
volução Russa (1917) e a crise do capitalismo internacional 
favoreceram o avanço de ideias e partidos totalitários.16) as ideias republicanas foram vitoriosas em alguns paí-
ses, com destaque para Portugal.
32) os sindicatos de trabalhadores, urbanos ou rurais, ex-
perimentaram importantes vitórias políticas nos países 
ibéricos.
18.17. A canção de Chico Buarque de Hollanda refere-se à 
Revolução dos Cravos, ocorrida em Portugal em 1974. Aponte 
duas razões que levaram o exército português a liderar o 
processo revolucionário e explicite a principal consequência 
da Revolução dos Cravos para a política portuguesa na África.
18.18. (PUC – RJ) – A Guerra Civil Espanhola (1936-1939) foi 
uma das experiências que, nas suas particularidades, repre-
sentou grande parte das contradições políticas do cenário 
europeu, durante o entreguerras (1919-1939). Sobre esse 
acontecimento, podemos afirmar que
I. na década de 1930, a sociedade espanhola foi palco de 
crescente polarização, no tocante à promoção de deter-
minadas reformas sociais, entre os nacionais-socialistas, 
agrupados na Falange, e diversas facções políticas de 
esquerda, reunidas na Frente Popular.
II. com a vitória da Frente Popular, nas eleições de 1936, 
militares conservadores e nacionalistas, sob o comando 
do General Francisco Franco, iniciaram a guerra civil que 
culminou com a vitória dos grupos franquistas, em 1939, 
e a implantação de regime ditatorial, em vigor até 1975.
III. o bombardeio da vila de Guernica, em 1937, pela aviação 
alemã, em apoio à ofensiva das tropas de Franco, tornou-se, 
na tela pintada por Pablo Picasso, um dos episódios símbolo 
das atrocidades que caracterizaram a Guerra Civil Espanhola.
IV. o governo republicano da Frente Popular, a despeito dos 
apelos realizados, pouca ajuda recebeu de governos e/ 
ou voluntários estrangeiros, não oferecendo resistência 
ostensiva ao golpe militar franquista.
Aula 18
17História 5B
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
d) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Desafio
18.19. (UERJ) – 
teses.usp.br
As acusações mais constantes aos quadrinhos do 
Super-Homem são de que naturalizam a violência 
como melhor forma de resolver problemas, inclusi-
ve os sociais, e, claro, de que há um autoritarismo 
intrínseco na ideia de ser preciso um homem forte 
para pôr ordem na sociedade. Também se apontam 
em suas histórias o desprezo pelas instituições criadas 
em torno do voto, o elogio das autoridades não eleitas 
(militares, policiais, juízes), uma rebeldia juvenil con-
tra a desordem e a promoção de novas elites.
Adaptado de CAMPOS, Rogério de. Super-Homem e o romantismo de aço. São 
Paulo: Ugra Press, 2018.
Criado em 1938, o personagem Super-Homem foi alvo de 
críticas que o associavam a ideologias políticas correntes 
naquela década.
Com base no texto, denomine a ideologia política associada 
ao personagem por seus críticos. Nomeie, também, dois 
regimes ou movimentos inspirados por essa ideologia. 
Gabarito
18.01. d
18.02. d
18.03. c
18.04. c
18.05. c
18.06. e
18.07. a
18.08. e
18.09. c
18.10. b
18.11. d
18.12. d
18.13. d
18.14. c
18.15. e
18.16. 12 (04 + 08)
18.17. A insistência do regime do Estado Novo 
português em manter o sistema colonial 
provocou um profundo desgaste tanto 
interno quanto externo. A permanência 
da guerra colonial e a recusa dos gover-
nos Oliveira Salazar e Marcelo Caetano 
em negociar uma saída pacífica para a 
crise corroeram a economia portuguesa. 
Ao mesmo tempo, jovens que se recu-
savam a prestar o serviço militar migra-
vam para outros países da Europa e para 
o Brasil. Nas forças Armadas, reivindica-
ções de caráter corporativo assumiram 
gradativamente conotações políticas, 
sobretudo na defesa do fim da guer-
ra e da independência das colônias. A 
Revolução dos Cravos, liderada por mi-
litares do Exército, acabou por ocasionar 
o fim do antigo sistema colonial, com 
a imediata independência de Angola, 
Moçambique, Guiné, Cabo-Verde e São 
Tomé e Príncipe.
18.18. c
18.19. A criação do personagem “Super-
-Homem” em 1938 nos Estados Unidos 
está muito associada àquele contexto 
histórico mundial com a presença de re-
gimes totalitários na Europa, tais como, 
o Nazismo na Alemanha e o Fascismo na 
Itália. Um homem forte e autoritário, aci-
ma da sociedade, que despreza institui-
ções políticas criadas pelo voto. Naquele 
contexto mundial, entre guerras, havia 
diversos regimes autoritários, tais como, 
Salazarismo em Portugal, Franquismo 
na Espanha, ditadura Estadonovista de 
Vargas no Brasil, etc. Além de agremia-
ções políticas defensora de governos 
fortes como os Integralistas no Brasil na 
década de 1930 e outros partidos de ex-
trema direita no mundo.
18 Extensivo Terceirão
Segunda Guerra Mundial I
5BAula 19
História
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Antecedentes
Após a Primeira Guerra Mundial, a ordem interna-
cional passou por momentos turbulentos. A impotente 
Liga das Nações, criada para manter a paz, pouco fazia, 
pois representava os interesses das nações vencedoras 
da Grande Guerra. A vitória dos bolcheviques na Rússia, 
em 1917, e a Crise de 1929 amedrontaram a burguesia 
europeia, temerosa com o avanço do comunismo.
Na Alemanha, humilhada pelo Tratado de Versalhes, 
mergulhada numa crise social e econômica gravíssima, 
Adolf Hitler ascendeu ao poder, trazendo consigo o 
sonho de uma Alemanha expansionista e poderosa. 
Hitler, desrespeitando o Tratado de Versalhes, rearmou 
a Alemanha, militarizou a Renânia, anexou a Áustria e a 
região dos Sudetos, na Tchecoslováquia.
Nesse contexto, Inglaterra, França e Estados Unidos 
nada fizeram, pois Hitler afirmava que o expansionismo 
alemão se processaria à custa da URSS, o que interessava 
aos círculos anticomunistas das potências ocidentais, 
que se debatiam com os graves efeitos da Crise de 29.
A Guerra Civil Espanhola foi um ótimo laboratório 
para que os alemães e, em menor escala, os italianos 
testassem suas armas.
Os fatores que também contribuí ram para a defla-
gração da Segunda Grande Guerra foram:
• Crise da Manchúria: a invasão da China pelo Japão, 
em 1931, gerando a reação dos Estados Unidos, que 
passaram a boicotar economicamente o Japão.
• Crise da Etiópia: a ocupação da Etiópia pelos ita-
lianos, em 1935. Os etíopes faziam parte da Liga 
das Nações e nada de mais grave aconteceu à Itá-
lia de Mussolini, após a ocupação.
• Desmembramento da Tchecoslováquia, após a 
anexação dos Sudetos.
• A busca, pelos alemães, da reintegração dos 
territórios perdidos para os poloneses, desde a 
assinatura do Tratado de Versalhes. Para garan-
tir a neutralidade soviética, os nazistas assinaram 
o Pacto Nazissoviético, concordando com o ex-
pansionismo soviético pelo mar Báltico.
Em síntese, pode-se afirmar que a ordem interna-
cional (imposta pelas potências vencedoras da Primeira 
Guerra Mundial) impedia as pequenas potências 
(Alemanha, Japão e Itália) de disputarem as fontes de 
matérias-primas e os mercados consumidores. Surge, 
então, o conflito.
 Assinatura do Pacto Nazissoviético
A Segunda Guerra Mundial foi desencadeada pelas 
nações fascistas do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Em 
1936, a Alemanha e o Japão firmaram um pacto (anti-
Komintern) para combater o comunismo. Na realidade, 
este bloco político-militar era dirigido tanto contra a União 
Soviética como contra a Inglaterra, França e Estados Unidos.
Essas potências fascistas planejaram que a Alemanha 
conquistaria os povos eslavos e parte da União Soviética, 
despojaria a Inglaterra e a França de suas colônias e es-
tabeleceria a dominação total da Europa. A Itália ficaria 
com a Argélia, Tunísia, Córsega, Sudão e outras colônias 
inglesas e francesas.
O Japão pretendia apoderar-se da China, Índia, Bir-
mânia, Indonésia, Filipinas, Sibéria e do Extremo Oriente 
Soviético.
Quanto à sua evolução, o curso da guerradesdobrou-
-se em três fases: as vitórias do EIXO (1939-1941), o equi-
líbrio de forças (1941-1943) e as vitórias dos ALIADOS 
(1943-1945).
Aula 19
19História 5B
Inicia-se a Guerra
Alegando que o exército polonês havia atacado 
uma cidade alemã (ataque forjado pela SS), os alemães 
invadiram a Polônia no dia 1o. de setembro de 1939.
A França e a Inglaterra declararam guerra à Alema-
nha, mas evitaram um ataque frontal, pretendendo levá-
-la à capitulação, por meio de um bloqueio econômico.
Enquanto os nazistas ocupavam boa parte da 
Polônia, os soviéticos, conforme estabelecia o Acordo 
Nazissoviético, invadiram o leste do território polonês.
Em 1940, a Alemanha passou à ofensiva, substituin-
do a Sitzkrieg (guerra sentada) pela Blitzkrieg (guerra 
relâmpago). Em abril de 1940, ocupou a Dinamarca e, 
paralelamente, invadiu a Noruega. A primeira conquista 
visava a assegurar posições vitais para a guerra naval 
com a Inglaterra.
A vitoriosa campanha alemã na Noruega levou 
à substituição de Chamberlain por Churchill como 
primeiro-ministro da Grã-Bretanha.
Campanha da França
A invasão da Holanda, em maio de 1940, deu início 
à ofensiva alemã na frente ocidental. Paralelamente, 
realizou-se a invasão da Bélgica e o cerco das tropas 
remanescentes franco-britânicas em Dunquerque. Sob 
intenso bombardeio alemão, realizou-se a célebre opera-
ção naval, conhecida como a Retirada de Dunquerque.
Até hoje não se sabe ao certo por que os alemães 
permitiram que os ingleses conseguissem realizar a 
chamada “Retirada de Dunquerque”. Para alguns, foi in-
competência; para outros, Hitler não quis que o exército 
obtivesse todos os louros e existem ainda aqueles que 
acham que o Führer queria a paz com a Inglaterra.
Os franceses adotaram uma tática de guerra ultra-
passada, pois acreditavam que estavam protegidos pela 
chamada “Linha Maginot”, centenas de quilômetros 
fortificados que iam da fronteira da Bélgica à Suíça.
 Alemães ocupando Paris
Os alemães romperam a “Linha Maginot” e mar-
charam em direção a Paris. Os franceses derrotados 
assinaram um armistício com os alemães. A França foi 
dividida em duas áreas: uma zona “livre”, governada por 
um regime colaboracionista (com capital em Vichy), ten-
do como presidente o marechal Philippe Pétain e como 
primeiro-ministro Pierre Laval; uma outra área ficou sob 
o domínio direto dos alemães.
O general Charles de Gaulle optou pela resistência 
militar oriunda do exterior, por isso montou o seu 
“quartel-general” em Londres. Internamente os “ma-
quis”, em sua maioria comunistas, procuravam solapar a 
dominação nazista, bem como o “regime de Vichy”.
Batalha da Grã-Bretanha
Com a derrota da França, Hitler esperava que os bri-
tânicos firmassem a paz em separado com os alemães. 
Como isso não aconteceu, o Führer ordenou que seus 
planejadores elaborassem um plano para invadir a 
Inglaterra. O plano ficou conhecido como “Leão-Marinho”. 
Porém, antes de colocá-lo em execução, os alemães 
deveriam, com bombardeios aéreos, debilitar as defesas 
britânicas.
A Luftwaffe comandada por Goering, por meio de 
uma ofensiva aérea de codinome “Águia”, objetivava 
destruir centros industriais, aniquilar a RAF (Royal Air 
Force) e atacar a Marinha Real.
A partir de agosto de 1940, os alemães passaram a 
bombardear os parques industriais de cidades inglesas. 
O terror se espalhara pela Inglaterra. Segundo Burns, 
“milhares de casas foram destruídas e bairros ficaram 
reduzidos a escombros. O mais pavoroso foram as 
baixas registradas entre a população civil. De agosto 
de 1940 a junho de 1941, quando cessaram prati-
camente os bombardeios em larga escala, mais de 
40 000 cidadãos ingleses foram mortos pelos ataques 
aéreos”.
 Avião alemão
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20 Extensivo Terceirão
Apesar das destruições provocadas, os alemães 
também tiveram grandes baixas. Hitler não conseguiu 
dobrar os britânicos. Por que isso ocorreu? A liderança 
de Churchill, o ótimo desempenho da RAF, o sistema 
de radar colocado em funcionamento na Grã-Bretanha 
e a decodificação das mensagens germânicas foram 
alguns dos fatores que contribuíram para o fracasso da 
Luftwaffe.
 Avião inglês Spitefire
Quando os alemães invadiram a URSS, os ataques 
às Ilhas Britânicas diminuíram. Mesmo assim, até o final 
da guerra, os britânicos foram alvo de ataques aéreos, 
especialmente com as terríveis bombas V1 e V2.
Em 1940, os ingleses conseguiram parar esta 
ofensiva italiana. Em dezembro desse mesmo ano, foi 
empreendida a contraofensiva inglesa, que expulsou 
os italianos de uma vasta região. Diante dessa situa-
ção, a Alemanha, para ajudar os italianos, desembar-
cou na Líbia o Afrikakorps, comandado pelo general 
Rommel. Concomitantemente ao desembarque na 
África, as tropas nazifascistas ocuparam a Iugoslávia e 
a Grécia e obtiveram a adesão da Hungria, Romênia e 
Bulgária.
Na Iugoslávia, a resistência ao domínio nazifascista 
foi levada a cabo por Josip Broz Tito, líder máximo 
do Destacamento Partisan de Libertação Nacional da 
Iugoslávia, exército guerrilheiro formado em junho de 
1941.
Os partisans de Tito lu-
taram contra os alemães, os 
italianos, os monarquistas 
chetniks e os ustachis, alia-
dos dos nazifascistas. Conse-
guiram vencer, mesmo sem 
a ajuda direta dos soviéticos 
e dos norte-americanos. 
Hitler perdeu dezesseis divi-
sões na Iugoslávia, fato que 
contribuiu para arrefecer o 
seu ataque à URSS. Josip Broz Tito
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Testes
Assimilação
19.01. – (IFCE) – Na madrugada do dia 1º. de setembro de 
1939, as forças armadas alemãs transpuseram a extensa 
fronteira comum e invadiram as planícies poloneses 
com seus tanques. Não houve declaração de guerra. 
Um incidente forjado na fronteira serviu como pretexto 
para o ato agressivo. 
GONÇALVES, W. da Silva. A segunda Guerra Mundial. In: REIS FILHO, D. A., 
FERREIRA J., ZENHA, C. O Século XX. O tempo das crises. Revoluções, fascismos e 
guerras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. 
A invasão da Polônia deu início ao conflito armado mais 
sangrento da história da humanidade. O estopim da guerra 
teve como protagonista o(a) 
a) Grécia. 
b) Império Austro-Húngaro. 
c) Itália. 
d) Alemanha. 
e) URSS. 
19.02. (UDESC) – Leia as citações seguintes.
“Vejo-o apenas como um século de massacres e 
guerras.” (René Dumont, ecologista francês)
“Não posso deixar de pensar que este foi o século 
mais violento da história humana.” (Willian Golding, 
escritor inglês)
“Nós, que sobrevivemos aos Campos, não somos 
verdadeiras testemunhas. (...) Nós, sobreviventes, so-
mos uma minoria não só minúscula, como também 
anômala. Somos aqueles que, por prevaricação, habi-
lidade ou sorte, jamais tocaram o fundo. Os que toca-
ram, e que viram a face das Górgonas, não voltaram, ou 
voltaram sem palavras.” (Primo Levi, escritor italiano)
(Hobsbawn, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX. São Paulo: Cia das 
Letras, 1995)
As citações acima transcritas, referem-se à(s)/ao(s): 
a) eventos ocorridos em um tempo anterior a 1914. 
b) Segunda Guerra Mundial, exclusivamente. 
c) Primeira Guerra Mundial, exclusivamente. 
d) revoluções violentas, ocorridas entre 1870 e 1895. 
e) caráter violento atribuído ao século XX, especialmente em 
função da experiência das duas grandes guerras. 
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Aula 19
21História 5B
19.03. (UFPR) – No preâmbulo da Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, lê-se: 
“[...] Considerando que o desconhecimento e o 
desprezo dos direitos do Homem conduziram a atos 
de barbárie que revoltam a consciência da Humani-
dade e que o advento de um mundo em que os seres 
humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do 
terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta 
inspiração do Homem [...].” (grifo nosso) 
A partir dos conhecimentos sobre o contexto histórico

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