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Instituto Centro de Ensino Tecnológico EEEP Dep. José Walfrido Monteiro Técnico em Aquicultura Disciplina: Piscicultura Prof.a Ierislane Leite Trabalho de piscicultura – Biologia geral, sistema de cultivo, reprodução e larvicultura de carpa, cachara, pintado, pirapitinga, curimatã e surubim. Jayane Bruna Silva Vieira Nº 20 Keydla Kethely Teixeira Pereira Nº 25 Marcus Vinícius Araújo de Lima Nº 30 Maria Aline de Sousa Gomes Nº31 Icó 2017 2 Sumário 1. Carpa (Cyprinus carpio). .................................................................................................................. 3 1.1 Introdução ............................................................................................................................... 3 1.2 Biologia geral ........................................................................................................................... 3 1.3 Sistema de cultivo ................................................................................................................... 3 1.4 Reprodução ............................................................................................................................. 3 1.5 Larvicultura .............................................................................................................................. 4 2. Cachara (Pseudoplatystoma fasciatum) ..................................................................................... 4 2.1 Introdução ............................................................................................................................... 4 2.2 Biologia geral ........................................................................................................................... 4 2.3 Reprodução ............................................................................................................................. 4 2.4 Larvicultura .............................................................................................................................. 5 3. Pintado (Pseudoplatystoma corruscans) ......................................................................................... 5 3.1 Introdução ............................................................................................................................... 5 3.2 Biologia geral ........................................................................................................................... 6 3.3 Reprodução ............................................................................................................................. 6 3.4 Larvicultura .............................................................................................................................. 6 4. Pirapitinga (Piaractus brachypomum) ............................................................................................. 6 4.1 Introdução ..................................................................................................................................... 6 4.2 Biologia geral ................................................................................................................................. 7 4.3 Reprodução ................................................................................................................................... 7 5. Curimatã (Prochilodus lineatus) ................................................................................................. 7 5.1 Introdução ............................................................................................................................... 7 5.2 Biologia geral ........................................................................................................................... 8 5.3 Reprodução ............................................................................................................................. 8 6. Surubim (Pseudoplatistoma coruscans) .......................................................................................... 8 6.1 Introdução ............................................................................................................................... 8 6.2 Biologia geral ........................................................................................................................... 8 6.3 Reprodução ............................................................................................................................. 8 6.4 Larvicultura ............................................................................................................................. 9 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................ 10 3 1. Carpa (Cyprinus carpio). 1.1 Introdução Conhecida popularmente como carpa e carpa-comum, é um peixe teleósteo da família Cyprinidae, de coloração cinza prateado. Originária de grandes lagos e rios da Ásia, Europa e África, onde as populações selvagens enfrentam risco de extinção, é muito difundida como peixe de criação em vários ambientes nos quais pode ser considerada espécie invasora. 1.2 Biologia geral A carpa é uma espécie domesticada que se adaptou a sistemas de cultura. Esta espécie apresenta uma grande tolerância tanto no que respeita à temperatura como à qualidade da água. É capaz de viver em todos os tipos de águas com correntes lentas ou paradas. As carpas são omnívoras, alimentando-se, principalmente, de zooplâncton e zoobentos, resíduos e partes de plantas aquáticas. A forma original de carpa é denominada «carpa comum» e apresenta escamas grandes e uniformemente distribuídas. Entre as estirpes domesticadas de carpa contam-se peixes com poucas escamas que se apresentam irregularmente distribuídas («carpa-espelho»). 1.3 Sistema de cultivo Normalmente, a cultura da carpa é semi-intensiva. As carpas podem ser criadas em monocultura, policultura (juntamente com outras espécies de água doce, como o lúcio, o peixe-gato ou a carpa prateada) ou numa cultura integrada com outras atividades agrícolas. As lagunas onde são criadas desempenham com frequência um papel importante na melhoria da biodiversidade, retenção das águas na paisagem e proteção contra as inundações. 1.4 Reprodução São peixes da família Cyprinidae, espécie de água doce de origem asiática, trazida para o Brasil no ano de 1882. Este gênero no Brasil possui três variedades: carpa escama Cyprinus carpio, carpa espelho Cyprinus carpio specularis e Carpa colorida Cyprinus carpio koralli. Estes peixes devem ser criados em ambientes fechados, pois são de grande rusticidade e suportam baixas concentrações de oxigênio dissolvido na água. Atualmente, no sul do Brasil, as distintas variedades de carpas ocupam lugar de destaque na produção de peixes de água doce, sendo um dos peixes mais produzidos em sistemas de cultivo semiintensivo e extensivo. Todas as desovas deverão ocorrer em um espaço de 230 a 250 horas/grau. Os ovos serão incubados por um período médio de 2 dias, permanecendo neste tanque https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe https://pt.wikipedia.org/wiki/Tele%C3%B3steo https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_(biologia) https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyprinidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Cor https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinza https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81sia https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie_invasora 4 por mais 3 dias, saindo para o período de larvicultura e alevinagem em tanques de terra. Os reprodutores, em número de 1 fêmea e 2 machos, pesando de preferência, em média, 3kg para a fêmea e 2kg para os machos, são colocados nos tanques previamente aquecidos, a uma temperatura de 22ºC,subindo gradativamente até os 25oC em um período de 12 horas. Os tanques devem ser equipados com vegetação artificial do tipo ráfia, disposta de maneira vertical entre o fundo do tanque e a superfície da água, para que a fêmea possa depositar seus óvulos entre esta vegetação. Após a desova, os reprodutores são retirados do tanque, ficando apenas o kakabans (substrato artificial) com os ovos aderidos para a incubação. Se necessário, fazer desinfecção com permanganato de potássio a 2ppm, deixando água corrente suficiente para renovar o tanque em 12 horas. 1.5 Larvicultura A partir do momento em que as larvas começarem a alimentar-se, elas deverão passar para tanques maiores, onde iniciarão o processo de larvicultura e alevinagem. Estas larvas deverão receber como primeira alimentação, após a absorção do saco vitelino, o ovo microencapsulado. 2. Cachara (Pseudoplatystoma fasciatum) 2.1 Introdução Pertencentes à ordem Siluriformes, estas espécies são as maiores da família Pimelodidae. Elas encontram-se distribuídas pelas Bacias Amazônica, do Prata e do São Francisco. 2.2 Biologia geral A temperatura ideal para cultivo situa-se ao redor de 27C, entretanto, a faixa de temperatura para criação é muito ampla. Têm-se observado cultivos em locais onde a temperatura da água no inverno atinge 17 C, com pouca incidência de doenças mas com baixo crescimento. Em cativeiro, a espécie apresenta bom crescimento, e é adequada tanto para criação em sistema semi intensivo ou tanque-rede. Este peixe também pode ser criado de forma extensiva, com o uso de peixes forrageiros. Embora seja espécie piscívora, foram desenvolvidas estratégias para sua criação com uso de rações. Apesar de possuir dentes muito pequenos (filiformes), esta espécie necessita ser manejada com cuidado para evitar acidentes com o ferrão localizado na nadadeira peitoral. 2.3 Reprodução Realiza migração reprodutiva, rio acima, a partir do início da enchente. 5 2.4 Larvicultura As larvas necessitam ser criadas em laboratório e tanques tipo raceway até que se tornem alevinos, já que os melhores resultados em viveiros de engorda estão sendo obtidos quando são estocados peixes entre 12 e 20 cm de comprimento total. As larvas, após dois dias de idade, são transferidas para caixas circulares ou retangulares de fibra de vidro com aeração e renovação de água constantes, numa densidade média de 15 larvas por litro, sendo alimentadas de sete a dez vezes ao dia com náuplios de Artemia salina, na quantidade de 500 náuplios para cada larva. Após oito a dez dias de criação é iniciada a alimentação com o plâncton (cladóceros e copépodos) coletado em viveiros especialmente preparados. O oferecimento alternado da artêmia e do plâncton é feito de forma que a artêmia seja totalmente substituída pelo plâncton. Esta fase de criação dura de quinze a vinte dias, quando atingem o tamanho total médio de 2,5 a 3,0 cm, com índices de sobrevivência de 50 a 80%. Após essa fase, deve ser diminuída a densidade de estocagem para 3-4 peixes com tamanho médio de 2,5 a 3,0 cm por litro, momento em que já pode ser iniciado o treino com alimento inerte (ração). Nesta segunda fase de criação, a aceitação pelos alevinos do alimento artificial completo é a principal meta na criação dessas espécies. Uma das principais estratégias utilizadas no início do treinamento alimentar dos peixes é a inclusão de ingredientes extremamente atrativos na dieta. Os alevinos, nesta fase, recebem de oito a doze alimentações diárias à base de plâncton e alimento artificial úmido, constituído de uma ração para larvas com alto teor de proteína bruta (acima de 40%) associada a um atrativo, que pode ser gônadas de peixe, peixe finamente moído, sardinha, coração e bofe de boi e plâncton congelado. Nos primeiros 10 dias dessa fase o manejo alimentar consiste em administrar junto com o plâncton a alimentação artificial na forma de pasta. A partir deste período, o plâncton é retirado gradativamente até que se alimentem somente com ração. Neste momento então, inicia-se novamente outro treino alimentar para substituir a ração em pasta por uma ração seca e extrusada. Nesta fase de criação continua sendo muito importante o manejo rotineiro para a retirada dos alevinos maiores, evitando-se o canibalismo. A sobrevivência média de juvenis prontos para serem comercializados é ao redor de 30 a 40%. 3. Pintado (Pseudoplatystoma corruscans) 3.1 Introdução O peixe de água doce chamado Pintado é conhecido popularmente como Surubim-Caparari, Brutelo, Caparari e Moleque. Sua espécie é distribuída em várias Bacias brasileiras, com maior importância no Pantanal e na Bacia do Rio São Francisco (Estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul). 6 3.2 Biologia geral O Pintado habita calhas dos rios, embaixo de malhas de aguapés e camalotes e em bocas de corrichos. Tem o hábito noturno. O Pintado é um peixe de couro, com coloração acinzentada e diversas pintas pretas cilíndricas pelo corpo. Já seu ventre tem uma coloração esbranquiçada. Seu corpo é alongado e roliço. Sua cabeça é grande e achatada, com dimensão entre 1/4 a 1/3 do tamanho do corpo. Apresenta longos barbilhões. Possui ferrões junto às nadadeiras laterais e dorsal. É apreciado por sua carne muito saborosa. Pode alcançar pesos próximos a 80 kg e quase 2 m de comprimento 3.3 Reprodução É um peixe que realiza migrações de desova. Já se consegue a reprodução em laboratório, o que permite o desenvolvimento da espécie em piscicultura. 3.4 Larvicultura Com 02 dias de idade e o desaparecimento quase que total do saco vitelínico, as larvas começaram a ser alimentadas, a principio, durante os três primeiros dias, unicamente de zooplâncton como alimento. Após este período, passou a ser utilizado outro tratamento em conjunto com o primeiro. Utilizou-se dois tratamentos, com duas réplicas cada (antes da divisão por tamanho), distribuídos aleatoriamente. O tratamento 1 (T1), constituiu-se de farinha de sangue e zooplâncton; o Tratamento 2 (T2) farinha de sangue, farinha de carne e zooplâncton. Tais tratamentos foram utilizados devido ser os que melhor apresentaram resultados no primeiro experimento, (Smerman, 2.001), além de melhor aceitação do treinamento para novos tipos de alimentação. A alimentação foi fornecida diariamente nos seguintes horários: 19:00, 00:00, 06:00 e 12:00 horas. As larvas foram colocadas em 04 caixas de fibra de vidro, com capacidade de 500 L. Em cada um das caixas colocou-se 1.000 larvas. 4. Pirapitinga (Piaractus brachypomum) 4.1 Introdução A pirapitinga A pirapitinga, também conhecida como morocoto na Venezuela, paco no Perú e cachama blanca na Colômbia, é a única espécie do gênero Piaractus encontrada na Bacia Amazônica. Pode alcançar até 20 quilos de peso e é considerado o terceiro maior peixe de escamas da Amazônia. No Brasil os primeiros trabalhos visando a produção de alevinos em larga escala e a avaliação do desempenho da pirapitinga em cultivo foram realizados pelo DNOCS na década de 70. Em virtude de apresentar um crescimento um pouco mais lento do que o tambaqui, o cultivo comercial da pirapitinga não se tornou tão popular no Brasil. 7 4.2 Biologia geral O Pirapitinga habita lagos e regiões da mata alagada. É um peixe herbívoro, com tendência a frugívoro. Única espécie do gênero Piaractus encontrada na Bacia Amazônica (SOBRINHO et al., 1984). Segundo KUBITZA (2004), é considerado o terceiro maior peixe de escamas da Amazônia, perdendo apenas para o pirarucu e o tambaqui. Possui um crescimento rápido, rusticidade, resistente a elevadas temperaturas, ao manejo, às enfermidades e a baixos níveis de oxigênio dissolvido (VÁSQUEZ- TORRES, 2005). Em 2010, a produção nacional da pirapitinga atingiu 783,6 toneladas (MPA, 2012) As fêmeas de Pirapitinga alcançamsua maturidade sexual aos três anos, enquanto que nos machos ocorre ao final de dois anos. São espécies de fecundação externa que liberam seus gametas no meio ambiente (ALMEIDA, 6 1997). Nas condições naturais estes peixes realizam piracema, migrando rio acima no período entre junho e julho até outubro, quando os ovários das fêmeas ainda não estão desenvolvidos. Já em cativeiro é necessária indução hormonal e fertilização artificial, pois não conseguem desovar naturalmente. A desova ocorre no período de outubro a fevereiro quando as condições ambientais se tornam ideais, com temperatura média da água de 27°C, após as primeiras chuvas (VELÁSQUEZ-MEDINA, 2008) 4.3 Reprodução Dentre os peixes tidos como de alto valor comercial no Brasil, incluem-se alguns peixes reofílicos, cuja reprodução depende do fenômeno conhecido como piracema, As fêmeas de Pirapitinga alcançam sua maturidade sexual aos três anos enquanto que nos machos ocorre ao final dos dois anos. Para que seja desencadeada uma série de processos hormonais que culminam na maturação final dos ovócitos e posterior desova, é necessária, nestes peixes, a migração reprodutiva. A desova ocorre no período de novembro a fevereiro, quando as condições ambientais se tornam ideais, com temperatura média de 27ºC após as primeiras chuvas e essa espécie é de fecundação externa, onde há liberação dos gametas no meio ambiente. 5. Curimatã (Prochilodus lineatus) 5.1 Introdução Peixe teleósteo caraciforme da família dos caracídeos, da subfamília dos proquilodontídeos, especialmente do gênero Prochilodus. Vive em todo o território brasileiro. Alimenta-se de vegetais e de lodo. Pode ser aproveitado para aquacultura. É um peixe apreciado na pesca esportiva por sua força e capacidade de luta após fisgado. No entanto, não sendo um peixe carnívoro não pode ser pescado com iscas artificiais. https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe https://pt.wikipedia.org/wiki/Tele%C3%B3steo https://pt.wikipedia.org/wiki/Caraciforme https://pt.wikipedia.org/wiki/Carac%C3%ADdeos https://pt.wikipedia.org/wiki/Prochilodontidae https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Lodo https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquacultura https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquacultura 8 5.2 Biologia geral Possui boca protáctil quando se projeta forma, juntos com os grandes lábios, um disco oral com seus pequenos e numerosos dentes enfileirados que servem para a raspagem de perifíton e detritos (géru, 1977; bowen, 1983). Assim como outros prochilodontídios, o curimatã realiza migrações com fins reprodutivos e essa atividade esta sincronizada com o aumento do nível das águas na época das enchentes. As fêmeas liberam ovócitos e os machos esperma em grandes quantidades, os óvulos serão fecundados e em seguida eclodirão as larvas, essas serão levadas pela correnteza até as planícies alagadas onde encontram-se grande quantidade de algas e invertebrados aquáticos que servirão de alimentos não só pra os prochilodontídios, mas para outras especies de peixes(goulding, 1980; winemmiller e jepsen, 1998). 5.3 Reprodução É uma espécie de desova total (a partir de novembro), que realiza a Piracema. Sua primeira maturação sexual ocorre em indivíduos com cerca de 20cm de comprimento. 6. Surubim (Pseudoplatistoma coruscans) 6.1 Introdução O surubim é um peixe de couro que pode atingir mais de 100 Kg, sendo considerado um dos mais nobres do Brasil. Nas regiões de onde se origina, é uma das espécies mais apreciadas e mais intensamente pescadas. Possui carne amarelada e firme, com poucos espinhos, com sabor característico e pronunciado, que o torna muito procurado pela indústria e pelos consumidores. 6.2 Biologia geral Em cativeiro, as duas espécies apresentam bom crescimento, e são adequadas tanto para criações em sistema semi intensivo ou tanque-rede. Estes peixes também podem ser criados de forma extensiva, com o uso de peixes forrageiros. Embora sejam espécies piscívoras, foram desenvolvidas estratégias para sua criação com uso de rações. Apesar de possuir dentes muito pequenos (filiformes), esta espécie necessita ser manejada com cuidado para evitar acidentes com o ferrão localizado na nadadeira peitoral. A temperatura ideal para cultivo situa-se ao redor de 27C, entretanto, a faixa de temperatura para criação é muito ampla. Têm-se observado cultivos em locais onde a temperatura da água no inverno atinge 17 C, com pouca incidência de doenças mas com baixo crescimento. 6.3 Reprodução São espécies com características migratórias, reproduzindo-se nos leitos dos rios na estação chuvosa Seu período reprodutivo é relativamente curto, compreendendo os meses de chuva (novembro a janeiro), quando os rios recebem um grande aporte de água. A desova é do tipo total ou única (Bazzoli, 2003; Sato e Godinho, 2003; 9 Brito, 2002), porém Godinho et al. (2007), trabalhando com radiotelemetria, verificaram que algumas fêmeas visitaram os locais de desovas várias vezes durante as enchentes, sugerindo que esses peixes podem ter desova do tipo múltipla. O peso e o tamanho mínimo à primeira maturação são variáveis e dependentes de fatores, como disponibilidade de alimentos, temperatura da água, ambiente natural ou cativeiro, entre outros. Brito (2002) verificou um tamanho mínimo à maturação de 92 cm para fêmeas e 63,3 cm para machos de P. coruscans no rio São Francisco. Já Romagosa (2003), trabalhando com P. Fasciatum de cativeiro, encontraram um comprimento médio no qual 50% das fêmeas atingiram a primeira maturação (L50) de 37,65 cm, valor próximo ao de 39,5 cm relatado por Reid (1983). Esses resultados diferem daqueles apresentados por Valderrama et al. (1988), Reyes e Huq (1990) e Resende et al. (1995), que determinaram valores para a primeira maturação dessa espécie capturada em ambiente natural, respectivamente, de 79,0; 87,0; 63,0 cm. 6.4 Larvicultura Assim que acontece a eclosão das larvas, que segundo Sato (2003) ocorre aproximadamente 18 horas após a fecundação a uma temperatura de 26ºC para larvas de surubim, faz-se necessário tomar todos os cuidados necessários com as larvas recém eclodidas, desde medidas que evitem a exposição das mesmas a iluminação excessiva, pois o foto-período pode influenciar futuramente o desempenho produtivo da espécie, até medidas profiláticas caso necessário (CESTAROLLI, 2005). É necessário que se tenha bastante disciplina e rigor, quanto à frequência e quantidade de alimento a ser fornecido para as larvas e pós-larvas, pois isto é um dos fatores que evitarão o canibalismo em larga escala entre elas, ou seja, a simples alteração na disponibilidade de alimento (FURUSAWA,2002). Segundo Uliana (2001), neste estágio de vida, as pós-larvas são bastante susceptíveis a bactérias, parasitas e protozoários, principalmente nos dois primeiros dias que é quando elas ainda não possuem todas suas estruturas físicas em atividade. Talvez seja por este motivo também que elas apresentem um comportamento característico dos surubins de nadar verticalmente na incubadora e logo após chegarem à superfície da água, afundam como se estivessem mortas, isto ocorre devido às nadadeiras dorsais, peitorais, caudais, juntamente com a vesícula de ar (bexiga natatória), ainda estarem em desenvolvimento, por isso que se observa uma movimentação intensa na região caudal das larvas, para que assim estas possam tanto capturar o alimento de origem exógena, como também aumentar sua flutuabilidade. 10 BIBLIOGRAFIA A carpa. https://ec.europa.eu/fisheries/sites/fisheries/files/docs/body/carp_pt.pdf. Acesso em: 22/10/2017 Manual de reprodução de peixes de água doce com cultivo comercial na Região Sul do Brasil. http://intranetdoc.epagri.sc.gov.br/biblioteca/57223.pdf. Acesso em: 22/10/2017 DIEMER, Odair; NEU, Dacley Hertes; SARY, César; FEIDEN, Aldi; BOSCOLO,Wilson Rogério; SIGNOR, Arcângelo Augusto. Manejo alimentar na larvicultura do mandi-pintado (Pimelodus britskii). http://revistas.bvs- vet.org.br/rbspa/article/viewFile/12914/13782. Acesso em: 22/10/2017 https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/peixes-de-agua-doce-do- brasil-pintado-pseudoplatystoma-corruscans. Acesso em: 22/10/2017 SEDUC- curso técnico em aquicultura: Apostila Aquicultura I. http://www.seduc.ce.gov.br/images/arquivos/educacaoprofissional/aquicultura_aquic ultura1.pdf. Acesso em: 22/10/2017 Daniel V. Crepaldi, Paulo M.C. Faria , Edgar de A. Teixeira , Lincoln P. Ribeiro , Ângelo Augusto P. Costa , Daniela Chemim de Melo , Anna Paula R. Cintra , Samuel de A. Prado , Frederico A. A. Costa , Mariana Lamounier Drumond , Vando E. Lopes , Vinícius E. de Moraes. Biologia reprodutiva do surubim (Pseudoplatystoma coruscans). http://www.cbra.org.br/pages/publicacoes/rbra/download/RB140%20Crepaldi%20(Bi ologia%20reprodutiva)%20pag%20159-167.pdf. Acesso em: 22/10/2017 LIMA. Mayanny, DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E LARVAL DE Colossoma macropomum, Piaractus brachypomus E DO HÍBRIDO TAMBATINGA. https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/4053/2/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20- %20Mayanny%20Carla%20de%20Carvalho%20Lima%20-%202014.pdf. UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL. GOIÂNIA 2014. Acesso em: 22/10/2017 INOUE ,Luís Antônio. A Larvicultura e a Alevinagem do Pintado e do Cachara. http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/76/pintado.asp. 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