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Trabalho de piscicultura – Biologia geral, sistema de cultivo, reprodução e larvicultura de carpa, cachara, pintado, pirapitinga, curimatã e surubim.

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Prévia do material em texto

Instituto Centro de Ensino Tecnológico 
EEEP Dep. José Walfrido Monteiro 
Técnico em Aquicultura 
Disciplina: Piscicultura 
Prof.a Ierislane Leite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de piscicultura – Biologia geral, sistema de cultivo, reprodução e 
larvicultura de carpa, cachara, pintado, pirapitinga, curimatã e surubim. 
 
 
 
 
 
Jayane Bruna Silva Vieira Nº 20 
Keydla Kethely Teixeira Pereira Nº 25 
Marcus Vinícius Araújo de Lima Nº 30 
Maria Aline de Sousa Gomes Nº31 
 
 
 
 
 
 
Icó 
 2017 
2 
 
Sumário 
1. Carpa (Cyprinus carpio). .................................................................................................................. 3 
1.1 Introdução ............................................................................................................................... 3 
1.2 Biologia geral ........................................................................................................................... 3 
1.3 Sistema de cultivo ................................................................................................................... 3 
1.4 Reprodução ............................................................................................................................. 3 
1.5 Larvicultura .............................................................................................................................. 4 
2. Cachara (Pseudoplatystoma fasciatum) ..................................................................................... 4 
2.1 Introdução ............................................................................................................................... 4 
2.2 Biologia geral ........................................................................................................................... 4 
2.3 Reprodução ............................................................................................................................. 4 
2.4 Larvicultura .............................................................................................................................. 5 
3. Pintado (Pseudoplatystoma corruscans) ......................................................................................... 5 
3.1 Introdução ............................................................................................................................... 5 
3.2 Biologia geral ........................................................................................................................... 6 
3.3 Reprodução ............................................................................................................................. 6 
3.4 Larvicultura .............................................................................................................................. 6 
4. Pirapitinga (Piaractus brachypomum) ............................................................................................. 6 
4.1 Introdução ..................................................................................................................................... 6 
4.2 Biologia geral ................................................................................................................................. 7 
4.3 Reprodução ................................................................................................................................... 7 
5. Curimatã (Prochilodus lineatus) ................................................................................................. 7 
5.1 Introdução ............................................................................................................................... 7 
5.2 Biologia geral ........................................................................................................................... 8 
5.3 Reprodução ............................................................................................................................. 8 
6. Surubim (Pseudoplatistoma coruscans) .......................................................................................... 8 
6.1 Introdução ............................................................................................................................... 8 
6.2 Biologia geral ........................................................................................................................... 8 
6.3 Reprodução ............................................................................................................................. 8 
6.4 Larvicultura ............................................................................................................................. 9 
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................ 10 
 
 
 
3 
 
1. Carpa (Cyprinus carpio). 
1.1 Introdução 
 
Conhecida popularmente como carpa e carpa-comum, é 
um peixe teleósteo da família Cyprinidae, de coloração cinza prateado. Originária de 
grandes lagos e rios da Ásia, Europa e África, onde as populações selvagens 
enfrentam risco de extinção, é muito difundida como peixe de criação em vários 
ambientes nos quais pode ser considerada espécie invasora. 
1.2 Biologia geral 
 
A carpa é uma espécie domesticada que se adaptou a sistemas de cultura. Esta 
espécie apresenta uma grande tolerância tanto no que respeita à temperatura como 
à qualidade da água. É capaz de viver em todos os tipos de águas com correntes 
lentas ou paradas. As carpas são omnívoras, alimentando-se, principalmente, de 
zooplâncton e zoobentos, resíduos e partes de plantas aquáticas. A forma original 
de carpa é denominada «carpa comum» e apresenta escamas grandes e 
uniformemente distribuídas. Entre as estirpes domesticadas de carpa contam-se 
peixes com poucas escamas que se apresentam irregularmente distribuídas 
(«carpa-espelho»). 
1.3 Sistema de cultivo 
 
Normalmente, a cultura da carpa é semi-intensiva. As carpas podem ser criadas 
em monocultura, policultura (juntamente com outras espécies de água doce, como o 
lúcio, o peixe-gato ou a carpa prateada) ou numa cultura integrada com outras 
atividades agrícolas. As lagunas onde são criadas desempenham com frequência 
um papel importante na melhoria da biodiversidade, retenção das águas na 
paisagem e proteção contra as inundações. 
1.4 Reprodução 
 
São peixes da família Cyprinidae, espécie de água doce de origem asiática, 
trazida para o Brasil no ano de 1882. Este gênero no Brasil possui três variedades: 
carpa escama Cyprinus carpio, carpa espelho Cyprinus carpio specularis e Carpa 
colorida Cyprinus carpio koralli. 
Estes peixes devem ser criados em ambientes fechados, pois são de grande 
rusticidade e suportam baixas concentrações de oxigênio dissolvido na água. 
Atualmente, no sul do Brasil, as distintas variedades de carpas ocupam lugar de 
destaque na produção de peixes de água doce, sendo um dos peixes mais 
produzidos em sistemas de cultivo semiintensivo e extensivo. 
Todas as desovas deverão ocorrer em um espaço de 230 a 250 horas/grau. Os 
ovos serão incubados por um período médio de 2 dias, permanecendo neste tanque 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tele%C3%B3steo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia_(biologia)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cyprinidae
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cor
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinza
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81sia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie_invasora
4 
 
por mais 3 dias, saindo para o período de larvicultura e alevinagem em tanques de 
terra. Os reprodutores, em número de 1 fêmea e 2 machos, pesando de preferência, 
em média, 3kg para a fêmea e 2kg para os machos, são colocados nos tanques 
previamente aquecidos, a uma temperatura de 22ºC,subindo gradativamente até os 
25oC em um período de 12 horas. Os tanques devem ser equipados com vegetação 
artificial do tipo ráfia, disposta de maneira vertical entre o fundo do tanque e a 
superfície da água, para que a fêmea possa depositar seus óvulos entre esta 
vegetação. 
Após a desova, os reprodutores são retirados do tanque, ficando apenas o 
kakabans (substrato artificial) com os ovos aderidos para a incubação. Se 
necessário, fazer desinfecção com permanganato de potássio a 2ppm, deixando 
água corrente suficiente para renovar o tanque em 12 horas. 
1.5 Larvicultura 
 
 A partir do momento em que as larvas começarem a alimentar-se, elas 
deverão passar para tanques maiores, onde iniciarão o processo de larvicultura e 
alevinagem. Estas larvas deverão receber como primeira alimentação, após a 
absorção do saco vitelino, o ovo microencapsulado. 
2. Cachara (Pseudoplatystoma fasciatum) 
2.1 Introdução 
Pertencentes à ordem Siluriformes, estas espécies são as maiores da família 
Pimelodidae. Elas encontram-se distribuídas pelas Bacias Amazônica, do Prata e do 
São Francisco. 
2.2 Biologia geral 
A temperatura ideal para cultivo situa-se ao redor de 27C, entretanto, a faixa de 
temperatura para criação é muito ampla. Têm-se observado cultivos em locais onde 
a temperatura da água no inverno atinge 17 C, com pouca incidência de doenças 
mas com baixo crescimento. 
Em cativeiro, a espécie apresenta bom crescimento, e é adequada tanto para 
criação em sistema semi intensivo ou tanque-rede. Este peixe também pode ser 
criado de forma extensiva, com o uso de peixes forrageiros. 
Embora seja espécie piscívora, foram desenvolvidas estratégias para sua criação 
com uso de rações. Apesar de possuir dentes muito pequenos (filiformes), esta 
espécie necessita ser manejada com cuidado para evitar acidentes com o ferrão 
localizado na nadadeira peitoral. 
2.3 Reprodução 
 
Realiza migração reprodutiva, rio acima, a partir do início da enchente. 
5 
 
2.4 Larvicultura 
 
As larvas necessitam ser criadas em laboratório e tanques tipo raceway até que 
se tornem alevinos, já que os melhores resultados em viveiros de engorda estão 
sendo obtidos quando são estocados peixes entre 12 e 20 cm de comprimento total. 
As larvas, após dois dias de idade, são transferidas para caixas circulares ou 
retangulares de fibra de vidro com aeração e renovação de água constantes, numa 
densidade média de 15 larvas por litro, sendo alimentadas de sete a dez vezes ao 
dia com náuplios de Artemia salina, na quantidade de 500 náuplios para cada larva. 
Após oito a dez dias de criação é iniciada a alimentação com o plâncton 
(cladóceros e copépodos) coletado em viveiros especialmente preparados. O 
oferecimento alternado da artêmia e do plâncton é feito de forma que a artêmia seja 
totalmente substituída pelo plâncton. Esta fase de criação dura de quinze a vinte 
dias, quando atingem o tamanho total médio de 2,5 a 3,0 cm, com índices de 
sobrevivência de 50 a 80%. Após essa fase, deve ser diminuída a densidade de 
estocagem para 3-4 peixes com tamanho médio de 2,5 a 3,0 cm por litro, momento 
em que já pode ser iniciado o treino com alimento inerte (ração). 
Nesta segunda fase de criação, a aceitação pelos alevinos do alimento artificial 
completo é a principal meta na criação dessas espécies. Uma das principais 
estratégias utilizadas no início do treinamento alimentar dos peixes é a inclusão de 
ingredientes extremamente atrativos na dieta. Os alevinos, nesta fase, recebem de 
oito a doze alimentações diárias à base de plâncton e alimento artificial úmido, 
constituído de uma ração para larvas com alto teor de proteína bruta (acima de 40%) 
associada a um atrativo, que pode ser gônadas de peixe, peixe finamente moído, 
sardinha, coração e bofe de boi e plâncton congelado. 
Nos primeiros 10 dias dessa fase o manejo alimentar consiste em administrar 
junto com o plâncton a alimentação artificial na forma de pasta. A partir deste 
período, o plâncton é retirado gradativamente até que se alimentem somente com 
ração. Neste momento então, inicia-se novamente outro treino alimentar para 
substituir a ração em pasta por uma ração seca e extrusada. Nesta fase de criação 
continua sendo muito importante o manejo rotineiro para a retirada dos alevinos 
maiores, evitando-se o canibalismo. A sobrevivência média de juvenis prontos para 
serem comercializados é ao redor de 30 a 40%. 
3. Pintado (Pseudoplatystoma corruscans) 
3.1 Introdução 
O peixe de água doce chamado Pintado é conhecido popularmente como 
Surubim-Caparari, Brutelo, Caparari e Moleque. Sua espécie é distribuída em várias 
Bacias brasileiras, com maior importância no Pantanal e na Bacia do Rio São 
Francisco (Estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, São Paulo, Minas 
Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul). 
6 
 
3.2 Biologia geral 
 
O Pintado habita calhas dos rios, embaixo de malhas de aguapés e camalotes e 
em bocas de corrichos. Tem o hábito noturno. 
O Pintado é um peixe de couro, com coloração acinzentada e diversas pintas 
pretas cilíndricas pelo corpo. Já seu ventre tem uma coloração esbranquiçada. Seu 
corpo é alongado e roliço. Sua cabeça é grande e achatada, com dimensão entre 
1/4 a 1/3 do tamanho do corpo. Apresenta longos barbilhões. Possui ferrões junto às 
nadadeiras laterais e dorsal. É apreciado por sua carne muito saborosa. Pode 
alcançar pesos próximos a 80 kg e quase 2 m de comprimento 
3.3 Reprodução 
É um peixe que realiza migrações de desova. Já se consegue a reprodução em 
laboratório, o que permite o desenvolvimento da espécie em piscicultura. 
3.4 Larvicultura 
 
Com 02 dias de idade e o desaparecimento quase que total do saco vitelínico, 
as larvas começaram a ser alimentadas, a principio, durante os três primeiros dias, 
unicamente de zooplâncton como alimento. Após este período, passou a ser 
utilizado outro tratamento em conjunto com o primeiro. Utilizou-se dois tratamentos, 
com duas réplicas cada (antes da divisão por tamanho), distribuídos aleatoriamente. 
O tratamento 1 (T1), constituiu-se de farinha de sangue e zooplâncton; o 
Tratamento 2 (T2) farinha de sangue, farinha de carne e zooplâncton. 
 Tais tratamentos foram utilizados devido ser os que melhor apresentaram 
resultados no primeiro experimento, (Smerman, 2.001), além de melhor aceitação do 
treinamento para novos tipos de alimentação. A alimentação foi fornecida 
diariamente nos seguintes horários: 19:00, 00:00, 06:00 e 12:00 horas. As larvas 
foram colocadas em 04 caixas de fibra de vidro, com capacidade de 500 L. Em cada 
um das caixas colocou-se 1.000 larvas. 
4. Pirapitinga (Piaractus brachypomum) 
4.1 Introdução 
A pirapitinga A pirapitinga, também conhecida como morocoto na Venezuela, 
paco no Perú e cachama blanca na Colômbia, é a única espécie do gênero 
Piaractus encontrada na Bacia Amazônica. Pode alcançar até 20 quilos de peso e é 
considerado o terceiro maior peixe de escamas da Amazônia. 
No Brasil os primeiros trabalhos visando a produção de alevinos em larga escala 
e a avaliação do desempenho da pirapitinga em cultivo foram realizados pelo 
DNOCS na década de 70. Em virtude de apresentar um crescimento um pouco mais 
lento do que o tambaqui, o cultivo comercial da pirapitinga não se tornou tão popular 
no Brasil. 
7 
 
4.2 Biologia geral 
O Pirapitinga habita lagos e regiões da mata alagada. É um peixe herbívoro, 
com tendência a frugívoro. 
Única espécie do gênero Piaractus encontrada na Bacia Amazônica 
(SOBRINHO et al., 1984). Segundo KUBITZA (2004), é considerado o terceiro maior 
peixe de escamas da Amazônia, perdendo apenas para o pirarucu e o tambaqui. 
Possui um crescimento rápido, rusticidade, resistente a elevadas temperaturas, ao 
manejo, às enfermidades e a baixos níveis de oxigênio dissolvido (VÁSQUEZ-
TORRES, 2005). Em 2010, a produção nacional da pirapitinga atingiu 783,6 
toneladas (MPA, 2012) 
As fêmeas de Pirapitinga alcançamsua maturidade sexual aos três anos, 
enquanto que nos machos ocorre ao final de dois anos. São espécies de fecundação 
externa que liberam seus gametas no meio ambiente (ALMEIDA, 6 1997). Nas 
condições naturais estes peixes realizam piracema, migrando rio acima no período 
entre junho e julho até outubro, quando os ovários das fêmeas ainda não estão 
desenvolvidos. Já em cativeiro é necessária indução hormonal e fertilização artificial, 
pois não conseguem desovar naturalmente. A desova ocorre no período de outubro 
a fevereiro quando as condições ambientais se tornam ideais, com temperatura 
média da água de 27°C, após as primeiras chuvas (VELÁSQUEZ-MEDINA, 2008) 
4.3 Reprodução 
Dentre os peixes tidos como de alto valor comercial no Brasil, incluem-se 
alguns peixes reofílicos, cuja reprodução depende do fenômeno conhecido como 
piracema, As fêmeas de Pirapitinga alcançam sua maturidade sexual aos três anos 
enquanto que nos machos ocorre ao final dos dois anos. Para que seja 
desencadeada uma série de processos hormonais que culminam na maturação final 
dos ovócitos e posterior desova, é necessária, nestes peixes, a migração 
reprodutiva. A desova ocorre no período de novembro a fevereiro, quando as 
condições ambientais se tornam ideais, com temperatura média de 27ºC após as 
primeiras chuvas e essa espécie é de fecundação externa, onde há liberação dos 
gametas no meio ambiente. 
5. Curimatã (Prochilodus lineatus) 
5.1 Introdução 
Peixe teleósteo caraciforme da família dos caracídeos, da subfamília 
dos proquilodontídeos, especialmente do gênero Prochilodus. Vive em todo o 
território brasileiro. Alimenta-se de vegetais e de lodo. Pode ser aproveitado 
para aquacultura. 
É um peixe apreciado na pesca esportiva por sua força e capacidade de luta 
após fisgado. No entanto, não sendo um peixe carnívoro não pode ser pescado com 
iscas artificiais. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tele%C3%B3steo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Caraciforme
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carac%C3%ADdeos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prochilodontidae
https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lodo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquacultura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aquacultura
8 
 
5.2 Biologia geral 
Possui boca protáctil quando se projeta forma, juntos com os grandes lábios, um 
disco oral com seus pequenos e numerosos dentes enfileirados que servem para a 
raspagem de perifíton e detritos (géru, 1977; bowen, 1983). 
Assim como outros prochilodontídios, o curimatã realiza migrações com fins 
reprodutivos e essa atividade esta sincronizada com o aumento do nível das águas 
na época das enchentes. As fêmeas liberam ovócitos e os machos esperma em 
grandes quantidades, os óvulos serão fecundados e em seguida eclodirão as larvas, 
essas serão levadas pela correnteza até as planícies alagadas onde encontram-se 
grande quantidade de algas e invertebrados aquáticos que servirão de alimentos 
não só pra os prochilodontídios, mas para outras especies de peixes(goulding, 1980; 
winemmiller e jepsen, 1998). 
5.3 Reprodução 
É uma espécie de desova total (a partir de novembro), que realiza a Piracema. 
Sua primeira maturação sexual ocorre em indivíduos com cerca de 20cm de 
comprimento. 
6. Surubim (Pseudoplatistoma coruscans) 
6.1 Introdução 
O surubim é um peixe de couro que pode atingir mais de 100 Kg, sendo 
considerado um dos mais nobres do Brasil. Nas regiões de onde se origina, é uma 
das espécies mais apreciadas e mais intensamente pescadas. Possui carne 
amarelada e firme, com poucos espinhos, com sabor característico e pronunciado, 
que o torna muito procurado pela indústria e pelos consumidores. 
6.2 Biologia geral 
Em cativeiro, as duas espécies apresentam bom crescimento, e são adequadas 
tanto para criações em sistema semi intensivo ou tanque-rede. Estes peixes também 
podem ser criados de forma extensiva, com o uso de peixes forrageiros. 
Embora sejam espécies piscívoras, foram desenvolvidas estratégias para sua 
criação com uso de rações. Apesar de possuir dentes muito pequenos (filiformes), 
esta espécie necessita ser manejada com cuidado para evitar acidentes com o 
ferrão localizado na nadadeira peitoral. 
A temperatura ideal para cultivo situa-se ao redor de 27C, entretanto, a faixa 
de temperatura para criação é muito ampla. Têm-se observado cultivos em locais 
onde a temperatura da água no inverno atinge 17 C, com pouca incidência de 
doenças mas com baixo crescimento. 
6.3 Reprodução 
São espécies com características migratórias, reproduzindo-se nos leitos dos rios 
na estação chuvosa Seu período reprodutivo é relativamente curto, compreendendo 
os meses de chuva (novembro a janeiro), quando os rios recebem um grande aporte 
de água. A desova é do tipo total ou única (Bazzoli, 2003; Sato e Godinho, 2003; 
9 
 
Brito, 2002), porém Godinho et al. (2007), trabalhando com radiotelemetria, 
verificaram que algumas fêmeas visitaram os locais de desovas várias vezes durante 
as enchentes, sugerindo que esses peixes podem ter desova do tipo múltipla. 
O peso e o tamanho mínimo à primeira maturação são variáveis e dependentes 
de fatores, como disponibilidade de alimentos, temperatura da água, ambiente 
natural ou cativeiro, entre outros. Brito (2002) verificou um tamanho mínimo à 
maturação de 92 cm para fêmeas e 63,3 cm para machos de P. coruscans no rio 
São Francisco. Já Romagosa (2003), trabalhando com P. Fasciatum de cativeiro, 
encontraram um comprimento médio no qual 50% das fêmeas atingiram a primeira 
maturação (L50) de 37,65 cm, valor próximo ao de 39,5 cm relatado por Reid (1983). 
Esses resultados diferem daqueles apresentados por Valderrama et al. (1988), 
Reyes e Huq (1990) e Resende et al. (1995), que determinaram valores para a 
primeira maturação dessa espécie capturada em ambiente natural, respectivamente, 
de 79,0; 87,0; 63,0 cm. 
6.4 Larvicultura 
Assim que acontece a eclosão das larvas, que segundo Sato (2003) ocorre 
aproximadamente 18 horas após a fecundação a uma temperatura de 26ºC para 
larvas de surubim, faz-se necessário tomar todos os cuidados necessários com as 
larvas recém eclodidas, desde medidas que evitem a exposição das mesmas a 
iluminação excessiva, pois o foto-período pode influenciar futuramente o 
desempenho produtivo da espécie, até medidas profiláticas caso necessário 
(CESTAROLLI, 2005). É necessário que se tenha bastante disciplina e rigor, quanto 
à frequência e quantidade de alimento a ser fornecido para as larvas e pós-larvas, 
pois isto é um dos fatores que evitarão o canibalismo em larga escala entre elas, ou 
seja, a simples alteração na disponibilidade de alimento (FURUSAWA,2002). 
Segundo Uliana (2001), neste estágio de vida, as pós-larvas são bastante 
susceptíveis a bactérias, parasitas e protozoários, principalmente nos dois primeiros 
dias que é quando elas ainda não possuem todas suas estruturas físicas em 
atividade. Talvez seja por este motivo também que elas apresentem um 
comportamento característico dos surubins de nadar verticalmente na incubadora e 
logo após chegarem à superfície da água, afundam como se estivessem mortas, 
isto ocorre devido às nadadeiras dorsais, peitorais, caudais, juntamente com a 
vesícula de ar (bexiga natatória), ainda estarem em desenvolvimento, por isso que 
se observa uma movimentação intensa na região caudal das larvas, para que assim 
estas possam tanto capturar o alimento de origem exógena, como também 
aumentar sua flutuabilidade. 
 
 
 
 
 
10 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
A carpa. https://ec.europa.eu/fisheries/sites/fisheries/files/docs/body/carp_pt.pdf. 
Acesso em: 22/10/2017 
Manual de reprodução de peixes de água doce com cultivo comercial na 
Região Sul do Brasil. http://intranetdoc.epagri.sc.gov.br/biblioteca/57223.pdf. 
Acesso em: 22/10/2017 
DIEMER, Odair; NEU, Dacley Hertes; SARY, César; FEIDEN, Aldi; BOSCOLO,Wilson Rogério; SIGNOR, Arcângelo Augusto. Manejo alimentar na larvicultura 
do mandi-pintado (Pimelodus britskii). http://revistas.bvs-
vet.org.br/rbspa/article/viewFile/12914/13782. Acesso em: 22/10/2017 
https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/peixes-de-agua-doce-do-
brasil-pintado-pseudoplatystoma-corruscans. Acesso em: 22/10/2017 
SEDUC- curso técnico em aquicultura: Apostila Aquicultura I. 
http://www.seduc.ce.gov.br/images/arquivos/educacaoprofissional/aquicultura_aquic
ultura1.pdf. Acesso em: 22/10/2017 
Daniel V. Crepaldi, Paulo M.C. Faria , Edgar de A. Teixeira , Lincoln P. Ribeiro , 
Ângelo Augusto P. Costa , Daniela Chemim de Melo , Anna Paula R. Cintra , Samuel 
de A. Prado , Frederico A. A. Costa , Mariana Lamounier Drumond , Vando E. Lopes 
, Vinícius E. de Moraes. Biologia reprodutiva do surubim (Pseudoplatystoma 
coruscans). 
http://www.cbra.org.br/pages/publicacoes/rbra/download/RB140%20Crepaldi%20(Bi
ologia%20reprodutiva)%20pag%20159-167.pdf. Acesso em: 22/10/2017 
LIMA. Mayanny, DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E LARVAL DE Colossoma macropomum, 
Piaractus brachypomus E DO HÍBRIDO TAMBATINGA. 
https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/4053/2/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-
%20Mayanny%20Carla%20de%20Carvalho%20Lima%20-%202014.pdf. UNIVERSIDADE FEDERAL DE 
GOIÁS, ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA 
ANIMAL. GOIÂNIA 2014. Acesso em: 22/10/2017 
INOUE ,Luís Antônio. A Larvicultura e a Alevinagem do Pintado e do Cachara. 
http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/76/pintado.asp. Acesso 
em: 22/10/2017 
https://ec.europa.eu/fisheries/sites/fisheries/files/docs/body/carp_pt.pdf
http://intranetdoc.epagri.sc.gov.br/biblioteca/57223.pdf
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https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/artigos/peixes-de-agua-doce-do-brasil-pintado-pseudoplatystoma-corruscans
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http://www.seduc.ce.gov.br/images/arquivos/educacaoprofissional/aquicultura_aquicultura1.pdf
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http://www.cbra.org.br/pages/publicacoes/rbra/download/RB140%20Crepaldi%20(Biologia%20reprodutiva)%20pag%20159-167.pdf
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https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/4053/2/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20-%20Mayanny%20Carla%20de%20Carvalho%20Lima%20-%202014.pdf
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http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/76/pintado.asp

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