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Ordem Social O título VIII da Constituição trata da Ordem Social. Segundo a CF, a ordem social tem como base o PRIMADO DO TRABALHO, e como objetivo o BEM ESTAR e A JUSTICA SOCIAL. Estabelecendo, assim, a perfeita harmonia com a ordem econômica, também fundada no TRABALHO HUMANO e na LIVRE INICIATIVA. A ordem econômica tem, por objetivo, assegurar a todos EXISTÊNCIA DIGNA, conforme os ditames da justiça social. Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. Parágrafo único. O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na forma da lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de controle e de avaliação dessas políticas. Isso quer dizer que, ter como objetivo o bem-estar e a justiça sociais quer dizer que as relações econômicas e sociais do país, para gerarem o bem-estar, hão de propiciar trabalho e condição de vida, material, espiritual e intelectual adequada ao trabalhador e sua família, e que a riqueza produzida no país, para gerar justiça social, há de ser equanimemente distribuída. Ordem Social . Seguridade Social – art. 194-204 . Educação – art. 205-214 . Cultura – art. 215-216 . Desporto – art. 217 . Ciência, tecnologia e Inovação – art. 218-219-B . Comunicação Social – art. 220-224 . Meio ambiente – art. 225 . Família, criança, adolescente, jovem e idoso – art. 226-230 . índios – art. 231-232 . Saúde – art. 196-200 . Previdência – art. 201-202 . Assistência social – art. 203-204 a) Seguridade social: conjunto de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, previdência e assistência social. b) Cultura: a CF consagra como direito fundamental o princípio da cidadania cultural, ao estabelecer que o Estado deverá garantir a todos, o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional, bem como deverá apoiar e incentivar a valorização e difusão das manifestações culturais. Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. § 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. § 2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais. § 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das ações do poder público que conduzem à: I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; II produção, promoção e difusão de bens culturais; III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões; IV democratização do acesso aos bens de cultura; V valorização da diversidade étnica e regional. c) Desporto: previsto de forma ampla pela CF, não se restringe apenas ao esporte. Engloba também a ideia de recreação, lazer, divertimento, devendo o poder público incentivar o lazer como forma de promoção social. Trata-se, nesse caso, da instauração denominada INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA DE CURSO FORÇADO. Uma vez que se esgota o prazo, o Poder Judiciário é acionado, mesmo que o julgamento na justiça desportiva não tenha chegado ao fim. Assim, quando houver alguma ilegalidade, cabe ao Judiciário a decisão. d) Ciência, tecnologia e inovação: o Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação. Norberto Bobbio chamou de direitos fundamentais de 4ª geração. O STF declarou a inconstitucionalidade do art. 5º, da Lei de Biossegurança, no que diz respeito à pesquisa com células-tronco embrionárias. e) Comunicação social: a CF de 1988 marca um momento histórico, que é a redemocratização do país, após 20 anos de regime militar, onde se tinha forte restrição às liberdades democráticas e de imprensa. O sistema de comunicação social abrange a imprensa, o rádio e a televisão, e será regulamentado por lei, atendendo à sua função social e ao respeito à verdade, à livre circulação e à difusão universal entre os indivíduos e aos fundamentos éticos da sociedade. A justiça desportiva não integra o Poder Judiciário, não fazendo parte dos poderes retratados no art. 92 da CF. trata-se de um órgão administrativo, cuja atribuição é julgar, exclusivamente, as questões relacionadas à disciplina e às competições desportivas. O prazo para apreciação jurisdicional das questões relativas à disciplina e às competições desportivas é de 60 dias, contados da instauração do Processo Administrativo, para proferir uma decisão final, tendo em vista que o Poder Judiciário só admite ações dessa natureza quando se esgotam todas as instâncias da justiça desportiva. f) Meio ambiente: o direito ao meio ambiente equilibrado se caracteriza como direito de 3ª dimensão, estando o ser humano inserido na coletividade e, assim, sendo titular de direitos de solidariedade. Assim sendo, a sustentabilidade se apresenta como o objetivo principal para a solução de conflitos que envolvam valores constitucionais, seja mediante a garantia do direito ao desenvolvimento, seja prestigiando a preservação do ser humano e seus direitos fundamentais. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. g) Família, criança, adolescente, jovem e idoso: segundo a CF, a família é base da sociedade e terá proteção especial do Estado. O conceito de família foi estendido, na constituição de 1988, onde a união estável passou a ser reconhecida como entidade familiar. Com base no princípio da dignidade da pessoa humana e da proibição de qualquer tipo de discriminação, o STF reconhece também a união homoafetiva. h) Índios Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. § 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. § 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. § 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. § 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. § 6º São nulose extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé. § 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º. Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo. Ordem Econômica e Financeira Surge na Constituição de 1988, sob a influência da Constituição de Weimar, de 1919. A CF de 1988 passa a tratar da Ordem Social em um único título, desvinculando-a da Ordem Econômica, que, por sua vez, recebe matérias sobre o sistema financeiro nacional. 1. Princípios gerais da atividade econômica 2. Sistema financeiro nacional Está estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e para servir os interesses da coletividade, abrangendo as cooperativas de créditos, regulado por leis complementares: Súmula Vinculante 7 - Taxa de juros Princípios da Ordem Econômica . Soberania Nacional . Propriedade Privada . Função social da Propriedade . Livre concorrência . Defesa do consumidor . Defesa do meio ambiente . Redução das desigualdades regionais e sociais . Busca do pleno emprego . Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte A norma do §3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional nº 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição de lei complementar.
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