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AULA 2 - INSERÇÃO NO CAMPO DE ESTÁGIO - CONSIDERAÇÕES FINAIS

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- -1
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO SERVIÇO 
SOCIAL I
INSERÇÃO NO CAMPO DE ESTÁGIO: 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
- -2
Olá!
Nesta aula, você irá:
1 - Aprender que o aluno está iniciando uma nova experiência, acolhido por uma supervisora de campo.
2 - Aprender sobre o papel que o estagiário tem que cumprir.
Introdução
Na aula anterior falamos bastante sobre o papel do supervisor de campo e do aluno-estagiário. Daremos
continuidade à discussão partindo do pressuposto que você já iniciou o estágio. Conforme colocado
anteriormente, nunca é demais lembrar que é preciso levar um caderno para anotações, que chamamos de diário
de campo. Para depois não dizer que se esqueceu de anotar porque não tinha o diário de campo (um caderno). E
anote as informações antes sugeridas. Não se recorda? Então faça uma leitura da aula passada.
A vestimenta no estágio
É importante se apresentar a supervisora de campo, ouvir as colocações, apresentar dúvidas. Os alunos quando
iniciam estágio em um hospital costumam me perguntar se precisam usar jaleco. Então observe nos primeiros
dias: se todos estão usando, e procure debater com o supervisor de campo o significado.
Já nos estágios em outros locais, aonde não precisa de vestuário complementar, a vestimenta deve ser atenta,
considerando que o trabalho é de atendimento direto a população.
Por exemplo: uma vez recebi um aluno quem usava blusa do time de futebol. E sempre orientei que no dia do
estágio evitasse a blusa, porque poderia atender alguém que não concordasse com sua opinião. O aluno disse que
era uma grande bobagem, que não tinha nada demais.
Então vamos observar o aprendizado no cotidiano:
Um dia marcamos uma entrevista com o pai de uma criança, cuja mãe dizia que o pai era agressivo verbalmente
com a filha, desvalorizando as atividades escolares, depreciando a imagem da filha, etc. Após várias tentativas de
atendimento, porque o pai marcava e não aparecia - um dia o pai compareceu ao atendimento. E o estagiário
entrou na sala com a blusa do time. Esse pai imediatamente falou: “não sei o que estou fazendo aqui, ainda tenho
que olhar pra cara desse aí com essa blusa ridícula”. E o canal de diálogo foi abalado por algo que se poderia
evitar.
Outros exemplos:
- -3
Blusa de santos religiosos; bermudas e shorts (tanto homens como mulheres – mas no verão algumas
repartições pública libera a bermuda comprida). O estágio é um local de trabalho, e como tal é preciso observar
este aspecto.
Horário de estágio
Sobre o horário de estágio, o estagiário se adequará ao horário da instituição e a disponibilidade de horário do
profissional, esta informação deve ser verificada antes do aceite para o campo de estágio.
Vamos trabalhar com muitos exemplos nesta aula, porque não há bibliografia específica. Voltando ao exemplo: se
ambos entram no acordo que o estágio será aos sábados, então ambos devem reservar este tempo para a
atividade de estágio supervisionado. Conciliar as atividades de estudos e trabalho é pesado, bem cansativo, mas
com toda certeza trará recompensas de um investimento planejado.
Conhecendo a dinâmica
O estagiário está se aproximando, gradativamente, da realidade de trabalho do Serviço Social. Neste primeiro
momento, sugerimos ao estagiário conhecer os profissionais mais próximos, nomes dos colegas de trabalho, suas
respectivas funções. Levantamento dos setores existentes e atividades desenvolvidas. E peça ao supervisor de
campo uma sugestão de leitura.
Vamos a mais um exemplo: se você vai fazer estágio em um hospital, qual a leitura mais apropriada para auxiliar
nesta primeira aproximação? Ou se o estágio é em uma organização não governamental, qual a bibliografia mais
sugestiva de acordo com área de atuação? Mas pode acontecer de você encontrar algum livro ou material na
Internet. Antes de realizar a leitura ou comprar o livro, converse com a supervisora de campo sobre a qualidade
do material.
Ao ingressar em um novo espaço de convivência profissional, o campo de estágio, procuramos, primeiramente,
conhecer a dinâmica de suas ações e, aos poucos, desenvolver uma rotina que irá facilitar a interação sócio-
profissional e o exercício mais eficiente.
Coleta de dados sobre a instituição
Vamos aprender sobre a instituição? Busque saber se existem documentos aonde possa encontrar o histórico da
instituição, missão, valores, serviços oferecidos, etc. Você perguntou à supervisora se existem registros com
estas informações?
Alguns alunos relatam que não foram encontrados registros em alguns campos de estágio, cabendo ao estagiário
construir parte desse conhecimento, perguntando, buscando e registrando para posteriores análises.
Por exemplo: um estagiário iniciou suas atividades em uma creche comunitária, em uma favela. A assistente
social estava na instituição há pouco mais de um ano e, com poucos recursos, havia instituído um espaço para o
Serviço Social de forma bem qualitativa. Na ocasião, o aluno ficou inseguro quanto à inexistência de registros
- -4
sobre a instituição e o trabalho desenvolvido, mas a partir da experiência de estágio (com outros estagiários)
construíram um planejamento para resgatar a história da instituição, bem como analisar a experiência de
estágio. A partir da vivência de estágio, elaborou o objeto de estudo para monografia, refletindo sobre a
experiência de realização dos grupos focais com as mães da creche. Agora, imagina se o aluno desiste do estágio,
no primeiro desafio, por medo e insegurança quanto à falta de informações sobre o histórico da instituição. Iria
perder uma boa oportunidade de aprendizado.
A atividade de coleta de dados, em geral, inicia-se por uma aproximação preliminar exploratória que busca
levantar informações que irão compor um primeiro quadro de situação geral. A proposta é ler a documentação
existente (relatórios e planos) e formular questões para o momento da supervisão, que ajudarão na reflexão
sobre a prática profissional.
A prática social
Iamamoto (2004, p. 114) nos diz que a trajetória do Serviço Social enquanto profissão apresenta um arsenal de
mitos hoje presentes na compreensão da prática social e, mais especificamente, da prática profissional. Como
componentes dessa ‘mitologia’, apresenta:
a) A prática social reduzida a qualquer atividade, à atividade geral;
b
b)
A concepção utilitária da prática social, traduzida profissionalmente na preocupação com a
eficácia técnica, com o resultado imediato e visível, quantificavelmente mensurável;
c)
A prática social apreendida na sua imediaticidade, como um dado, que teria o poder
miraculoso de revelar-se a si mesma, como coisa ‘natural’. Essa naturalização da vida social
e essa coisificação da prática – aparências necessárias e historicamente gestadas na
própria sociedade capitalista – são apreendidas unilateralmente como se fossem
reveladoras da concretude do real. Assim, as expressões da prática social passam a ser
apreendidas em si mesmas de maneira auto-suficiente, em um processo de parcialização
progressiva da totalidade da vida social.”
A prática social
Podemos compreender a exposição de Iamamoto(2004) como uma real preocupação, onde o fazer profissional
do assistente social não pode ser entendido como uma atividade que qualquer pessoa pode desempenhar, a
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partir do domínio puro da técnica, sem a realização de uma leitura crítica da realidade. É preciso fugir da prática
“profissional” imediatista, sem planejamento, isenta do olhar crítico construtivo, cujo objetivo é apenas a
resolução imediata da situação apresentada.
A prática social não se revela na sua imediaticidade. É preciso estudar, realizando uma leitura crítica das
situações apresentadas no cotidiano profissional, valorizando a relação teoria e prática.
As sessões plenárias do XIX Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais produziram valiosas considerações
quanto ao exercício profissional, que merecem destaque (IAMAMOTO, 2007, P. 467):
“ – aprofundar o conhecimento as condições reais de trabalho doassistente social, enquanto
trabalhador assalariado, articulando-o às lutas mais gerais dos trabalhadores frente as reformas
sindical, trabalhista e universitária;
- estimular o estudo sobre os espaços ocupacionais -, tradicionais e emergentes - transformando-os
em espaços públicos de denúncias e reivindicações;
- aperfeiçoar e estimular a construção de articulações político-institucionais com a sociedade civil na
luta pela garantia de direitos;
- apoiar o aprofundamento teórico-metodológico como base para a leitura dos trabalhos realizados,
reconhecendo a convivência de tendência inovadora e conservadoras nessas leituras e atribuindo
maior atenção a dimensão técnico-operativa da profissão;
estimular formas de socialização e intercâmbio de experiências profissionais exitosas que indicam
avanços na concretização do projeto ético-político profissional.”
Diante do que foi colocado, constatamos que o Serviço Social é uma profissão dinâmica inserida no próprio
contexto sócio histórico.
O assistente social deve modificar a sua forma de atuação profissional, em decorrência da demanda que lhe é
colocada. É necessário acompanhar o movimento da sociedade e perceber os novos espaços como possibilidades
de intervenção sobre uma realidade social.
Isto é, cabe ao profissional ir além do imediatismo, assumindo uma postura de investimento no processo de
apreensão da realidade concreta e das mudanças sociais em movimento, buscando identificar novas
possibilidades de intervenção profissional.
A partir da valorização da qualificação continuada (Qualificação continuada significa assumir a ação investigativa
na busca da organização de novas possibilidades de intervenção. É a atitude investigativa que permite desvendar
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o ponto central do problema. Lembra-se que a teoria fundamenta a prática e encontra-se no nível da abstração,
do pensamento, já o método norteia a prática.) para desenvolvimento de novas competências e habilidades, será
possível atender as novas demandas postas à profissão.
O atual quadro social brasileiro pede por uma atuação profissional consistente, que intervenha sobre os novos
desafios postos a cada dia. Por isso o assistente social deve estar em permanente atualização para oferecer
respostas à demanda de trabalho apresentada.
É preciso romper com a idéia de que “qualquer um” tem condição de fazer o que o Serviço Social faz e mostrar
qual é o produto do trabalho profissional, apropriando-se das ferramentas gerenciais e tecnológicas, de registro
e documentos. Em outras palavras, é preciso entender que, nesse momento histórico, o fazer profissional está
diretamente relacionado às seguintes dimensões: investigativa, teórico metodológica, técnico-operativa, ético-
política e pedagógica. E o “como fazer” (investigativo, técnico-operativo e pedagógico) precisa ser trabalhado a
partir de uma formação continuada.
O que vem na próxima aula
•Elaboração do plano de estágio supervisionado atrelado aos interesses da população atendida.
•O compromisso com o aprendizado profissional na experiência de estágio.
•O estágio tem que ser programado, planejado, e o ensino da aprendizagem tem que ser gradual.
Saiba mais
• Sugerimos a participação em seminários e palestras com temas relacionados ao 
campo de estágio ou a política de atuação. Faça uma pesquisa na internet, no 
site do CRESS ou CFESS, ou até mesmo em outros sites. Pergunte à supervisora 
se haverá algum evento nos próximos dias, ou mês. E assim se organize para 
participar e aprender com outras experiências. E lembra-se de solicitar o 
certificado de participação enquanto ouvinte, importante documento para 
comprovação curricular.
•
- -7
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu que o aluno está iniciando uma nova experiência, acolhido por uma supervisora de campo.
• Aprendeu que o aluno, estagiário, também tem que cumprir o seu papel: na condição de aprendiz, 
estando disponível ao processo de estágio a partir de uma aproximação gradativa da realidade de 
trabalho dos assistentes sociais.
•
•
	Olá!
	
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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