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Adquire-se a propriedade móvel por meio de: D a pr op ri ed ad e Modos de aquisição da Propriedade Móvel Serão exigidos para o Usucapião a idoneidade do bem a ser usucapião, tempo, posse mansa e pacífica e animus domini. Podem ser: Ordinária: a posse deverá se prolongar por um prazo de pelo menos três anos no caso de boa-fé e justo título, como aduz: "Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade." Extraordinária: dispensada a boa-fé, mesmo de má-fé, institui o Código Civil: "Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé." 2- Ocupação De acordo com o art. 1263 do Código Civil: "Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem dono para logo lhe adquire a propriedade, não sendo essa ocupação defesa por lei.” A ocupação deve ser aplicada apenas para a aquisição de coisas móveis SEM DONO, que nunca foram apropriadas ou que foram abandonadas. Conforme previsto no art. 1.275 do CC, o abandono é uma forma de perda da propriedade, devendo resultar da vontade do proprietário de se desfazer do bem. Quando a coisa passa a ser ABANDONADA, passa a categoria res nullius ou res derelictae, podendo ser adquirida por OCUPAÇÃO. 1- Usucapião aq ui si çã o de b en s m óv ei s e p er da d a pr op ri ed ad e COISA ABANDONADA ≠ COISA PERDIDA Como já falado acima, a ocupação só acontece quando a coisa é abandonada. No caso de coisa perdida, vide: "Art. 1233, CC: Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor.” Além disso, deve entregar imediatamente à autoridade competente, podendo adquirir uma recompensa não inferior a 5% do valor da coisa achada e à indenização pelas despesas, transporte e conservação, caso o dono decida reaver a posse e não abandoná-la, sob o pálio do art. 1.234 do CC. 3- Achado deTesouro Tesouro consiste em um depósito antigo de moedas ou objetos preciosos como joias enterrado ou que o dono seja desconhecido. "Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente." Porém, se o tesouro foi achado casualmente, gera a obrigação de entregar metade ao dono do imóvel em que achou. " Apropriação de tesouro – Art 169, I, CP I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário do prédio;" 4- Tradição A tradição é consagrada como regra para a aquisição de direitos reais sobre coisas móveis quando constituídos ou transmitidos, por atos entre vivos, devendo a coisa ser entregue pelo transmitente ao adquirente com ânimo de transmitir-lhe a propriedade de acordo com o disposto no art. 1.226 do CC: D a pr op ri ed ad e aq ui si çã o de b en s m óv ei s e p er da d a pr op ri ed ad e D a pr op ri ed ad e Efetiva: ocorre de forma real, aquela que há a entrega material da coisa ao adquirente, entrega efetiva do bem móvel; Simbólica: ato representativo de transferencia, para simbolizar a entrega do bem que está se adquirindo; Consensual ou ficta: "Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição." Por isso, segundo o art. 1.267: "A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição." Existem 3 tipos de tradição: ex: comprar um celular e recebe-lo imediatamente. ex: entregar as chaves de um automóvel. 1) constituto possessório: proprietário vende e permanece com o bem. Obs.: se imóvel, necessita da cláusula constituti. Possuía em nome próprio e passa a possuir em nome alheio. ex: Proprietário que vende o bem mas permanece nele em nome de terceiro. 2) brevi manu: possuidor de coisa alheia passa a possuir em nome próprio. ex: Locatário que adquire o bem. Obs: De acordo com o art. 1.268 do CC, as aquisições de propriedade por tradição submetem-se ao princípio nemo plus iuris, ou seja, ninguém pode transferir para outra pessoa mais poderes do que já tem. 5- Especificação Nos art. 1.269 do CC, ao trabalhar com certa matéria prima, consegue transformá-la em uma espécie nova, ex: artesão, pintor, escritor. aq ui si çã o de b en s m óv ei s e p er da d a pr op ri ed ad e D a pr op ri ed ad e Confusão: mesma espécie – mistura de coisas líquidas Ex.: biodiesel Comistão: Reunião de coisas sólidas Adjunção: Justaposição de coisas sólidas. "Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta será proprietário, se não se puder restituir à forma anterior" Se o especificador tiver agido de boa-fé, ou seja, não sabia que a matéria prima que estava utilizando era de outrem, cabe ressaltar o art. 1.270: "Art. 1.270. Se toda a matéria for alheia, e não se puder reduzir à forma precedente, será do especificador de boa-fé a espécie nova. § 2º Em qualquer caso, inclusive o da pintura em relação à tela, da escultura, escritura e outro qualquer trabalho gráfico em relação à matéria-prima, a espécie nova será do especificador, se o seu valor exceder consideravelmente o da matéria-prima. " No entanto, se tiver agido de má-fé, sabendo que a matéria prima utilizada pertencia a terceiro, o art. 1.271 garantiu aos prejudicados o ressarcimento pelo dano que sofreram, com exceção do especificador de má-fé no caso do §1º do art. 1.270 do CC, quando irredutível a especificação. 6- Confusão, Comistão e Adjunção São formas de aquisição da propriedade móvel, tratadas por alguns autores como aquisição que deriva da acessão de móvel a móvel. Arts. 1.272 a 1.274, CC. ex: óleos minerais e vegetais). ex: areia, terra e cimento; Sal + areia ex: anel de ouro + rubi; etiquetas para serem acrescentadas aos produtos. aq ui si çã o de b en s m óv ei s e p er da d a pr op ri ed ad e Perde-se a propriedade por alienação, por renúncia, por abandono, por perecimento da coisa e por desapropriação. A alienação, a renúncia e o abandono são formas de perda voluntária da propriedade, já o perecimento da coisa e a desapropriação são formas de perda involuntária da propriedade. Vide artigo disposto no Código Civil: "Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde- se a propriedade: I - por alienação; II - pela renúncia; III - por abandono; IV - por perecimento da coisa; V - por desapropriação. Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo ou do ato renunciativo no Registro de Imóveis." D a pr op ri ed ad e Perda da Propriedade Ato negocial entre alienante e adquirente. ex: Compra e venda. Transferência de propriedade: Em relação aos bens imóveis, o efeito só se aperfeiçoará com o registro do título translativo de propriedade no cartório de registro de imóveis. No que tange aos bens móveis, esta fica subordinada a necessária tradição da coisa. Alienação aq ui si çã o de b en s m óv ei s e p er da d a pr op ri ed ad e D a pr op ri ed ad e Ato informal, acontece quando o proprietário desfaz-se do bem por não ter mais interesse em manter seu direito de propriedade. A derrilição dos bens é verificada pelo comportamento do agente. Abandono aq ui si çã o de b en s m óv ei s e p er da d a pr op ri ed ad e É a forma de perda da propriedade contra a vontade de seu titular, ocorre pela destruição da coisa. Não há direito sem objeto e o objeto do direito real é a coisa. Portanto, se a coisa se extingue, perece também o direito real. ex: casa que sofre incêndio, terreno invadido pelo mar, perda total do automóvel. Perecimento da Coisa Abdicativa: verdadeira renúncia. Translativa:renuncia em prol de alguém, ocorre a renúncia, aceita e transfere. Ato unilateral e sempre expressa, ocorre quando o proprietário manifesta seu desejo de se desfazer do direito de propriedade. Não deve ser confundida com a doação, pois a renúncia não transmite os direitos para terceiros. Pode ser: Renúncia D a pr op ri ed ad e aq ui si çã o de b en s m óv ei s e p er da d a pr op ri ed ad e Utilidade pública (a fim de satisfazer interesses coletivos); Necessidade pública (questões urgentes de segurança e salubridade pública); Interesse social (para fins de reforma agrária). É caracterizada como um modo originário de aquisição de propriedade pelo Estado. Qualquer bem pode ser objeto de desapropriação, podendo ocorrer de 3 formas: Obs: para que ocorra a desapropriação de um bem público, esta deve ser ordenada por ente de hierarquia superior dentro da estrutura da Federação. Desapropriação Fim.
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