Buscar

Os Desafios da pesquisa e o problema

Prévia do material em texto

Ciência com Consciência
Edgar Morin
A Arte da Pesquisa 
Wayne Booth
Carina Carvalho, Clara Nogueira, Edwin, Ivana Medina, Mizá Dias, 
Peterson Almeida, Rafaela Oliveira
Ciência com Consciência
Edgar Morin
EDGAR MORIN
(1921)
● francês
● filósofo, antropólogo e sociólogo
● teoria da complexidade
ORDEM, DESORDEM, COMPLEXIDADE (CAP.2)
● estrelas no céu ordem imperturbável, aparente ordem 
(estrelas no mesmo lugar, desordem na ordem - 
universo em dispersão e expansão)
● quanto à vida fixidez das espécies - reprodução - 
ordem imutável; evoluções nas revoluções - acaso, 
mutação, desperdícios/ destruições.
“ordem e desordem para conceber a organização e 
evolução vivas”
● história humana
dedordem: guerras, atentados, assassinatos. 
Determinismo infra-estruturais, econômicos, 
demográficos (reduzir a aleatoriedade e a desordem).
Ciência com Consciência - Edgar Morin
“MAS É IMPOSSÍVEL, TANTO NO DOMÍNIO DO CONHECIMENTO NATURAL COMO NO 
CONHECIMENTO DO MUNDO HISTÓRICO SOCIAL REDUZIR NOSSA VISÃO QUER À ORDEM, 
QUER À DESORDEM”(p. 196).
TEMOS QUE CONCEBER NA HISTÓRIA E NA VIDA: ERRÂNCIAS, DESVIOS, DESPERDÍCIOS, 
PERDAS, ANIQUILAMENTOS. ATENTAR PARA O SABER FAZER, TALENTOS, SABEDORIAS.
Desenvolvimento das ciências naturais no século passado fez-se por meio do confrontamento 
ordem e desordem e passam a integrar a aleatoriedade e desordem.
Aponta a necessidade das ciênciaS humanas em pensar conjuntamente, em sua complementaridade, 
sua concorrência e seu antagonismo, as noções de ordem e desordem
“TEMOS DE OLHAR PARA O MODO COMO CONCEBEMOS A ORDEM E PARA NÓS MESMOS 
OLHANDO PARA O MUNDO, ISTO É, INCLUIR-NOS EM NOSSA VISÃO DE MUNDO”.
Ciência com Consciência - Edgar Morin
● não é simples e monolítico;
● ultrapassa o antigo determinismo (cenebedor da ordem espaço de lei 
anônima);
● impessoal e suprema;
● regente das leis do universo/ verdade;
● lei do determinismo (coação);
● estabilidade, constância, regularidade, repetição;
● estrutura (conceito de ordem ultrapassa o conceito da lei);
ORDEM se COMPLEXIFICOU?
1. HÁ VÁRIAS FORMAS DE ORDEM
2. A ORDEM JÁ NÃO É ANÔNIMA E GERAL, MAS ESTÁ LIGADA A 
SINGULARIDADE
● ordem é fruto de coações singulares, próprias deste universo
● ordem viva - seres vivos singulares
Ciência com Consciência - Edgar Morin
ORDEM
Ciência com Consciência - Edgar Morin
INTERAÇÃO
ORGANIZAÇÃO
ESTRUTURA
A organização, entretanto, não pode ser reduzida a ordem, 
embora a comporte e a produza
Ordem está ligada às interações 
PR
O
D
U
Z
CO
- 
PR
O
D
U
Z
ORDEM DEMANDA DIÁLOGO COM A DESORDEM
ORDEM
● é mais rica que a ideia de acaso
● é mais rica que a ideia de ordem
● agitações, dispersões, colisões, ligadas ao fenômeno clorífero, 
irregularidades, instabilidades, os desvios (perturba e transforma o 
processo)
● choques, os encontros aleatórios, acontecimentos, acidentes, as 
desorganizações, desintegrações, os ruídos, os erros.
● imperceptível, mas de efeitos maciços
● necessária para garantir a evolução
Ciência com Consciência - Edgar Morin
DESORDEM
SUBJETIVO
OBJETIVO
Ciência com Consciência - Edgar Morin
INTERAÇÃO ORGANIZAÇÃO
“Para estabelecer o diálogo entre 
ordem e desordem, precisamos de 
algo mais do que essas duas noções; 
precisamos associá-las a outras 
noções, donde a ideia do tetragrama”
ORDEM DESORDEM
Dialógica entre termos. 
precisando; chamando; inseparável; 
complementar; antagônico
Derrubar a concepçãoo do conhecimento científico depois de Newton, quando 
conhecimento tinha se tornado objeto de ciência.
conhecimento científico = certeza X conhecimento científico (ordem + 
desordem)= incerteza
“Trabalhe com a incerteza”
● incita a pensar aventurosamente;
● controlar o pensamento;
● criticar o saber estabelecido;
● auto-exame e autocrítica
Ciência com Consciência - Edgar Morin
INCERTEZA
● incita a racionalidade;
● incita o pensamento complexo. 
“Não há uma ideia chave que comanda o universo”
Complexidade: pensar certo e incerto, o lógico e o contraditório e é a inclusão 
do observador na observação.
Ciência com Consciência - Edgar Morin
INCERTEZA
A INSEPARABILIDADE DA ORDEM E DA DESORDEM 
(CAP.3)
Ciência com Consciência - Edgar Morin
ORDEM
Fenômenos que aparecem 
na natureza física, 
biológica e social: a ordem 
se manifesta sob a forma 
de constância, de 
estabilidade, de 
regularidade e de 
repetição
Natureza da ordem: a 
determinação, a coação, a 
causalidade e a 
necessidade que fazem os 
fenômenos obedecer às 
leis que os governam.
Coerência, coerência 
lógica, possibilidade de 
deduzir ou de induzir, e 
portanto de prever.
1º Nível 2º Nível 3º Nível
Ciência com Consciência - Edgar Morin
DESORDEM
Engloba as 
irregularidades, as 
inconstâncias, as 
instabilidades, as 
agitações, as 
dispersões, as 
colisões, os 
acidentes.
A eventualidade e o acaso. A 
eventualidade e o acaso podem ser 
definidos
O acaso nos priva da lei e 
do princípio para conceber 
um fenômeno. O acaso 
insulta a coerência e a 
causalidade; desafia o 
pentágono da 
racionalidade. aparece 
como irracionalidade, 
incoerência, demência, 
portador de destruição, 
portador da morte.
1º Nível
2º Nível
3º Nível
"No fundo, o acaso é só o encontro de séries determinísticas, ainda 
assim a desordem e a incerteza aparecem nesse encontro” (p. 210).
Negação a desordem
1 MOMENTO
2 MOMENTO
3 MOMENTO
“A desordem é aquilo que precisa ser eliminado. Na história do 
pensamento e da sociedade assistimos a uma recusa permanente da 
desordem — e, é claro, do acaso.” (p. 211).
Por trás das aparências, o verdadeiro universo é ordenado e racional.
O surgimento do segundo princípio da termodinâmica
Niels Bohr declarou que não se deve querer superar a incerteza e a 
contradição, mas enfrentá-las e trabalhar com/contra elas (teoria da 
complementaridade).
4 MOMENTO
5 MOMENTO O universo de fenômenos é inseparavelmente tecido de ordem, de 
desordem e de organização.
O universo não pode estar submetido a um
princípio supremo de ordem
“Mais do que procurar o grande Princípio de Ordem e Desordem, 
precisamos considerar o tetragrama incompreensível: 
ordem/desordem/interações/organização.” (p. 227)
Por que a Ordem e a Desordem são inseparáveis?
“Uma sociedade composta de pura desordem é tão impossível quanto 
um universo de pura desordem. Uma sociedade composta de pura ordem 
não é menos impossível. O sonho demente de ordem social pura é 
traduzido pelo campo de concentração e é punido com a desordem 
infinita do assassinato.” (p. 228)
O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5)
Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo
CONCEITO DE 
SISTEMA
TEORIA DOS 
SISTEMAS
GENERALIDADE DO 
SISTEMA
TEORIA DOS 
“SISTEMAS GERAIS”
PRINCÍPIO 
HOLÍSTICO
FALTA DE 
FUNDAMENTOS
REDUCIONISMO
O DOMÍNIO DO CONCEITO DE SISTEMA:
O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5)
Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo
PARADIGMA DE 
SIMPLIFICAÇÃO
I. O paradigma sistema
a) o todo não é uma capa
Já dizia Pascal: “Considero impossível conhecer as partes sem conhecer o 
todo, como conhecer o todo sem conhecer particularmente as partes”.
“DOUBLE BIND” As partes parecem querer se anular em um círculo vicioso, no entanto, elas devem ser entendidas como situações complementares e não-antagônicas.
VICIOSO
FECUNDO
“Devemos considerar o sistema 
não apenas como uma unidade 
global, [...] mas como ‘unitas 
multiplex’. [...] O todo é uma 
macrounidade, mas as partes 
não estão fundidas ou 
confundidas nele” (p. 260).
O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5)
Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo
“Os sistemas atômicos, biológicos e sociais indicam-nos que um sistema não é só uma 
constituição de unidade a partir da diversidade, mas também uma constituição de diversidade 
(interna) a partir da unidade” (p. 260).
O TODO É MAIS DO QUE A SOMA DAS PARTES
O TODO É MENOS DO QUE A SOMA DAS PARTES
O TODO É MAISDO QUE O TODO
O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5)
Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo
AS PARTES SÃO AO MESMO TEMPO MENOS E 
MAIS DO QUE AS PARTES
AS PARTES SÃO EVENTUALMENTE MAIS DO QUE 
O TODO
O TODO É MENOS DO QUE O TODO
O TODO É INSUFICIENTE
O TODO É INCERTO
O TODO É CONFLITUOSO
O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5)
Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo
I. O paradigma sistema
b) o macroconceito
CONCEITO DE 
SISTEMA
Exprime a unidade complexa e o caráter fenomenal do todo, 
assim como o complexo das relações entre o todo e as partes
INTERAÇÃO Exprime o conjunto das relações, ações e retroações que se efetuam e se tecem num sistema
ORGANIZAÇÃO
Exprime o caráter constitutivo dessas interações e dá a coluna 
vertebral à ideia de sistema
O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5)
Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo
O NOVO ESPÍRITO 
DA CIÊNCIA
INTERRELAÇÕES
O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5)
Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo
I. O paradigma sistema
c) o caráter psicofísico do paradigma sistêmico
CATEGORIA FÍSICA X CATEGORIA MENTAL
CARÁTER PSICOFÍSICO
OBSERVADOR X 
SISTEMA OBSERVADO
Onde a relação sujeito observador/objeto observado inclui o 
observador na observação
CULTURA X PHYSISSUJEITO X OBJETO
Devemos confrontar:
O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5)
Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo
I. O paradigma sistema
d) o paradigma de complexidade
A COMPLEXIDADE 
É INSIMPLIFICÁVEL
É complexo porque estabelece 
implicação mútua entre:
II. As teorias sistemizadas
➔ sistema é conceito mais genérico do que geral;
➔ a dimensão sistêmica organizacional deve estar presente em todas as teorias relativas ao 
universo físico, biológico, antropossociológico, noológico;
➔ é necessário diferenciação entre teorias sobre tipos de fenômenos.
A Arte da Pesquisa 
Wayne Booth e outros
Este livro foi escrito pensando nos pesquisadores 
estudantes, desde os novatos mais inexperientes até os 
profissionais, cursando pós-graduação. 
Atrair a atenção dos pesquisadores iniciantes para a 
natureza, os usos e os objetivos da pesquisa e de seus 
relatórios; orientar os pesquisadores iniciantes e 
intermediários quanto às complexidades do 
planejamento, da organização e da elaboração do esboço 
de um relatório que proponha um problema significativo 
e ofereça uma solução convincente; 
Mostrar a todos os pesquisadores, do iniciante ao 
avançado, como ler seus relatórios da maneira como os 
leitores o fariam, identificando passagens em que eles 
provavelmente encontrariam dificuldades e alterando-as 
rápida e eficazmente.
Capítulo 3: DE TÓPICOS A PERGUNTAS
Capítulo 4: DE PERGUNTAS A PROBLEMA
Capítulo 9: FUNDAMENTOS
Capítulo 3: De tópicos a perguntas
Os interesses e o 
Tópico.
Dimensão 
controlável.
Perguntas como 
ponto central.
“Um tópico é um interesse específico o bastante 
para servir de base a uma pesquisa que possa ser 
relatada de maneira plausível em um livro ou 
artigo que ajudem outros a evoluir em 
compreensão e maneira de pensar”(p.47).
De um tópico amplo a um específico
 
EXEMPLO
A história da aviação 
comercial.
A contribuição do Exército para o 
desenvolvimento dos DC-3 nos primeiros 
anos da aviação comercial.
A contribuição do Exército 
para o desenvolvimento dos 
DC-3 nos primeiros anos da 
aviação comercial.
O Exército contribuiu na maneira pela qual 
os DC-3 se desenvolveram nos primeiros 
anos da aviação comercial.
AFIRMAÇÃO POTENCIAL
DE UM TÓPICO ESPECÍFICO A 
PERGUNTAS
QUESTIONAMENTO
partes e todo percurso histórico categorias valor
QUAIS AS PARTES DO 
SEU TÓPICO E A QUE 
CONJUNTO MAIOR ELE 
PERTENCE? QUAIS AS 
RELAÇÕES 
FUNCIONAIS ENTRE 
ELAS?
QUAL É A HISTÓRIA 
DESSE TÓPICO E EM 
QUE HISTÓRIA MAIOR 
ELE SE INCLUI?
QUAIS CATEGORIAS 
VOCÊ ENCONTRA NAS 
PARTES DO TÓPICO? E 
A QUE CATEGORIAS 
MAIORES ELE 
PERTENCE?
ATÉ QUE PONTO O 
TÓPICO É BOM? COM 
QUE FINALIDADE 
VOCÊ PODERÁ 
USÁ-LO? QUAL A 
UTILIDADE DE SUAS 
PARTES?
1 2 3 4
Você conhece o seu tópico de pesquisa?
…. E DAÍ ….
Qual a importância do seu tópico de pesquisa?
PASSO 1
PASSO 2
PASSO 3
Especifique o seu tópico iniciando com a frase estou 
estudando/pesquisando/trabalhando... 
Acrescente uma pergunta indireta que especifique algo que você não 
sabe ou não entende, iniciando com porque quero descobrir como...
Acrescente uma motivação à pergunta, explicando por que e para que, 
iniciando com a fim de entender como...
EXEMPLO
(PASSO 1) Estou estudando processos de reparos em sistemas de refrigeração (PASSO 2) 
porque estou tentando descobrir como os especialistas nesses reparos analisam suas 
falhas (PASSO 3) a fim de entender como projetar um sistema computadorizado que possa 
diagnosticar e prevenir essas falhas.
Qual a importância do seu tópico de pesquisa?
Os processos de reparos em sistemas de refrigeração
O que você está escrevendo? O que você não sabe? Por que você quer saber?
PERGUNTA E SUA MOTIVAÇÃO PROBLEMA E SUA SOLUÇÃO 
TÓPICO PERGUNTA - PROBLEMA MOTIVAÇÃO - SOLUÇÃO
De perguntas a Problemas
Capítulo 4
● Conduzir o projeto por sua necessidade de entender 
algo melhor, focalizando na importância, na utilidade 
de aprender o que não sabe.
● Convencer o leitor. Descobrir um motivo para 
demonstrar e transformar o motivo para entender em 
motivo para explicar e convencer.
● Problemas, Problemas, Problemas: Problemas Práticos 
e Problemas de Pesquisa.
● A Estrutura Comum dos Problemas.
● Pesquisa Pura e Pesquisa Aplicada
● Descobrindo um Problema de Pesquisa.
● O Problema do Problema. Fazendo perguntas, encontrando respostas
● Definido pelo que não se sabe ou não entende, mas sente que deve saber ou entender.
● Antes de resolver um problema prático deve-se resolver o problema de pesquisa.
● Problema prático, você resolve algo na realidade, fazendo alguma coisa.
● Problema de pesquisa deve ser proposto antes do problema prático, ou seja, surge de algo 
que não sabemos, mas o problema prático não será resolvido, é aprendendo mais sobre um 
assunto ou entendendo-o que se alcança o problema de pesquisa.
● Problema não deve ser confundido com algo ruim. Mas não ter um bom problema de pesquisa 
resulta em um problema prático ruim.
● É importante diferenciar problema de pesquisa para resolver de um tópico para investigar
Problemas práticos x Problemas de pesquisa
A Estrutura Comum dos Problemas
Problemas práticos e problemas de pesquisa têm a mesma estrutura básica:
1. Ambos têm uma determinada situação ou condição que precisa ser solucionada
2. A situação ou condição não solucionada acarreta consequências indesejáveis.
“Quanto maiores as conseqüências da condição ou os beneficios de solucioná-la, mais importante 
o problema.” Então, devemos sempre nos perguntar: quais os custos de não resolver o problema? 
Quais os benefícios de resolvê-lo?
Problemas práticos e problemas de pesquisa diferem em dois pontos:
1. A condição de um problema prático pode ser qualquer situação. A condição de um problema de 
pesquisa trata do que você não sabe ou não entende, mas deve saber e entender.
2. As consequências de um problema de pesquisa podem não ter relação imediata com a 
realidade, tratam justamente do que não entendemos e queremos entender. E o não entender o 
que queremos entender tem custos adicionais e mais significativos ainda.
Condição x Custo x Benefício
Problema de Pesquisa PURA
1. Tópico: Estou estudando a densidade da luz 
e outras radiações eletromagnéticas em um 
pequeno setor do universo,
2. Indagação: porque quero descobrir quantas 
estrelas há no céu,
3. Exposição de motivos: a fim de entender se 
o universo se expandirá para sempre ou se 
contrairá, causando um novo Big Bang.
Pesquisa Pura x Pesquisa Aplicada
Problema de PesquisaAPLICADA
1. Tópico: Estou estudando a diferença entre 
as leituras do telescópio Hubble, em órbita 
acima da atmosfera, e leitura das mesmas 
estrelas pelos melhores telescópios da 
superfície terrestre,
2. Indagação: porque quero descobrir quanto 
a atmosfera distorce as medidas da luz e 
de outras radiações eletromagnéticas,
3. Exposição de motivos: a fim de medir com 
maior precisão a densidade da luz e de 
outras radiações eletromagnéticas num 
pequeno setor do universo.
Seu problema é puro ou aplicado?
Descobrindo um Problema
● Peça Ajuda;
● Procure Problemas à medida que lê;
● Procure Problemas no que você escreve;
● Use um problema-padrão;
O problema do Problema
1. Especifique seu tópico: Estou escrevendo sobre _______
2. Exponha sua pergunta indireta (e assim defina a natureza do seu problema): … porque 
estou tentando mostrar a vocês quem/como/ por que _______
3. Relate como sua resposta ajudará seu leitor a entender algo ainda mais importante (e assim 
defina o custo de não saber a resposta): … para explicar a vocês como/por que _____
Capítulo 9: Fundamentos
Um fundamento é um princípio geral que cria uma ligação 
lógica entre uma determinada evidência e uma 
determinada afirmação. Mostrar aos leitores por que um 
determinado conjunto de dados deve ser considerado 
como evidência.
Um argumento precisa satisfazer três critérios:
1. Uma parte deve descrever o tipo geral de evidência.
2. A parte que descreva o tipo geral de afirmação que 
se segue da evidência.
3. Expressar ou implicar uma relação entre essas 
partes como: Causa e efeito, uma como sinal de 
outra, muitas circunstâncias que permitem uma 
generalização.
FUNDAMENTO
EVIDÊNCIAAFIRMAÇÃO
Avaliar e analisar o fundamento
A forma mais útil é:
Sempre que temos uma evidência como X, podemos fazer uma afirmação como Y
Tipo geral de evidência ou justificativa que o 
fundamento admite Tipo de afirmação que ele permite.
Sempre que X (as ruas estão 
molhadas pela manhã), Y 
(provavelmente choveu na noite 
anterior).
Sempre que X, Y
Podemos reduzir todo para:
● Expressar o fundamento no formato 
evidência - portanto - afirmação para 
testar sua força.
● Ao analisar o argumento em termos tão 
fortes (sempre, em todos os lugares) 
reconhecerá as ressalvas que talvez 
precise acrescentar.
● Um bom princípio é adotar um 
fundamento geral para incluir uma 
categoria mais abrangente do que a 
evidência, mas não tão geral que você 
tenha muitas excepções.
F1: Toda vez que muitas vozes da imprensa popular 
acusam um presidente americano de conduzir o país para 
o caminho do socialismo, parte da evidência esse 
presidente não é universalmente popular parte da 
afirmação
F2: Toda vez que qualquer forma de jornalismo ataca 
qualquer líder, por qualquer razão, de qualquer maneira, 
parte da evidência esse líder não permanece popular 
parte da afirmação → É possível pensar em muitos 
exemplos contrários.
F3: Toda vez que os jornais republicanos do 
Centro-Oeste, nos anos 30, acusaram um presidente de 
conduzir os Estados Unidos para o socialismo, parte da 
evidência ele se tornava impopular entre aqueles com 
interesses econômicos parte da afirmação → Se a parte 
da evidência é virtualmente igual à evidência 
apresentada então considera-se que o argumento é 
bom.
Argumentos que podem ser rejeitados: Fundamentos falsos
Argumentos que podem ser rejeitados: Fundamentos obscuros
● Cada comunidade de pesquisa tem seus 
próprios fundamentos, tipicamente não 
expressos.
● Quando você toma um atalho por 
diversos argumentos interligados, 
saltando passos intermediários os 
leitores podem ficar frustrados.
● Quando deixa fundamentos implícitos, 
você pratica um ato social importante e 
ao tornar alguns fundamentos explícitos, 
você poderá insultar os leitores que mais 
preza.
Em 1580, menos da metade dos estudantes 
de algumas faculdades da Universidade de 
Oxford podia assinar seu nome 
legitimamente, “John Jones Esq.” ou “Mr. 
Jones” evidência Assim, seriam precisos mais 
de 300 anos para que as universidades 
inglesas voltassem a ser tão igualitárias. 
afirmação
Apenas alguém familiarizado com a história inglesa 
poderia entender como a evidência das assinaturas 
no século XVI poderia ser pertinente a uma 
afirmação sobre as universidades do século XX. O 
restante das pessoas ficaria confuso.
Argumentos que podem ser rejeitados: Fundamentos inadequados
● Um fundamento pode ser verdadeiro 
para você e seu leitor, mesmo assim, o 
leitor rejeita seu argumento porque o 
fundamento é inadequado aos métodos 
de pesquisa que ele usa.
● Quando os leitores rejeitarem um 
fundamento por julgá-lo inadequado, 
rejeitaram sua evidência, não como falsa, 
mas como estranha ou extravagante.
Um historiador, por exemplo, afirmaria que, na 
eleição presidencial de 1952, os eleitores 
preferiram Dwight Eisenhower porque o viram 
como uma figura paternal. Mas é pouco provável 
que elaborasse um argumento assim:
O som do slogan de Eisenhower, "I Like Ike", 
confortava subliminarmente os eleitores. O som de 
"I" [eu] é envolvido pelo de “lke” [o apelido de 
Dwight), e ambos se aconchegam no som de "like" 
[gosto] , ficando o "I", portanto, duplamente 
envolvido pelo amor paternal reconfortante (p.159)
Argumentos que podem ser rejeitados: Fundamentos inaplicáveis
Quando o argumento é infundado é preciso ajustá-lo, 
para isso tem que decompor o argumento e verificá-lo:
1. Expresse o fundamento em duas partes, o tipo de 
evidência e o tipo de afirmação.
2. Coloque a evidência do argumento na parte da 
evidência do fundamento, e a afirmação na parte da 
afirmação.
3. Determine se a evidência e a afirmação são do tipo 
admitido pelo fundamento. Os termos principais da 
evidência devem coincidir com os do fundamento.
Uma vez que a evidência e a afirmação parecem coincidir 
com as partes correspondentes do fundamento, podemos 
concluir que esse argumento estabelece uma relação 
válida.
Quando um meio 
expõe 
constantemente as 
crianças a imagens de 
perversa violência e 
sadismo parte da 
evidência
Esse meio as 
influência para pior 
parte da afirmação
A televisão é uma das 
principais fontes de 
imagens de violência 
para a criança 
evidência
A televisão é umas 
das principais causas 
da violência infantil 
afirmação

Continue navegando