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Ciência com Consciência Edgar Morin A Arte da Pesquisa Wayne Booth Carina Carvalho, Clara Nogueira, Edwin, Ivana Medina, Mizá Dias, Peterson Almeida, Rafaela Oliveira Ciência com Consciência Edgar Morin EDGAR MORIN (1921) ● francês ● filósofo, antropólogo e sociólogo ● teoria da complexidade ORDEM, DESORDEM, COMPLEXIDADE (CAP.2) ● estrelas no céu ordem imperturbável, aparente ordem (estrelas no mesmo lugar, desordem na ordem - universo em dispersão e expansão) ● quanto à vida fixidez das espécies - reprodução - ordem imutável; evoluções nas revoluções - acaso, mutação, desperdícios/ destruições. “ordem e desordem para conceber a organização e evolução vivas” ● história humana dedordem: guerras, atentados, assassinatos. Determinismo infra-estruturais, econômicos, demográficos (reduzir a aleatoriedade e a desordem). Ciência com Consciência - Edgar Morin “MAS É IMPOSSÍVEL, TANTO NO DOMÍNIO DO CONHECIMENTO NATURAL COMO NO CONHECIMENTO DO MUNDO HISTÓRICO SOCIAL REDUZIR NOSSA VISÃO QUER À ORDEM, QUER À DESORDEM”(p. 196). TEMOS QUE CONCEBER NA HISTÓRIA E NA VIDA: ERRÂNCIAS, DESVIOS, DESPERDÍCIOS, PERDAS, ANIQUILAMENTOS. ATENTAR PARA O SABER FAZER, TALENTOS, SABEDORIAS. Desenvolvimento das ciências naturais no século passado fez-se por meio do confrontamento ordem e desordem e passam a integrar a aleatoriedade e desordem. Aponta a necessidade das ciênciaS humanas em pensar conjuntamente, em sua complementaridade, sua concorrência e seu antagonismo, as noções de ordem e desordem “TEMOS DE OLHAR PARA O MODO COMO CONCEBEMOS A ORDEM E PARA NÓS MESMOS OLHANDO PARA O MUNDO, ISTO É, INCLUIR-NOS EM NOSSA VISÃO DE MUNDO”. Ciência com Consciência - Edgar Morin ● não é simples e monolítico; ● ultrapassa o antigo determinismo (cenebedor da ordem espaço de lei anônima); ● impessoal e suprema; ● regente das leis do universo/ verdade; ● lei do determinismo (coação); ● estabilidade, constância, regularidade, repetição; ● estrutura (conceito de ordem ultrapassa o conceito da lei); ORDEM se COMPLEXIFICOU? 1. HÁ VÁRIAS FORMAS DE ORDEM 2. A ORDEM JÁ NÃO É ANÔNIMA E GERAL, MAS ESTÁ LIGADA A SINGULARIDADE ● ordem é fruto de coações singulares, próprias deste universo ● ordem viva - seres vivos singulares Ciência com Consciência - Edgar Morin ORDEM Ciência com Consciência - Edgar Morin INTERAÇÃO ORGANIZAÇÃO ESTRUTURA A organização, entretanto, não pode ser reduzida a ordem, embora a comporte e a produza Ordem está ligada às interações PR O D U Z CO - PR O D U Z ORDEM DEMANDA DIÁLOGO COM A DESORDEM ORDEM ● é mais rica que a ideia de acaso ● é mais rica que a ideia de ordem ● agitações, dispersões, colisões, ligadas ao fenômeno clorífero, irregularidades, instabilidades, os desvios (perturba e transforma o processo) ● choques, os encontros aleatórios, acontecimentos, acidentes, as desorganizações, desintegrações, os ruídos, os erros. ● imperceptível, mas de efeitos maciços ● necessária para garantir a evolução Ciência com Consciência - Edgar Morin DESORDEM SUBJETIVO OBJETIVO Ciência com Consciência - Edgar Morin INTERAÇÃO ORGANIZAÇÃO “Para estabelecer o diálogo entre ordem e desordem, precisamos de algo mais do que essas duas noções; precisamos associá-las a outras noções, donde a ideia do tetragrama” ORDEM DESORDEM Dialógica entre termos. precisando; chamando; inseparável; complementar; antagônico Derrubar a concepçãoo do conhecimento científico depois de Newton, quando conhecimento tinha se tornado objeto de ciência. conhecimento científico = certeza X conhecimento científico (ordem + desordem)= incerteza “Trabalhe com a incerteza” ● incita a pensar aventurosamente; ● controlar o pensamento; ● criticar o saber estabelecido; ● auto-exame e autocrítica Ciência com Consciência - Edgar Morin INCERTEZA ● incita a racionalidade; ● incita o pensamento complexo. “Não há uma ideia chave que comanda o universo” Complexidade: pensar certo e incerto, o lógico e o contraditório e é a inclusão do observador na observação. Ciência com Consciência - Edgar Morin INCERTEZA A INSEPARABILIDADE DA ORDEM E DA DESORDEM (CAP.3) Ciência com Consciência - Edgar Morin ORDEM Fenômenos que aparecem na natureza física, biológica e social: a ordem se manifesta sob a forma de constância, de estabilidade, de regularidade e de repetição Natureza da ordem: a determinação, a coação, a causalidade e a necessidade que fazem os fenômenos obedecer às leis que os governam. Coerência, coerência lógica, possibilidade de deduzir ou de induzir, e portanto de prever. 1º Nível 2º Nível 3º Nível Ciência com Consciência - Edgar Morin DESORDEM Engloba as irregularidades, as inconstâncias, as instabilidades, as agitações, as dispersões, as colisões, os acidentes. A eventualidade e o acaso. A eventualidade e o acaso podem ser definidos O acaso nos priva da lei e do princípio para conceber um fenômeno. O acaso insulta a coerência e a causalidade; desafia o pentágono da racionalidade. aparece como irracionalidade, incoerência, demência, portador de destruição, portador da morte. 1º Nível 2º Nível 3º Nível "No fundo, o acaso é só o encontro de séries determinísticas, ainda assim a desordem e a incerteza aparecem nesse encontro” (p. 210). Negação a desordem 1 MOMENTO 2 MOMENTO 3 MOMENTO “A desordem é aquilo que precisa ser eliminado. Na história do pensamento e da sociedade assistimos a uma recusa permanente da desordem — e, é claro, do acaso.” (p. 211). Por trás das aparências, o verdadeiro universo é ordenado e racional. O surgimento do segundo princípio da termodinâmica Niels Bohr declarou que não se deve querer superar a incerteza e a contradição, mas enfrentá-las e trabalhar com/contra elas (teoria da complementaridade). 4 MOMENTO 5 MOMENTO O universo de fenômenos é inseparavelmente tecido de ordem, de desordem e de organização. O universo não pode estar submetido a um princípio supremo de ordem “Mais do que procurar o grande Princípio de Ordem e Desordem, precisamos considerar o tetragrama incompreensível: ordem/desordem/interações/organização.” (p. 227) Por que a Ordem e a Desordem são inseparáveis? “Uma sociedade composta de pura desordem é tão impossível quanto um universo de pura desordem. Uma sociedade composta de pura ordem não é menos impossível. O sonho demente de ordem social pura é traduzido pelo campo de concentração e é punido com a desordem infinita do assassinato.” (p. 228) O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5) Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo CONCEITO DE SISTEMA TEORIA DOS SISTEMAS GENERALIDADE DO SISTEMA TEORIA DOS “SISTEMAS GERAIS” PRINCÍPIO HOLÍSTICO FALTA DE FUNDAMENTOS REDUCIONISMO O DOMÍNIO DO CONCEITO DE SISTEMA: O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5) Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo PARADIGMA DE SIMPLIFICAÇÃO I. O paradigma sistema a) o todo não é uma capa Já dizia Pascal: “Considero impossível conhecer as partes sem conhecer o todo, como conhecer o todo sem conhecer particularmente as partes”. “DOUBLE BIND” As partes parecem querer se anular em um círculo vicioso, no entanto, elas devem ser entendidas como situações complementares e não-antagônicas. VICIOSO FECUNDO “Devemos considerar o sistema não apenas como uma unidade global, [...] mas como ‘unitas multiplex’. [...] O todo é uma macrounidade, mas as partes não estão fundidas ou confundidas nele” (p. 260). O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5) Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo “Os sistemas atômicos, biológicos e sociais indicam-nos que um sistema não é só uma constituição de unidade a partir da diversidade, mas também uma constituição de diversidade (interna) a partir da unidade” (p. 260). O TODO É MAIS DO QUE A SOMA DAS PARTES O TODO É MENOS DO QUE A SOMA DAS PARTES O TODO É MAISDO QUE O TODO O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5) Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo AS PARTES SÃO AO MESMO TEMPO MENOS E MAIS DO QUE AS PARTES AS PARTES SÃO EVENTUALMENTE MAIS DO QUE O TODO O TODO É MENOS DO QUE O TODO O TODO É INSUFICIENTE O TODO É INCERTO O TODO É CONFLITUOSO O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5) Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo I. O paradigma sistema b) o macroconceito CONCEITO DE SISTEMA Exprime a unidade complexa e o caráter fenomenal do todo, assim como o complexo das relações entre o todo e as partes INTERAÇÃO Exprime o conjunto das relações, ações e retroações que se efetuam e se tecem num sistema ORGANIZAÇÃO Exprime o caráter constitutivo dessas interações e dá a coluna vertebral à ideia de sistema O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5) Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo O NOVO ESPÍRITO DA CIÊNCIA INTERRELAÇÕES O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5) Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo I. O paradigma sistema c) o caráter psicofísico do paradigma sistêmico CATEGORIA FÍSICA X CATEGORIA MENTAL CARÁTER PSICOFÍSICO OBSERVADOR X SISTEMA OBSERVADO Onde a relação sujeito observador/objeto observado inclui o observador na observação CULTURA X PHYSISSUJEITO X OBJETO Devemos confrontar: O SISTEMA: PARADIGMA OU/E TEORIA? (CAP.5) Ciência com Consciência - Edgar Morin / Segunda Parte: Para o Pensamento Complexo I. O paradigma sistema d) o paradigma de complexidade A COMPLEXIDADE É INSIMPLIFICÁVEL É complexo porque estabelece implicação mútua entre: II. As teorias sistemizadas ➔ sistema é conceito mais genérico do que geral; ➔ a dimensão sistêmica organizacional deve estar presente em todas as teorias relativas ao universo físico, biológico, antropossociológico, noológico; ➔ é necessário diferenciação entre teorias sobre tipos de fenômenos. A Arte da Pesquisa Wayne Booth e outros Este livro foi escrito pensando nos pesquisadores estudantes, desde os novatos mais inexperientes até os profissionais, cursando pós-graduação. Atrair a atenção dos pesquisadores iniciantes para a natureza, os usos e os objetivos da pesquisa e de seus relatórios; orientar os pesquisadores iniciantes e intermediários quanto às complexidades do planejamento, da organização e da elaboração do esboço de um relatório que proponha um problema significativo e ofereça uma solução convincente; Mostrar a todos os pesquisadores, do iniciante ao avançado, como ler seus relatórios da maneira como os leitores o fariam, identificando passagens em que eles provavelmente encontrariam dificuldades e alterando-as rápida e eficazmente. Capítulo 3: DE TÓPICOS A PERGUNTAS Capítulo 4: DE PERGUNTAS A PROBLEMA Capítulo 9: FUNDAMENTOS Capítulo 3: De tópicos a perguntas Os interesses e o Tópico. Dimensão controlável. Perguntas como ponto central. “Um tópico é um interesse específico o bastante para servir de base a uma pesquisa que possa ser relatada de maneira plausível em um livro ou artigo que ajudem outros a evoluir em compreensão e maneira de pensar”(p.47). De um tópico amplo a um específico EXEMPLO A história da aviação comercial. A contribuição do Exército para o desenvolvimento dos DC-3 nos primeiros anos da aviação comercial. A contribuição do Exército para o desenvolvimento dos DC-3 nos primeiros anos da aviação comercial. O Exército contribuiu na maneira pela qual os DC-3 se desenvolveram nos primeiros anos da aviação comercial. AFIRMAÇÃO POTENCIAL DE UM TÓPICO ESPECÍFICO A PERGUNTAS QUESTIONAMENTO partes e todo percurso histórico categorias valor QUAIS AS PARTES DO SEU TÓPICO E A QUE CONJUNTO MAIOR ELE PERTENCE? QUAIS AS RELAÇÕES FUNCIONAIS ENTRE ELAS? QUAL É A HISTÓRIA DESSE TÓPICO E EM QUE HISTÓRIA MAIOR ELE SE INCLUI? QUAIS CATEGORIAS VOCÊ ENCONTRA NAS PARTES DO TÓPICO? E A QUE CATEGORIAS MAIORES ELE PERTENCE? ATÉ QUE PONTO O TÓPICO É BOM? COM QUE FINALIDADE VOCÊ PODERÁ USÁ-LO? QUAL A UTILIDADE DE SUAS PARTES? 1 2 3 4 Você conhece o seu tópico de pesquisa? …. E DAÍ …. Qual a importância do seu tópico de pesquisa? PASSO 1 PASSO 2 PASSO 3 Especifique o seu tópico iniciando com a frase estou estudando/pesquisando/trabalhando... Acrescente uma pergunta indireta que especifique algo que você não sabe ou não entende, iniciando com porque quero descobrir como... Acrescente uma motivação à pergunta, explicando por que e para que, iniciando com a fim de entender como... EXEMPLO (PASSO 1) Estou estudando processos de reparos em sistemas de refrigeração (PASSO 2) porque estou tentando descobrir como os especialistas nesses reparos analisam suas falhas (PASSO 3) a fim de entender como projetar um sistema computadorizado que possa diagnosticar e prevenir essas falhas. Qual a importância do seu tópico de pesquisa? Os processos de reparos em sistemas de refrigeração O que você está escrevendo? O que você não sabe? Por que você quer saber? PERGUNTA E SUA MOTIVAÇÃO PROBLEMA E SUA SOLUÇÃO TÓPICO PERGUNTA - PROBLEMA MOTIVAÇÃO - SOLUÇÃO De perguntas a Problemas Capítulo 4 ● Conduzir o projeto por sua necessidade de entender algo melhor, focalizando na importância, na utilidade de aprender o que não sabe. ● Convencer o leitor. Descobrir um motivo para demonstrar e transformar o motivo para entender em motivo para explicar e convencer. ● Problemas, Problemas, Problemas: Problemas Práticos e Problemas de Pesquisa. ● A Estrutura Comum dos Problemas. ● Pesquisa Pura e Pesquisa Aplicada ● Descobrindo um Problema de Pesquisa. ● O Problema do Problema. Fazendo perguntas, encontrando respostas ● Definido pelo que não se sabe ou não entende, mas sente que deve saber ou entender. ● Antes de resolver um problema prático deve-se resolver o problema de pesquisa. ● Problema prático, você resolve algo na realidade, fazendo alguma coisa. ● Problema de pesquisa deve ser proposto antes do problema prático, ou seja, surge de algo que não sabemos, mas o problema prático não será resolvido, é aprendendo mais sobre um assunto ou entendendo-o que se alcança o problema de pesquisa. ● Problema não deve ser confundido com algo ruim. Mas não ter um bom problema de pesquisa resulta em um problema prático ruim. ● É importante diferenciar problema de pesquisa para resolver de um tópico para investigar Problemas práticos x Problemas de pesquisa A Estrutura Comum dos Problemas Problemas práticos e problemas de pesquisa têm a mesma estrutura básica: 1. Ambos têm uma determinada situação ou condição que precisa ser solucionada 2. A situação ou condição não solucionada acarreta consequências indesejáveis. “Quanto maiores as conseqüências da condição ou os beneficios de solucioná-la, mais importante o problema.” Então, devemos sempre nos perguntar: quais os custos de não resolver o problema? Quais os benefícios de resolvê-lo? Problemas práticos e problemas de pesquisa diferem em dois pontos: 1. A condição de um problema prático pode ser qualquer situação. A condição de um problema de pesquisa trata do que você não sabe ou não entende, mas deve saber e entender. 2. As consequências de um problema de pesquisa podem não ter relação imediata com a realidade, tratam justamente do que não entendemos e queremos entender. E o não entender o que queremos entender tem custos adicionais e mais significativos ainda. Condição x Custo x Benefício Problema de Pesquisa PURA 1. Tópico: Estou estudando a densidade da luz e outras radiações eletromagnéticas em um pequeno setor do universo, 2. Indagação: porque quero descobrir quantas estrelas há no céu, 3. Exposição de motivos: a fim de entender se o universo se expandirá para sempre ou se contrairá, causando um novo Big Bang. Pesquisa Pura x Pesquisa Aplicada Problema de PesquisaAPLICADA 1. Tópico: Estou estudando a diferença entre as leituras do telescópio Hubble, em órbita acima da atmosfera, e leitura das mesmas estrelas pelos melhores telescópios da superfície terrestre, 2. Indagação: porque quero descobrir quanto a atmosfera distorce as medidas da luz e de outras radiações eletromagnéticas, 3. Exposição de motivos: a fim de medir com maior precisão a densidade da luz e de outras radiações eletromagnéticas num pequeno setor do universo. Seu problema é puro ou aplicado? Descobrindo um Problema ● Peça Ajuda; ● Procure Problemas à medida que lê; ● Procure Problemas no que você escreve; ● Use um problema-padrão; O problema do Problema 1. Especifique seu tópico: Estou escrevendo sobre _______ 2. Exponha sua pergunta indireta (e assim defina a natureza do seu problema): … porque estou tentando mostrar a vocês quem/como/ por que _______ 3. Relate como sua resposta ajudará seu leitor a entender algo ainda mais importante (e assim defina o custo de não saber a resposta): … para explicar a vocês como/por que _____ Capítulo 9: Fundamentos Um fundamento é um princípio geral que cria uma ligação lógica entre uma determinada evidência e uma determinada afirmação. Mostrar aos leitores por que um determinado conjunto de dados deve ser considerado como evidência. Um argumento precisa satisfazer três critérios: 1. Uma parte deve descrever o tipo geral de evidência. 2. A parte que descreva o tipo geral de afirmação que se segue da evidência. 3. Expressar ou implicar uma relação entre essas partes como: Causa e efeito, uma como sinal de outra, muitas circunstâncias que permitem uma generalização. FUNDAMENTO EVIDÊNCIAAFIRMAÇÃO Avaliar e analisar o fundamento A forma mais útil é: Sempre que temos uma evidência como X, podemos fazer uma afirmação como Y Tipo geral de evidência ou justificativa que o fundamento admite Tipo de afirmação que ele permite. Sempre que X (as ruas estão molhadas pela manhã), Y (provavelmente choveu na noite anterior). Sempre que X, Y Podemos reduzir todo para: ● Expressar o fundamento no formato evidência - portanto - afirmação para testar sua força. ● Ao analisar o argumento em termos tão fortes (sempre, em todos os lugares) reconhecerá as ressalvas que talvez precise acrescentar. ● Um bom princípio é adotar um fundamento geral para incluir uma categoria mais abrangente do que a evidência, mas não tão geral que você tenha muitas excepções. F1: Toda vez que muitas vozes da imprensa popular acusam um presidente americano de conduzir o país para o caminho do socialismo, parte da evidência esse presidente não é universalmente popular parte da afirmação F2: Toda vez que qualquer forma de jornalismo ataca qualquer líder, por qualquer razão, de qualquer maneira, parte da evidência esse líder não permanece popular parte da afirmação → É possível pensar em muitos exemplos contrários. F3: Toda vez que os jornais republicanos do Centro-Oeste, nos anos 30, acusaram um presidente de conduzir os Estados Unidos para o socialismo, parte da evidência ele se tornava impopular entre aqueles com interesses econômicos parte da afirmação → Se a parte da evidência é virtualmente igual à evidência apresentada então considera-se que o argumento é bom. Argumentos que podem ser rejeitados: Fundamentos falsos Argumentos que podem ser rejeitados: Fundamentos obscuros ● Cada comunidade de pesquisa tem seus próprios fundamentos, tipicamente não expressos. ● Quando você toma um atalho por diversos argumentos interligados, saltando passos intermediários os leitores podem ficar frustrados. ● Quando deixa fundamentos implícitos, você pratica um ato social importante e ao tornar alguns fundamentos explícitos, você poderá insultar os leitores que mais preza. Em 1580, menos da metade dos estudantes de algumas faculdades da Universidade de Oxford podia assinar seu nome legitimamente, “John Jones Esq.” ou “Mr. Jones” evidência Assim, seriam precisos mais de 300 anos para que as universidades inglesas voltassem a ser tão igualitárias. afirmação Apenas alguém familiarizado com a história inglesa poderia entender como a evidência das assinaturas no século XVI poderia ser pertinente a uma afirmação sobre as universidades do século XX. O restante das pessoas ficaria confuso. Argumentos que podem ser rejeitados: Fundamentos inadequados ● Um fundamento pode ser verdadeiro para você e seu leitor, mesmo assim, o leitor rejeita seu argumento porque o fundamento é inadequado aos métodos de pesquisa que ele usa. ● Quando os leitores rejeitarem um fundamento por julgá-lo inadequado, rejeitaram sua evidência, não como falsa, mas como estranha ou extravagante. Um historiador, por exemplo, afirmaria que, na eleição presidencial de 1952, os eleitores preferiram Dwight Eisenhower porque o viram como uma figura paternal. Mas é pouco provável que elaborasse um argumento assim: O som do slogan de Eisenhower, "I Like Ike", confortava subliminarmente os eleitores. O som de "I" [eu] é envolvido pelo de “lke” [o apelido de Dwight), e ambos se aconchegam no som de "like" [gosto] , ficando o "I", portanto, duplamente envolvido pelo amor paternal reconfortante (p.159) Argumentos que podem ser rejeitados: Fundamentos inaplicáveis Quando o argumento é infundado é preciso ajustá-lo, para isso tem que decompor o argumento e verificá-lo: 1. Expresse o fundamento em duas partes, o tipo de evidência e o tipo de afirmação. 2. Coloque a evidência do argumento na parte da evidência do fundamento, e a afirmação na parte da afirmação. 3. Determine se a evidência e a afirmação são do tipo admitido pelo fundamento. Os termos principais da evidência devem coincidir com os do fundamento. Uma vez que a evidência e a afirmação parecem coincidir com as partes correspondentes do fundamento, podemos concluir que esse argumento estabelece uma relação válida. Quando um meio expõe constantemente as crianças a imagens de perversa violência e sadismo parte da evidência Esse meio as influência para pior parte da afirmação A televisão é uma das principais fontes de imagens de violência para a criança evidência A televisão é umas das principais causas da violência infantil afirmação
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