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Direito Civil – Atividade avaliativa: Contrato de Locação Geraldo M. Batista Curriculum: www.geraldofadipa.comunidades.net Atividade avaliativa: Não serão recebidas respostas após expirado o prazo acima. / Apenas será registrada a primeira resposta enviada pelo aluno! Questão Proposta Cristina, que é arquiteta, alugou de Genaro um apartamento para residir e, após dois meses da celebração do contrato, teve uma surpresa desagradável, quando a tubulação da cozinha estourou, gerando um grande vazamento de água. Cristina, pretendendo evitar um prejuízo maior, diante do risco de infiltração no apartamento debaixo, imediatamente, e sem avisar Genaro, contratou um bombeiro hidráulico para fazer o reparo. Realizado o conserto, Cristina entrou em contato com o locador para lhe pedir que devolvesse o valor despendido com a obra necessária, porém Genaro negou-se a efetuar tal pagamento, dizendo que quem morava no imóvel era Cristina. Cristina lhe procurou para auxiliá-la a resolver o impasse criado pelo locador. Nesse caso, Cristina tem direito de ser indenizada pelo conserto que fez da cozinha? Se você fosse elaborar o contrato de locação, qual cláusula inseriria com o fim de evitar o referido problema? Resposta Primeiro colocaria a questão de o contrato de locação não exigir solenidade para a sua validação. Podendo ele ser realizado verbalmente ou escrito. Assim podem celebrar contratos de locação sem estipular cláusulas e, que quando não há clausulas sobre determinada questão ocorrida durante a vigência, e esta questão gera conflito há uma legislação para resolução do mesmo. Partindo do pressuposto de não haver cláusulas contratuais, colocaria para Cristina o que está esculpido no Artigo 35 e 36 da Lei nº 8.245 de 18 de outubro de 1991 que predizem: Artigo 35 - “Salvo expressa disposição contratual em contrário, as benfeitorias necessárias introduzidas pelo locatário, ainda que não autorizadas pelo locador, bem como as úteis, desde que autorizadas, serão indenizáveis e permitem o exercício do direito de retenção”. Artigo 36 – “As benfeitorias voluptuárias não serão indenizáveis, podendo ser levantadas pelo locatário, finda a locação, desde que sua retirada não afete a estrutura e a substância do imóvel. O artigo 35 e artigo 36 tratam das benfeitorias necessárias e voluptuárias e deixa claro que as necessárias são indenizáveis, se não constar em contrário em clausula. Assim o estouro da tubulação constitui em uma benfeitoria necessário, que se não realiza imediatamente causaria danos maiores, não no apartamento como no apartamento vizinho. Dentro deste contexto ela têm direito a restituição dos valores gastos nos reparos. Orientaria ainda que ela pode negar a entregar o bem (ou seja permanecer no mesmo) no final do contrato se o pagamento não for efetuado. Outra questão e o que seria benfeitoria necessária e quais os requisitos. Neste sentido podemos visualizar o conteúdo presente no artigo 96, § 3º do Código Civil que prediz: “As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore”. No caso da inserção de cláusulas para a proteção da locatária faria constar a seguinte cláusula. A LOCATÁRIA fica autorizada a realizar no imóvel toda e quaisquer obra e benfeitoria necessária ou útil para a execução da finalidade a ser atendida pela presente locação, sendo desnecessário prévio e expresso consentimento do LOCADOR”. Se, for para a proteção do locador inseria a seguinte cláusula. A LOCATÁRIA fica desde já impedida a realizar no imóvel qualquer obra sem prévio e expresso consentimento do LOCADOR, ainda que se trate de benfeitoria necessária ou útil. Caso não observada esta cláusula, fica estabelecido que a LOCATÁRIA não possuirá direito a qualquer retenção ou indenização por benfeitorias, as quais ficarão a ele incorporadas. ” FIM
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