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Revista Arquitetura e aço n17-Instituições de Ensino II

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ARQUITETURA AÇOARQUITETURA AÇO&
Instituições de Ensino II 
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 17 março de 2009Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 17 março de 2009
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LOCAL DE APRENDIZADO E DE TROCA DE IDEIAS, escolas e universidades 
são carregadas de valores socioculturais, e dão novos significados às comu-
nidades em que estão inseridas. E, assim como as instituições que abrigam, 
também a arquitetura destes espaços deve se pautar pela criatividade e 
diálogo com o contexto, fugindo dos modelos padronizados.
Em consonância com estes princípios, trouxemos, nesta edição, exem-
plos de arquitetura escolar que investem nas estruturas em aço para com-
por projetos mais leves e comprometidos com a estética. As edificações que 
aqui apresentamos foram todas construídas com agilidade e, mais impor-
tante, se moldaram às diferentes necessidades de seus ocupantes.
Situadas em regiões menos favorecidas economicamente, as Escolas 
Estaduais Jardim Angélica, em São Paulo, e Jardim Aureny III, no Tocantins, 
são importantes referências arquitetônicas locais. As estruturas metáli-
cas ajudaram a criar projetos que funcionam como espaço de ensino e 
interação comunitária.
Já os projetos da Unicsul e Universidade Anhembi Morumbi, na capi-
tal paulista, e da Unimep, no interior do Estado de São Paulo, também 
se apoiam no aço para criar espaços adequados aos cursos que abrigam, 
e adaptáveis a diferentes tipos de uso. Nos três casos, o aço possibilitou 
erguer, em pouco tempo, obras que se destacam na paisagem. Em Minas 
Gerais, o campus Lagoa do Piau, com apelo ambientalmente correto, faz 
bela mescla de aço com madeira de reflorestamento.
Mas não é só nas estruturas que o aço faz a diferença. Em uma repor-
tagem especial, mostramos como alguns elementos metálicos – brises, 
escadas, coberturas etc. – podem modificar e dar mais leveza a um projeto. 
E, trazemos também uma intervenção bem-sucedida na Escola Estadual 
Barão de Monte Santo, em Mococa (SP). Construída no início do século XX e 
restaurada quase 80 anos depois, a escola tem no passado e no presente o 
aço como um elemento construtivo essencial. Boa leitura!
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Fazendo a diferença
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sumário
16.12. 18.
08. 24. 26. 28.
Foto de capa: 
detalhe da fachada do Anexo I 
da Unicsul, no campus 
do Jardim Anália Franco
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04.
Arquitetura & Aço nº 17
março 2009
04. Bela combinação de aço e madeira no Campus Lagoa do Piau, no interior de Minas Gerais. 08. 
Estruturas em aço agilizaram a construção dos edifícios da Universidade Anhembi Morumbi na Vila Olímpia, em 
São Paulo. 12. Anexo I da Unicsul, no Jardim Anália Franco, aposta nas estruturas em aço. 16. Em Lins, 
aço ajuda a enfrentar o calor em um dos blocos da Unimep. 18. Coberturas, brises e outros elementos 
em aço dão toque especial a projetos em São Paulo. 24. No Tocantins, Escola Estadual Jardim Aureny III, 
com estruturas metálicas, tem projeto funcional e fácil de ser reproduzido. 26. Restauração da Escola Barão 
de Monte Santo, no interior de São Paulo, contou com um aliado fundamental: o aço. 28. Em Guarulhos, 
estruturas em aço dão leveza à Escola Estadual Jardim Angélica III. 
ENDEREÇOS 31 
EM CARATINGA, no interior de Minas Gerais, o Campus Lagoa 
do Piau é um bom exemplo de harmonia entre arquitetura e 
sustentabilidade ambiental. Integrante do Instituto Doctum, das 
Faculdades Integradas de Caratinga, o projeto do arquiteto Sylvio 
de Podestá para o campus aposta em materiais ambientalmente 
corretos. E, por isso, o aço, matéria-prima que pode ser facil-
mente montada, desmontada e reciclada, foi fartamente utili-
4 &ARQUITETURA AÇO
Harmonia ambiental
EM MINAS GERAIS, NO CAMPUS LAGOA DO PIAU, ESTRUTURAS EM AÇO FAZEM BELA 
COMPOSIÇÃO COM MADEIRA DE REFLORESTAMENTO E DÃO TOQUE ESPECIAL A UM PROJETO 
QUE PRIMA PELO RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
zado, ao lado da madeira de eucalipto
vinda das áreas de reflorestamento 
existentes na região.
“No Campus Ecotecnológico do Piau 
o aço é um velho conhecido – há anos a 
região é um polo de siderurgia. Por isso, 
a mão-de-obra local é treinada para 
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Esboço do projeto de Sylvio de 
Podestá, acima, e, à direita, vista 
aérea da Lagoa do Piau, localiza-
da em área de proteção ambien-
tal e vizinha ao Parque Estadual 
do Rio Doce. Nas fotos abaixo, 
detalhe da implantação do steel 
deck, à esquerda, e vista frontal 
do prédio com destaque para a 
cobertura metálica
este tipo de montagem e boa parte dos componentes existem na 
região”, afirma Podestá. O metal está presente em toda a estrutura 
principal da obra e também nas secundárias – telhados e sheds, 
guarda-corpos e passarelas. Nas telhas, ora o material é empregado 
com mantas térmicas, no corpo principal do prédio ou do tipo san-
duíche, na cobertura dos pátios.
O sistema do projeto é basicamente ortogonal e modular. Sua 
principal característica é ser uma construção suspensa – algo como 
uma palafita – que libera o terreno para recuperação ambiental, 
circulação livre de pequenos animais, instalação e manutenção da 
6 &ARQUITETURA AÇO
Na foto maior, se destaca o prédio elevado do 
terreno, assim idealizado para liberá-lo para 
a recuperação ambiental. Acima, à direita, 
detalhe da implantação. Ao lado, projetos dos 
futuros laboratórios
infra-estrutura hidrossanitária, elétrica, lógica etc., bem como para 
uma futura ampliação. O sistema tem também função bioclimática, 
pois permite, em uma região que tem médias muito altas de tem-
peratura, a circulação dos ventos que vêm da lagoa - sul/sudeste.
Para Podestá, os sistemas industrializados são mais eficientes 
do que uma obra convencional. “Esta é uma das maiores quali-
dades dos processos industrializados. No nosso caso, optamos 
ainda por um sistema onde a montagem eliminava qualquer 
tipo de máquina, como grandes guindastes ou tratores”, afirma. 
“Portanto, tanto os perfis quanto os painéis celulares e os steel 
decks foram praticamente montados manualmente. O desloca-
mento de grandes máquinas seria possível, mas muito oneroso 
para uma obra deste porte”, conta.
O resultado final é um projeto que prima pela leveza do pré-
dio sobre sua palafita, com um belo contraste entre metal e os 
troncos roliços de eucalipto, além de algumas cores, que “esquen-
tam” o ambiente. Somadas à exuberância natural do lugar, estas 
características asseguram o aconche-
go esperado em um projeto desse tipo. 
“Como é ainda o primeiro estágio de 
um campus sem data de conclusão 
prevista, esta mistura de materiais e 
sua postura junto ao ambiente local 
dão o tom às futuras construções 
ordenadas pelo plano diretor inicial”, 
conta o arquiteto. (D.P.) M
7 &ARQUITETURA AÇO
> Projeto arquitetônico: Sylvio 
Emrich de Podestá
> Colaboradores: Gian Paolo 
Lorenzetti, Pedro Aragão de 
Podestá e Marcos Franchini 
(estagiário)
> Área construída: 1.575 m²
> Aço empregado: ASTM A572
> Projeto estrutural: Techneaço 
Engenharia Ltda.
> Fornecimento e montagem da 
estrutura metálica: Techneaço 
Engenharia Ltda.
> Execução da obra: Plante 
Engenharia Ltda.
> Local: Caratinga, MG
> Data do projeto: 2005/2006
> Conclusão da obra: 2005/2006
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Elevação pátio laboratórios (a construir)
Elevação laboratórios (a construir)
8 &ARQUITETURA AÇO
Grandiosidade metálica
ESTRUTURAS EM AÇO PERMITIRAM CONSTRUIR COM AGILIDADE O CAMPUS 
DA UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI NA VILA OLÍMPIA&ARQUITETURA AÇO 9 
AO SER CREDENCIADA como univer-
sidade em 1997, a Faculdade Anhembi 
Morumbi, de São Paulo, investiu em 
estrutura predial para atender aos 
anseios acadêmicos. Assim, surgiram 
os campi do Morumbi, sede do Centro 
de Design e Moda, e o do Vale do 
Anhangabaú. Sete anos depois, a uni-
versidade decidiu reformular o campus 
Vila Olímpia. O primeiro edifício teve 
a sua construção concluída em 2001 e 
tem um arrojado projeto do arquiteto 
Francisco Petracco, cuja imponente fachada em aço patinável, com 
viga treliçada de 33 m de vão, e a estrutura metálica bem marcada 
enfatizam a permeabilidade arquitetônica que dá as boas-vindas 
aos alunos.
Em 2003, iniciaram-se as obras do segundo edifício, que trans-
forma a unidade 6 do Campus Vila Olímpia na união dos dois 
edifícios a partir de um projeto desafiador criado pela arquite-
ta Deise Galhanone. O sistema de contenção lateral com placas 
pré-fabricadas e a estrutura mista entre concreto armado e 
estruturas metálicas ofereceram a inserção de todo o projeto den-
tro das previsões de custo e liberdade para a criação das caracte-
rísticas arquitetônicas.
À direita, entrada principal do campus Vila Olímpia da Universidade Anhembi Morumbi: projeto de Francisco Petracco usa o aço para 
dar movimento à fachada. Acima, as colunas metálicas ficam à vista nos fundos do edifício 6. Na página ao lado, da esquerda para a 
direita: vista aérea do edifício 5; as pontes que ligam o edifício 5 ao 6, e vão interno do edifício 5, que possui a estrutura aparente e uma 
clarabóia em sua cobertura
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10 &ARQUITETURA AÇO
Em função das duas bem-sucedidas 
experiências anteriores, a instituição 
decidiu construir uma terceira edifica-
ção, também com projeto da arquiteta 
e que completa o Complexo Theatro 
Casa do Ator. Esta terceira obra é um 
edifício metálico composto por três 
pisos de subsolo, um pavimento térreo 
e 11 pavimentos superiores, totalizan-
do 14 pisos metálicos, que possuem 
uma área de cerca de 20 mil m2. Como 
era imprescindível para a universida-
de que a obra fosse rápida, limpa e 
o processo construtivo tivesse quali-
dade e precisão dimensional, optou-
se, novamente, pela utilização do aço 
como material estrutural.
A arquitetura do prédio exigiu um 
grande trabalho de compatibilização 
devido a variedade de revestimentos de 
sua fachada, que utilizou, em diferentes 
faces, alvenaria revestida, revestimento 
cerâmico, painéis de vidro e painéis em 
chapas de aço patinável. O prédio utili-
zou pré-lajes de concreto com 3 cm de 
espessura, que serviram de base para 
a concretagem final do piso. O cálculo 
estrutural adotou o sistema de vigas 
mistas, com as vigas de aço ligadas às 
lajes por conectores de cisalhamento.
As empresas paranaenses Andrade 
Rezende Engenharia de Projetos e 
Brafer Construções Metálicas, contrata-
das para detalhar e executar a estrutura 
metálica, respectivamente, apresenta-
ram uma solução com as colunas em 
perfis soldados e todas as vigas em per-
fis laminados. No total, são aproxima-
damente 1.200 toneladas de estruturas 
metálicas. Parte da estrutura foi jatea-
da com material antichama e a parte 
exposta com pintura intumescente. 
Acima, átrio de acesso ao edifício 6. Mais uma vez o aço possibilita ao projeto 
arquitetônico criar elementos arrojados, como as escadas metálicas que pare-
cem “flutuar no ar”; abaixo, detalhe da compatibilização do sistema construtivo: 
alvenaria revestida, vidro e painéis em chapa de aço patinável. Na página ao 
lado, detalhe dos elementos em aço utilizados na fachada no edifício 5
&ARQUITETURA AÇO 11 
Todo o processo, do início da fabri-
cação até a conclusão da obra deste 
terceiro edifício durou apenas cinco 
meses. Outro aspecto importante foi o 
custo final reduzido. De acordo com o 
engenheiro Jeferson Luiz Andrade, da 
Andrade Rezende, os principais desa-
fios da obra foram o curto prazo e o ter-
reno exíguo. “Calcular, detalhar, fabri-
car e montar uma obra deste porte em 
apenas 150 dias foi um grande desafio. 
Além disso, devido à localização da obra 
em São Paulo, existia uma área muito 
pequena para o canteiro de obras, o 
que exigiu um estudo de logística de 
montagem e de chegada programada 
diária de peças”, afirma. (D.P.) M
> Projeto arquitetônico: 
Francisco Petracco (unidade 
5) e Deise Marques Araújo 
Galhanone (unidades 6 e 7)
> Área construída: 19.616 m2
> Aço empregado: aço 
patinável de maior 
resistência à corrosão
> Fornecimento e montagem 
da estrutura metálica: Brafer 
Construções Metálicas S.A.
> Projeto estrutural: Andrade 
Rezende
> Execução da obra: Sobrosa 
Construtora e Racional 
Engenharia 
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2001 
(unidade 5), 2003 (unidade 6) 
e 2004 (unidade 7)
> Conclusão da obra: 2002 
(unidade 5), 2004 (unidades 
6 e 7)
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12 &ARQUITETURA AÇO
Combinação perfeita
ANEXO I DA UNICSUL, EM SÃO PAULO, TEM PROJETO LEVE E IDENTIDADE PRÓPRIA, QUE MESCLA MADEIRA 
E ESTRUTURAS METÁLICAS E INTERAGE BEM COM A ANTIGA CONSTRUÇÃO EXISTENTE NO LOCAL
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&ARQUITETURA AÇO 13 
A CONSTRUÇÃO DE UM SEGUNDO BLOCO – o Anexo I – no campus 
da Universidade Cruzeiro do Sul no Jardim Anália Franco, em São 
Paulo, exigia um projeto com identidade própria, capaz de dialogar 
com um edifício já existente e que, por ser muito antigo, é uma 
referência arquitetônica local. Para concretizar estes objetivos, as 
estruturas metálicas foram a primeira opção do arquiteto Samuel 
Kruchin, pelas possibilidades de leveza, formas plásticas e dese-
nhos que o material oferece.
No Anexo I proposto pelo arquiteto, o aço dá as cartas em 
todas as estruturas, a começar pela fachada – imponente, é com-
posta por megatreliças em aço, as quais vencem um vão de 25 m 
apoiadas em pilares de concreto. As treliças, com 6 m de altura, 
servem de apoio aos três pavimentos que são sustentados por 
vigas de aço, com vão da ordem de 7,5 m a 8 m. O pavilhão, com 
duas alas de salas de aula separadas pela circulação central, tem 
130 m de extensão. O conjunto tem forma retangular, com as 
extremidades arredondadas.
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De autoria do arquiteto Samuel Kruchin, o projeto do Anexo I utiliza aço em todas 
as estruturas, pela possibilidade de criar diferentes formas. Imponente, a fachada 
do edifício é formada por megatreliças que vencem vão de 25 m
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14 &ARQUITETURA AÇO
Com grandes vãos, rampas conferem mais leveza ao edifício, interligam seus 
vários pavimentos e são sustentadas por um grande pilar. Em vez de usar o aço 
em seu aspecto natural, Kruchin aposta no branco para vestir as estruturas
> Projeto arquitetônico: Samuel 
Kruchin (Kruchin Arquitetura)
> Colaboradores: Cristiane Souza 
Gonçalves, Flávia Mayumi 
Matsuoka, Luciana Bertolini e 
Marcelo Calchione
> Área construída: 7.193,05 m²
> Aço empregado: ASTM A36
> Projeto estrutural: Ernesto 
Tarnoczy Júnior
> Fornecimento e montagem 
da estrutura metálica: 
Construcap 
CCPS Engenharia e Comércio
> Execução da obra: Construcap 
CCPS Engenharia e Comércio
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2003
> Conclusão da obra: 2004
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&ARQUITETURA AÇO 15 
Kruchin procurou tirar partido da 
leveza potencial dos elementos das 
treliças nos planos externos e, interna-
mente, o fez na abordagem dos gran-
des vãos, especialmente na rampa, 
elemento estrutural importante que 
interliga todos os pavimentos e faz a 
conexão entre as duas áreas do con-
junto arquitetônico. De avantajadas 
dimensões, esta rampa possui um 
grandepilar cujos braços se abrem 
como galhos de uma árvore e susten-
tam a estrutura em poucos pontos.
Em uma obra que tinha apenas 
seis meses para ser concluída, o uso 
de estruturas metálicas acelerou o pro-
cesso de construção. Em busca de uma 
estética contemporânea que interagis-
se com o prédio já existente, o arquiteto 
explorou a associação do material com 
a madeira, em uma conexão comple-
mentar. Os brises em madeira lamina-
da desenham o projeto e travam com o 
aço um contraponto de grande efeito. 
O objetivo plástico é a construção do 
ritmo e do movimento.
A expressão do uso do aço nessa 
edificação e suas possibilidades plásti-
cas são, ainda, valorizadas pelo uso do 
branco. “Esta é uma opção não tanto 
comum quando se trata deste material”, 
comenta Kruchin. “O aço pode ser usado 
no seu aspecto natural, mas, no entan-
to, tenho notado que cada prédio exe-
cutado em aço pede uma determinada 
coloração. A estrutura metálica convida 
a uma certa solução de cor e, apesar de 
já ter usado tons fortes em outras obras, 
aqui optei pelo branco. E acho que foi a 
aposta certa”, finaliza. (A.B.) M
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Acima, a fachada do edifício mescla estruturas metálicas e brises em madeira. 
Abaixo, imagem do pilar de sustentação da rampa, com braço que se abre como 
galhos de uma árvore 
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DESDE OS ANOS 1970, o arquiteto José Carlos de Lima Bueno – na época 
diretor do escritório Lima Bueno Arquitetos Associados – desenvolve 
projetos para a Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). 
Quando a universidade decidiu construir um novo pavilhão no seu 
campus em Lins (SP), o histórico de serviços prestados pelo profissio-
nal – que hoje é responsável pelo Grupo Novo Arquitetura – fez com 
que ele fosse escolhido para fazer o projeto. Batizada de Bloco 8, a 
construção deveria alojar novos cursos oferecidos pela universidade, 
como Direito e Nutrição. Isto exigia grande flexibilidade de espaço, 
pois o prédio abrigaria estruturas diversas, como salas de aula, audi-
tórios, salas de audiência, laboratórios e cozinhas.
O Bloco 8, além de ficar pronto rapidamente, deveria ser confor-
tável frente ao clima da região – que enfrenta temperaturas quase 
sempre acima dos 30°C – e precisaria adaptar-se ao declive do terre-
no. Esta somatória de variáveis conduziu, desde o início da concepção 
16 &ARQUITETURA AÇO
Flexibilidade total
dos estudos preliminares, para o uso do 
aço na estrutura principal.
“Pensei primeiro nos cortes e em 
como iria acomodar um prédio naquele 
terreno inclinado. O resultado são três 
pavimentos em meios níveis. Depois 
desenhei a planta, pensada como um 
espaço totalmente livre e flexível. Por 
exemplo, os caixilhos são a cada 0,60 
m, o que facilita os arranjos internos e 
a colocação de divisórias em drywall”, 
explica Lima Bueno.
A construção se divide em dois edifí-
cios voltados um para o outro, mas sepa-
rados pela área das rampas e escadas
&ARQUITETURA AÇO 17 
 e por um jardim central. Os edifícios são independentes estrutural-
mente e estão envolvidos por uma sequência de pórticos metálicos 
com empenas moldadas em curvas, elementos que marcam a volu-
metria do pavilhão.
Na forma de arcos, a estrutura de aço com brises metálicos que 
envolve o prédio se afasta da edificação criando uma zona de som-
bra e facilitando a sua ventilação. O fechamento externo é feito em 
pré-moldados leves de concreto, com isolamento térmico, e o jardim 
central, com sua cobertura em policarbonato que permite a entrada 
de luz, também ajuda a dar uma sensação de maior frescor – tudo 
para driblar o calor do oeste paulista. 
Os grandes vãos livres – 7,20 m entre os pilares, com vão entre os 
pórticos de 14 m – e os shafts para passagem de instalações e tubu-
lações com dimensões maiores, como as utilizadas para ventilação, 
ar-condicionado e esgoto, correram externamente ao edifício, o que 
atendia a expectativa de flexibilidade interna exigida pelo cliente 
para permitir alterações de uso dos espaços. Também o drywall e a 
caixilharia modular facilitaram essa mobilidade. Além disso, todos 
os elementos usados para as divisórias entre as salas e os vedos 
externos são isolantes térmicos e acústicos. (C.V.) M
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> Projeto arquitetônico:
José Carlos de Lima Bueno 
(Grupo Novo Arquitetura e 
Planejamento Urbano Ltda.)
> Colaboradores: Cauê Bueno, 
Carlos Eduardo Chaves 
e Denise Gazeta
> Área construída: 8.200 m²
> Aço empregado: aço patinável 
de maior resistência à corrosão
> Projeto estrutural: Gesulino 
Santos Bernardino e Júlio 
César de Souza Andreu
> Execução da obra: MDL
> Local: Lins, SP
> Data do projeto: 2001
> Conclusão da obra: 2002
ESTRUTURAS METÁLICAS DRIBLAM O CALOR E AJUDAM A CRIAR ESPAÇOS ADEQUADOS A VÁRIOS TIPOS 
DE USO NO CAMPUS DE LINS DA UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA 
A topografia foi uma das variáveis levadas em conta para o partido inicial. A 
declividade natural do terreno facilitou a circulação vertical, viabilizando pisos 
desencontrados entre os dois blocos e reforçando o movimento das curvas dos 
pilares externos, como se observa nas vistas laterais da edificação
Estética e racionalidade
DETALHES IMPORTANTES, ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS METÁLICOS DESTACAM
EDIFÍCIOS ESCOLARES NA PAISAGEM E AGILIZAM PROCESSOS CONSTRUTIVOS
Brises metálicos especiais 
criam belos efeitos visuais e 
protegem a Escola Municipal 
Leandro Klein, em São Caetano 
do Sul, da irradiação solar e 
da chuva. Prédio da escola é 
utilizado pela comunidade aos 
finais de semana 
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Agilidade, preços atraentes, facilida-
de de manutenção, leveza... Nem só na 
estrutura o uso do aço é vantajoso para 
a arquitetura escolar. Quando (bem) 
empregado em elementos como pas-
sarelas, brises ou coberturas, o material 
confere um diferencial à edificação. É o 
caso da Escola Municipal Leandro Klein, 
em São Caetano do Sul, na região metro-
politana de São Paulo, que apresenta 
um criativo sistema de brises metálicos, que diminuiu o custo da 
estrutura e garante a proteção contra a incidência solar. A escola, que 
nasceu com o claro objetivo de tornar-se um ponto de convergência 
comunitária, tem seu espaço organizado em três grandes “praças”. 
Para racionalizar o custo da obra, os arquitetos Anna Carolina Penna 
e Fábio Galvão desenvolveram um sistema que emprega chapas 
microperfuradas para produção de telhas trapezoidais comuns. Com 
afastamento de 1,2 m, o sistema cria uma espécie de “colchão de ar”, 
que passa pela fachada ventilando-a e, ao mesmo tempo, dificultan-
do a entrada da água da chuva. Além disso, o perfil trapezoidal, por 
20 &ARQUITETURA AÇO
ter mais rigidez, vence grandes vãos com menos apoios. Se durante o 
dia os brises metálicos permitem que se visualize o espaço exterior, à 
noite o efeito se inverte, e pode-se enxergar o interior iluminado da 
escola. Neste projeto, o aço também foi usado em uma escada que 
ocupa o vazio dos quatro andares do edifício. “Quando se trabalha 
com estrutura pré-moldada de concreto, é grande o risco de que a 
obra fique muito pesada”, afirma a arquiteta Ana Carolina Penna. 
“A estrutura metálica permite criar elementos de maior leveza e 
esbeltez, e no caso da fachada, além da instalação mais rápida, sua 
manutenção é ainda mais fácil.”
Já a cobertura metálica da Escola Jardim Ipanema, de autoria 
do arquiteto Ubyrajara Giliolli, explora os contrastes entre aço e 
concreto e dá identidade ao edifício. Situada em um terreno com 
declive de 7 m no bairro do Jaraguá, em São Paulo, a escola teve suas 
instalações distribuídas em um único bloco com quatro pavimentos, 
protegido por uma grande coberturametálica curva. Giliolli explica 
que a escolha deste elemento se deu por ser esta a melhor solução 
para os casos em que a quadra esportiva está situada no último 
andar. “O aço, neste caso, é indicado tanto pela facilidade em vencer 
o vão de 22 m como pela sugestão da 
curva, o que elimina as paredes laterais 
de fechamento”, afirma.
Ainda em São Paulo, a Escola 
Estadual Dr. Pedro de Moraes Victor, 
no Tremembé, é outro projeto que 
tira proveito de elementos metálicos. 
Localizada em um terreno de confor-
mação quase triangular, a escola foi 
projetada pelos arquitetos Ângelo 
Bucci e Álvaro Puntoni. Em função 
da topografia irregular, as instala-
ções estão dispostas em três grandes 
platôs: um de nível mais alto, outro 
de nível intermediário e um terceiro 
artificialmente rebaixado, onde está a 
quadra esportiva. Estas três faces são 
interligadas por passarelas metáli-
cas. “As passarelas são metálicas para 
Projetada pelo arquiteto Ubyrajara Giliolli, a Escola Estadual Jardim Ipanema, na capital paulista, tem uma grande cobertura curva, em 
aço, que contrasta com os elementos de concreto. A cobertura curva é a melhor solução para os casos em que, como nesta escola, a 
quadra esportiva está situada no último pavimento
&ARQUITETURA AÇO 21 
serem leves, pois queríamos atirantá-
las a fim de liberar a área abaixo para 
a quadra”, afirma Ângelo Bucci. “Para o 
projeto era fundamental que a quadra 
ficasse implantada junto à rua, para 
que pudesse ser aberta à comunidade 
nos finais de semana enquanto a esco-
la fechava. Isso atendia a uma deman-
da dos moradores e não comprometia 
os espaços da escola que precisavam 
ficar fechados.”
Cara nova
Em reformas ou ampliações, os ele-
mentos arquitetônicos metálicos tam-
bém desempenham papel decisivo. 
O arquiteto Paulo Bruna utilizou-os 
na restauração do clássico prédio da 
Biblioteca da Faculdade de Medicina 
Acima e abaixo, Escola Dr. Pedro de Moraes Victor, projetada pelos arquitetos Ângelo Bucci e Álvaro Puntoni em São Paulo, no bairro 
do Tremembé. Passarelas metálicas em tonalidades vinho estão atirantadas às estruturas da cobertura, e dão a sensação de prolonga-
mento da galeria que abriga as salas de aula 
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Nesta página, interior da 
biblioteca da Faculdade 
de Medicina da USP após 
reforma concluída em 2007. 
Uso de aço em estruturas 
como escadas e mezaninos 
(na foto ao alto) otimizou a 
circulação no local 
&ARQUITETURA AÇO 23 
da Universidade de São Paulo (USP), 
construído entre 1916 e 1928 e projeta-
do pelo escritório de Ramos de Azevedo. 
A reforma iniciada em 2004 inverteu o 
sentido de circulação da biblioteca, e 
a entrada, que antes ficava no segun-
do andar, passou para o nível da rua 
e tornou-se independente. Todos os 
pavimentos agora são interligados por 
uma circulação vertical central, com-
posta pela escada principal metálica, 
elevador e monta-carga. Os elevados 
pés-direitos da edificação, com mais de 
4 m, puderam ser divididos em mezani-
nos estruturados em aço, para acomo-
dar o acervo de livros e periódicos, que 
aumenta exponencialmente. “Algumas 
estruturas já existiam, de modo que o 
projeto apenas ampliou os mezaninos e 
permitiu que o acesso fosse mais bem-
distribuído e mais seguro; novas esca-
das foram criadas, bem como patama-
res, corrimãos e peitoris”, explica Paulo 
Bruna. “O mesmo foi feito no acervo de 
periódicos, que já existia e que foi intei-
ramente restaurado.” (J.G.) M
> Projeto arquitetônico: Ubyrajara Giliolli
> Área construída: 3.953 m²
> Aço empregado: aço de maior resistência à corrosão
> Projeto estrutural: Kurkdjian & Fruchtengarten
> Fornecimento e montagem da estrutura metálica: Projecta
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2004
> Conclusão da obra: 2006 Es
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> Projeto arquitetônico: 
Ângelo Bucci e Álvaro Puntoni
> Colaboradores: Maria Isabel Imbronito, Juliana Braga, Ciro 
Miguel, Tobias Xavier e Omar Dalank
> Área construída: 4.210 m²
> Aço empregado: ASTM A 36
> Projeto estrutural: Jorge Zaven Kurkdijian (consultor 
estrutural) e Leo Annunziata (engenheiro estrutural)
> Execução da obra: L’Annunziata e Cia.
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2003
> Conclusão da obra: 2005 E
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> Projeto arquitetônico: Anna Carolina Penna e Fábio Galvão 
> Colaboradores: Gabriel Farias, Maíra Carrilho, Mário de Bem, 
Neili Farias e Maria Faro
> Área construída: 5.500 m²
> Aço empregado: ASTM A 570, ASTM A 572 (escada)
> Projeto estrutural: Alaxis Tecnologias Inovativas (escada), 
Metaltec Esquadrias Ltda. (brises)
> Execução da obra: Construtora Augusto Velloso S/A
> Local: São Caetano do Sul, SP
> Data do projeto: 2005
> Conclusão da obra: 2006 Es
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SP
> Projeto arquitetônico: Paulo Bruna
> Colaboradores: Nestor Goulart Reis (consultor de 
restauro), Sonia Gouveia (coordenadora do projeto), Camila 
Zanchetta (colaboradora) e Kenzo Abiko (estagiário)
> Área construída: 2.850 m²
> Aço empregado: ASTM A 36
> Projeto estrutural: Kurkdjian & Fruchtengarten
> Execução da obra: Método Engenharia
> Local: São Paulo, SP
> Data do projeto: 2005
> Conclusão da obra: 2007
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EM 2000, O ESCRITÓRIO GESTO ARQUITETURA foi escolhido para inte-
grar o programa Fundescola (Fundo de Fortalecimento da Escola), 
iniciativa federal que selecionava projetos para melhoria estrutu-
ral de escolas do Centro-Oeste, Norte e Nordeste. A ideia era que 
os projetos fossem replicados em outras cidades, porém isso não 
aconteceu – apenas o projeto apresentado pelo Gesto Arquitetura, 
a Escola Estadual Jardim Aureny III, em Palmas (TO), foi concreti-
zado. Neste projeto, todos os elementos estruturais deveriam ser 
facilmente repetidos em novas unidades. Desta forma, optou-se 
por elementos industrializados, como a estrutura metálica, os pré-
moldados de concreto e as vedações em drywall.
A estrutura proposta para a escola emprega dois elementos cons-
trutivos, formados pela envoltória e pelo núcleo. A envoltória é com-
posta por pilares de concreto pré-moldados, distantes 3,60 m uns dos 
outros, e por elementos de fechamento ora vazados (para facilitar 
a ventilação) e ora translúcidos (o que auxilia na iluminação). Ela 
24 &ARQUITETURA AÇO
Soluções multiuso
EM ESCOLA PÚBLICA DE PALMAS, NO TOCANTINS, ESCRITÓRIO GESTO ARQUITETURA USA O AÇO PARA 
CRIAR ESTRUTURAS QUE PODEM SER FACILMENTE REPLICADAS EM OUTRAS CIDADES DA REGIÃO 
protege o núcleo, componente inter-
no da construção, composto de lajes 
pré-moldadas que se apóiam em pór-
ticos metálicos estruturais. As partes 
interagem de modo que a envoltória 
protege a edificação das chuvas, ven-
tos e da irradiação solar. E o núcleo, 
entendido como o “miolo” da edifica-
ção, se distancia da envoltória para 
formar as áreas internas delimitadas 
pelos vedos. 
“A estrutura metálica era bastante 
adequada para o caso, pela possibili-
dade de maior precisão na confecção 
das peças, rapidez na montagem e 
minimização de desperdícios”, explica 
As estruturas metálicas 
usadas na obra agilizaram o 
processo construtivo e faci-
litam a sua reprodução em 
outras escolas 
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José Newton Massafumi Yamato, coor-
denador do projeto.
A cobertura também é metálica, 
composta por treliças em formato 
semicircular e atirantadas – o que as 
torna mais eficientes para vencer os 
vãos de 6 m –, e está apoiada em pila-
res de concreto pré-moldados. O uso 
de telhas metálicas do tipo sanduíche 
proporciona conforto térmico e acústi-
co. Paredes de drywall complementam 
a proteção termo-acústica. Enquanto 
os terrenos extremamente planos de 
Palmas facilitaram o projeto, o clima 
muito quente fez com que a escola 
necessitasse de proteção extra contra a 
irradiação direta. Para isso, os arquitetos projetaram um espaço de 
transição para as áreas externas e internas, criando áreas sombrea-
das e ventiladas, minimizando a transmissão do calor externo para 
o interior e melhorando as condições de ventilação e temperatura.
O resultado foram três blocos interligados por passarelas cober-
tas, que atendem a tudo que o programa pedia: salas de aula, 
biblioteca, salas de vídeo, laboratórios, quadra esportiva, área para 
brinquedos específicos e pátios cobertos e descobertos. Isto permi-
tiu que a infra-estrutura escolar pudesse ser aproveitada também 
pela comunidade aos finais de semana. (C.V.) M
Acima, passarela coberta interliga os três blocos da escola e minimiza o calor. 
Abaixo, detalhe da estrutura metálica que sustenta a parte interna da edificação 
&ARQUITETURA AÇO 25 
> Projeto arquitetônico: Newton 
Massafumi Yamato e Tânia Regina 
Parma (Gesto Arquitetura Ltda.)
> Colaboradores: Leonardo 
Márquez e José Eduardo 
Rodrigues
> Área construída: 2.000 m²
> Aço empregado: ASTM A36
> Projeto estrutural: Yopanan C.P. 
Rebello (Ycon Engenharia)
> Montagem da estrutura e 
cobertura metálica: Construtora 
Centro Minas Ltda.
> Execução da obra: Construtora 
Centro Minas Ltda.
> Local: Palmas, TO
> Data do projeto: 2000
> Conclusão da obra: 2002
PROJETADA POR MANUEL SABATER EM 1909, a Escola Estadual 
Barão de Monte Santo foi construída em 1911 em Mococa, no inte-
rior paulista. Era uma escola-tipo, ou seja, um modelo que obedecia 
a uma experiência de seriação arquitetônica que buscava sintetizar 
os padrões pedagógicos da época, com 10 salas de aula e quatro 
ambientes administrativos desenvolvidos em torno de um pátio 
central descoberto. Com estilo neoclássico, a escola estava clara-
mente baseada nos princípios de arquitetura panóptica, que preco-
nizavam a vigilância e a manutenção da ordem dentro dos espaços 
escolares, e ostentava belas passarelas e gradis metálicos. 
No começo da década de 1990, o arquiteto Samuel Kruchin foi 
contratado pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação 
(FDE) para restaurar o colégio. Ao longo dos anos, além da dete-
rioração natural da construção, o edifício sofrera uma série de 
intervenções que acabaram distanciando-o da concepção original. 
26 &ARQUITETURA AÇO
Preservação e transparência
RESTAURAR E ADAPTAR A NOVAS FUNÇÕES UMA CONSTRUÇÃO PÚBLICA DO INÍCIO DO SÉCULO XX – 
A ESCOLA ESTADUAL BARÃO DE MONTE SANTO – ERA O DESAFIO QUE O ESCRITÓRIO KRUCHIN 
ARQUITETURA ENFRENTOU. MAS, PARA ISSO, CONTOU COM UM GRANDE ALIADO: O AÇO
Muitas salas estavam fechadas, havia 
infiltrações, muitas pichações... Assim, 
o projeto de restauro precisava solu-
cionar estes aspectos, mas também 
atender a um programa de moderni-
zação de escolas públicas, que deve-
riam comportar salas de vídeo, de 
computação, bibliotecas mais equipa-
das, acessos para deficientes, dentre 
outros quesitos.
Desta maneira, além da recupe-
ração da integridade física dos com-
ponentes originais, como cobertura 
frontal, esquadrias, forros, pinturas 
murais, foi proposta a criação de um 
O processo de restauração da escola não exigia apenas a recuperação da estru-
tura já existente, mas também a construção de novos espaços, como biblioteca e 
sala de vídeo, em um curto período. Presente em algumas estruturas originais da 
escola, o aço foi o material escolhido para as novas instalações, pois se adaptava 
melhor às condições climáticas locais e permitia criar um desenho mais leve, em 
harmonia com a antiga construção 
novo anexo nos fundos da edificação. 
Esta solução guiou-se pela lógica da 
composição construtiva original, que 
era fechada em si mesma, mas com um 
novo volume que com ela passaria a 
interagir. Para isto, o aço foi a escolha 
natural e mais apropriada. 
A utilização deste material como lin-
guagem permitiu, além deste diálogo, 
a distinção formal das duas estruturas, 
a do início do século XX e a atual. “Mas 
o aço faz parte também de uma outra 
lógica interessante”, revela Kruchin. “A 
escola está localizada numa zona climá-
tica muito quente, o que nos direcionou 
a criar uma ventilação muito boa nos 
espaços. Então, o aço foi uma solução 
perfeita para atender a esta necessidade, 
porque possibilitou um desenho mais 
leve, uma transparência interessante 
para a edificação e a instalação do pro-
grama em condições térmicas ótimas.”
As estruturas de aço foram montadas, aparafusadas e pintadas 
na obra. Detalhe: o desenho destes elementos foi inspirado nos 
traços das passarelas e gradis de ferro que existiam inicialmen-
te. Kruchin revela, ainda, que a ideia de trabalhar com estrutura 
metálica enfatiza outro aspecto: a sustentabilidade, uma vez que se 
criam alternativas ao uso convencional e indiscriminado da madei-
ra. Como se vê, preservar o passado e resgatar nosso patrimônio, 
atualizando conceitos construtivos e se adaptando a uma nova rea-
lidade ecológica, é o melhor caminho a ser trilhado. (I.G.) M
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&ARQUITETURA AÇO 27 
> Projeto arquitetônico: Samuel 
Kruchin
> Área construída: 3.500 m²
> Cálculo estrutural: Ernesto 
Tarnoczy
> Local: Mococa, SP
> Data do projeto: 1991
> Conclusão da obra: 1995
&ARQUITETURA AÇO 29 
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EM PROJETO MARCADO PELA EXPERIMENTAÇÃO, ESTRUTURAS METÁLICAS DÃO AR MAIS LEVE A 
ESCOLA DE GUARULHOS, E AJUDAM A VENCER DIFICULDADES IMPOSTAS PELO PRAZO CURTO E PELA 
TOPOGRAFIA ACIDENTADA DO TERRENO 
Na página ao lado, detalhe das vigas otimizadas da estrutura do vão onde se encontram 
as salas de aula e, acima, o prédio da escola, cuja arquitetura dialoga com o entorno
VERTICALIDADE E VOLUMETRIA são 
as principais características do pro-
jeto arquitetônico da Escola Estadual 
Jardim Angélica III, localizada na 
periferia de Guarulhos, de autoria do 
escritório Núcleo de Arquitetura. A 
topografia acidentada, as dimensões 
reduzidas do terreno e o pequeno orça-
mento foram os desafios encontrados 
pelos arquitetos Luciano Margotto, 
Marcelo Ursini e Sérgio Salles, que 
optaram por sistemas construtivos 
industrializados e leves.
A linguagem arquitetônica do gran-
de volume branco e compacto da esco-
la, no entanto, dialoga perfeitamente 
com o entorno, marcado por residên-
cias “autoconstruídas”, típicas dessa 
região da Grande São Paulo.
O esqueleto do edifício é compos-
to por perfis de aço, um pré-requisi-
to solicitado pela Fundação para o 
Desenvolvimento da Educação (FDE), 
para a qual este projeto assume um 
caráter experimental. Além da estru-
tura, o aço foi utilizado em toda a caixi-
lharia, nos guarda-corpos e em impor-
tantes elementos construtivos, como 
o grande coletor de águas pluviais. 
“Optamos por este material devido à 
sua resistência, esbeltez e economia”, 
afirma o arquiteto Luciano Margotto.
O arquiteto destaca, ainda, as 
dimensões das vigas em relação 
à estrutura principal. As vigas foram otimizadas (reduzidas). Os 
demais perfis também foram otimizados em relação ao peso total 
da estrutura, liberando o projetista para o uso de perfis nas dimen-
sões mais eficientes. Na laje utilizada, a combinação de EPS e con-
cretoforneceu leveza e resistência suficientes a ponto de dispensar 
os contraventamentos.
Internamente, o projeto centra-se no princípio de “construir 
o vazio”. A escola possui dois espaços vazios de grande presença. 
O primeiro, um pátio de 29 x 18 m, interliga na vertical os dois 
pavimentos superiores e marca o caráter de liberdade e alegria da 
escola. No centro está a quadra de esportes e, ao redor, os ambientes 
Escola experimental
de vivência que se debruçam sobre ela. O segundo vazio, de 29 x 2m, 
atravessa na vertical os dois pavimentos inferiores e marca a articu-
lação das salas de aula na forma de galeria vertical.
Uma passarela metálica atirantada na estrutura leva ao pavimen-
to da quadra de esportes, cujo fechamento possui uma faixa estreita 
sem vedação que garante a entrada e circulação de ar no pátio.
A estrutura principal da edificação foi toda executada em perfis 
de aço, “mas o aspecto construtivo fundamental é a relação entre 
fechamentos e estrutura”, diz Luciano Margotto. Na parte superior 
do volume, internamente prevalece a ideia de galpão, enquanto que 
no exterior prevalece a ideia de unidade: peças metálicas compõem 
os ambientes de vivência enquanto painéis leves, externos à estrutu-
ra, formam planos únicos nas fachadas. Nos pavimentos inferiores, o 
conceito é oposto, com a estrutura revelando o ritmo da construção 
também do lado de fora. “Por fim, é importante destacar a utilização 
da luz natural na definição do caráter das duas partes do programa: 
equipamento e escola”, finaliza Luciano Margotto. (D.P.) M
> Projeto arquitetônico: Luciano 
Margotto, Marcelo Ursini 
e Sérgio Salles (Núcleo de 
Arquitetura)
> Colaboradores: Amanda C. 
Spadotto, André Ciampi, Luís 
Cláudio M. Dias, Rodolfo 
Scaletsky, Rodrigo Scaletsky 
e Simone Neves
> Área construída: 4.618,17 m²
> Aço empregado: aço patinável 
de maior resistência à corrosão
> Projeto estrutural: Hauy 
& Bechara Engenheiros 
Associados
> Fornecimento da estrutura 
metálica: Projecta Grandes 
Estruturas Ltda.
> Execução da obra: JHD 
Construções
> Local: Guarulhos, SP
> Data do projeto: 2004
> Conclusão da obra: 2006
A passarela metálica, engastada na estrutura, leva ao pavimento da quadra de esportes. O fechamento tem uma estreita faixa sem vedação, 
que garante a entrada e circulação de ar no pátio. Acima, vista dos painéis de concreto celular autoclavado fixados aos perfis metálicos 
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&ARQUITETURA AÇO30
&ARQUITETURA AÇO&ARQUITETURA AÇO
Endereços
31 
> > > 
> 
ESCRITÓRIOS DE ARQUITETURA
Carolina Penna Arquitetura
Rua Cardoso de Almeida, 
n° 313 – cj. 101 – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3666-8526
www.carolinapenna.com
Gesto Arquitetura Ltda.
Av. Pedroso de Morais, 
n° 580 – cj. 101 –
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3815-4345
Grupo Novo Arquitetura e 
Planejamento Urbano
Av. Bady Bassitt, n° 3.338 – 
São José do Rio Preto (SP)
Tel.: (17) 3232-8333
Kruchin Arquitetura
Rua Capote Valente, 
n° 830 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3081-4432/
3086-9090
www.kruchin.com.br
Núcleo de Arquitetura
Rua Alagoas, n° 900 – piso 
superior – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3826-9790
E-mail: nucleoarq@uol.com.br
SPBR
Av. Brigadeiro Faria Lima, 
n° 1.234 – cj. 121 – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3815-1171
www.spbr.arq.br 
Sylvio E. de Podestá 
Arquitetura
Rua Santo Antônio do Monte, 
n° 476 – Belo Horizonte (MG)
Tel.: (31) 3296-3426
www.podesta.arq.br
Ubyrajara Giliolli Arquitetos 
Associados Ltda.
Rua Maria Antonia, n° 281 
– cj.104 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3256 5570
E-mail: u.gilioli@uol.com.br
PROJETO ESTRUTURAL
Andrade Rezende 
Engenharia de Projetos
Rua Carmelo Rangel, n° 898 
– Curitiba (PR)
Tel.: (41) 3342-8575
E-mail: comercial@
andraderezende.com.br
www.andraderezende.com.br
Engecalc Engenharia e 
Projetos Estruturais
Rua Gal. Sena Vasconcelos, 
n° 36 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3722-2139
Ernesto Tarnoczy
Rua Helena, n° 218 – 
cj. 902 – Vila Olímpia – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3845-5838
E-mail: etj@uol.com.br
Hauy & Bechara 
Engenheiros Associados
Rua Abílio Soares, n° 233 –
cj. 104 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3887-8988
E-mail: hauyengenharia@
terra.com.br
Kurkdjian & Fruchtengarten
Rua George Eastman, n° 6 – 
6º andar – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3758-8416
Techneaço Engenharia Ltda.
Av. Assis Chateaubriand, 
n° 74 – Belo Horizonte (MG)
Tel.: (31) 3213-8001
www.techneaco.com.br
Ycon Engenharia
Rua Fidalga, n° 27 – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3816-0441
www.ycon.com.br
CONSTRUTORAS
CCM – Construtora Centro 
Minas Ltda.
Rua Mto. Dele Andrade, 
n° 25 – Belo Horizonte (MG)
Tel.: (31) 3281-786
Construcap CCPS 
Engenharia e Comércio
R. Bela Cintra, n° 24 – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3017-8000
www.construcap.com.br
Construtora Augusto 
Velloso S/A
Rua Major Quedinho, n° 111 
– 17º andar – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3258-2155
www.augustovelloso.com.br
Implantação Planejamento e 
Engenharia Ltda.
Rua Cipriano Barata, 
n° 2.317 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2915-0877
www.ipe.eng.br
JHD Construções e Comércio
Av. Dr. Luiz Mendes Almeida, 
n° 2.622 – Sorocaba (SP)
Tel.: (15) 3221-9763
L’Annunziata e Cia.
Av. Magalhães Castro, n° 332 
– Butantã – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3814-5733 
E-mail: annunziata@
annunziata.com 
Método Engenharia S.A
Praça Professor José 
Lannes, nº 40 – 1º andar 
– Vila Olímpia – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 5501-0000
www.metodo.com.br 
Plante Engenharia Ltda.
Al. da Serra, n° 500 – 
sl. 504/508 – Nova Lima (MG)
Tel.: (31) 3286-8388
www.planteengenharia.
com.br
Racional Engenharia
Av. Chedid Jafet, n° 222 
– São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3732-3777
www.racional.com.br
RMA Engenharia Integrada
Rua Gomes de Carvalho, 
n° 1.666 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3847-3522
www.rma.com.br
Sobrosa Construtora
Travessa Ubirassanga, 
nº 35 – Campo Belo – 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 5561-7505
www.sobrosa.eng.br
ESTRUTURA METÁLICA
Brafer Construções 
Metálicas
Av. das Araucárias, 
n° 40 – Araucária (PR)
Tel.: (41) 3641-4600
E-mail: brafer@brafer.com
www.brafer.com
Metaltec Esquadrias Ltda. 
Estrada Caiapiá, n° 1.181 
– Jd. Maria Teresa – 
Cotia (SP) 
Tel.: (11) 4614-5950 
Projecta
Av. Projecta, n° 798 – 
Cumbica – Guarulhos (SP)
Tel.: (11) 2085-4355
www.projecta.com.br
32 ARQUITETURA AÇO&
expediente
NÚMEROS ANTE RIO RES:
Os núme ros ante rio res da revista 
Arquitetura & Aço estão dis po ní veis para 
down load na área de biblio te ca do site: 
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PRÓXIMA EDIÇÃO: 
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podem ser enviadas para o CBCA e serão ava-
liadas pelo Conselho Editorial de Arquitetura 
& Aço. Entretanto, não nos comprometemos 
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rial recebido será arquivado e não será devol-
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Direção
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Coordenação Editorial
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Redação
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Revisão
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É proi bi da a repro du ção das fotos e dese nhos, exce to median te auto ri za-
ção ex pres sa do autor.
A ABCEM reúne fabricantes de estruturas
e coberturas metálicas, empresas de
galvanização, indústria de componentes e
materiais complementares, escritórios e
profissionais de arquitetura e engenharia.
Associação Brasileira da
Construção Metálica
Principais programas e atividades:
Desenvolvimento e qualificação de mão de obra
Cursos, Workshops, Seminários, Palestras
Programas de Qualidade
Promoção e disseminação da construção
metálica no mercado brasileiro
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