Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO DE INVESTIMENTOS Resenha Crítica de Caso Trabalho da disciplina Contratos Futuros Tutor: Prof. Dr. Antônio Carlos Magalhaes Da Silva CURITIBA 2021 http://portal.estacio.br/ http://portal.estacio.br/� Usuario de Windows Prof. Dr. Antônio.... 2 UMA ANÁLISE DA ALOCAÇÃO DE CONTRATOS FUTUROS SOBRE COMMODITIES EM PORTFÓLIOS DIVERSIFICADOS Referência: SILVEIRA, Rodrigo Lanna Franco da. BARROS, Geraldo Sant’Ana de Camargo. Uma análise da alocação de contratos futuros sobre commodities em portfólios diversificados. Disponível em: http://www.pos.estacio.webaula.com.br. Acesso em: 05 de abril de 2021. O caso estudado busca demonstrar a eficácia da inclusão de contratos futuros agropecuários (café arábica, soja, milho, açúcar cristal, etanol e boi gordo) negociados na bolsa de valores brasileira (BM&FBovespa, atualmente B3), acerca do influência no risco e no retorno de uma carteira diversificada, utilizando para tanto, a Teoria do Portfólio (Markowitz)1. A carteira utilizada com base no estudo, foi composta por ações, títulos, ouro e dólar, no período compreendido entre agosto de 1994 e dezembro de 2007, com análises subdivididas: em todo o período, intervalos de 2 e 3 períodos, e bianual. O caso apresentado é relevante, pois busca apresentar qual a influência da inclusão de contratos de derivativos – no presente caso, futuros de commodities – numa carteira diversificada, pois as commodities possuem formação de preços “bastante distintos daqueles que incidem sobre as cotações de ações e dos títulos de renda fixa2(SILVERA, 2008, p. 01).” Conforme o autor do caso destaca, “[...] o efeito da inclusão destes papéis no retorno de uma carteira diversificada é um ponto de bastante divergência na literatura[...](SILVERA, 2008, p. 01).”3”, tendo autores que observaram um incremento na rentabilidade da carteira com a introdução dos derivativos de commodities, e outros que entenderam que tais ativos eram irrelevantes no retorno da carteira. 1 MARKOWITZ, H. Portfolio Selection. The Journal of Finance, v. 7, n 1, p. 77-91, 1952 2 SILVEIRA, Rodrigo Lana Franco da; BARROS, Geraldo Sant’Ana de Camargo. Uma Análise da Alocação de Contratos futuros 3 SILVEIRA, Rodrigo Lana Franco da; BARROS, Geraldo Sant’Ana de Camargo. Uma Análise da Alocação de Contratos futuros Usuario de Windows Mesmo que a opção tenha sido referenciar na nota de rodapé é preciso identificar entre parêntesis no final da citação o sobrenome do autor, ano e página do trecho citado. Ex: (CHAGAS, 1987, p. 01). Usuario de Windows Diga o nome do autor Usuario de Windows Mesmo que a opção tenha sido referenciar na nota de rodapé é preciso identificar entre parêntesis no final da citação o sobrenome do autor, ano e página do trecho citado. Ex: (CHAGAS, 1987, p. 01). 3 Ainda, faz-se necessário explanar sobre a Teoria do Portfólio Moderna, desenvolvida por Markowitz (1952), que estabelece que as decisões dos investidores serão tomadas com base na relação risco-retorno. Assim, os investidores, para um mesmo grau de risco que aceitam correr, buscam maximizar o retorno esperado, chegando assim ao “Portfólio Ótimo”. É necessário compreender este conceito, pois o mesmo é a basilar para a diversificação de investimentos – que justamente busca equilibrar os ativos correlacionados, afim de reduzir o risco não sistemático, para atingir o “Portfólio Ótimo”. Outrossim, merece destaque o fato de que a rentabilidade dos ativos utilizados na elaboração do caso foi baseada somente na variação do preço futuro – sem utilização de estratégias de alavancagem. Importante ressaltar que as conclusões apresentadas no caso, bem como nesta resenha, poderiam ser distintas com aplicação de estratégia diversa. A primeira amostra análise, compreendida no período entre agosto de 1994 e dezembro de 2007, apresenta dados interessantes para análise, principalmente em relação a correlação dos derivativos face aos outros benchmarks utilizados, referentes aos ativos que compõem a carteira (Ouro, Ibovespa, Dólar, Selic e Taxa Anbid). Um ponto a se destacar é a média correlação com o ativo “Ouro”, e uma maior correlação com o ativo “Dólar”. Assim, a conclusão de que os derivativos estudados acompanham muitas vezes a variação do ouro ou do dólar, vai de encontro a uma premissa atual de “dólar em queda, ações e commodities em alta”. Necessária faz-se uma atualização do presente caso, para os tempos atuais, devido as grandes mudanças ocorridas no período, tanto no mercado quanto tecnológica, eis que na tabela apresentada, o acompanhamento do derivativo com o benchmark chegou a 43% das ocorrências, número significante. Porém, ainda mais importante que este dado, é a comparação entre os títulos de renda fixa (investimento mais tradicional no Brasil) e o Ibovespa. A correlação entre os derivativos e a rentabilidades dos ativos supracitados foram próximas a zero. Assim, os derivativos estudados são inúteis para realizar a diversificação da carteira. Outros dados que não podem ser deixados de fora, é que o retorno médio mensal dos derivativos foi menor que todos os demais benchmarks, com um agravante: com um alto risco apresentado. Os derivativos chegaram a apresentar uma volatilidade mensal de 11,94% - para um retorno médio mensal de -0,16% (futuro de café). A razão do índice Sharpe, confirma os desempenhos superiores dos demais ativos, com maiores rentabilidades e menores riscos. Conquanto o caso apresentado traga resultados divergentes de outros estudos de caso, é necessário destacar que os mesmos trouxeram estudos ou de períodos, ou de localidades distintas. Assim, como as commodities são produtos que tem muita influência externa (demanda internacional, clima nas regiões produtoras, política 4 externa e comercial entre países, entre outros), entendo que nenhuma das conclusões seja errônea: aplicando a mesma metodologia do caso estudado, porém diferentes o período e a localidade estudados, o resultado poderá será distinto, sendo que a conclusão apresentada pelo caso não é absoluta. Ainda em relação ao primeiro período analisado, o autor informou que a utilização de posições alavancadas provavelmente aumentariam o desempenho da carteira com commodities (Egelkraut et al., 2005, p. 14)4; porém, o estudo discutido no caso concluiu que “as razões de Sharpe não apresentaram significativas mudanças em relação aos resultados anteriores5”(SILVERA, 2008, p. 11).”. Portanto, apesar de aumento do desempenho da carteira com operações alavancadas, houve um aumento do risco na mesma proporção. Assim, a alteração da estratégia não beneficia uma eventual inclusão destes derivativos em uma carteira diversificada. A análise de das carteiras considerando dois períodos, trouxe conclusões práticas idênticas ao parágrafo anterior. Ainda que com retorno, risco e Sharpe divergentes, a correlação entre os ativos não trouxe benefícios significativos que justificassem a inclusão dos mesmos no portfólio. Manteve-se a alta volatilidade dos derivativos, com baixo retorno, apesar da baixa correlação entre os ativos estudados e os títulos de renda fixa e ações. Nas demais análises apresentadas no estudo de caso, não trouxe a luz conclusões diversas, tendo resultados similares – com adendo as carteiras bienais, em que determinado ativo x trouxe maior retorno médio mensal em virtude de situações específicas, porém, ainda apresentando risco elevado. Ainda, há de ser levado em consideração que, mesmo nestes períodos, não houve deslocamento significativo da fronteira eficiente – o que “não permite concluir ganho de desempenho do portfólio com a inclusão dos derivativos sobre commodities”6 (SILVERA, 2008, p. 19).”. Conclui-se, que não a inclusão dos derivativos de commodities agropecuárias,sem alavancagem, não traz benefícios a diversificação da carteira – salvo em situações de altas de preços de um ativo específico devido a sazonalidade e demanda. Tal conclusão é referente a metodologia utilizada no estudo de caso, não inibindo 4 EGELKRAUT, T.M.; WOODARD, J.D.; GARCIA, P.; PENNINGS, J.M.E. Portfolio diversification with commodity futures: properties of levered futures. In: NCR-134 CONFERENCE ON APPLIED COMMODITY PRICE ANALYSIS, FORECASTING AND MARKET RISK MANAGEMENT, 2005, St. Louis. 14 p. Disponível em: <http://www.farmdoc.uiuc.edu/nccc134/conf_2005/pdf/confp05-05.pdf>. Acesso em 12 de abril 2021. 5 SILVEIRA, Rodrigo Lana Franco da; BARROS, Geraldo Sant’Ana de Camargo. Uma Análise da Alocação de Contratos futuros. 6 SILVEIRA, Rodrigo Lana Franco da; BARROS, Geraldo Sant’Ana de Camargo. Uma Análise da Alocação de Contratos futuros. Usuario de Windows Indicar depois do ano a página do trecho citado. Usuario de Windows Identificar citação. 5 conclusões diferentes destas em novos estudos – ou outro momento temporal. De fato, o autor informa que outros trabalhos trouxeram conclusões divergentes. Na formação de uma carteira diversificada, é salutar a análise dos ativos contemporâneos, afim de chegar na fronteira eficiente de acordo com o perfil do investidor. Tomar por premissa que as commodities agropecuárias nunca irão auxiliar na formação da carteira é errado.
Compartilhar