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1590184619-apostila de ética profissional

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE ÉTICA 
PROFISSIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
Ementa: Introdução à OAB; órgãos da OAB; eleições na OAB; e 
Conferencia Nacional dos Advogados. 
 
1 – INTRODUÇÃO À OAB 
 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 133, estabelece que: 
“O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo 
inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, 
nos limites da lei”. 
Do dispositivo acima citado, podemos extrair três conclusões: 
1) o advogado é peça imprescindível à Administração da Justiça; 
2) o advogado possui inviolabilidade por seus atos e falas, desde 
que no exercício da advocacia; e 
3) ao contribuir para a concretização da justiça, o advogado exerce 
sua função social. 
A Magna Carta, todavia, não tratou apenas da advocacia privada (art. 
133), pelo contrário, também dispôs acerca da Advocacia Pública 
(arts. 131 e 132) e da Defensoria Pública (arts. 134 e 135). 
A OAB é uma instituição sui generes, à medida que, não sendo um 
órgão público propriamente dito, vez que não guarda vínculo 
funcional ou hierárquico com qualquer órgão público, possui alguns 
privilégios inerentes ao setor público, como o fato de não está sujeita 
à fiscalização do TCU e possuir imunidade tributária, por exemplo. 
Além disso, vale lembrar que a sigla “OAB” é de uso exclusivo da 
ordem, não podendo ser utilizada para outra finalidade. Outrossim, 
atos conclusivos da Ordem devem ser divulgados no diário eletrônico 
da OAB. 
 
 
 
 
3 
 
2 – DOS ORGÃOS DA OAB 
A Ordem dos Advogados do Brasil, segundo o art. 44, I e II, do 
EAOAB, possui as seguintes finalidades: 
1) defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático 
de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa 
aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo 
aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; 
2) promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção 
e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do 
Brasil. 
Por sua vez, o art. 45 apresenta os órgãos que compõem a OAB, são 
eles: Conselho Federal; os Conselhos Seccionais; as Subseções; e as 
Caixas de Assistência dos Advogados. No próximo tópico falaremos 
mais sobre cada um desses órgãos. 
 
2.1 – DO CONSELHO FEDERAL 
 2.1.1 – COMPOSIÇÃO 
O Conselho Federal é composto pelos conselheiros federais, 
escolhidos dentre os membros de cada Conselho Seccional, ou seja, 
cada estado possui três representante (totalizando 81 conselheiros), 
e pelos seus ex-presidentes, na qualidade de membro honorário 
vitalício. 
Por outro lado, a diretoria do Conselho Federal é composta por: 
um Presidente, de um Vice-Presidente, de um Secretário-Geral, de 
um Secretário-Geral Adjunto e de um Tesoureiro. 
Os ex-presidentes, na qualidade de membros honorários 
vitalícios e os presidentes das Seccionais, tem apenas direito à 
voz nas reuniões, não podendo votar. 
O Presidente do Conselho Federal possui o chamado “voto de 
qualidade”, ou seja, aquele comumente conhecido como “voto de 
minerva”, significa dizer voto de desempate. 
 
 
 
4 
 
Obs: Embora cada delegação possua três conselheiros, apenas 
será admitido um voto por delegação. Assim, não se trata de 
voto por cabeça, mas simpor delegação. 
 
 
2.1.2 – COMPETÊNCIA 
As competências do Conselho Federal estão previstas no art. 54 do 
EAOAB, dos incisos I a XVIII, sendo que aqui trataremos das 
atribuições mais importantes. 
Compete à OAB, segundo o Estatuto: 
1) representar, com exclusividade, os advogados brasileiros nos 
órgãos e eventos internacionais da advocacia; 
2) editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e 
Disciplina, e os Provimentos que julgar necessários; 
3) intervir nos Conselhos Seccionais, onde e quando constatar 
grave violação desta lei ou do regulamento geral; 
 
 
 
 
 
4) cassar ou modificar, de ofício ou mediante representação, qualquer 
ato, de órgão ou autoridade da OAB, contrárias ao EAOAB, Código de 
Ética e Regulamento Geral da OAB. 
5) julgar, em grau de recurso, as questões decididas pelos 
Conselhos Seccionais, nas hipóteses previstas no Estatuto e no 
Regulamento. 
Neste caso, a intervenção depende de prévia aprovação por 
dois terços das delegações, garantido o amplo direito de 
defesa do Conselho Seccional respectivo, nomeando-se 
diretoria provisória para o prazo que se fixar 
 
 
 
5 
 
6) elaborar as listas constitucionalmente previstas, para o 
preenchimento dos cargos nos tribunais judiciários de âmbito 
nacional ou interestadual, com advogados que estejam em pleno 
exercício da profissão, vedada a inclusão de nome de membro do 
próprio Conselho ou de outro órgão da OAB. 
7) ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de normas 
legais e atos normativos, ação civil pública, mandado de 
segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações cuja 
legitimação lhe seja outorgada por lei. 
8) autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a 
oneração ou alienação de seus bens imóveis; 
 
As competências dos órgãos da OAB são 
extremamente relevantes, uma vez que são muito 
cobradas no Exame da Ordem, então não deixem de 
ler todos os artigos e incisos que falem a respeito, 
tampouco o art. 100 do Regulamento Geral, que 
também fala das competências do Conselho Federal. 
 
2.2 – DO CONSELHO SECCIONAL 
As disposições acerca do Conselho Seccional estão contidas nos arts. 
56 a 58 do EAOAB. 
O Conselho Seccional é o órgão responsável por fixara anuidade e a 
tabela de honorários, bem como por todos os assuntos relacionados à 
inscrição do advogado. 
 
2.2.1 – COMPOSIÇÃO 
O Conselho Seccional é composto por conselheiros em número 
proporcional ao de seus inscritos, vejamos: 
 
 
 
6 
 
 Conselhos Seccionais com menos de 3.000 (três mil) 
inscritos = até 30 (trinta membros); 
 Conselhos Seccionais com mais de 3.000 (três mil) 
inscritos = a cada grupo de três mil inscritos será 
aumentado um membro, até o limite de oitenta membros. 
 
 
2.2.2 – COMPETÊNCIA 
 
A jurisdição do Conselho Seccional restringe-se ao estado da 
federação no qual está inserido, ou seja, o Conselho Seccional do 
estado do Rio de Janeiro terá competência apenas dentro do 
respectivo estado. 
 
As competências privativas do Conselho Seccional estão previstas no 
art. 58 do EAOAB, trataremos aqui das mais relevantes. 
 
Compete ao Conselho Seccional: 
 
1) editar seu regimento interno e resoluções. 
2) criar as Subseções e a Caixa de Assistência dos Advogados 
3) julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu 
Presidente, por sua diretoria, pelo Tribunal de Ética e 
Disciplina, pelas diretorias das Subseções e da Caixa de 
Assistência dos Advogados. 
4) fiscalizar a aplicação da receita, apreciar o relatório anual e 
deliberar sobre o balanço e as contas de sua diretoria, das diretorias 
das Subseções e da Caixa de Assistência dos Advogados. 
5) fixar a tabela de honorários, válida para todo o território 
estadual. 
6) realizar o Exame de Ordem. 
7) aprovar e modificar seu orçamento anual. 
 
 
 
7 
 
8) definir a composição e o funcionamento do Tribunal de Ética e 
Disciplina, e escolher seus membros. 
9) intervir nas Subseções e na Caixa de Assistência dos 
Advogados. 
 
Obs: o art.105 do Regulamento Geral da OAB prevê 
outras atribuições importantes para a sua prova, então 
não deixe de ler! 
 
 
2.3 – DAS SUBSEÇÕES 
As Subseções são criadas pelo Conselho Seccional, que delimitará sua 
área territorial e seus limites de competência e autonomia. Trata-se 
de órgão diretamente vinculado ao Conselho Seccional, não 
possuindo, portanto, personalidade jurídica própria. 
 
 
 
ÓRGÃO CARACTERÍTICAS COMPETÊNCIA 
Conselho Federal Possui personalidade 
jurídica própria 
Todo território nacional 
Conselho Seccional Possui personalidade 
jurídicaprópria 
Restrita ao estado em que 
estiver inserido 
Subseções NÃO possui 
personalidade jurídica 
própria 
Será limitada pelo 
Conselho Seccional 
quando de sua criação. 
Pode abranger um ou 
mais municípios, ou 
parte dele, incluindo a 
capital, devendo contar 
com, no mínimo, 15 
advogados 
domiciliados. 
 
 
 
 
8 
 
 
Cabe exclusivamente aos Conselhos Seccionais, 
respeitada a legislação pertinente, pela maioria 
absoluta de seus membros, autorizar a criação ou 
determinar a extinção de Subseções. 
 
O Conselho Seccional, mediante o voto de dois 
terços de seus membros, pode intervir nas 
Subseções, onde constatar grave violação desta lei 
ou do regimento interno daquele. 
 
Havendo mais de cem advogados, a Subseção pode 
ser integrada, também, por um conselho em 
número de membros fixado pelo Conselho 
Seccional. 
 
Nas Subseções com mais de cem advogados poderá ser criado 
um conselho. 
Cabe às subseções COLHER os documentos necessários à 
inscrição do advogado (apenas colher, pois quem defere a 
inscrição é o Conselho Seccional). 
 
2.3.1 – COMPETÊNCIA 
São competências das Subseções, em seus territórios (art. 61 do 
EAOAB): 
1) dar cumprimento efetivo às finalidades da OAB; 
2) velar pela dignidade, independência e valorização da advocacia, e 
fazer valer as prerrogativas do advogado; 
3) representar a OAB perante os poderes constituídos; 
 
 
 
9 
 
4) desempenhar as atribuições previstas no regulamento geral ou por 
delegação de competência do Conselho Seccional. 
5) editar seu regimento interno, a ser referendado pelo 
Conselho Seccional; 
6) editar resoluções, no âmbito de sua competência; 
7) instaurar e instruir processos disciplinares, para julgamento 
pelo Tribunal de Ética e Disciplina; 
8) receber pedido de inscrição nos quadros de advogado e estagiário, 
instruindo e emitindo parecer prévio, para decisão do Conselho 
Seccional. 
 
2.4 – DA CAIXA DE ASSISTENCIA DOS ADVOGADOS 
A Caixa de Assistência dos Advogados, com personalidade jurídica 
própria, destina-se a prestar assistência aos inscritos no Conselho 
Seccional a que se vincule. É criada e adquire personalidade jurídica 
com a aprovação e registro de seu estatuto pelo respectivo Conselho 
Seccional da OAB, na forma do regulamento geral. 
Para criação da Caixa de Assistência dos Advogados é necessário no 
mínimo 1.500 advogados inscritos. 
Das anuidades pagas pelos advogados inscritos a ordem 
ocorre a seguinte divisão: 
- 10% vai para o Conselho Federal; 
 - 3% vai para o fundo cultural; 
- 2% vai para o FIDA – Fundo de Incentivo e Desenvolvimento 
da Advocacia. 
Dos 85% restantes, metade para o Conselho Seccional e a 
outra metade para a Caixa de Assistência aos Advogados. 
É composta por cinco membros, cujas atribuições serão definidas no 
seu regimento interno. 
 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
Obs: O Conselho Seccional, mediante voto de dois terços de 
seus membros, pode intervir na Caixa de Assistência dos 
Advogados, no caso de descumprimento de suas finalidades, 
designando diretoria provisória, enquanto durar a intervenção. 
2.5 – DAS PRERROGATIVAS DOS PRESIDENTES DO CONSELHO 
FEDERAL, SECCIONAL E SUBSEÇÃO 
Os presidentes do Conselho Federal, Seccional e das Subseções, 
possuem algumas prerrogativas, são elas: 
1) Legitimidade para fazer valer o Estatuto judicial ou 
extrajudicialmente, sendo que tal ato pode ser delegado a outro 
advogado. 
2) designar assistente, seja em Inquérito Policial ou em ação judicial, 
na qual conste no polo passivo advogado que responda ao processo 
por ato praticado no exercício de suas funções profissionais. 
3) Requisitar cópias de interesse da OAB, devendo, neste caso: 
- pagar pelas cópias; 
- justificar o motivo da requisição; 
- caso se trate de processo sigiloso, apresentar 
procuração. 
 
 
3 – DAS ELEIÇÕES NA OAB 
À caixa de assistência é destinada metade da receita 
das anuidades recebidas pelo Conselho Seccional, 
considerado o valor resultante após as deduções 
regulamentares obrigatórias. 
 
 
 
11 
 
 
Os mandatos na OAB possuem duração de três anos, sendo que as 
eleições se realizam na segunda quinzena do mês de novembro do 
último ano do mandato. 
O mandato tem início no mês de janeiro subsequente às eleições, 
exceto no Conselho Federal, que começa seus trabalhos no 
mês de fevereiro. 
O voto é de caráter OBRIGATÓRIO a todos os advogados inscritos. O 
não comparecimento pode acarretar em multa de até 20% do valor 
da anuidade. 
 
 
 
 
 
 
3.1 – CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE 
Para que o advogado possa se candidatar é necessário o 
preenchimento de alguns requisitos, são eles: 
1) comprovar situação regular junto à OAB; 
2) não ocupar cargo exonerável ad nutum; 
3) não ter sido condenado por infração disciplinar, salvo 
reabilitação; e 
4) exercer efetivamente a profissão há mais de TRÊS anos 
para o cargo de Conselheiro Seccional e CINCO anos para os 
demais. 
Enquanto que as eleições no Conselho Seccional são DIRETAS 
e SECRETAS, tendo o mandato início em JANEIRO do ano 
subsequente, as eleições do Conselho Federal são INDIRETAS 
E NOMINAIS e o mandato apenas tem início em FEVEREIRO do 
ano seguinte. 
 
 
 
12 
 
Os requisitos de elegibilidade estão previstos no art. 63 do 
EAOAB: 
 
Art. 63. A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB 
será realizada na segunda quinzena do mês de novembro, do 
último ano do mandato, mediante cédula única e votação 
direta dos advogados regularmente inscritos. 
§ 2º O candidato deve comprovar situação regular perante a 
OAB, não ocupar cargo exonerável ad nutum, não ter sido 
condenado por infração disciplinar, salvo reabilitação, e 
exercer efetivamente a profissão há mais de 3 (três) anos, nas 
eleições para os cargos de Conselheiro Seccional e das 
Subseções, quando houver, e há mais de 5 (cinco) anos, nas 
eleições para os demais cargos. 
CUIDADO 
Este parágrafo foi alterado pela Lei nº 13.875/19. Antes da 
publicação da referida lei, era necessários que os candidatos, 
independentemente dos cargos a que fossem concorrer, 
possuíssem cinco anos de efetivo exercício da profissão. 
Todavia, após a Lei nº 13.875/19, o tempo de efetivo 
exercício da advocacia, para candidatos que pretendam 
concorrer aos cargos de Conselheiro Seccional, diminuiu para 
3 anos, mantendo-se os 5 anos para os demais cargos. 
 
3.2 – HIPÓTESES DE PERDA DO MANDATO 
1) quando ocorrer qualquer hipótese de cancelamento de inscrição 
ou de licenciamento; 
2) quando o titular sofrer condenação disciplinar; 
3) quando o titular faltar, sem motivo justificado, a três 
reuniões ordinárias consecutivas de cada órgão deliberativo do 
conselho ou da diretoria da Subseção ou da Caixa de Assistência dos 
 
 
 
13 
 
Advogados, não podendo ser reconduzido no mesmo período de 
mandato. 
OBSERVAÇÃO: Nos casos de exclusão, ou seja, de aplicação de 
sanção disciplinar, deverá existir, obrigatoriamente, processo 
disciplinar prévio, no qual seja assegurado ao acusado o 
contraditório e a ampla defesa. 
 
 
3.3 – A CONFERÊNCIA NACIONAL DOS ADVOGADOS 
O art. 145 do Regulamento Geral da OAB prevê que a Conferência 
Nacional dos Advogados é o órgão consultivo máximo do 
Conselho Federal, reunindo-se trienalmente, no segundo ano 
do mandato, tendo por objetivo; 
1) O congraçamento da classe (integração, comunhão); 
2) Discutir os fins da instituição; 
3) Escrever Carta de recomendações (acerca dos pontos a serem 
modificados, melhorados etc). 
O art. 146, dispõe que existem dois tipos de membros da 
Conferência: 
1) os efetivos = os Conselheiros e Presidentes dos órgãos da 
OAB presentes, os advogados e estagiários inscritos na 
Conferência, todos com direito a voto; 
2) os convidados = as pessoas a quem a Comissão Organizadora 
conceder tal qualidade, sem direito a voto, salvo se for 
advogado. 
 
Ementa: Suspensão preventivan advocacia; processo 
disciplinar na OAB; os recursos nas representações na OAB. 
 
 
 
 
14 
 
1 – DO PROCEDIMENTO 
O processo disciplinar pode ser instaurado de ofício ou mediante 
requisição de qualquer autoridade ou pessoa interessada. 
Obs: O Código de Ética e Disciplina estabelece os critérios de 
admissibilidade da representação e os procedimentos 
disciplinares, é importante ler esses dispositivos. 
O processo disciplinar tem caráter sigiloso, sendo que só terão 
acesso a ele as partes, seus defensores e a autoridade 
judiciária competente. 
Vejamos, então, quais as etapas do processo disciplinar: 
 
PROCESSO É INSTAURADO DE OFÍCIO OU POR MEIO DE 
REPRESENTAÇÃO 
 
 
PRESIDENTE DA SECCIONAL DESIGNA RELATOR 
 
 
RELATOR ANALISA REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE 
REPESENTAÇÃO E NOTIFICA O ACUSADO ACERCA DE SEU 
DIREITO DE SER OUVIDO E APRESENTAR DEFESA PRÉVIA 
 
 
APÓS A OITIVA DO INVESTIGADO RELATOR EMITE PARECER 
OPINANDO PELO INDEFRIMENTO DA REPRESENTAÇÃO OU 
PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO 
 
 
 
 
15 
 
 
 
PARECER DO RELATOR É REMETIDO AO PRESIDENTE DO 
CONSELHO SECCIONAL QUE PODERÁ 
 
 
 
ARQUIVAR OS AUTOS FACE REMETER OS AUTOS 
AO 
A AUSÊNCIA DE INDÍCIOS DE TRIBUNAL DE 
ÉTICA PARA 
AUTORIA E MATERIALIDADE JULGAMENTO. 
 
 
Observações: 
Em casos de lacuna na lei deverá observar a seguinte ordem: 
1º Aplica-se o processo pena; 
2º Aplica-se o processo administrativo; 
3º Aplica-se o processo civil. 
O advogado deve manter seu endereço atualizado. Caso o 
investigado não 
possua advogado será nomeado um dativo (advogado dativo 
presta 
relevante serviço à advocacia). 
Poderão ser ouvidas cinco testemunhas de defesa e cinco de 
acusação. 
 
 
 
16 
 
 
2 – DA SUSPENSÃO PREVENTIVA NA ADVOCACIA 
Regra geral, as punições apenas são aplicadas após o trânsito em 
julgado da sentença condenatória. No entanto, existe uma hipótese 
em que a penalidade de suspensão pode ser antecipada e aplicada 
antes do julgamento final de mérito, portanto preventivamente. 
Para que a suspensão preventiva seja válida é necessário o 
preenchimento de alguns requisitos estabelecidos no art. 70, § 3º do 
EAOAB, quais sejam: 
1) em caso de repercussão prejudicial à dignidade da 
advocacia; 
2) depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser 
notificado a comparecer, salvo se não atender à notificação; 
3) neste caso, o processo disciplinar deve ser concluído no prazo 
máximo de noventa dias. 
 
3 – DOS RECURSOS NA OAB 
 
 
 COMPETÊNCIA RECURSO 
CONSELHO FEDERAL 
 
 
DECISÕES DEFINITIVAS NÃO 
UNÂNIMES, OU, EM SENDO 
UNÂNIMES, CONTRARIEM 
ESTA LEI, DECISÃO DO 
CONSELHO FEDERAL OU DE 
OUTRO CONSELHO 
SECCIONAL E, AINDA, O 
REGULAMENTO GERAL, O 
CÓDIGO DE ÉTICA E 
DISCIPLINA E OS 
PROVIMENTOS. 
CONSELHO SECCIONAL TODAS AS DECISÕES 
 
 
 
17 
 
PROFERIDAS POR SEU 
PRESIDENTE, PELO TRIBUNAL 
DE ÉTICA E DISCIPLINA, OU 
PELA DIRETORIA DA 
SUBSEÇÃO OU DA CAIXA DE 
ASSISTÊNCIA DOS 
ADVOGADOS. 
 
 
Além dos interessados, também pode interpor recurso o 
Presidente do Conselho Seccional. 
 
Todos os recursos têm efeito suspensivo, exceto 
quando tratarem de eleições, de suspensão preventiva 
decidida pelo Tribunal de Ética e Disciplina, e de 
cancelamento da inscrição obtida com falsa prova. 
O Conselho Seccional possui três câmaras responsáveis por 
julgar os recursos, são elas: 
 
 
 
 
 
 
O órgão especial é composto pelo vice-presidente, que será o 
presidente do órgão especial, e um conselheiro de cada estado. 
Os presidentes e os Conselheiros federais serão julgados na 2ª 
Câmara. Membros da diretoria são julgados direta na Seccional. 
1ª Câmara: julga questões relacionadas à inscrição na OAB; 
incompatibilidades e impedimentos; e prerrogativas; o presidente desta 
câmara é o Secretário Geral do Conselho Federal. 
2ª Câmara: julga questões relativas à ética e disciplina; o presidente desta 
câmara é o Secretário geral Adjunto, que também será corregedor. 
3ª Câmara: fiscaliza contas (eleição); questões relativas à sociedade de 
advocacia; advogado empregado; 
 
 
 
18 
 
Possuidores da medalha Rui Barbosa, ex-presidentes do Conselho 
Federal e diretoria do Conselho Federal, serão julgados pelo pleno do 
Conselho Federal 
 
Ementa: A prescrição na OAB. 
 
1 - DA PRESCRIÇÃO NO PROCESSO DISCIPLINAR 
 
O art. 43 do Estatuto da Ordem prevê que a pretensão à punibilidade 
das infrações disciplinares prescreve em cinco anos, a contar da data 
da ciência oficial do ato. 
Note que o início do prazo prescricional se dá com a ciência 
pelo órgão oficial, neste caso a OAB. 
Além disso, aos processos disciplinares, pode ser aplicada, também, a 
prescrição intercorrente, que consiste na paralisação, por mais 
de três anos, do processo, que esteja pendente de despacho 
ou julgamento. 
Assim, deve o processo ser arquivado de ofício, ou a requerimento da 
parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as 
responsabilidades pela paralisação. 
Existem, no entanto, alguns marcos interruptivos da prescrição, ou 
seja, situações que, caso ocorram, impedem a prescrição, são elas: 
 
pela instauração de processo disciplinar ou 
pela notificação válida feita diretamente ao 
representado; 
 
pela decisão condenatória recorrível de 
qualquer órgão julgador da OAB. 
 
 
 
19 
 
 
2 - DA PRESCRIÇÃO NA COBRAÇADOS HONORÁRIOS 
ADVOCATÍCIOS 
 
O art. 25 do EAOAB, determina que a ação de cobrança de 
honorários prescreve em cinco anos, contados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por outro lado, o art. 25-A prevê que a ação de prestação de 
contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, 
ou de terceiros por conta dele, prescreve, também, no prazo 
de cinco anos. 
 
Ementa: Sanções Disciplinares; atos privativos e não 
privativos de advogado; a procuração; as prerrogativas do 
advogado. 
 
1- DAS INFRAÇÕES DISCIPLINARES 
a) do vencimento do contrato, se houver; 
b) do trânsito em julgado da decisão que os fixar; 
 c) da ultimação do serviço extrajudicial; 
d) da desistência ou transação; 
e) da renúncia ou revogação do mandato. 
 
 
 
20 
 
Nos tópicos abaixo serão enumeradas todas as infrações, 
conforme disposto na lei. NÃO DEIXE DE LER E ESTUDAR ESSE 
ARTIGO E OS DEMAIS QUE ABORDAREMOS DENTRO DESTE 
TÓPICO. 
Constitui infração disciplinar: 
1) exercer a profissão quando impedido ou facilitar seu exercício aos 
não inscritos, impedidos ou proibidos; 
2) manter sociedade profissional fora das normas e preceitos 
estabelecidos nesta lei; 
3) valer-se de agenciador de causas, mediante participação 
nos honorários a receber. Não pode o advogado prometer a 
terceiros parte de seus honorários caso estes consigam captar causas 
para o profissional da advocacia. 
4) angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de 
terceiros; 
5) assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou 
para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não 
tenha colaborado. Significa dizer que não pode o bacharel 
realizar todo o trabalho de redação de peças processuais e 
solicitar a advogado devidamente inscrito na Ordem para 
assina-las, por exemplo. 
6) advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé 
quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça 
da lei ou em pronunciamento judicial anterior; 
7) violar, sem justa causa, sigilo profissional; 
8) estabelecer entendimento com a parte adversa sem 
autorização do cliente ou ciência do advogado contrário. A 
autorização do cliente e ciência do advogado são requisitos 
cumulativos e imprescindíveis. 
9) prejudicar, por culpa grave, interesse confiado ao seu patrocínio; 
 
 
 
21 
 
10) acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou 
a nulidade do processo em que funcione; 
11) abandonar a causa sem justo motivoou antes de decorridos 
dez dias da comunicação da renúncia; 
12) recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, 
quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria 
Pública; 
13) fazer publicar na imprensa, desnecessária e 
habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas 
pendentes. Ou seja, não pode o advogado divulgar, de forma 
habitual e desnecessária, detalhes sobre as causas que patrocina. 
14) deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária 
ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e 
alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou 
iludir o juiz da causa, como por exemplo, alterar, a seu favor, 
jurisprudência para embasar sua peça processual. 
15) fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita 
deste, imputação a terceiro de fato definido como crime. A 
esta hipótese não se aplica a prerrogativada inviolabilidade do 
advogado, que deverá responder perante a OAB e nas justiças 
cível e criminal. 
16) deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada 
do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria da competência 
desta, depois de regularmente notificado; 
17) prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização 
de ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la. Não pode o 
advogado induzir e incentivar seu cliente à prática de ato ilegal ou 
destinar a fraudar a lei. 
18) solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para 
aplicação ilícita ou desonesta; 
 
 
 
22 
 
19) receber valores, da parte contrária ou de terceiro, 
relacionados com o objeto do mandato, sem expressa 
autorização do constituinte; 
20) locupletar-se, por qualquer forma, à custa do cliente ou da 
parte adversa, por si ou interposta pessoa; locupletar-se 
significa enriquecer ilicitamente, ou seja, não pode o advogado 
fazer fortuna indevida às custas do cliente. 
21) recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente de 
quantias recebidas dele ou de terceiros por conta dele; 
22) reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou 
em confiança; 
23) deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços 
devidos à OAB, depois de regularmente notificado a fazê-lo; 
24) incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia 
profissional; 
25) manter conduta incompatível com a advocacia; 
26) fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para inscrição 
na OAB; 
27) tornar-se moralmente inidôneo para o exercício da advocacia; 
28) praticar crime infamante; 
29) praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação. O 
estagiário pode praticar sozinho os seguintes atos: 
 
– retirar e devolver autos em cartório, assinando 
a respectiva carga; 
– obter junto aos escrivães e chefes de 
secretarias certidões de peças ou autos de 
processos em curso ou findos; 
 
 
 
23 
 
– assinar petições de juntada de documentos a 
processos judiciais ou administrativos. 
 
 
Existem, ainda, as condutas incompatíveis com a advocacia, são 
elas: 
a) prática reiterada de jogo de azar, não autorizado por lei; 
b) incontinência pública e escandalosa; 
c) embriaguez ou toxicomania habituais. 
Por fim, ressalta-se que existem outras infrações relevantes 
para o Exame da Ordem, logo, é muito importante de todos os 
artigos do Regulamento Geral e o Código de Ética que tratem 
sobre este assunto. 
 
 
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES 
Segundo o art. 35 do Estatuto da Advocacia, existem quatro tipos de 
sanções na OAB: a) censura; b) suspensão; c) exclusão; e d) multa, 
conforme veremos a seguir. 
6.2.1 – DA CENSURA 
A penalidade de censura é a sanção mais leve prevista no EAOAB e 
consiste na anotação, no assentamento do advogado, da prática da 
infração disciplinar e da punição, não podendo ser divulgada, ou 
seja, é uma sanção sigilosa. 
A censura poderá ser convertida em advertência, quando estiverem 
presentes a circunstâncias atenuantes previstas no art. 40 do 
Estatuto. Neste caso não haverá a anotação nos assentamentos do 
advogado, tão somente constará advertência nos cadastros internos 
 
 
 
24 
 
da OAB, para fins de registro de antecedentes e, tal como a censura, 
não será objeto de publicidade. 
A pena de censura será aplicada nas seguintes infrações (art. 
34, I a XVI e XXIX): 
 
 Exercício da profissão por impedidos ou 
incompatibilizados 
Participação em sociedade irregular 
 Utilização de agenciador de causas 
Angariar ou captar causas 
Assinar atos que não tenha feito ou para os quais não tenha 
contribuído 
Advogar contra literal disposição de lei 
Quebra de sigilo profissional 
Entendimento com a parte contrária sem conhecimento do 
cliente ou ciência do advogado. 
Prejuízo causado à parte mediante falta grave 
Acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a 
nulidade do processo. 
Abandono da causa 
Recusa da assistência jurídica, sem justa causa, mediante a 
impossibilidade da defensoria pública. 
Publicidade indevida de processos em que atua 
Manipulação fraudulenta de citações 
Imputação de fato criminoso. 
Descumprimento a determinação da OAB 
Prática irregular de ato pelo estagiário 
Violação ao Código de Ética e Disciplina 
Violação de preceito do Estatuto 
 
6.2.2 – DA PENA DE SUSPENSÃO 
A suspensão é aplicável nas infrações definidas nos incisos 
XVII a XXV do art. 34 e nos casos de reincidência, que ocorre 
quando o advogado pratica duas vezes a mesma infração 
punível com censura. A prática de infrações diferentes não implica 
em reincidência. 
 
 
 
25 
 
A suspensão acarreta ao infrator a interdição do exercício 
profissional, em todo o território nacional, pelo prazo de trinta dias a 
doze meses. 
O prazo exato que o advogado ficará suspenso será definido pelo 
Tribunal de Ética, quando da análise do caso concreto. Será levado 
em consideração as circunstâncias em que a infração foi cometida, 
agravantes e atenuantes, etc. 
É aplicável a pena de suspensão às seguintes infrações: 
Prestar concurso a clientes ou a terceiros para realização de 
ato contrário à lei ou destinado a fraudá-la 
Solicitar ou receber de constituinte qualquer importância para 
aplicação ilícita ou desonesta 
Receber valores sem expressa autorização do cliente 
 Locupletamento à custa do cliente 
Recusa injustificada de prestação de contas 
Extravio ou retenção abusiva de autos 
Inadimplemento para com a OAB 
Inépcia profissional 
 
No caso das sanções de recusar-se, injustificadamente, a 
prestar contas ao cliente, bem como deixar de pagar as 
contribuições, multas e preços de serviços devidos à OAB, a 
pena de suspensão perdurará até a quitação da dívida, 
podendo ultrapassar o prazo doze meses. 
Por sua vez, quando for constatada a inépcia profissional do 
advogado, a suspensão durará até que ele seja reabilitado. 
 
 
6.2.3 – DA PENA DE EXCLUSÃO 
A suspensão é a penalidade mais grave prevista no Estatuto da 
Ordem e consiste no cancelamento da inscrição do advogado, que 
 
 
 
26 
 
não mais poderá exercer a advocacia, a não ser que, após reabilitado, 
requeira nova inscrição. 
A exclusão será aplicada às infrações previstas nos incisos 
XXVI a XXVIII do art. 34 do EAOAB, ou quando aplicada por 
três vezes a pena de suspensão. 
São hipóteses de exclusão: 
Falsa prova 
Ausência de inidoneidade moral 
Prática de Crime infamante 
 
6.2.4 – DA PENA DE MULTA 
A pena de multa está prevista no art. 39 do EAOAB. Trata-se de 
sanção que sempre será aplicada cumulativamente à outra, ou seja, 
nunca será aplicada sozinha, será sempre cumulada com 
CENSURA ou SUSPENSÃO, mas JAMAIS com exclusão. 
A multa, variável entre o mínimo correspondente ao valor de uma 
anuidade e o máximo de seu décuplo, significa dizer que o valor 
da multa variará entre o valor de uma e dez anuidades. 
Para o cálculo do valor exato da multa deverá ser considerado os 
antecedentes do infrator, grau de culpa e as consequênciasda 
infração. 
2.5 – FIC –FRIC 
 
 
 
 
 
 
FIC = INFRAÇÕES PÚNIVEIS COM EXCLUSÃO 
FRIC = INFRAÇÕES PUNÍVEIS COM SUSPENSÃO 
TODO O RESTO É CENSURA 
 
 
 
27 
 
F ALSA PROVA PARA INGRESSO NA OAB 
INIDONEIDADEMORAL EXCLUSÃO 
C RIME INFAMENTE 
 
 
F RAUDAR A LEI 
RETER/EXTRAVIAR AUTOS $U$PEN$SÃO 
I INÉPCIA PROFISSIONAL 
C ONDUTA INCOMPATÍVEL 
 
 
TODAS AS INFRAÇÕES QUE NÃO ESTEJAM NO FIC-FRIC SÃO 
PUNÍVEIS COM CENSURA 
 
2.6 – DAS CISCUNSTÂNCIAS ATENUANTES 
O Art. 40 do EAOB prevê a possibilidade de aplicação de atenuantes 
nas seguintes hipóteses: 
1) falta cometida na defesa de prerrogativa profissional; 
2) ausência de punição disciplinar anterior; 
 
 
 
28 
 
3) exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em 
qualquer órgão da OAB; 
4) prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa 
pública. 
 
2.7 – DA REABILITAÇÃO 
A reabilitação é o procedimento pelo qual aquele que sofreu infração 
disciplinar pode passar, a fim de que possa recuperar a confiança 
pública, de particulares e até mesmo da própria OAB. 
A reabilitação é aplicada a qualquer tipo de infração, é ato 
personalíssimo, ou seja, só pode ser requerida por aquele que 
sofreu a penalidade, e deve ser solicitada no prazo de um ano 
após o cumprimento da sanção imposta, acompanhada de provas 
de bom comportamento do advogado. 
 
3 - DA ATIVIDADE DA ADVOCACIA 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 133, estabelece que: 
“O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo 
inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, 
nos limites da lei”. 
Do dispositivo acima citado, podemos extrair três conclusões: 
1) o advogado é peça imprescindível à Administração da Justiça; 
2) o advogado possui inviolabilidade por seus atos e falas, desde 
que no exercício da advocacia; e 
3) ao contribuir para a concretização da justiça, o advogado exerce 
sua função social. 
A Magna Carta, todavia, não tratou apenas da advocacia privada (art. 
133), pelo contrário, também dispôs acerca da Advocacia Pública 
(arts. 131 e 132) e da Defensoria Pública (arts. 134 e 135). 
 
 
 
29 
 
No Brasil, a atividade da advocacia é regulada pela Lei nº 8.906/94, 
que dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados 
do Brasil, pelo Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB 
e pelo Código de Ética e Disciplina da OAB, conforme estudaremos a 
seguir. 
 
4 – DOS ATOS PRIVATIVOS E NÃO PRIVATIVOS DE ADVOGADO 
O art. 1º do Estatuto da Ordem, dispõe que são atividade privativas 
de advogado: 
I – a postulação a qualquer1 órgão do poder judiciário; 
II – o desempenho de atividades de consultoria, assessoria e direção 
jurídica. 
 
Por sua vez, é necessário tomar atenção ao § 1º do dispositivo 
supramencionado que determina de forma expressa que o Habeas 
Corpus não se inclui nas atividades da advocacia. 
 
 
Assim, determina o EAOAB que os atos privativos da advocacia, 
quando praticados por pessoas que não sejam advogadas, são nulos, 
estando o praticante do ato sujeito as penalidades administrativas, 
cíveis e criminais cabíveis. 
Vale ressaltar que os atos praticados por advogado impedido, 
suspenso, licenciado ou que exerça atividade incompatível com a 
advocacia, também serão nulos. Neste caso o advogado em situação 
irregular também estará sujeito a todas as sanções previstas no 
ordenamento jurídico brasileiro. 
 
1
 O Supremo Tribunal Federal julgou a ADI nº 1.127-8, na qual a expressão “qualquer” foi 
declarada inconstitucional, tendo em vista que foi firmado entendimento no sentido de que a 
representação da parte em juízo, por advogado, pode ser dispensada em algumas hipóteses, 
como por exemplo nos Juizados Especiais Cíveis em ações cujo valor da causa não ultrapasse 
20 (vinte) salários mínimos. Desta feita não se trata de trata de uma premissa absoluta, sendo 
incabível a expressão “qualquer”. 
 
 
 
30 
 
São atos não privativos de advogado, além do Habeas Corpus: 
- Postulação na Justiça do Trabalho, exceto TST; 
- Justiça de paz; 
- Juizado Especial Cível até 20 salários mínimos; 
- Juizado Especial Federal e da Fazendo Pública até 60 salários 
mínimos; 
- Ação de alimentos (conciliação). 
O estagiário pode praticar isoladamente: 
- carga dos autos; 
- obter certidões; 
- petição de juntada. 
5 – DA PROCURAÇÃO 
Ao advogado, para representar seu cliente, seja judicial ou 
extrajudicialmente, deve ser outorgada procuração por parte de 
seu cliente. Assim, após receber poderes tal, o advogado pode (e 
deve) representar seu cliente face ao poder judiciário e demais órgão 
em que haja necessidade. 
Todavia, será que existe alguma hipótese que autorize o advogado a 
postular em juízo sem a prévia constituição de mandato? 
Sim. De fato, o art. 5º, § 1º do EAOAB prevê que, em situações 
de urgência, poderá o advogado postular em juízo, a fim de 
salvaguardar o direito de seu cliente, sem apresentação de 
mandato, podendo apresentar procuração no prazo de quinze 
dias, prorrogável por outros quinze dias, totalizando, 
portanto, trinta dias. 
Ainda, nos casos em que advogado renunciar ao mandato, 
continuará, nos dez dias subsequentes a notificação da renúncia, a 
representar a parte, salve se for substituído antes do término deste 
período. 
 
 
 
31 
 
6 - DAS PRERROGATIVAS DO ADVOGADO 
As prerrogativas do advogado estão previstas nos arts. 6º e 7º do 
Estatuto da Ordem, sendo que o primeiro dispositivo mencionado 
dispõe que entre advogados, magistrados e membros do Ministério 
Público, não existe hierarquia. 
 
 
A seguir trataremos de um dos assuntos mais importantes 
dentro de toda matéria. Embora não seja possível esgotarmos 
todos os direitos do advogado, é muito importante a leitura de 
todos os artigos que tratam deste tema, já que é o assunto 
mais cobrado no Exame da Ordem. 
 
 
A seguir passaremos a abordar os direitos mais relevantes, para fins 
de prova, do advogado: 
1) exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional. 
2) o escritório ou local de trabalho do advogado são 
invioláveis, assim como seus instrumentos de trabalho, de sua 
correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, 
desde que relativas ao exercício da advocacia. 
 
Observações: 
O STJ já firmou entendimento no sentido que a inviolabilidade 
do escritório e/ou local de trabalho de advogado, equipara-se 
à inviolabilidade de domicílio. No entanto, não obstante a 
elevação ao mesmo patamar de garantia constitucional, não 
se trata de prerrogativa absoluta, já que em algumas 
hipóteses tal direito pode ser esquecido. 
 
 
 
32 
 
Para isso, é necessário o preenchimento de alguns requisitos, 
são eles: 
a) Indícios de autoria e materialidade de crime praticado por 
advogado; 
b) Existência de Mandado de busca e apreensão por 
autoridade competente, em sede de decisão fundamentada; e 
c) o mandato deve ser cumprido na presença de representante 
da OAB. 
3) comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, 
mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos 
ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que 
considerados incomunicáveis; 
4) ter a presença de representante da OAB, quando preso em 
flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para 
lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais 
casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observações 
Significa dizer que, se preso em flagrante por motivo ligado ao exercício da 
advocacia, deverá ser convocada a presença de representante da Ordem. 
Contudo, caso a prisão seja por outros motivos, apesar de não ser 
necessáriaa presença de membro da ordem, é preciso que a prisão seja 
expressamente comunicada à Seccional. 
Prisão por motivo relacionado ao exercício da profissão = representante da 
OAB 
Prisão por qualquer outro motivo = comunicação expressa à seccional da 
OAB. 
 
 
 
33 
 
5) o advogado, quando recolhido preso, por qualquer crime, antes 
de sentença transitada em julgado, deverá ser em sala de Estado 
Maior, com instalações e condições dignas. Na ausência de sala de 
Estado Maior, o advogado deverá ter decretada a prisão domiciliar, 
sendo mantidas estas condições até o trânsito em julgado da 
sentença penal condenatória. 
 
 
 
 
6) o advogado pode ingressar livremente: 
- nas salas de sessões dos tribunais, inclusive na área reservada 
aos magistrados; 
- nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, 
ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de 
delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e 
independentemente da presença de seus titulares; 
- qualquer local que funcione como repartição judicial ou serviço 
público, para realizar as atividades inerentes à profissão, dentro do 
expediente ou fora dele, desde que esteja presente um servidor 
ou empregado. 
- em qualquer reunião que seu cliente deva comparecer, desde que 
munido com procuração com poderes especiais; 
 
 
 
 
Observações 
Se a prisão for decretada após o trânsito em julgado, não há que 
se falar em sala de Estado Maior ou prisão domiciliar. 
Observações 
Dos locais acima mencionados o advogado pode levantar-se e 
retirar-se, independentemente de licença. 
 
 
 
 
34 
 
 
7) dirigir-se diretamente aos magistrados; 
8) usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, para 
esclarecer dúvidas sobre o processo e replicar acusação ou censura 
que lhe forem feitas; 
9) examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e 
Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de 
processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, 
quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, 
assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar 
apontamentos; O mesmo serve para os autos em investigação 
(delegacia). Em caso de sigilo ou segredo de justiça o 
advogado deve apresentar procuração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10) recusar-se a depor como testemunha em processo no qual 
funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa 
de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou 
solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que 
constitua sigilo profissional; 
11) retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para 
ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual 
Súmula Vinculante 14 do STF: “É direito do defensor, no 
interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de 
prova que, já documentados em procedimento investigatório 
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam 
respeito ao exercício do direito de defesa”. 
Neste caso, a autoridade competente poderá delimitar o acesso 
do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências 
em andamento e ainda não documentados nos autos, quando 
houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou 
da finalidade das diligências. 
 
 
 
35 
 
ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, 
mediante comunicação protocolizada em juízo. 
12) assistir a seus clientes investigados durante a apuração de 
infrações, sob pena de nulidade absoluta dos atos praticados, 
podendo formular quesitos 
13) O advogado goza de imunidade profissional no exercício da 
profissão, logo, não cometerá crime, se, durante a atividade da 
advocacia, praticar condutas que poderiam ser consideradas como 
injúria difamação; 
 
 
 
 
 
14) O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos 
os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, 
salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle 
assegurados à OAB. 
6.1 – DOS DIREITOS DA ADVOGADA 
GESTANTE ADODANTE OU QUE 
DER À LUZ 
LACTANTE 
Entrada em 
tribunais sem ser 
submetida a 
detectores de 
metais e aparelhos 
de raios X. 
Acesso a creche, onde 
houver, ou a local 
adequado ao 
atendimento das 
necessidades do bebê. 
Acesso a creche, 
onde houver, ou a 
local adequado ao 
atendimento das 
necessidades do 
bebê. 
Reserva de vaga em 
garagens dos 
Suspensão de prazos 
processuais quando 
Preferência na 
ordem das 
Observações 
É entendimento do STF que essa prerrogativa não abrange os 
crimes de calúnia e desacato, logo, se o advogado praticar 
essas condutas, deverá responder não só perante a OAB, 
como em âmbito criminal. 
 
 
 
36 
 
fóruns dos 
tribunais. 
for a única patrona da 
causa, desde que haja 
notificação por escrito 
ao cliente. 
sustentações orais 
e das audiências a 
serem realizadas a 
cada dia, mediante 
comprovação de 
sua condição. 
Preferência na 
ordem das 
sustentações orais 
e das audiências a 
serem realizadas a 
cada dia, mediante 
comprovação de 
sua condição. 
Preferência na ordem 
das sustentações 
orais e das audiências 
a serem realizadas a 
cada dia, mediante 
comprovação de sua 
condição. 
 
 
6.2 – DO DESAGRAVO PÚBLICO 
O desagravo público é um procedimento formal realizado pela OAB, 
quando um advogado é ofendido em razão do exercício da profissão. 
Trata-se de instrumento de proteção às prerrogativas do advogado. 
O desagravo pode ser promovido mediante requerimento de qualquer 
pessoa ou de ofício, pela Seccional, que será a responsável, 
independentemente de anuência do ofendido, por verificar se, 
de fato, o desagravo ocorreu. 
O pedido será submetido à Diretoria do Conselho competente, que 
poderá, nos casos de urgência e notoriedade, conceder 
imediatamente o desagravo, ad referendum do órgão competente do 
Conselho. 
Nos demais casos, a Diretoria remeterá o pedido de desagravo ao 
órgão competente para instrução e decisão, podendo o relator, 
convencendo-se da existência de prova ou indício de ofensa 
relacionada ao exercício da profissão ou de cargo da OAB, solicitar 
informações da pessoa ou autoridade ofensora, no prazo de 15 
(quinze) dias, sem que isso configure condição para a 
concessão do desagravo. 
 
 
 
37 
 
O relator pode propor o arquivamento do pedido se a ofensa for 
pessoal, se não estiver relacionada com o exercício profissional ou 
com as prerrogativas gerais do advogado ou se configurar crítica de 
caráter doutrinário, político ou religioso. 
Recebidas ou não as informações e convencendo-se da procedência 
da ofensa, o relator emite parecer que é submetido ao órgão 
competente do Conselho, conforme definido em regimento interno. 
Os desagravos deverão ser decididos no prazo máximo de 60 
(sessenta) dias. 
Em caso de acolhimento do parecer, é designada a sessão de 
desagravo, amplamente divulgada, devendo ocorrer, no prazo 
máximo de 30 (trinta) dias, preferencialmente, no local onde a ofensa 
foi sofrida ou onde se encontre a autoridade ofensora. 
Na sessão de desagravo o Presidente lê a nota a ser publicada na 
imprensa, encaminhada ao ofensor e às autoridades, e registrada nos 
assentamentos do inscrito e no Registro Nacional de Violações de 
Prerrogativas. 
Ocorrendo a ofensa no território da Subseção a que se vincule o 
inscrito, a sessão de desagravo pode ser promovida pela diretoria ou 
conselho da Subseção, com representação do Conselho Seccional. 
. Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público de 
Conselheiro Federal ou de Presidente de Conselho Seccional, quando 
ofendidos no exercício das atribuições de seus cargos e ainda quando 
a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação às 
prerrogativas profissionais, com repercussão nacional. 
6.2.1. – DA COMPETÊNCIA 
 
Ofensa a advogado no 
exercício da profissão ou de 
cargoou função na OAB 
O desagravo será promovido 
pelo Conselho Seccional. 
 
 
 
 
38 
 
Ofensa a advogado ocorrida 
no território da Subseção. 
PODERÁ ser realizada pelo 
conselho ou diretoria da 
Subseção, com representação 
do Conselho Seccional. A 
regra é que seja feito pela 
Seccional, mas nesta hipótese 
pode ser feito pelo conselho 
da Subseção (faculdade). 
Ofensa a conselheiro federal e 
presidente de Conselho 
Seccional, bem como nos 
casos em que a ofensa ao 
advogado for de repercussão 
nacional. 
O desagravo será promovido 
pelo Conselho Federal. 
 
DAS INSCRIÇÕES DO ADVOGADO E DO ESTAGIÁRIO 
1 – DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO 
A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho 
Seccional do local onde pretende estabelecer seu domicilio 
profissional. Além da inscrição principal, o advogado pode requerer 
inscrição suplementar nos locais onde passar a exercer a 
advocacia com habitualidade. 
Considera-se habitualidade o patrocínio de mais de cinco 
causas por ano em estado diverso daquele em que o advogado 
possui a inscrição principal. 
Até o limite de cinco causas por ano, o advogado pode atuar 
em causas fora da jurisdição de sua inscrição, sem a 
necessidade de requerer uma inscrição suplementar. Apenas 
ultrapassado este limite, é que deverá o profissional requerê-
la. 
Caso o profissional da advocacia decida alterar seu domicílio 
profissional, pode requerer a transferência da sua inscrição. 
 
 
 
39 
 
Na hipótese de ser verificado vício ou ilegalidade na inscrição 
principal do advogado, seu pedido de transferência ou de inscrição 
suplementar será suspenso e sujeito a representação do Conselho 
Federal. 
 
2 – REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO COMO ADVOGADO 
Para se inscrever na OAB o advogado deve preencher uma sério de 
requisitos previstos no art. 8º do Estatuto da Advocacia, vejamos: 
1) capacidade civil; 
2) diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição 
de ensino oficialmente autorizada e credenciada. Caso o diploma 
ainda não tenha sido confeccionado, poderá apresentar certidão 
de conclusão do curso, acompanhada de cópia do histórico 
escolar. 
3) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
4) aprovação em Exame de Ordem; 
5) não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
6) idoneidade moral; 
 
 
 
 
 
 
 
A inidoneidade moral pode ser suscitada por qualquer pessoa, e deve ser 
declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos 
votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento 
que observe os termos do processo disciplinar. No mesmo sentido, a 
legislação preceitua que não atende ao requisito de idoneidade moral 
aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação 
judicial. 
 
 
 
40 
 
7) prestar compromisso mediante o conselho. Trata-se de requisito 
indelegável, ou seja, não é possível que outra pessoa preste o 
compromisso pelo advogado, ainda que possua procuração; 
 
2.1 – DOS REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO COMO ESTAGIÁRIO 
1) capacidade civil; 
2) título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
3) não exercer atividade incompatível com a advocacia. Esses 
requisitos vale tanto para advogados como para estagiários; 
 
O aluno de curso jurídico que exerça atividade 
incompatível com a advocacia pode frequentar o 
estágio ministrado pela respectiva instituição de 
ensino superior, para fins de aprendizagem, 
vedada a inscrição na OAB. 
 
4) prestar compromisso mediante o conselho; 
5) ter sido admitido em estágio profissional de advocacia; 
 
O estágio tem duração de dois anos, sendo 
realizados nos últimos anos da graduação e 
possui carga horária mínima de 300 (trezentas) 
horas, divididas em dois anos ou mais. 
 
 
1.3 – DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO 
 
 
 
41 
 
O art. 11 do EAOAB prevê as hipóteses de cancelamento da inscrição 
do advogado, quais sejam: 
1) quando o profissional requerer. Neste caso, não á que se falar 
em arrependimento, é ato irretratável; 
2) quando o advogado for acometido com a pena de exclusão. 
Neste caso, o profissional só poderá requerer nova inscrição se já 
tiver passado por reabilitação; 
3) falecer; 
4) passar a exercer, em caráter definitivo, atividade 
incompatível com a advocacia; 
Nos últimos três casos o cancelamento da inscrição deverá ser feito 
de ofício pela Seccional, ou por meio de comunicação de qualquer 
pessoa. O advogado que tiver sua inscrição cancelada deverá 
comprovar apenas os requisitos abaixo mencionados, não havendo 
necessidade de comprovar os demais requisitos do art. 8º do 
Estatuto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso o advogado decida requerer nova inscrição será gerado para 
ele novo número de inscrição, não sendo possível restaurar o 
antigo. 
Capacidade civil. 
Não exercer atividade incompatível 
com a advocacia. 
Idoneidade moral. 
Prestar compromisso perante o 
Conselho. 
Comprovar a reabilitação 
 
 
 
42 
 
O compromisso prestado perante o Conselho é indelegável, tendo me 
vista sua natureza solene e personalíssima. 
Informações complementares: 
 A conduta incompatível com a advocacia, 
comprovadamente imputável ao requerente, impede a 
inscrição no quadro de advogados. 
 
 O advogado, regularmente notificado, deve quitar seu 
débito relativo às anuidades, no prazo de 15 dias da 
notificação, sob pena de suspensão, aplicada em 
processo disciplinar. 
 
1.5 – DO LICENCIAMENTO DA INSCRIÇÃO DO ADVOGADO 
O licenciamento pode ser requerido nos casos em que o advogado se 
afasta temporariamente do exercício da advocacia. Nesta hipótese 
o profissional fica isento do pagamento da anuidade. 
Aliás, o licenciamento se distingue do cancelamento nesse aspecto, já 
que o primeiro é provisório e o segundo definitivo. 
 
 
 
 
Hipóteses de licenciamento: 
1) assim o requerer, por motivo justificado; 
2) passar a exercer, em caráter temporário, atividade 
incompatível com o exercício da advocacia; 
3) sofrer doença mental considerada curável. Neste caso a 
enfermidade deve ser curável, ou seja, uma vez constatada o fim da 
LICENCIAMENTO = TEMPORÁRIO 
CANCELAMENTO = DEFINITIVO 
 
 
 
43 
 
patologia, pode o advogado voltar ao exercício da advocacia. Se a 
doença mental foi incurável, haverá o cancelamento da 
inscrição. 
É obrigatória a indicação do nome e do número de inscrição em todos 
os documentos assinados pelo advogado, no exercício de sua 
atividade. No entanto, é vedado anunciar ou divulgar qualquer 
atividade relacionada com o exercício da advocacia ou o uso 
da expressão escritório de advocacia, sem indicação expressa 
do nome e do número de inscrição dos advogados que o 
integrem ou o número de registro da sociedade de advogados na 
OAB. 
 
2 - DAS INCOMPATIBILIDADES E DOS IMPEDIMENTOS 
A incompatibilidade determina a proibição total, e o 
impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia, 
conforme será demonstrado nos próximos tópicos. Significa dizer que 
o advogado, se exercer atividade incompatível, não poderá 
advogar em nenhuma hipótese. 
Por sua vez, o advogado impedido, poderá exercer a advocacia 
em algumas hipóteses previstas no Estatuto. 
A seguir estudaremos cada um desses institutos. 
 
2.1 – DAS INCOMPATIBLIDADES 
A advocacia é incompatível, ainda que o profissional atue em causa 
própria, com as seguintes atividades: 
1) chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder 
Legislativo e seus substitutos legais; 
2) membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério 
Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados 
especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de 
 
 
 
44 
 
todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de 
deliberação coletiva da administração pública direta e indireta 
3) ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da 
Administração Pública direta ou indireta,em suas fundações e 
em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço 
público;. 
4) ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que 
exercem serviços notariais e de registro; 
5) ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou 
indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; 
6) militares de qualquer natureza, na ativa; 
7) ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de 
lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e 
contribuições parafiscais; 
8) ocupantes de funções de direção e gerência em instituições 
financeiras, inclusive privadas. 
Assim, caso o profissional passe a exercer qualquer uma das 
atividades acima citadas, não poderá advogar, sob pena de 
sofrer sanção disciplinar. 
 
2.2 – DOS IMPEDIMENTOS 
O art. 30 do EAOAB apresenta as hipóteses de impedimento do 
advogado, ou seja, em quais situações não poderão advogar, 
vejamos: 
1) se servidores da administração direta, indireta e 
fundacional, não poderão advogar contra a Fazenda Pública 
que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade 
empregadora; 
 
 
 
45 
 
2) os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes 
níveis, não poderão advogar contra ou a favor das pessoas 
jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de 
economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais 
ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço 
público. 
 
 
 
 
 
 
 
PARA MEMORIZAÇÃO: 
 
 
CHEFE DO EXECUTIVO, VICE E MEMBRO DA MESA DO LEGISLATIVO 
JUIZ, PROMOTOR E ASSESSOR 
DIRETOR, AUDITOR, GERENTE DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA 
POLÍCIA 
MILITAR 
Os docentes dos cursos jurídicos não se 
enquadram nas hipóteses de incompatibilidade e 
impedimento, podendo exercer a advocacia de 
forma livre. 
 
 
 
46 
 
SEGUNDO ENTENDIMENTO DO STF, OS ADVOGADOS QUE 
COMPOEM O TRF E TRE, AO CONTRÁRIO DOS MAGISTRADOS 
DE CARREIRA. PODEM CONTINUAR ADVOGANDO. 
 
3 – DO ADVOGADO EMPREGADO 
Ainda que o advogado seja contratado como empregado, não perderá 
sua a isenção técnica, nem verá reduzida a independência profissional 
inerentes à advocacia. 
Isso porque a liberdade e independência do advogado são inerentes 
ao exercício da advocacia, logo, independentemente da modalidade 
de contratação, o advogado conservará tais características. 
Assim, ainda que o empregar lhe ordene, o advogado poderá se 
recusar a realizar atividade de viole o Estatuto da Advocacia, o 
Código de Ética ou o Regulamento Geral. 
Além disso, o advogado também não pode ser compelido a prestar 
serviços ao empregador, de interesse pessoal deste, que não estejam 
inclusos na relação de emprego. 
Observemos algumas características que devem ser respeitadas na 
relação de emprego com o advogado: 
1) salário (piso) = será fixado em sentença normativa, salvo se 
ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
2) jornada de trabalho = não poderá exceder a duração diária de 
quatro horas contínuas e a de vinte horas semanais, salvo 
acordo ou convenção coletiva ou em caso de dedicação 
exclusiva, hipóteses em que a jornada de trabalha poderá ser 
superior a quatro horas. 
 
 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) horas extras = serão remuneradas por um adicional não inferior 
a cem por cento sobre o valor da hora normal, mesmo havendo 
contrato escrito. Além disso, as horas trabalhadas no período das 
vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte são 
remuneradas como noturnas, acrescidas do adicional de vinte 
e cinco por cento. 
4) honorários = quando o empregador for parte, os honorários 
de sucumbência são devidos aos advogados empregados. 
Ainda, os honorários de sucumbência, percebidos por 
advogado empregado são partilhados entre ele e a 
empregadora, na forma estabelecida no acordo. 
OBSERVAÇÃO: 
Os honorários de sucumbência, por decorrerem precipuamente do 
exercício da advocacia e só acidentalmente da relação de 
emprego, não integram o salário ou a remuneração, não 
podendo, assim, ser considerados para efeitos trabalhistas ou 
previdenciários. 
Os honorários de sucumbência dos advogados empregados 
constituem fundo comum, cuja destinação é decidida pelos 
profissionais integrantes do serviço jurídico da empresa ou por seus 
representantes. 
Compete a sindicato de advogados e, na sua falta, a federação ou 
confederação de advogados, a representação destes nas convenções 
Vale ressaltar que o período de trabalho do advogado não 
é só aquele em que estiver no escritório ou, de fato, 
realizando as atividades inerentes à advocacia, mas 
também os períodos em que estiver à disposição do 
empregador, aguardando ou executando ordens, no seu 
escritório ou em atividades externas, sendo-lhe 
reembolsadas as despesas feitas com transporte, 
hospedagem e alimentação 
 
 
 
48 
 
coletivas celebradas com as entidades sindicais representativas dos 
empregadores, nos acordos coletivos celebrados com a empresa 
empregadora e nos dissídios coletivos perante a Justiça do Trabalho, 
aplicáveis às relações de trabalho. 
4 – DA SOCIEDADE DE ADVOGADOS 
Os advogados podem organizar-se em sociedade simples 
(pluripessoal), composta por dois ou mais advogados, ou em 
sociedade unipessoal, ou seja, aquela em que o advogado atua 
sozinho. 
No entanto, independente do tipo societário, não há registro na 
Junta Comercial ou no Cartório, e sim no Conselho Seccional 
da OAB para fins de personalidade jurídica. 
Vale lembrar, que é vedada a utilização de nome fantasia para 
denominar as sociedades de advogados, assim, se a sociedade 
for unipessoal, seu nome deverá ser: 
Nome do Sócio + Sociedade Individual de Advocacia 
No entanto, se for sociedade pluripessoal, o nome deverá ser 
composto da seguinte forma: 
Nome de um dos sócios + Sociedade de Advogados 
Não é permitido ao advogado integrar mais de uma sociedade, 
seja ela unipessoal ou pluripessoal, dentro da jurisdição do 
mesmo Conselho Seccional, todavia, em jurisdições diferentes 
é perfeitamente possível. 
Dessa forma, um advogado pode compor sociedades em Goiás 
e em São Paulo, uma vez que se tratam de Conselhos 
Seccionais distintos. 
Assim, a razão social da sociedade advocatícia deve ter, 
obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, um advogado 
responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio 
falecido, desde que prevista tal possibilidade no ato 
constitutivo. 
 
 
 
49 
 
Os advogados sócios de uma mesma sociedade profissional 
não podem representar em juízo clientes de interesses 
opostos. 
 
3 - DOS HONORÁRIOS 
A prestação de serviço profissional assegura aos advogados o direito 
de receber os honorários convencionados, os fixados por 
arbitramento judicial e os de sucumbência. 
O advogado, quando indicado para patrocinar causa de juridicamente 
necessitado, no caso de impossibilidade da Defensoria Pública no 
local da prestação de serviço, tem direito aos honorários fixados pelo 
juiz, segundo tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB, e 
pagos pelo Estado. 
Na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por 
arbitramento judicial, em remuneração compatível com o trabalho e o 
valor econômico da questão, não podendo ser inferiores aos 
estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. 
A fixação dos honorários deve levar em consideração os seguintes 
fatores: 
Relevância, vulto, complexidade e dificuldade da causa. 
O trabalho e o tempo dispendido na causa. 
A possibilidade de ficar o empregado impedido de atuar em 
outras causas. 
O valor da causa, condição econômica do cliente e o proveito 
econômico a ser obtido. 
 O local da prestação de serviços. 
A competência do profissional. 
A praxe do foro sobre trabalhos análogos. 
 
Quanto à forma de pagamento, salvo estipulação em contrário, 
um terço dos honorários é devido no início do serviço,outro 
terço até a decisão de primeira instância e o restante no final. 
 
 
 
50 
 
Os honorários incluídos na condenação, por arbitramento ou 
sucumbência, pertencem ao advogado, tendo este direito autônomo 
para executar a sentença nesta parte. 
Salienta-se que a decisão judicial que fixar ou arbitrar 
honorários, bem como o contrato escrito que os estipular são 
títulos executivos e constituem crédito privilegiado na 
falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e 
liquidação extrajudicial. 
Em caso de falecimento do advogado, os honorários deverão ser 
pagos aos herdeiros do profissional. 
Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de honorários 
antes de expedir-se o mandado de levantamento ou precatório, o juiz 
deve determinar que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da 
quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este provar que já 
os pagou. 
Os honorários assistenciais são compreendidos como os fixados em 
ações coletivas propostas por entidades de classe em substituição 
processual, sem prejuízo aos honorários convencionais. 
O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode 
cobrar honorários sem a intervenção daquele que lhe conferiu o 
substabelecimento. 
PARA FIXAÇÃO 
 
HONORÁRIOS 
CONTRATUAIS/CONVENCIONAIS 
são aqueles livremente 
convencionados entre as 
partes, mediante termo 
contratual. 
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA Os honorários 
sucumbenciais são 
estabelecidos em lei, nos 
artigos 85 a 92 do Código 
de Processo Civil, e fixados, 
como regra geral, em no 
mínimo 10% e máximo de 
 
 
 
51 
 
20% sobre a condenação, 
valor da causa ou proveito 
econômico, em favor do 
advogado vencedor, ou 
seja, devem ser pagos pela 
parte vencida ao advogado 
que obteve êxito. 
HONORÁRIOS POR 
ARBITRAMENTO 
Ocorre quando o cliente não 
cumpre, em todo ou em 
parte, com o pagamento 
dos honorários devidos, 
levando o advogado a 
cobra-los judicialmente. 
HONORÁRIOS ASSISTÊNCIAIS Trata-se dos honorários 
pagos em favor do 
advogado da entidade de 
classe do qual o cliente faz 
parte. 
 
 
6 – DA PUBLICIDADE NA ADVOCACIA 
O diploma que dispõe acerca da publicidade na advocacia é o Código 
de Ética e Disciplina, arts. 28 a 34. 
A publicidade na advocacia deve ser discreta e moderada, para 
fins exclusivamente informativos, sendo vedada sua 
divulgação em conjunto com outras atividades. Um advogado 
não poderia, por exemplo, divulgar a advocacia juntamente 
com serviços de contabilidade. 
A publicidade feita pelo advogado deve mencionar o nome completo 
do advogado e o número da inscrição na OAB, podendo fazer 
referência a títulos ou qualificações profissionais, 
especialização técnico-científica e associações culturais e 
científicas, endereços, horário do expediente e meios de 
comunicação. 
No entanto, é vedada a veiculação do anúncio na televisão, 
rádio, bem como a denominação fantasia. 
 
 
 
52 
 
 
 
 
 
 
 
O anúncio sob a forma de placas, na sede profissional ou na 
residência do advogado, deve observar discrição quanto ao 
conteúdo, forma e dimensões, sem qualquer aspecto 
mercantilista, vedada a utilização de outdoor ou equivalente. 
São vedadas referências a valores dos serviços, tabelas, 
gratuidade ou forma de pagamento, termos ou expressões que 
possam iludir ou confundir o público 
A participação do advogado em programas televisivos e de rádio, 
deve ter caráter exclusivamente ilustrativo, educacionais e 
instrutivos, não devendo visar promoção pessoal ou profissional. 
O art. 33 do Código de Ética expõe as condutas que o advogado não 
pode praticar: 
1) responder com habitualidade consulta sobre matéria jurídica, nos 
meios de comunicação social, com intuito de promover-se 
profissionalmente; 
2) debater, em qualquer veículo de divulgação, causa sob seu 
patrocínio ou patrocínio de colega; 
3) abordar tema de modo a comprometer a dignidade da 
profissão e da instituição que o congrega; 
4) divulgar ou deixar que seja divulgada a lista de clientes e 
demandas; 
5) insinuar-se para reportagens e declarações públicas. 
O envio de correspondências, comunicados e publicações, versando 
sobre constituição, colaboração, composição e qualificação de 
componentes de escritório e especificação de especialidades 
profissionais, bem como boletins informativos e comentários sobre 
legislação, só podem ser enviados a clientes, colegas ou pessoas que 
AUTORIZEM. 
 
 
 
53 
 
Observações: 
O anúncio de advogado não deve mencionar, 
direta ou indiretamente, qualquer cargo, função 
pública ou relação de emprego e patrocínio que 
tenha exercido, passível de captar clientela. 
O uso das expressões “escritório de advocacia” ou 
“sociedade de advogados” deve estar 
acompanhado da indicação de número de registro 
na OAB ou do nome e do número de inscrição dos 
advogados que o integrem. 
O anúncio, no Brasil, deve adotar o idioma 
português, e, quando em idioma estrangeiro, deve 
estar acompanhado da respectiva tradução. 42 O 
anúncio sob a forma de placas, na sede 
profissional ou na residência do advogado, deve 
observar discrição quanto ao conteúdo, forma e 
dimensões, sem qualquer aspecto mercantilista, 
vedada a utilização de outdoor ou equivalente. 
O anúncio não deve conter fotografias, ilustrações, 
cores, figuras, desenhos, logotipos, marcas ou 
símbolos incompatíveis com a sobriedade da 
advocacia, sendo proibido o uso dos símbolos 
oficiais e dos que sejam utilizados pela Ordem dos 
Advogados do Brasil. 
 
São vedadas referências a valores dos serviços, tabelas, 
gratuidade ou forma de pagamento, termos ou expressões que 
possam iludir ou confundir o público, informações de serviços 
jurídicos suscetíveis de implicar, direta ou indiretamente, 
captação de causa ou clientes, bem como menção ao tamanho, 
qualidade e estrutura da sede profissional. 
 
O advogado deverá abster-se de: 
 
 
 
54 
 
 
Responder com habitualidade consulta sobre matéria jurídica, 
nos meios de comunicação social, com intuito de promover-se 
profissionalmente. 
Debater, em qualquer veículo de divulgação, causa sob seu 
patrocínio ou patrocínio de colega; 
Abordar tema de modo a comprometer a dignidade da 
profissão e da instituição que o congrega; 
Divulgar ou deixar que seja divulgada a lista de clientes e 
demandas; 
Insinuar-se para reportagens e declarações públicas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
 
 
 
BOA PROVA

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