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Fundamentos da Ciência Jurídica
A ciência do Direito é fruto da atribuição do caráter científico ao ramo jurídico, este se deu apenas no século passado, caracterizando-o como um campo dogmático, apesar de persistirem opiniões e críticas contrárias. 
A cientificidade da área jurídica se dá pela sua especificidade, no entanto, até que essa característica lhe fosse atribuídamuito se questionoupor se tratar de uma matéria mutável e pela tradicional forma de construção do conhecimento.
Os questionamentos acerca da cientificidade do ramo jurídicogiravam em torno do método e de seu objeto de conhecimento, e, das correntes empirista e racionalista; isso porque, no ramo jurídico o método e objeto se restringem a definir e sistematizar o conjunto de normas que o Estado impõe à sociedade. Após Hans Kelsen criar a Teoria Pura do Direito, pouco se discute sua cientificidade, vez que ele tentou purificar as estruturas do Direito, distanciando-as de outras ciências.
Além disso, estabeleceu-se com o tempo, o entendimento de que o conhecimento científico engloba previsões, reprodução e inferências ao fenômeno que podem ser descritas, sendo que para a ciência do direito, uniformizou-se a compreensão de que ela é dogmática e estática, embora haja alterações normativas. 
De forma ampla, a Ciência jurídica compõe um setor do conhecimento humano que investiga e sistematiza os conhecimentos jurídicos que se volta aos estudos dessa natureza; num sentido estrito, trata-se do o estudo de um conjunto ordenado e sistemático de princípios e regras que definem e sistematizam o ordenamento jurídico emitido pelo Estado para a sociedade.
As frequentes mudanças no ambiente jurídico podem ser compreendidas como um progresso, uma evolução da ciência jurídica, sendo assim, ela constitui uma ciência em construçãoque segue hábitos e técnicas da tradição doutrinária, onde o jurista integra a sua construção, havendo uma perspectiva epistemológica rigorosa que compõe o conhecimento sistemático.
Sendo o objeto da ciência do jurídica o conhecimento do conjunto de normas do Direito, este demanda a conceituação de termos e a utilização de metodologias que são definidas pela legislação, deste modo, o direito normativo o único objeto de estudo da ciência jurídica, devendoser estudado de modo desvinculado dos demais fenômenos. 
De acordo com Kelsen, estabeleceu-se que o direito é um fenômeno autônomo, sendo o conhecimento seu objeto de estudo, assim, distingue-se da ética e das ciências sociais; este autor demonstra a autonomia do campo e a legalidade do objeto da ciência jurídica, o qual se resume à norma.
Ressalte-se que alguns autores tentam desconstruir algumas perspectivas da Teoria Pura do Direito e do positivismo, apontando-lhe falhas sistemáticas e técnicas, e, também a ausência de correspondência com a realidade. Essa crítica se sustenta basicamente na necessidade de não apenas conhecer a realidade social e se adequar a ela, mas de a norma jurídica corresponder aos anseios sociais, o que contraria o dogmatismo.
Mesmo ainda sendo o dogmatismo um atributo defendido majoritariamente no entendimento sobre a ciência jurídica, prevalecem discussões acerca de questões hermenêuticas e interpretativas, havendo ainda aconstante busca pela adequação da dogmática a realidade social.

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