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Infectologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela Coronavíru�: MEDCURSO Morfologia: espículas proteicas que brotam do envelope lembram uma “coroa” (por isso o nome “coronavírus”). Tamanho médio, envoltório glicolipoproteico e uma cadeia única de RNA. Existem várias espécies e cepas diferentes de coronavírus - 5-10% dos resfriados comuns, além de uma parcela desconhecida de infecções pulmonares graves. SARS-CoV-2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus-2): causador da pandemia de COVID-19 (Coronavirus Disease-2019) - surgiu na China no final de 2019 e se espalhou pelo restante do mundo no ano de 2020. → ESSE RESUMO FALARÁ SOBRE ELE. Outras cepas de coronavírus: SARS-CoV-1 e o MERS (Middle East Respiratory Syndrome) - morbimortalidade potencialmente semelhante, mas sem surtos pandêmicos. Virologia: Linhagem: morcegos (os betacoronavírus). Há 2 subtipos principais: ● tipo L (70% do total); ● tipo S (30%). Transmissão para o ser humano: ainda não sabe como ocorreu (diretamente dos morcegos para o homem ou por um hospedeiro intermediário) ECA-2 (enzima conversora de angiotensina-2): utilizada pelo vírus como receptor para entrar nas células. Epidemiologia: 1º caso: China central; Transmissão pessoa a pessoa: contato próximo ● Gotículas respiratórias do indivíduo infectado: fala, tosse ou espirra - distância de até 2 metros; ● OBS: contato com a pele (mesmo quando não íntegra) não transmite a doença. Transmissão por fômites: superfícies de objetos contaminadas por gotículas, que são tocadas pelo indivíduo e levadas por suas mãos até uma mucosa (oral, nasal, ocular). Transmissão fecal-oral ou por meio de transfusão de hemoderivados: não foi reportada até o momento. Proteção completa contra aerossóis: só é consensual para os profissionais de saúde que realizam procedimentos geradores de aerossóis (ex.: entubação orotraqueal, broncoscopia, ventilação não invasiva). Transmissibilidade: Diretamente proporcional à proximidade e à duração do contato com o indivíduo infectado. ● Maiores taxas de “ataque secundário”: contactantes domiciliares (10-15%), instituições fechadas (ex.: navios de cruzeiro, prisões) e contatos médicos onde os EPI não foram corretamente utilizados. ● Espaços abertos ou em contatos breves: transmissão tende a ser menor, se NÃO Infectologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela houver alguém com sintomas de COVID19 - importância da quarentena dos doentes. Intervalo entre infecção e transmissão: desconhecido. Possibilidades: ● Transmissão: ainda na fase assintomática (entre 2-3 dias antes do aparecimento dos sintomas) – dificulta conter a disseminação da doença; ● Período de maior transmissibilidade: os primeiros OITO dias da fase sintomática. Persistência do RNA viral em secreções respiratórias: ● > 8 dias de detecção; ● Não necessariamente indica que continua transmitindo a doença (pode ser apenas fragmentos de vírus não biologicamente viável que estejam sendo eliminados). Animais domésticos: não existem evidências de que possam transmitir a doença para seus donos. Imunidade: Resposta imune humoral: produção de anticorpos potentes neutralizantes virais (quanto maiores os títulos, maior parece ser a proteção). Não se sabe a duração. OU Resposta imune celular: mediada por linfócitos T-CD4+ e CD8+, sem produção de anticorpos (sorologia negativa após a cura). Manifestações clínicas: Infecções assintomáticas: estimativa de 30-40% ● Não necessariamente significa que não apresentam alterações identificáveis (ex: imagens em vidro fosco na TC de tórax). Infecções sintomáticas: leves (maioria), graves ou críticas. ● Leves: sem pneumonia viral ou apenas pneumonia viral discreta; ● Graves: pneumonia viral (presença de dispneia e/ou > 50% de envolvimento pulmonar na TC de tórax dentro de 24-48h após o diagnóstico). Precisam ser hospitalizados (leito comum ou semi-intensivo); ● Críticas: insuficiência respiratória, choque e/ou disfunção multiorgânica. Precisam ser hospitalizados (leito de CTI); Fatores de risco para infecção crítica e óbito: taxa de letalidade chega a ser 12x maior ● Idade > 65-70 anos; ● Doenças cardiovasculares (ex.: IC, doença coronariana, cardiomiopatias); ● Hipertensão arterial sistêmica; ● Diabetes mellitus (especialmente DM tipo 2, comparado ao DM tipo 1); ● Pneumopatias crônicas (ex.: DPOC); ● Câncer (especialmente neoplasias hematológicas, Ca de pulmão ou qualquer neoplasia metastática); ● Doença renal crônica; ● Obesidade (IMC > 30 kg/m2 ); ● Tabagismo; ● Imunossupressão (ex.: receptor de transplante de órgão sólido); ● Anemia falciforme. Infectologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela Alterações Laboratoriais Associadas à COVID-19 Crítica: ● D-dímero > 1.000 ng/ml (VN: < 500 ng/ml); ● Proteína C-reativa > 100 mg/L (VN: < 8,0 mg/L); ● LDH > 245 UI/L (VN: 110-210 UI/L); ● Aminotransferases > 2x o LSN (limite superior da normalidade); ● Troponina > 2x o LSN; ● Ferritina > 500 mcg/L (VN: mulheres = 10-200 mcg/L; homens = 30- 300 mcg/L); ● CPK > 2x LSN; ● Linfopenia < 800 linfócitos/mm³ (VN: adulto = 1.800 a 7.700/mm³. Evolução clínica: Período de incubação: intervalo de tempo entre a contaminação e o início dos sintomas ● 14 dias; ● Maioria dos casos: se inicia entre 4-5 dias após a exposição. Apresentação inicial: ● Sinais e sintomas inespecíficos: semelhantes à virose respiratória (febre, dor de garganta, mialgia, cefaleia, rinorreia, tosse, conjuntivite e fadiga) e/ou virose gastrointestinal (dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia); ● Não há nenhum sinal ou sintoma com especificidade suficiente para distinção clínica; ● Sinais bastante sugestivos de COVID-19: persistência dos sintomas iniciais e sua progressão para um quadro de dispneia crescente CINCO A OITO DIAS APÓS O INÍCIO DA DOENÇA. ● Sintomas iniciais característicos: anosmia (perda do olfato) e ageusia (perda do paledar). ● Não há nenhuma manifestação dermatológica fortemente associada à COVID-19. ● “Dedos da COVID”: nódulos purpúreos ou avermelhados na ponta dos dedos, em adultos jovens e crianças sintomáticos. ● Crianças: geralmente, assintomáticas. Doença progressiva: evolução para a forma grave ● Principal manifestação: pneumonia viral (5-8 dias após o início dos sintomas) ○ Febre alta persistente (>39ºC), tosse e dispneia progressiva; ○ Exames de imagem: infiltrados pulmonares bilaterais (melhor exame: TC de alta resolução). Obs 1 ● Principal complicação (indo para forma crítica): Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA) - pode instalar rapidamente cerca de 2-3 dias após o início de uma dispneia “leve”, com evolução arrastada. ● Outras complicações da forma crítica: injúria Renal Aguda (IRA – necessidade de diálise), hepatite aguda (↑ aminotransferases), injúria cardíaca (↑ níveis de troponina), eventos tromboembólicos (TEP e AVC isquêmico em indivíduos jovens e sem fatores de risco), delirium/encefalopatia, síndrome de Guillain-Barré. Obs 2 OBS 1: APENAS TC de alta resolução não confirma o diagnóstico de COVID-19. A confirmação só pode ser feita por exames microbiológicos. ● Padrão típico da pneumonia por COVID: opacidades em vidro fosco bilaterais, periféricas e de predomínio nas bases pulmonares. Infectologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela ○ PADRÃO DE PAVIMENTAÇÃO “LOUCA” (“crazy paving”): focos de consolidação + espessamento dos septos intralobulares. ○ Sinal do halo reverso (“sinal do atol”): área central de opacidade em vidro fosco cercada por uma camada de consolidação ○ Outras condições com o mesmo perfil: pneumonia por influenza e lesões relacionadas a doenças autoimunes ou toxicidade medicamentosa. OBS 2: evidências de “tempestade de citocinas pró-inflamatórias” em COVID-19 crítica. Recuperação: ● Quadros sintomáticos leves: após 2 semanas do início da doença; ● Quadros graves: 3-6 semanas. Síndrome “pós-viral”: pode durar meses,caracterizada por fadiga, fraqueza e alterações mentais. Diagnóstico: Indicações para solicitar exames diagnósticos: ● Morar ou estar nos últimos 14 dias num local com transmissão comunitária + sinais e sintomas de possível COVID-19. ● Contato próximo com um caso suspeito ou confirmado de COVID-19 nos últimos 14 dias + sinais e sintomas de possível COVID-19. Disponibilidade dos testes diagnósticos é inferior à demanda → casos suspeitos, mas não testados, fazer o autoisolamento domiciliar por 14 dias. Casos específicos para testagem de indivíduos assintomáticos (screening): ● Residentes e empregados de instituições de longa permanência onde a maioria pertença ao grupo de risco; ● Qualquer paciente hospitalizado em localidades com prevalência de infecção na comunidade > 10%; ● Antes de procedimentos cirúrgicos ou geradores de aerossol; ● Antes de iniciar tratamento imunossupressor; ● Recém-nascidos de mães portadoras de COVID-19 RT-PCR: exame de escolha para detecção de RNA do SARS-CoV-2 ● Coleta: por swab ○ Secreções NASOFARÍNGEAS: vias aéreas superiores. Pedir também um “painel viral” mais abrangente - pesquisar outras infecções respiratórias (ex: VSR) ○ Secreções orofaríngeas: saliva - menor sensibilidade diagnóstica. ● Se positiva: confirma o diagnóstico e não precisa repetir o exame. ● Repetir exame: apenas se for relevante (ex: controle de infecção hospitalar) e NO MÍNIMO 24-48 horas APÓS o 1º teste (NUNCA antes de 24 horas). ● Diagnóstico tardio: > 2 semanas após início dos sintomas → aumenta chance de negatividade do RT-PCR. Teste de escolha passa a ser a sorologia. Sorologia: detecta IgM e/ou IgG anti-SARS-CoV-2 no sangue do paciente. Testes rápidos: resultados em até 1 hora. Menos sensíveis que a RT-PCR Infectologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela Tratamento: Paciente em casa: Se sinais e sintomas sugestivos de COVID-19: triagem telefônica inicial com o médico ● Sem fatores de risco ou gravidade: orientar o autoisolamento domiciliar, realizando teleconsultas; ● Com fatores de risco ou gravidade: encaminhar ao hospital Reavaliação em pacientes sem risco: entre o 7º e o 10º dia após o início do quadro - prazo máximo até onde geralmente a dispneia (sinal de pneumonia viral) se manifesta. Medidas farmacológicas: ● Uso de sintomáticos: antitérmicos, analgésicos, antitussígenos; ● Repouso; ● Boa alimentação/hidratação; ● Medir oximetria de pulso pelo menos 2x ao dia - SpO2 deve ficar > 95%. Paciente hospitalizado: Dispneia em repouso é um grande sinal de alarme! Indicações para internar: depende do hospital ● Hipóxia (SpO2 < 94% em ar ambiente); ● Necessidade de qualquer forma de suporte ventilatório (máscara de alto fluxo de O2 , ventilação não invasiva, ventilação mecânica). ● Outros critérios: taquipneia, desconforto respiratório e/ou > 50% de acometimento do parênquima pulmonar nos exames de imagem. Medidas terapêuticas gerais: ● Antibioticoterapia empírica: ANTIBIÓTICOS NÃO SÃO PRESCRITOS DE ROTINA em casos de infecção pelo SARS-CoV-2. ○ Pneumonia bacteriana sobreposta à pneumonia viral do COVID-19 NÃO é comum; ○ ATBterapia empírica contra pneumonia bacteriana: casos de forte dúvida diagnóstica ou franca suspeita clínica (ex: nova febre após defervescência); ○ Realizar rastreio microbiológico: coleta de hemoculturas, escarro/secreção traqueal e pesquisa de antígeno urinário. ○ Dosar procalcitonina: valores reduzidos falam CONTRA infecção bacteriana associada. Valores ALTOS podem ser vistos na COVID-19 mesmo na ausência de infecção bacteriana → valorizar a dosagem quando os valores são baixos em paciente NÃO crítico. ● Tratar influenza: se houver suspeita ou confirmação de coinfecção; ● Tromboembolismo (venoso ou arterial): tromboprofilaxia farmacológica é indicada para TODOS os pacientes internados devido à COVID ○ Anticoagulantes em doses profiláticas (enoxaparina 40 mg SC 1x ao dia); ○ Pacientes com história de trombocitopenia induzida por heparina (HIT): fondaparinux 2,5 mg SC 1x ao dia. ○ Internados no CTI (estado crítico): ↑ risco tromboembólico → anticoagulação plena (enoxaparina 1 mg SC 12/12h ou fondaparinux 7,5-10 mg SC); ○ Uso de anticoagulantes orais prévios: MANTER, a princípio. Se evoluir para estado crítico, suspender o oral (risco de IRA) e colocar o parenteral. Infectologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela ● Antitérmicos e AINE: dipirona e paracetamol, se necessário. Associar a AINE se dor e/ou febre refratária. ○ Uso crônico de AINE por doença reumatológica: suspender se casos de IRA, hemorragia digestiva... ● Nebulização: EVITAR, devido ao risco de aerossolização de gotículas contaminadas, caso seja necessário drogas inalatórias contra COVID-19. Preferir inaladores dosimetrados. ● IECA/BRA/estatina: se já usadas cronicamente, podem ser mantidas se não surgir contraindicações precisas (ex: IRA, rabdomiólise, hepatite). Suporte ventilatório: ● Deterioração progressiva da função respiratória: motivo para entubação orotraqueal precoce e ventilação mecânica invasiva; ○ VNI e a administração de O2 em alto fluxo: procedimentos geradores de aerossóis (↑ risco de disseminação intra-hospitalar da doença); ○ Falha dos procedimentos anteriores: a maioria dos pacientes que apresenta piora progressiva acaba sendo entubada de qualquer forma. ● Ventilação mecânica: mesmos princípios feitos na SARA → estratégia da “ventilação protetora” 1. Baixo volume corrente; ↓ FR inicial para 10-15 ipm; PEEP elevada (começar com 10-15 cmH20); FiO2 menor possível; pressão de platô < 30 cmH20; ph > 7,15 (“hipercapnia permissiva”). SE FALHAR (P/F < 150 por > 12 h ou piora progressiva da oxigenação logo após a oxigenação), etapa 2 2. Ventilar em pronação por pelo menos 12-16 h/dia. SE FALHAR (P/F persistindo < 150 mesmo pronado), etapa 3 3. Níveis mais altos de PEEP; ventilação com gases vasodilatadores (NO ou epoprostenol); BNM se hipoxemia refratária (P/F < 100) ou dissincronia com o ventilador mecânico; ECMO (oxigenação por membrana extracorpórea). ● Extubação: estimula a tosse (gera aerossois) → realizar com cuidado. Testar a aptidão do paciente para voltar a respirar espontaneamente. ○ Teste de Respiração Espontânea (TRE): avalia a viabilidade da extubação. ○ Após extubação: permanecer o paciente no quarto de isolamento respiratório recebendo suplementação de O2 em baixo fluxo, evitando-se a VNI. ● Autopronação: ficar em decúbito ventral no leito, recebendo a suplementação de O2 o máximo de tempo possível, de forma segura e confortável (recomendação por especialistas) ○ Não significa uma melhora clínica, evitar entubação ou diminuir a mortalidade. Tratamento específico: ● Não há nenhum com eficácia e segurança; ● 2 “melhores” reservados para casos graves e críticos: remdesivir e dexametasona. ● Evitar uso de Remdesivir: se ALT ≥ 5x do LSN e/ou clearance de creatinina estimado < 30 ml/min. Também não deve ser dado Infectologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela junto com hidroxicloroquina (risco de interações farmacológicas prejudiciais). ● Dexametasona: NÃO ESTÁ INDICADA COMO PREVENÇÃO OU TRATAMENTO DAS FORMAS LEVES DE COVID-19 (paciente SEM pneumonia viral grave que não necessita de suplementação de O2 ). ● Plasma convalescente: possível benefício, principalmente se transfusão precoce, para pacientes que tiveram COVID-19 e se recuperaram. ● Inibidores de IL-6: Tocilizumabe (bloqueia a via da “cascata inflamatória”); ● Hidroxicloroquina/cloroquina/azitromicina: não há evidências clínicas de benefício; Prevenção: Prevenção comportamental: Prevenção: melhor “remédio” na ausência de vacina. Para casos não suspeitos: ● Isolamento social; ● Distanciamento social Máscaras: ● Ao sair de casa: máscaras de tecido (trocar a cada 2 horas) - efeito significativo na redução da transmissão da doença na comunidade. ● Máscaras “médicas” (ex: máscara cirúrgica):mais eficazes que a de tecido. Protegem apenas contra gotículas e não contra aerossóis. Tempo máximo de uso entre 6-12 horas. ○ Profissionais de saúde; ○ Pessoas que pertencem ao grupo de risco (ex.: idade > 65-70 anos, portadores de comorbidades graves); ○ Indivíduos diagnosticados com COVID-19; ● Equipes que trabalham exclusivamente para o tratamento da COVID-19: não usar máscaras de tecido. ○ N95: proteção contra aerossois, podendo ser reutilizada durante 15 dias (possibilidade de autoclavagem ou outros métodos de descontaminação → prolongamento da vida útil do EPI). ○ Face shield: proteção dos olhos e deve ser usado junto com a máscara. Se indisponível, usar óculos de proteção. ○ Vestimenta: capote ou avental por cima das roupas além de luvas (não estéreis); gorros (obrigatórios apenas dentro do centro cirúrgico); propé para quem trabalha em unidades de COVID-19 (especialmente em CTI) - descartados antes de sair da unidade. ● Medidas adicionais de proteção individual: ○ Álcool gel: principalmente antes e depois de retirar a máscara facial; ○ Lavar as mãos com água e sabão após tocar superfícies ou objetos em público; ○ “Higiene respiratória” (cobrir a boca e o nariz com a fossa cubital ao tossir ou espirrar) ○ Evitar tocar suas próprias mucosas (olhos, boca e nariz); ○ Higienizar e desinfetar objetos manipulados por outras pessoas (ex.: caixas de entrega domiciliar). Estratégias para liberar o paciente da quarentena/autoisolamento domiciliar: ● Baseada em sintomas: pelo menos 10 dias se passaram desde o início dos sintomas e o paciente está afebril (sem uso de Infectologia - 8º semestre - UNIFTC Nícia Torres Estrela antitérmicos) e assintomático (ou com melhora significativa dos sintomas) há pelo menos 72h. ● Baseada em exames: melhora da febre sem uso de antitérmicos e melhora dos sintomas respiratórios; pelo menos 2 testes consecutivos de RT-PCR coletados na nasofaringe com resultado negativo e > 24h de intervalo entre cada teste. Medidas adicionais de controle de infecção hospitalar: Se internação inevitável: quarto privativo com porta fechada e boa ventilação (jamais em quartos com pressão positiva). Se isso não for factível (ex.: enfermaria): ● Distância > 2 metros do leito do paciente com os demais leitos; ● Medidas de precaução contra gotículas; ● Procedimentos geradores de aerossol (ex.: entubação traqueal, broncoscopia, VNI): quarto privativo com porta fechada, antessala e pressão ambiental negativa. Paciente internado com COVID-19: ● Quarto privativo: pode retirar a máscara na ausencia de outras pessoas no lugar, recolocando caso alguém chegue (ambos de máscara); ● Enfermaria e transporte do paciente para fora do quarto: máscara o tempo inteiro. Prevenção farmacológica: Medicamentos: nenhuma se mostrou segura e eficaz. Vacinação: sendo desenvolvida e aplicada em 2021 ● Vacinar normalmente: influenza (anual) e antipneumocócica.
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