Breves comentários acerca da Unidade Conservação Federal - APA da Baleia Franca

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A Unidade de Conservação Federal – APA da Baleia Franca, criada por Decreto do executivo federal, e instituída na região costeira do Estado de Santa Catarina com a finalidade de preservar e proteger a baleia franca austral – Eubalaena Australis – para garantir o uso consciente dos recursos naturais da região, bem como ordenar a ocupação e utilização do solo e das águas e o tráfego local de embarcações e aeronaves (BRASIL, 2000).
Elencada no artigo 14, inciso I, da Lei n. 9.985/00, a APA da Baleia Franca faz parte das unidades de conservação de uso sustentável, em decorrência disso, há a possibilidade de exploração do ambiente por meio que garanta a perenidade dos recursos ambientais e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade com a inclusão da sociedade (BRASIL, 2000).
A APA/BF abrange 156.100 hectares com cerca de 130 (um cento e trinta) quilômetros de extensão, abrangendo desde a ponta Sul da Praia da Lagoinha do Leste, na Ilha de Santa Catarina, até o Balneário Rincão, ao sul do Cabo de Santa Marta Grande, prolongando-se por nove municípios catarinenses, quais sejam, Florianópolis, Palhoça, Paulo Lopes, Garopaba, Imbituba, Laguna, Tubarão, Jaguaruna e Içara (BONETTI, 2011). Conforme a figura, retirada diretamente do Plano de Manejo da APA/BF, é possível esclarecer as áreas abrangidas, nos termos acima expostos.
Figura - Limites da APA da Baleia Franca
Fonte: ICMBio, 2018.
Por ser uma Unidade de Conservação de uso sustentável, a APA/BF deve buscar sempre a participação social, representada por um Conselho Gestor, uma vez que é uma área em grande parte ocupada por comércios e construções residenciais, mas, do mesmo modo, de grande fragilidade ambiental.
A elaboração do Plano de Manejo, concluído em dezembro de 2018, foi um dos maiores desafios da gestão da APA/BF, uma vez que demorou cerca de 18 (dezoito) anos para ser findado, tido como o instrumento legal que rege a utilização da Unidade de Conservação por seus ocupantes.
Referências:
BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2000. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm. Acesso em: 20 mar. 2020.
BONETTI, Taciana Medeiros. Discutindo a Gestão Urbana de Áreas Costeiras: O caso do Farol de Santa Marta, Laguna/SC. 2011. Dissertação (mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/95354/292963.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 19 de set. 2019.
INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Plano de Manejo: Área de proteção ambiental da baleia franca. Imbituba: ICMBio, 2018. Disponível em: https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/plano-de-manejo/plano_de_manejo_apa_da_baleia_franca.pdf. Acesso em: 21mar. 2020.