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Nicolas Martins 2025.1 - Parasitologia Geral INFECÇÃO DE PELE E TECIDOS MOLES A Filariose Linfática (Elefantíase) é uma doença parasitária crônica, considerada uma das maiores causas mundiais de incapacidades permanentes ou de longo prazo. É causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti e transmitida basicamente pela picada do mosquito Culex quinquefasciatus (pernilongo ou muriçoca) infectado com larvas do parasita. Entre as manifestações clínicas mais importantes da Filariose Linfática estão edemas (acúmulo anormal de líquido) de membros, seios e bolsa escrotal, que podem levar a pessoa à incapacidade. Em casos mais graves, algumas complicações podem surgir. (1) Rey → - Reino: Animalia - Filo: Nemathelminthes - Classe: Nematoda - Ordem: Spirurida - Família: Filariidae - Gênero: Wuchereria - Espécie: Wuchereria bancrofti (2) Arctos → - Reino: Animalia - Filo: Nematoda - Classe: Secernentea - Ordem: Spirurida - Família: Onchocercidae - Gênero: Wuchereria - Espécie: Wuchereria bancrofti → Habitat = Vasos linfáticos e gânglios linfáticos. → Hospedeiros = Humanos MORFOLOGIA ➨ Adultos → Helmintos longos e delgados → Opalinos a translúcidos → Revestidos por cutícula lisa → Não apresentam cápsula bucal → Dióicos ➤ Há uma distinção entre machos e fêmeas → Fêmeas > Machos → Machos possuem porção posterior fortemente enrolada → Fêmeas Vivíparas ➨ Microfilárias → Evidenciadas na circulação sanguínea e linfáticas → Embainhadas - Microfilaria L1 → Na extremidade anterior há um estilete bucal Nicolas Martins 2025.1 - Parasitologia Geral Família Culicidae ➥ Gêneros: Aedes, Anopheles, Mansonia e Culex Brasil ➥ Culex quinquefasciatus (principal) ➥ Popularmente: - Pernilongo - Mosquito ➥ Deposita seus ovos: - Água corrente - Dentro de casas ou fora - Rios, lagoas ou pântanos ➥ Antropofílico ➥ Realizam repasto sanguínea a noite A filariose é causada por várias espécies de vermes. No Brasil, o principal causador da doença é o nematódeo Wuchereria bancrofti. A transmissão não ocorre de pessoa para pessoa, necessário um vetor, o qual pode ser um mosquito ou mosca. O vetor mais conhecido no Brasil é o Culex quinquefasciatus (pernilongo ou muriçoca). Também são vetores da doença a Chrysomya (mosca varejeira) e algumas espécies do mosquito Anopheles, infectados pelas larvas do verme. Quando ocorre a picada do mosquito fêmea, as larvas penetram na pele e migram até os linfonodos, onde ficam até chegar a fase adulta. Ao atingir a sua maturidade, os vermes adultos já diferenciados em machos e fêmeas, irão originar microfilárias, as quais também habitarão a corrente sanguínea. O mosquito se contamina ao picar as pessoas infectadas, iniciando um novo ciclo de transmissão. (1) A fêmea do Culex quinquefasciatus, ao sugar o sangue de pessoas parasitadas, ingere microfilárias L1 que, no estômago do mosquito, após poucas horas, perdem a bainha, atravessam a parede do estômago do inseto, caem na cavidade geral, alojam-se nos músculos torácicos e transformam-se em uma larva (larva salsichoide) denominada L1 ou larva de primeiro estádio. (2) Seis a 10 dias após o repasto infectante ocorre a primeira muda originando a L2 ou larva de segundo estádio. Esta cresce muito e, 10-15 dias depois, sofre a segunda muda transformando-se em larva infectante (L3) ou larva de terceiro estádio, medindo aproximadamente 1,5 mm a 2 mm, que migra pelo inseto até alcançar a probóscida (aparelho picador), concentrando-se no lábio do mosquito. (3) O ciclo no hospedeiro invertebrado é de 15 a 20 dias em temperatura de 20-25°C, mas, em temperaturas mais elevadas,pode ocorrer em menor período. Quando o inseto vetor faz novorepasto sanguíneo, as larvas L3 escapam do lábio,penetram pela solução de continuidade da pele do hospedeiro (NÃO SÃO INOCULADAS PELOS MOSQUITOS) e migram para os vasos linfáticos. (4) Meses depois as larvas amadurecem e se transformam em vermes adultos com sexos distintos. (5) As fêmeas grávidas após fecundadas produzem microfilárias que migram para o sangue do hospedeiro vertebrado . O Nicolas Martins 2025.1 - Parasitologia Geral período pré-patente, que vai desde a infecção humana (penetração de larva infectante) até o encontro de microfilárias no sangue do hospedeiro, é longo e varia em tomo de 7 a 9 meses. - Estrutura infectante: → No Hospedeiro Definitivo: Filárias(L3); → No Hospedeiro Intermediário: Microfilárias (L1). - Mecanismo de infecção → Passivo cutâneo → Picada do culicidae Como os vermes vivem nos vasos linfáticos da pessoa infectada, eles bloqueiam e afetam a circulação. Tal situação leva ao inchaço dos membros, mamas e testículos. Em casos mais avançados, pode ocorrer deformação dos membros. 1 - DOR = inflamação - hipertrofia de linfonodos 2- Linfangiectasia - parasita libera toxinas que alteram a permeabilidade dos vasos 3- Estase linfática - Obstrução dos vasos linfáticos pela parasita (HIDROCELE) 4- Elefantíase - Edema linfático com microfilárias - inflamação aumenta. Fibrose local comprime tegumento cutâneo levando a hipertrofia 5 - -Pneumopatia Eosinofílica Tropical - Reação imunológica do pulmão devido a microfilárias presentes 1 ) MÉTODO DE KNOTT = Centrifugação - melhor a noite → se não der dietilcarbamazina (passagem da microfilária para a circulação sanguínea) 2) Millipore = Filtração 3) Exames direto e esfregaço + Giemsa a procura de microfilárias - Dietilcarbamazina
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