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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, pessoa jurídica de direito privado, por meio de seu presidente, com inscrição no Ministério do Trabalho n ..., inscrita no CNPJ n ..., com sede à ..., por seu advogado que esta subscreve, conforme procuração anexa, com endereço profissional à ..., para onde devem ser remetidas as notificações e intimações, nos termos do art. 39, I, do CPC vem muito respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento no art. 102, I, ‘’a’’ e ‘’p ‘’da CRFB/88 e na Lei n. 9.868/99, propor a presente AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR Em face da Lei Estadual editada pelo Estado KWY, elaborada pelo Governador do Estado e a Assembleia Legislativa estadual. I- DOS FATOS Foi editada pelo Estado KWY, norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, supermercados, hipermercados, shopping centers, também estabeleceu delegação ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados ao instrumento normativo e também, a imposição de multas pelo descumprimento e gradação das punições administrativas. Ademais, a norma mencionada vai de encontro ao positivado na Constituição Federal, a matéria da norma mencionada é reservada a competência privativa da União, razão pela qual não resta alternativa aos estabelecimentos a propositura de ADI através da entidade que lhes representa, qual seja a Confederação Nacional do Comércio. II- DOS FUNDAMENTOS II.I- DA COMPETÊNCIA O art. 102, inciso I, alínea a, da CRFB/88 estabelece que compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do Supremo Tribunal Federal. II.II- DA LEGITIMIDADE A legitimidade ativa é representada pela Presidente da Confederação Nacional do Comércio, conforme o art. 103, inciso IX, da CRFB/88, que estabelece o rol dos legitimados para propor uma ação direta de inconstitucionalidade, dentre os quais, verificam-se as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional. Ademais, A legitimidade passiva da ação direta de inconstitucionalidade em referência é do Governador do Estado e da Assembleia Legislativa estadual que criaram a norma estadual inconstitucional. II.III- DA PERTINÊNCIA TEMÁTICA Conforme a situação do caso em questão, é notável que é necessário a comprovação da pertinência temática como requisito para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade. No entanto, não resta dúvida de que a confederação nacional de comércio possui claro interesse na presente ação, haja vista a atividade ser extremamente afetada pela norma que deu finalidade à propositura da presente ação. Logo, há caracterização de pertinência temática pela Confederação Nacional do Comércio, devido ao fato de representarem interesses nitidamente privados, sem a conotação de uma generalidade que os habilite a uma inserção sem limites no domínio do controle de constitucionalidade. II.IV- DA INVASÃO DE COMPETÊNCIA Conforme o art. 22, inciso I, da CRFB/88, confirma-se a competência privativa por parte da União para legislar sobre direito civil, comercial, penal processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho. Diante de tal assertiva, configura-se a inconstitucionalidade formal da norma objeto da presente ação, haja vista não haver competência do Estado para legislar sobre matéria afeta à União de forma privativa. Não se pode olvidar que a norma que deu finalidade à ação fere o fundamento da livre iniciativa constante do art. 1º, IV, da CRFB/88. II.V- DO DIREITO DE PROPRIEDADE Conforme o artigo 5º, inciso XXII, da CF, garante o direito de propriedade. E a propriedade por ser um direito real pleno e exclusivo, admite que o seu titular estabeleça as condições para que a coisa possa ser desfrutada por parte de terceiros. Sendo assim, do mesmo modo que o proprietário do apartamento locado está autorizado a cobrar aluguéis do inquilino, também o empresário tem o direito de exigir dos seus clientes o pagamento de uma certa quantia pelo uso do estacionamento. II.VI- DA MEDIDA CAUTELAR É notável que cabe Medida Cautelar, conforme o artigo 102, inciso I, alínea p, da CRFB/88, confirmada pelos artigos 10 e 12 da Lei nº 9.868/99, por serem identificáveis os requisitos do fumus boni juris e do periculum in mora. O requisito do fumus boni juris é notável, devido a violação do texto constitucional, quanto a livre iniciativa, propriedade privada e livre concorrência. Além de ferir a competência da União no que diz respeito ao art. 22, inciso I, da CRFB/88. Ademais, quanto requisito do periculum in mora, é caracterizada devido ao dano irreparável ao reclamante, em face da relevância da matéria e segurança jurídica, evitando, desta forma, danos e prejuízos advindos da norma ora vigente, de acordo com o art. 12 da Lei nº 9.868/99. III- DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer: a) A concessão da medida cautelar para suspender a norma impugnada até a sentença definitiva com fulcro nos arts. 10 a 12 da Lei n. 9.868/99. b) A notificação da autoridade coatora, na pessoa do Governador do Estado KWY, para prestar informações no prazo legal, com fundamento no art. 6º da Lei n. 9.868/99. c) A intimação do Procurador-Geral da República para que se manifeste no prazo de quinze dias, conforme o art. 8º da Lei n. 9.868/99. d) A intimação do Advogado- Geral da União para prestar informações no prazo de quinze dias, em conformidade com art. 8º da Lei n. 9.868/99. e) Procedência do pedido, com a ratificação da cautelar, para que seja declarada a inconstitucionalidade com efeitos erga omnes. IV- DAS PROVAS Requer a produção das provas admitidas em direito na forma do artigo 3º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental. V- DO VALOR DA CAUSA Dá-se à valor causa o valor de R$ 1.000 reais(Um Mil Reais). Nestes termos, Pede deferimento. ______________ Local..Data.. _____________ Advogado _________ OAB
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