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PEÇA 2 - CONTESTAÇÃO E RECONVENÇÃO - AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO 2B

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EXCELENTISSÍMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 5º VARA CÍVEL DE VILA VELHA – COMARCA DA CAPITAL/ESPÍRITO SANTO 
(10 LINHAS)
PROCESSO Nº: 000
ARTHUR ANTUNES COIMBRA, já devidamente qualificado nos autos, por intermédio do advogado abaixo assinado, com endereço profissional em ..., vem, com muito respeito a Vossa Excelência – nos autos da AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO – proposta por NUNES DOS SANTOS, também já qualificado nos autos, apresentar:
CONTESTAÇÃO E RECONVENÇÃO
O que faz nos seguintes termos:
1 – SINTESE DOS FATOS
O Autor comprou um automóvel do requerido, contudo, após 1 (uma) semana de uso percebeu que o tanque do veículo estava furado. Diante disso, ajuizou uma ação de anulação de negócio jurídico alegando vício redibitório que prejudicou o uso do bem. 
2 – PRELIMINARES
2.1 – CONEXÃO
É sabido que já existe outra ação anulatória desse mesmo negócio jurídico - discutido nesta demanda – ajuizada pelo ora autor sob o fundamento de ter havido lesão decorrente de sua inexperiência na compra do veículo, tramitando esta ação na 1º Vara Cível de Vila Velha – ES – sendo anterior a presente ação que tramita na 5ª Vara Cível.
Ora, há a existência de 2 ações propostas pelo mesmo autor em face do mesmo réu e com o mesmo pedido, qual seja, a anulação do negócio jurídico. Ocorrendo, assim, a conexão, de acordo com o artigo 55 do NCPC:
 “Art. 55 CPC. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
§ 1o Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver sido sentenciado.”
Com base nisso, requer-se a conexão das duas ações citadas e a reunião no juiz prevento, qual seja, da 1º vara cível.
3 – PREJUDICIAL DE MÉRITO
3.1 – DECADÊNCIA
Entende-se como vicio redibitório qualquer problema que atinja o bem, tornando esse bem impróprio ao uso, ou ainda, diminua seu valor de mercado, de acordo com o artigo 18 CDC:
 “ART. 18 CDC. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.”
No presente caso, foi alegado um vicio de fácil constatação em um bem móvel, logo, há a incidência de 2 (dois) prazos: o de 30 dias a partir da tradição para a manifestação do vício e, a partir da manifestação, são contados 30 dias para reclamar em juízo. Conforme artigo 445 CC:
“Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva.” -> LUCIANO FALOU ESSE ARTG MAS ELE É USADO NO CASO DE BENS IMÓVEIS (?)
Contudo, pode-se extrair da exordial que o ora autor com 1 semana – contada da tradição – percebeu o vicio, mas só ajuizou a ação 11 meses depois dessa constatação. 
Por mais que um pedido de anulação de negócio jurídico por vício redibitório se baseie em um direito potestativo, ou seja, independe de prestação da parte contrária, bastando que o juiz reconheça a anulabilidade do negócio, precisa ser respeitado os prazos determinados pelo nosso Código.
Isto posto, o autor perdeu seu direito potestativo de unilateralmente pedir em juízo a anulação do negóciuo jurídico devido a caracterização de vicio redibitório, ocorrendo o instituto da decadência no presente caso. Logo, requer-se que seja reconhecida a decadência e a extinção do processo com a resolução do mérito.
4 – MÉRITO
É sabido que, para ser reconhecido o vicio redibitório, há a necessidade de preenchimento de alguns requisitos, quais sejam: contrato oneroso, vício já existente no tempo da alienação, vício manifestado após a alienação e que o vício torne a coisa imprópria para uso ou reduza seu valor. Sendo que, a simples alegação desses requisitos não basta, precisa ser provado, como consta no artigo 373 CPC:
“Art. 373.  O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;”
O ora autor não apresentou nenhuma prova nos autos quanto à existência do vicio no momento da tradição – ônus incumbido a ele – sendo assim, não há que se falar em vício redibitório.
5 – RECONVENÇÃO 
O negócio jurídico firmado entre as partes foi de compra e venda de um veículo, sendo que o pagamento ficou combinado entre as partes que seria feito de forma parcelada.
Entretanto, a última parcela no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) não foi paga pelo requerente, encontrando-se na situação deinadimplente respondendo, assim, por perdas e danos e honorários advocatícios, como expressa o artigo 389 CC:
“Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas
e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”
“Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der
causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”
Importante frisar que, como é uma obrigação fungível, além de responder pelos prejuízos
sofridos pelo credor por conta do inadimplemento por parte do devedor este também
responde pela prestação originária, conjuntamente.
6 – REQUERIMENTOS E PEDIDOS
Ante o exposto, requer que:
A. Seja reconhecida a conexão com a consequente reunião dos processos no juízo prevento, qual seja, da 1º Vara Cível de Vila Velha 
B. Ultrapassada essa preliminar que seja reconhecida a decadência e a extinção do processo com a resolução do mérito; 
C. Sejam julgados improcedentes todos os pedidos autorais;
D. A condenação do autor reconvindo ao pagamento da quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
E. Que o autor seja condenado ao pagamento das despesas processuais e dos honorários sucumbenciais 
F. A produção de todos os meios de provas admitidos em direito
Valor da causa: R$ 10.000,00
Local ..., 28 de maio de 2018
(assinatura)/nº oab

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