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PROTOZOÁRIOS EM CÃES E GATOS

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Michele de Souza
Medicina Veterinária
Anhanguera – São José
Clínica Veterinária Castra Bicho
Protozoários 
Cães e Gatos
Os protozoários são organismos unicelulares que podem causar diarreia.. Os protozoários são organismos eucariontes, unicelulares, quimio-heterotróficos e podem ser de vida livre ou fazer parte de colônias. Pelas suas peculiaridades não puderam ser encaixados em nenhum dos reinos pré-existentes, fundando um novo reino denominado Reino Protista.. Sua vida é em meio aquoso, o que torna sua sobrevivência no organismo animal facilitada, já que o mesmo é composto em aproximadamente 70% do seu volume de água, tendo sua instalação mais intensa no trato digestório e sangue, podendo, em menor quantidade, se instalar no sistema genital, linfático, coração e pele. 
Exemplo de protozoários: Amoeba, Paramecium e Euglena 
1 COCCIDIOSES 1
 Causado pelo cystoisospora spp. onde o cão e o gato são os HD e os roedores os HI. Ocorre ingestão dos oocistos esporulados que penetram nas células do ID, transformam -se em trofozoítos, esquizontes, merozoítos, gametas e oocistos. Sua patogenia vai ser dependente da dose de oocistos, do estado nutricional do animal, do estado imune do animal (idade) e da presença de outros patógenos. Geralmente trata-se de uma infecção assintomática. Os animais jovens são m ais susceptíveis. Pode ocorrer diarreia amarelada com sangue, Diarreia severa e crônica (1 a 9 sem.), Apatia, prostração, desidratação. O diagnóstico é feito por pesquisa de ooscistos nas fezes (não esporulado) através da técnica de flutuação. Para tratamento pode usar as sulfonamidas. O controle deve ser feito nos Adultos pois são a fonte de infecção, os Oocistos são altamente resistentes no MA sendo que Poucos oocistos podem causar infecção, porém coisas simples podem destruí -lós como Calor úmido, água fervente, vassoura de fogo Amônia quaternária (por mínimo de 30 m in), quanto menos água usar para limpar melhor. O metronidazol pode ser utilizado para controle, porém é hepatotóxico podendo causar encefalopatia, deve ser administrado por no máximo 2 semanas.
Occistos
1 TOXOPLASMOSE 1
 Causada pelo Toxoplasma gondii, sua maior importância está ligada a gestantes e imunodeprimidos. O ciclo de vida inclui um ciclo sexuado, enteroepitelial, no gato doméstico e outros felinos e um ciclo assexuado, extra intestinal, no gato e nos outros hospedeiros. Os oocistos não esporulados são eliminados pelas fezes do gato, é no meio ambiente que vão esporular, o que pode demorar de 1 a 5 dias dependendo das condições do ambiente, após a esporulação tornam-se infectantes. Apesar dos oocistos serem eliminados pelos gatos por 1 ou 2 semanas, são eliminados em grandes quantidades. Os HI podem se infectar após ingestão de solo, água ou material orgânico, como plantas que estejam contaminados, os gatos são infectados após consumo de HI contaminados ou através da ingestão de oócitos presentes no meio ambiente. Após a ingestão de oócitos são transformados em taquizoítos no intestino, estas formas podem espalhar-se pelo restante do organismo, iniciando o ciclo extra intestinal.. 
Geralmente nesta fase, o sistema imunitário do gato tem capacidade de combater o parasito, o que leva a que o mesmo entre na fase de repouso ou dormência, ocorrendo a formação de quistos nos tecidos nervosos e musculares e desenvolvendo-se bradizoítos, uma vez mais os oocistos eliminados nas fezes do gato vão contaminar outros animais. Os humanos podem se infectar comendo carne mal cozida com o s cistos teciduais, consumo de alimento, água ou contato com amostras ambientais contaminado (solo, areia do gato), transfusão sanguínea ou transplante de órgãos e transplacentária. 
- Pode gerar infecção aguda em crianças e adultos causando quadro febril com adenopatia, quadros graves com miocardite, hepatite, encefalite, coroidite, mas acabando por evoluir para cronicidade. Em gestantes em 50% dos casos não afeta o bebê, porém pode causar aborto, hidrocefalia, retardo mental e retinocoroidite. IMUNODEPRIMIDOS toxoplasmose ocular e encefalite fatal.
- O Diagnóstico pode ser parasitológico por demonstração do organismo em biópsia ou necropsia, inoculação intraperitoneal em camundongo de biópsia de linfonodo, fígado ou baço, cultura dos parasitos em fibroblastos, PCR para detecção de DNA ribossômico do parasito em amostras de tecido e urina. Sorológico através do Sabin-Feldman, porém, requer parasitos vivos, Hemaglutinação indireta: para “screening”, detecção de anticorpos e ELISA usando antígenos recombinantes. O tratamento faz através da administração de pirimetamina e sulfonamidas em forma combinada. A profilaxia se realiza pela não alimentação de gatos com carne crua, eliminar contato com excrementos de gatos, cobrir caixas de areia, tratamento do gato, cuidados com alimentos, higiene pessoal, carne bem cozida, carne congelada. 
Toxoplasmose contaminação
1 GIARDIA LAMBLIA 1
A transmissão ocorre por ingestão de cistos maduros e com o tempo ocorre criação de imunidade protetora. A contaminação por ingestão de alimentos não o corre pois necessita de água para adquirir a forma esporulada. Na maioria das vezes é assintomático, porém, pode ocorrer diarreia, distensão e dores abdominais, muco e sangue (raro), má absorção, esteatorreia, debilidade e perda de peso , muito semelhante a coccidiose, porém, ela tem mais sangue e não produz gás, a giárdia tem pouco sangue e ocorre a produção de gás. A profilaxia consiste em Higiene e proteção dos alimentos, Tratamento da água, verificar parasitismo em cães e gatos e Tratamento precoce dos doentes. O tratamento pode ser feito com Metronidazol.. 
:
Giardia Lamblia
HEMOPARASITAS E ZOONOSES
Transmitidos por carrapatos
1 BABESIOSE 1
Na infecção SUBCLÍNICA é comum que ocorram poucos sinais clínicos, o corre principalmente pós-stress ou corticoterapia. A HIPERAGUDA é incomum, ocorre em filhotes levando a Choque, Hipóxia, danos teciduais, estase vascular e óbito. A AGUDA é a mais comum, na qual o corre a recuperação do animal, os Sinais são Variados como aumento de Tº, anorexia, anemia hemolítica, trombocitopenia, linfadenomegalia, hematúria, icterícia. 
Na forma CRÔNICA ocorre Febre intermitente, perda de peso, anorexia. O DIAGNÓSTICO pode ser feito por ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS como Anemia macrocítica-hipocrômica- regenerativa, Hiperbilirrubinemia (B. canis), ALTERAÇÕES URINÁRIAS, Bilirrubinúria, hemoglobinúria, proteinúria, cilindros gran. ou DETECÇÃO DIRETA DO PARASITA por Esfregaço Sanguíneo através de GIEMSA ou PCR. o principal método de profilaxia e controle está ligado ao controle dos carrapatos e possivelmente realização de premunição dos animais. 
1 ERLIQUIOSE 1
As células alvo deste parasita são os leucócitos, plaquetas e eritrócitos, mas a principal célula infectada é o monócito. Caso realize a pesquisa e não encontrar o parasita no sangue pode procurar na medula onde mais vai ser encontrado. Animal infectado com a doença é picado pelo carrapato que adquire leucócitos com erlichia e no mesmo ela faz um ciclo como o coccidio, v ai pro intestino, se muda e volta pra gll salivar infectando animal quando o carrapato se alimenta novamente. A erlichia entra no leucócito do hospedeiro quando o mesmo tenta fagocitar o parasito, muda para mórula emata a célula infectando outras.
1 ERLIQUIOSE MONOCÍTICA CANINA - EMC 1
Comum infecção junto a Babesia canis (impossível ≠clínica). Na fase aguda as Células mononucleares se multiplicam em divisão binária e ocorre disseminação para outros órgãos. Os SC podem ser Febre (variável), Palidez mucosas, Secreção ocular e nasal, Anorexia, depressão e perda de peso, Hemorragias (epistaxe, hematomas, etc), Linfoadenopatia, Sinais neurológicos, Claudicação - miosite e poliartrite. Causa Trombocitopenia, leucopenia e Anemia. Na fase subclínica que o corre logo após a fase aguda ocorre o desaparecimento dos sinais clínicos, Erlichias se mantêm no organismo e podem persistir por anos sem sinais clínicos ou laboratoriais. Cães imunocompetentes podem combater o parasita e se curar. A fase crônica o corre em cães imunocomprometidos, pode ocorrer Pancitopenia (comprometimento medula óssea), Surtos hemorrágicos (trombocitopenia), Infecções secundárias, Pré -disposição forma severa (PASTOR ALEMÃO). Diagnóstico por sorologia e SC. O tratamento consiste em Oxitetraciclina ou Tetraciclina, Doxiciclina, Dipropionato de Imidocarb, com Suporte de Fluidoterapia e Corticosteróide (Prednisolona e Metilprednisolona).
1 ERLIQUIOSE TROMBOCÍTICA CÍCLICA CANINA - ETCC 1
OS SINAIS CLÍNICOS: podem ser digestivos como vômito, diarreia, anorexia, ou distúrbios hemostáticos (hemorragia), porém o mesmo é variável. os ACHADOS LABORATORIAIS consistem de Trombocitopenia, Anemia arregenerativa - normocítica e normocrômica, Leucopenia variável. 
O DIAGNÓSTICO pode ser feito por Esfregaços de sg periférico, IFA - reatividade cruzada outras espécies, Achados laboratoriais e PCR. O tratamento pode ser feito com Tetraciclina ou Doxiciclina.
1 LEISHMANIOSE 1
Ciclo da Leishmaniose
Doença transmitida pela picada de mosquitos. Cães portadores da leishmaniose visceral não devem ser tratados, e sim, sacrificados, porém a lei já permite tratamento. A Leishmaniose tegumentar/cutânea destrói musculatura e cartilagem, aumentando de tamanho ao longo do tempo. Se manifesta no local da picada tanto no homem como no cão. Formas promastigotas são inoculadas pelo mosquito e vai para o tecido, desenvolve reação inflamatória por estímulo da coceira, forma ferida com bordas altas (muito parecida com contaminação fúngica porém ele tem crosta e depressão, na leishmaniose a borda é avermelhada quando no fungo é branco), perde a sensibilidade central por destruição do tecido, a ferida não se espalha formando outras feridas, cada uma é uma picada de um mosquito. O diagnóstico parasitológico pode ser feito por biopsia, esfregaço, coloração por panótico rápido e na lâmina vê as formas amastigotas fagocitadas pelos macrófagos . A profilaxia consiste em acabar com os pernilongos evitando acúmulo de lixo, tela nas janelas, uso de repelentes. O tratamento é com glucantime, Pentamidina e Anfotericina B. 
As manifestações clínicas podem ser Prostração, Lesões Cutâneas, Perda de Peso , Aparência de “velhos”, Deambulação e dificuldade locomotora, Vômito, Enterite, Anemia, Lesões Oculares, Onicogrifose (crescimento anormal das unhas) a lesão SEMPRE tem uma borda muito alta.
1 HEPATOZOONOSE CANINA 1
- HD: carrapatos, piolhos, pulgas, ácaros, moscas, mosquitos e tritomíneos. 
- HI: répteis, pássaros, mamíferos e marsupiais. 
- Doença causada pelo Hepatozoon canis, adquirida através da ingestão do carrapato 
Riphicephalus sanguineus que se infecta com H. canis ao sugar o sangue de um cão infectado. 
Os Gametas são liberados dos neutrófilos sang.do cão dentro do carrapato e ocorre REPRODUÇÃO SEXUADA do parasita formando OOCISTOS encontrados no hemócitos (carrap.). Característico encontrado nos neutrófilos muito parecido com a erlichia mas é menor. O cão se infecta ingerindo o carrapato contendo OOCISTOS MADUROS que liberam ESPOROZOÍTOS no intestino do cão, que penetram na parede intestinal, disseminando para o baço, linfonodos, e med. óssea. Nestes órgãos ocorre MEROGONIA e MEROZOÍTOS são liberados dos MERONTES MADUROS, que penetram em nn. e formam GAMETAS que circulam no sangue periférico. Em cães o corre. Febre, emagrecimento, anemia, diarreia, anorexia, paraparesia, Atrofia muscular generalizada, Secreção ó cuo-nasal e Casos fatais e de cura espontânea. Em gatos os sinais são pouco aparentes como Fraqueza, hipersalivação, ulceração na língua, linfadenomegalia. 
Identificação por biopsia, esfregaço e IFI. Tratamento é feito com terapia de suporte e anti -protozoários. A prevenção se faz através do controle do carrapato. 
- Cachorro ou gato INGERE o carrapato (não é pela picada) e o parasito vai pra circulação sanguínea onde se fixa na parede do intestino. 
- Mais comum em gatos jovens e cães pois os mais velhos não vão comer o carrapato. 
Ciclo Biológico da Hepatozoonose canina

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