Buscar

HISTÓRIA DA ARTE DA PRÉ HISTÓRIA AO BARROCO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 302 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 302 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 302 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HISTÓRIA DA ARTE: 
DA PRÉ-HISTÓRIA AO BARROCO
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
História da Arte: Da Pré-História ao Barroco – Prof. Ms. Emerson César Nascimento, 
Prof.ª Fabíola Gonçalves Giraldi e Prof.ª Lizandra Mara For Garcia Duete
Meu nome é Emerson César Nascimento. Sou mestre em Esté ca e História da Arte 
pela Universidade de São Paulo (USP), designer graduado em Desenho Industrial pela 
Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atualmente sou Delegado da II Conferência de 
Cultura do Município de São Paulo, professor Conferencista em Publicidade na Escola 
de Comunicações e Artes (ECA-USP). Pesquisador do Cole vo Estudos de Esté ca CEDE/
CNPq, Coordenador do Congresso Metáforas. Atuando profi ssionalmente como designer, 
curador e pesquisador em esté ca, artes, moda e design com ênfase nos estudos sobre 
a pós-modernidade.
E-mail: ecnascimento@usp.br
Meu nome é Fabíola Gonçalves Giraldi. Sou bacharel em Artes 
Plás cas, licenciada em Educação Ar s ca e estou me 
especializando em Arte-Educação pela Uemg – Universidade do 
Estado de Minas Gerais (Escola Guignard). Atuo como professora 
de Educação Básica do estado de São Paulo.
E-mail: fabiolagiraldi@yahoo.com.br
Meu nome é Lizandra Mara For Garcia Duete. Sou licenciada 
em Educação Ar s ca com habilitação em Artes Plás cas pela 
Universidade de Franca e especialização em Arteterapia pela 
Universidade Paulista. Atuo como professora de Educação 
Básica do estado de São Paulo.
E-mail: lizmara@msn.com
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
HISTÓRIA DA ARTE: 
DA PRÉ-HISTÓRIA AO BARROCO
Caderno de Referência de Conteúdo
Emerson César Nascimento
Fabíola Gonçalves Giraldi
Lizandra Mara Forti Garcia Duete
Batatais
Claretiano
2013
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
© Ação Educacional Clare ana, 2010 – Batatais (SP)
Versão: dez./2013
709 N193h 
 Nascimento, Emerson César 
 História da Arte : da pré-história ao barroco / Emerson César Nascimento, 
 Fabíola Gonçalves Giraldi, Lizandra Mara Forti Garcia Duete – Batatais, SP : 
 Claretiano – Rede de Educação, 2013. 
 302 p. 
 ISBN: 978-85-67425-47-4 
 
 1. Introdução geral. 2. Arte pré-histórica. 3. Povos antigos: Egito, Grécia e Roma. 
 4.Idade Média: arte bizantina, românica e gótica. 5. Renascimento e barroco. 
 I. Giraldi, Fabíola Gonçalves. II. Duete, Lizandra Mara Forti Garcia. III. História da 
 Arte: da pré-história ao barroco. 
 
 
 CDD 709
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didá co Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cá a Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Mar ns
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Luis Henrique de Souza
Patrícia Alves Veronez Montera
Rita Cristina Bartolomeu 
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7
2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO .......................................................................... 8
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 37
4 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 38
UNIDADE 1 ARTE PRÉ HISTÓRICA
1 OBJETIVOS ....................................................................................................... 39
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 39
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 39
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 40
5 HISTÓRIA DA ARTE: PRIMEIROS MOMENTOS ............................................... 41
6 ARTE PRÉ HISTÓRICA E A ARTE CONTEMPORÂNEA ...................................... 67
7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 70
8 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 70
9 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 71
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 72
UNIDADE 2 ARTE EGÍPCIA, GREGA E ROMANA
1 OBJETIVO .......................................................................................................... 73
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 73
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 73
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 74
5 EGÍPCIOS ........................................................................................................... 75
6 GRÉCIA E SUA ARTE .......................................................................................... 99
7 ROMA E A HISTÓRIA DE SUA ARTE ................................................................. 126
8 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 140
9 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 140
10 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 141
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 143
UNIDADE 3 ARTE NA IDADE MÉDIA
1 OBJETIVOS ....................................................................................................... 145
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 145
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 146
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 146
5 IDADE MÉDIA .................................................................................................... 147
6 ARTE BIZANTINA ..............................................................................................155
7 ARTE ROMANA OU ROMÂNICA .................................................................... 161
8 ARTE GÓTICA A ERA DAS "GAIOLAS DE VIDRO E PEDRAS" ........................ 176
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 192
10 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 193
11 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 193
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 195
UNIDADE 4 RENASCIMENTO
1 OBJETIVOS ....................................................................................................... 197
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 197
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 197
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 198
5 CONTEXTO HISTÓRICO DO RENASCIMENTO ................................................. 199
6 ARQUITETURA .................................................................................................. 202
7 ESCULTURA ....................................................................................................... 205
8 PINTURA ............................................................................................................ 215
9 RENASCIMENTO FLAMENCO ........................................................................... 233
10 RENASCIMENTO HOLANDÊS ........................................................................... 237
11 RENASCIMENTO ESPANHOL ............................................................................ 240
12 REVISÃO DOS CONTEÚDOS E TEMAS IMPORTANTES .................................. 242
13 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 245
14 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 245
15 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 246
16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 249
UNIDADE 5 BARROCO
1 OBJETIVOS ....................................................................................................... 251
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 251
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 251
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .............................................................................. 253
5 CONTEXTO HISTÓRICO .................................................................................... 253
6 ARQUITETURA NO PERÍODO BARROCO ......................................................... 256
7 ESCULTURA BARROCA ..................................................................................... 263
8 PINTURA BARROCA .......................................................................................... 269
9 HERANÇA BARROCA? ....................................................................................... 297
10 PARA RELEMBRAR ............................................................................................ 298
11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 299
12 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 300
13 E REFERÊNCIAS ................................................................................................ 300
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 301
15 REFERÊNCIA VIDEOGRÁFICA ........................................................................... 302
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
1. INTRODUÇÃO 
Seja bem-vindo ao estudo de História da Arte: Da Pré-Histó-
ria ao Barroco. 
O estudo deste Caderno de Referência de Conteúdo irá levá-
-lo à compreensão histórica e estética da arte pré-histórica ao bar-
roco. 
Ao realizar esse estudo, não podemos nos esquecer de que 
a arte está presente na vida do homem desde a pré-história. A 
necessidade de se expressar é algo inerente ao homem. Neste es-
tudo, você perceberá que a sensibilidade humana se manifesta de 
maneiras diferentes. A estética é reflexo da sociedade e a História 
da Arte registra esses momentos para que entendamos o ser hu-
mano e a sociedade em sua diversidade e cultura.
Nesse sentido, tendo em mente que a Arte é uma área de 
conhecimento humano, realizaremos uma "leitura" de mundo por 
Ementa –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Introdução geral. Arte pré-histórica. Povos antigos: Egito, Grécia e Roma. Idade 
Média: arte bizantina, românica e gótica. Renascimento e barroco.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco8
intermédio das transformações ocorridas na produção artística 
nos diferentes momentos da nossa história, leitura esta que nos 
tornará cada vez mais criativos e descobridores.
Após essa introdução aos conceitos principais deste Caderno 
de Referência de Conteúdo, apresentaremos, a seguir, no Tópico 
Orientações para estudo, algumas orientações de caráter motiva-
cional, dicas e estratégias de aprendizagem que poderão facilitar 
o seu estudo. 
2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO
Abordagem Geral 
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será estu-
dado neste Caderno de Referência de Conteúdo. Aqui, você entrará 
em contato com os assuntos principais deste conteúdo de forma 
breve e geral e terá a oportunidade de aprofundar essas questões 
no estudo de cada unidade. Desse modo, essa Abordagem Geral 
visa fornecer-lhe o conhecimento básico necessário a partir do 
qual você possa construir um referencial teórico com base sólida - 
científica e cultural - para que, no futuro exercício de sua profissão, 
você a exerça com competência cognitiva, ética e responsabilidade 
social. 
Essa abordagem tem o intuito de relacionar os conteúdos 
que serão estudados no Caderno de Referência de Conteúdo de 
História da Arte: Da Pré-História ao Barroco com outras conside-
rações que sejam propositivas e venham somar o conteúdo já es-
crito.
Podemos falar de História da Arte de diversas maneiras: 
escolher um objeto cultural de cada época e criar uma conversa 
entre eles. Podemos, ainda, olhar como um tema foi tratado em 
diversas épocas sem seguir uma cronologia exata. Mas para um 
início de conversa, trataremos de cada período separadamente.
9
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Escolheremos um conceito proposto por Fernando Hernan-
dez: objeto cultural. Como a arte é permeada pela cultura social e 
individual, sempre que falarmos sobre toda produção de arte na 
caverna, no museu, na parede, na rua, no atelier veremos sobre 
o prisma do objeto produzido pela cultura e, portanto, um objeto 
cultural.
E por que a expressão "objeto cultural", para todas as ar-
tes visuais, é adequada? Queremos, antes de tudo, desconstruir 
a ideia de obra de arte tal como as Belas Artes determinavam. 
Quando falamos em arte falamos de uma produção que reflete 
símbolos, sejam eles da criança, do renascentista ou do primitivo. 
Para compreender a arte, é necessário entendê-la em toda a sua 
extensão, seja acadêmica, erudita ou popular e mesmo no encon-
tro de todas.
Pensar a arte é pensá-la dentro de uma história, cujo artista 
influenciado pela cultura social elabora uma cultura individual. A 
arte não deve ser vista como cópia da realidade, a arte revela es-
sências ou particularidades da realidade que éramos incapazes de 
ver ou definir.
Há mais de dez mil anos,no período paleolítico, o homem 
era coletor e dependia totalmente da natureza. Quando nesta não 
encontrava mais alimentos, migrava em busca de uma região pro-
pícia, por isso era nômade. É possível que as suas pinturas eram 
elaboradas pelo caçador, aquele que ficava mais tempo observan-
do o animal para atacá-lo. Veja como a arte visual está relacionada 
à capacidade de ver. 
Mas o fato mais interessante é que a arte pintada na parede 
da caverna por esse pintor-caçador era para eles mágica. Pintavam 
o que desejavam que acontecesse. O animal era pintado em deta-
lhes perfurados e sangrando para que acontecesse de fato. Tinha 
um caráter mágico. Você pode rir dessa atitude, mas o historiador 
da arte Gombrich (1999) lembra que provavelmente você não gos-
taria que riscassem a fotografia de alguém que você gosta mui-
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco10
to, não é? Mesmo sabendo que nada aconteceria, a nossa ação 
humana mudou, mas preserva elementos modificados da antiga 
cultura primitiva.
Há cerca de 8 mil anos, adentramos no período neolítico que 
traz uma grande mudança para o homem. Pela primeira vez, ele 
percebe que de animais nascem outros animais e de sementes 
nascem plantas. Deixa de ser coletor e escravo da natureza e cria 
currais para a procriação, desse modo, inicia a agricultura. Deixa 
de mudar de região em busca de alimentos, pois produz os seus 
próprios alimentos. É dessa permanência no espaço, da previsão, 
do pequeno estoque de alimentos para o inverno que o homem 
muda a sua maneira de enxergar a realidade. Dessa mudança, 
muda, também, a maneira de representar. Já cria animais, não pre-
cisa mais da magia. A antiga pintura cheia de detalhes dá espaço 
agora para poucas pinceladas, poucas massas de cores, uma arte 
sintética que não precisa ser mais "realista". É o início do princí-
pio de abstração ou síntese, mas não é a abstração produzida pe-
los artistas modernos. A escolha entre naturalismo e abstração é 
mais uma questão de intenção do que mera aptidão. Ao contrário 
do que imaginamos, o início da arte primitiva é detalhada e o seu 
avanço é a síntese, a abstração.
Como veremos, no decorrer de nossos estudos, antes de pin-
tar, o homem já esculpia, pois precisou talhar pedras para atacar 
animais ou cortar a sua carne. É muito interessante a explicação do 
processo pelo qual os artistas primitivos elaboravam as suas pintu-
ras nas partes mais altas da caverna em total escuridão.
Pintura esquemática Valença - Espanha
O filme Guerra do fogo do diretor Jacques Arnaud mostra 
que na pré-história coexistiam grupos humanos diferentes. O fato 
é que os grupos em estágio de maior desenvolvimento cultural já 
produziam arte como a pintura corporal e o riso já era uma co-
municação social. Arte, riso, simbolismo e amor eram marcas do 
processo de humanização.
11
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Os livros de História da Arte apresentam a arte na pré-histó-
ria europeia a partir de Altamira e Lascaux. Porém, é fato que os 
arqueólogos descobriram com os sítios arqueológicos que houve 
pré-história em todo o Planeta Terra e que os primeiros homens 
eram africanos, portanto, a nossa origem é africana.
Então, vamos para São Raimundo Nonato, no Piauí - Brasil. 
No século passado, os moradores da região encontraram ossos 
que não se assemelhavam aos animais que caçavam. Niède Gui-
don chamada ao local, descobre o sítio arqueológico que dataria 
de 6.000a.C. Em 1978, provavelmente caçadores-coletores, nôma-
des e seminômades – utilizavam as grutas da região como abri-
gos ocasionais. Eles seriam os possíveis pintores. Os arqueólogos 
classificaram as pinturas e gravuras em dois grandes grupos: obras 
com motivos naturalistas e obras com motivos geométricos. Entre 
as primeiras, predominam as representações de figuras humanas 
que aparecem ora isoladas, ora participando de um grupo, em mo-
vimentadas cenas de caça, guerra e trabalhos coletivos. No grupo 
dos motivos naturalistas, encontram-se, também, figuras de ani-
mais, cujas representações mais frequentes são de veados, onças, 
pássaros diversos, peixes e insetos.
Várzea grande é um estilo de pintura rupestre dessa região, 
que usa predominantemente o vermelho com motivos naturalis-
tas, a representação de figuras antropomorfas e zoomorfas (com 
corpo totalmente preenchido e os membros desenhados com 
traços) e a abundância de representações animais e humanas de 
perfil. Nota-se, também, a frequente presença de cenas em que 
participam numerosas personagens, com temas variados e que ex-
pressam grande dinamismo. 
A pré-história vivia uma democracia primitiva; nela, produzia 
o necessário para a sua subsistência. Porém, a descoberta do fogo 
foi, talvez, o primeiro momento em que alguns homens primitivos 
usaram esse conhecimento, o de fazer o fogo, como o começo de 
poder sobre os outros. Na democracia primitiva, contudo, havia 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco12
uma produção igualitária e de repartição. Mais tarde, a criação das 
primeiras cidades, o começo das instituições, a divisão de classes, a 
criação da propriedade privada para alguns, a desigualdade social, 
a formação de especialistas, os escribas, por exemplo, acabaram 
com a democracia primitiva de partilha igualitária para o poder de 
uns sobre a maioria, ou seja, da pré-história à civilização antiga.
O povo egípcio é originário do ramo mediterrâneo da raça 
caucásia e na sua formação contribuíram elementos negróides, lí-
bios e semitas. Os grupos humanos que se estabeleceram às mar-
gens do Nilo organizaram-se em pequenas comunidades políticas, 
os nomos. Liderados por um chefe sacerdote, os nomos espalha-
vam-se entre o alto e o baixo Nilo. Por volta de 4.000a.C., ocorreu 
um processo de unificação, que resultou na formação dos reinos 
do norte e do sul. Em 3200 a.C., o chefe do norte chamado Me-
nés, unificou os dois reinos, tornando-se, dessa forma, o primeiro 
faraó.
Permanecem as comunidades neolíticas concomitante à for-
mação da cidade, elaborando novas variantes dos velhos padrões. 
O artista sofria pressão, pois a arte genuína e criativa era 
considerada impossível desde o começo. A ele, era concedida a li-
berdade de movimentos. Nos primeiros períodos da história egíp-
cia, os artistas não tinham uma boa posição como os escribas que 
viam com desprezo o trabalho do artista, o trabalho manual era 
desonroso. Só ganham prestígio, no novo Egito, quando começam 
a pertencer a classes sociais elevadas. Os sacerdotes e príncipes 
eram os empregadores dos artistas, provavelmente por serem os 
primeiros a tomar as terras na cultura oriental antiga. 
O culto aos mortos estava alicerçado na religião primitiva. 
Não mudavam as representações na arte, pois temiam alterações 
na ordem vigente. Os sacerdotes apresentavam os reis como deu-
ses e os reis edificavam templos para os sacerdotes.
Segundo Hauser, há um estereótipo artístico no médio impé-
rio egípcio, antes havia liberdade de expressão. Quando a aristo-
13
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
cracia feudal viu-se em primeiro plano como classe, é que criaram 
convenções muito rígidas da arte religiosa e palaciana. O estilo es-
teriotipado já era produzido nos tempos neolíticos, mas as formas 
cerimoniais são absolutamente novas. Não importava a conduta 
de alguém, nem a sua personalidade. Apenas importava o seu clã, 
descendência ou vínculo, ninguém então é representado como é 
na realidade, mas, sim, conforme uma convenção.
O faraó possuía o poder máximo, era considerado a reencar-
nação de um deus. 
A construção das pirâmides começa com reis, obrigando mi-
lhares de escravos a labutar para eles, ano após ano, a cortar pe-
dras nas canteiras, a arrastá-las ao local da construção e a deslocá-
-las com recursos sumamente primitivos até o túmulo ficar pronto 
para receber o faraó. Nenhum povo teria suportado semelhante 
dificuldade se tratasse da criação de um mero monumento. 
Todossabiam que esse trabalho era a habitação do corpo 
morto do faraó que viveria após a morte. Aos pobres, restava ape-
nas fazer alguns desenhos de si mesmos em suas casas para que 
depois da morte pudesse reencarnar.
Os artistas egípcios pintavam, desenhavam ou esculpiam 
aquilo que sabiam sobre o que estavam representando. Não lhes 
importava, naquele momento, o que viam, mas os significados que 
as formas tinham para eles. Representavam as coisas por meio de 
seus melhores ângulos - aqueles que melhor identificavam a figu-
ra, apresentando uma impressão mais nítida e menos complicada, 
a fim de evitar qualquer mal-entendido, confusão ou encobrimen-
to dos elementos da pintura, seus tamanhos dependiam da posi-
ção social.
Foram criadas regras e padrões para sua arte, que acabaram 
transformando-se, muitas vezes, em símbolos; e, assim, os manti-
veram devido à sua crença na eternidade.
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco14
Ao representarem a figura humana, a cabeça é representada 
de perfil, mas os olhos de frente. Os ombros e o dorso, vistos de 
frente, enquanto que os braços e as pernas posicionam-se de lado. 
Essa é a chamada "lei da frontalidade" e assim faziam, não porque 
não soubessem desenhar, ao contrário, reuniam o que era mais 
representativo no corpo humano. Uma criança também desenha 
impossibilidades reais por escolher o que é mais importante. Os 
pintores cubistas assim o fizeram também.
As estátuas de homens eram mais escuras e mulheres eram 
mais claras, o artista precisava saber de tudo isso, não importando 
inovação, o artista precisava saber seguir o modelo. 
Segundo o site Conhecendo a História da Arte (2012):
O Faraó Tutancâmon, morto aos 19 anos, não foi importante em 
vida. Mas na morte, passados três mil anos, tornou-se o mais fa-
moso de todos os faraós. Seu túmulo foi o único descoberto em 
condições próximas às originais. O arqueólogo inglês Howard Car-
ter era o único a acreditar que a tumba poderia ser encontrada. 
Durante seis anos ele escavou o Vale dos Reis e, por duas vezes, 
chegou a dois metros da entrada da tumba. Em 1922, literalmente 
bateu os olhos na tumba. Ao acender um fósforo para enxergar na 
escuridão, viu "o brilho do ouro em toda parte".
Tomamos conhecimento da magnificência funérea dos fa-
raós por meio da tumba de Tutancâmon. A câmara mortuária con-
tinha desde cestas de frutas e guirlandas de flores que ainda man-
tinham as cores, uma cama dobrável e uma caixa de brinquedos 
até quatro carruagens totalmente revestidas em ouro. De fato, o 
ouro predominava na decoração: sofás de ouro, trono dourado, 
paredes de ouro, um caixão de quase dois metros de ouro maci-
ço, além da famosa máscara mortuária cobrindo o rosto da real 
múmia no mais recôndito dos três caixões que se aninhavam um 
dentro do outro. Mais de 20 pessoas envolvidas na abertura da 
tumba morreram em circunstâncias misteriosas, dando margem a 
histórias sinistras sobre a "maldição do faraó". Essas superstições, 
porém, não impediram que uma turnê de Tutancâmon mundo afo-
ra atraísse mais visitantes aos museus que qualquer outra exposi-
ção na história.
15
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Grécia e sua arte
Enquanto os egípcios "sumiam do mapa", a história da arte 
perseguia outro grupo de povos primitivos, os gregos.
A península da Grécia foi dominada por povos nômades, 
provavelmente descendentes dos povos indo-europeus, cerca de 
1000a.C. Essas tribos combateram e derrotaram os povos nativos, 
iniciando, assim, o que se tornaria o "Grande Império Grego", nas 
dezenas das ilhas espalhadas pelos mares Egeu, Jônico e Mediter-
râneo.
A história da Grécia costuma-se dividir em três períodos: o 
Arcaico, séculos 12 a 7a.C.; o Clássico, séculos 6, 5 e 4a.C. e o He-
lênico, 323a.C. (morte de Alexandre) até 30a.C. (instituição do Im-
pério Romano).
O principal centro dessa região era considerado a ilha de 
Creta e foram os antigos habitantes dessa ilha (não se sabe exata-
mente quem) que tiveram sua arte copiada no continente grego, 
especialmente em Micenas.
Era o início da história da arte grega. A princípio, as obras 
eram rústicas.
Assim como os egípcios, os gregos também construíram 
sua arte para seus deuses, ou em função deles. Mas seus deuses 
tinham forma humana e os templos construídos para estes não 
tinham as enormes dimensões das construções egípcias e, nem 
havia um governante "divino" tão poderoso capaz de forçar, es-
cravizar um povo para trabalhar para si. As tribos gregas estavam 
espalhadas em várias cidades (cidades-estados) e, apesar de exis-
tir rivalidade entre elas, nenhuma obteve domínio total sobre as 
outras.
Vale destacar duas cidades-estados importantes: Atenas e 
Esparta. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco16
O termo "Cidade-Estado" designa regiões controladas exclu-
sivamente por uma cidade. 
Atenas é a capital da Grécia e também a capital da Ática. 
Além de ser uma cidade moderna, Atenas também é famosa por 
ter sido poderosa Cidade-Estado e um centro de cultura muito im-
portante nos tempos antigos.
Em grego antigo, Atenas era chamada "Αθήναι" (Athíne), em 
homenagem à deusa grega Atena. 
Foi em Atenas que a "maior e mais surpreendente revolu-
ção em toda a história da arte produziu seus frutos" (GOMBRICH, 
1972, p. 48). Os artistas gregos começaram a fazer estátuas de pe-
dras, partindo de onde os egípcios haviam parado. Há muitos tra-
ços da arte egípcia, mas os gregos estavam interessados nas suas 
próprias experiências e não preocupados em obedecer regras já 
consagradas. Possuíam o equilíbrio entre seguir algumas regras e 
a liberdade de criação.
Todos os escultores gregos quiseram saber como iriam re-
presentar um determinado corpo. Os egípcios tinham baseado sua 
arte no conhecimento. Os gregos começaram a usar os seus pró-
prios olhos. Uma vez iniciada essa revolução, nada mais a sustaria.
Nas estátuas dos irmãos Cleóbis e Biton, por exemplo, per-
cebe-se muito das regras egípcias, mas já há uma tentativa de ino-
var. Os joelhos são marcados no intuito de reproduzi-los como são. 
Esse artista inicia uma experimentação própria. 
E, dessa maneira, as descobertas e novas ideias foram sur-
gindo. Um escultor experimentava algo novo e logo compartilhava 
com outro, este, a mesma coisa. Iam acrescentando suas próprias 
habilidades e inovações naquilo que recebiam dos outros artistas.
Os gregos não tinham intenção de representar em suas 
obras a melhor visão do que seria retratado. Tinham o desafio de 
mostrar as coisas como as viam. Como já fora dito, as primeiras 
obras têm, ainda, muitos traços de antigos e já consagrados pa-
17
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
drões, mas esses artistas já não se sentiam obrigados a mostrar 
tudo o que estava diante dele, já não consideravam sagradas aque-
las formas de representação; apesar das regras, tinham liberdade 
de criação. Podiam muito bem representar apenas parte de uma 
mão quando esta se encontrava atrás da outra, por exemplo. Para 
esses artistas, o estudo da forma lhes importava. Conhecer e po-
der representar a forma, era seu desafio.
O artista grego explorava a anatomia dos ossos e dos mús-
culos e mesmo quando representava a figura vestida (os gregos 
introduziram o nu na arte) a roupagem acompanhava a forma do 
corpo, e não simplesmente a cobria; a roupa marcava a anatomia 
do corpo. 
Intencionavam imitar um rosto real. O homem e seus com-
portamentos e criação dos deuses eram os seus temas.
Na Grécia Antiga, as pessoas acreditavam em vários deuses. 
Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de com-
portamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Malda-
de, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras caracte-
rísticas estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos. 
De acordo com esse povo, as divindades habitavam o topo do 
Monte Olimpo, na qual decidiam a vida dos mortais. Zeus era o de 
maior importância, considerado a divindadesuprema do panteão 
grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam 
do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Assim, 
temos os deuses, os semideuses ou titãs (filhos de deuses com 
mortais) e os mortais.
As estátuas que conhecemos são, em sua grande maioria, 
cópias dos originais feitos pelos romanos. Graças a essas réplicas 
temos uma ideia de como eram as obras gregas. Por outro lado, 
estas têm sempre uma aparência pouco tênue perto do que real-
mente eram as estátuas gregas. Por meio de escrituras, descrições 
antigas e imaginação, podemos chegar a uma conclusão de como 
eram realmente algumas dessas esculturas. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco18
De acordo com Gombrich (1999, p. 84):
[...] a razão pela qual quase todas as estátuas famosas do mun-
do antigo desapareceram foi que, após a vitória do cristianismo, 
considerava-se piedoso dever destruir estátuas dos deuses pagãos. 
As esculturas em nossos museus são, na sua maioria, reproduções 
feitas no período romano para viajantes e colecionadores, levadas 
como souvenirs e decorações para jardins ou banhos públicos. 
No período seguinte, o helenístico, as obras adquiriram um 
caráter realista, mais dramático. A preocupação deixou de ser com 
o lado mágico ou religioso, os artistas dessa época passaram a 
pensar na sua própria habilidade como artista, em como repre-
sentaria um movimento, uma tensão que pudesse existir na obra. 
Começou-se a pensar na arte pela arte.
Lacoonte e seus filhos são atacados por duas serpentes-
-do-mar. Ele advertiu seus compatriotas troianos que, dentro do 
cavalo de madeira, estariam soldados gregos. Assim, os deuses o 
condenaram por esse ato. A cena é descrita na obra de Virgílio, 
Eneida.
Mesmo assim, as esculturas continuam sendo feitas sobre 
ou para os deuses. E perto dos templos ou em seus interiores que 
são encontradas a maioria delas. Daí a importância da arquitetu-
ra grega, monumentos tratados como verdadeiras esculturas, que 
pode resumir em três estilos, classificados pelos tipos das colunas: 
dórico, jônico e coríntio.
A arquitetura grega é estática, isto é, baseada no princípio cons-
trutivo de peso e sustentação e dominada pelo horizontalismo. O 
maior exemplo da arquitetura grega é o templo. Esse possuía uma 
planta retangular muito simples. Compunha-se de pronaos, espé-
cie de vestíbulo ou entrada; da naos, a nave central e principal do 
recinto; da cela, situada na naos, onde se erguia a estátua da divin-
dade; nos fundos, separado da naos por uma parede, o epistódo-
mos, depósito para a guarda de ex-votos, relíquias e tesouros. 
Construídos de preferência sobre elevações, o templo era de di-
mensões reduzidas, pois não destinava às reuniões dos fiéis, mas 
à simples morada da divindade. No seu interior só penetravam os 
sacerdotes. As práticas religiosas faziam-se num altar, geralmente 
desaparecido, colocado no pátio fronteiro, na linha de direção da 
19
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
porta central, de sorte que do interior a divindade pudesse con-
templá-los. No pátio reuniam-se os fiéis (BATTISTONI FILHO, 1989, 
p. 36).
Não só esculturas produziam os gregos, muitas pinturas fo-
ram perdidas e o pouco que ficou são os famosos vasos gregos 
que não eram utilizados para guardar flores, como nós fazemos, 
serviam como reservatórios de vinho ou azeite.
De acordo com alguns autores:
A pintura em vasos contava a história de deuses e heróis da mito-
logia grega ou narrava eventos contemporâneos, como as guerras 
e as festas [...] riscava os detalhes do desenho com uma agulha, ex-
pondo a tonalidade da argila. O estilo de figura vermelha, que teve 
início por volta de 530 a.C., invertia o esquema de cores (STRICK-
LAND, 1999, n. p.). 
Foi um momento assombroso na história da arte quando, talvez um 
pouco antes de 500 a.C., os artistas se atreveram pela primeira vez 
na história a pintar um pé tal como é visto de frente. 
Nas milhares de obras egípcias e assírias que chegaram até nós, 
jamais aconteceu algo assim. Um vaso grego mostra com que or-
gulho essa descoberta foi adotada [...] vemos os cinco dedos dis-
postos como uma fileira de cinco pequenos círculos. Significou que 
o artista deixara de ter a pretensão de juntar tudo na pintura em 
sua foram mais claramente explícita, passando a levar em conta o 
ângulo de onde ele via o objeto (GOMBRICH, 1999, n. p.).
Roma, a conquistadora da Gália e de Cartago, da Grécia e do 
Egito, a dominadora do Mundo Ocidental durante seis séculos, a 
capital dos poderosos. A não ser na engenharia e na arquitetura 
monumental, Roma praticamente não produziu nenhuma criação 
artística original. 
Assim, enquanto os romanos conquistavam o mundo, a arte 
permanecia quase que inalterada. Esse grande império ia se fun-
dando sobre as cinzas e ruínas dos reinos helênicos. Não só "pas-
saram por cima" deles como também aproveitaram ao máximo 
sua arte, copiando-a literalmente. 
Muitos dos artistas que em Roma trabalhavam eram prove-
nientes da Grécia por isso, além das cópias, o que existia ali era 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco20
mesmo fruto das experiências helênicas. Conta-se a história de um 
general romano que, ao fiscalizar o transporte de algumas está-
tuas gregas roubadas de uma cidade oriental, gritou para os seus 
soldados que se quebrassem aquelas obras ele os faria trabalhar 
até que produzissem outras iguais. Dessa monta, era a estupidez 
daqueles que transportavam as obras de arte para Roma. Pelo que 
hoje sabemos, a mentalidade desse general e sua atitude ante as 
obras de arte foram típicas da grande maioria dos romanos cultos. 
À exceção dos engenheiros, a história só nos fala de pilhagem, de 
imitação e aquisição em matéria de arte. 
Mesmo copiando a arquitetura, os romanos não repetiram 
templos aos deuses, construíram os banhos, as arenas, os teatros, 
os circos. Construções enormes e cheias de ornamentos - elemen-
tos menores, molduras e relevos que, parecem ter sido acrescen-
tados à estrutura do edifício sem dele fazerem parte integrante. 
Seu interesse em governar era grandioso e por isso, construiu edi-
ficações tão imponentes. Mesmo que tenha sido sobre alicerces 
primeiramente gregos; foi na área da engenharia civil que os ro-
manos se "encontraram". A beleza era funcional no desenvolvi-
mento das cidades. Por isso, desenvolveram o arco, a abóboda e 
o domo.
Construir um arco com pedras separadas em formas de cunha é 
uma dificílima façanha de engenharia. Uma vez dominada essa 
arte, o construtor pode utilizá-la para projetos cada vez mais ousa-
dos. Pode multiplicar os pilares de uma ponte ou de um aqueduto, 
ou até fazer uso desse recurso para construir um teto abobadado 
(GOMBRICH, 1999, n. p.). 
Vale lembrar que também desenvolveram um estilo próprio 
de escultura. 
Os bustos romanos, por exemplo, são criações interessantes. 
Não são mais deuses que devem ser adorados, mas possuem algo 
de parecido. Os romanos primitivos necessitavam de retratos fiéis 
aos modelos para transportar durante procissões fúnebres (costu-
me que se relaciona aos dos egípcios na crença de que a imagem 
conversa a alma); mais tarde, durante o Império Romano, seus 
21
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
imperadores foram conservados em bustos e/ou estátuas que 
eram vistos com certa adoração. Mas são retratos mais realistas 
e menos lisonjeiros que as obras gregas; pretendiam representar 
fielmente seus retratados porem não os viam como deuses perfei-
tos e sublimes, eram "realmente" os retratados, executados com 
naturalidade. 
De acordo com Strickland (1999, n. p.):
Os romanos tinham em casa máscaras mortuárias, feitas em cera, 
dos ancestrais. Essas imagens realísticas eram moldes totalmente 
factuais das feições do falecido, e essa tradição influenciou os es-
cultores romanos. 
Apesar de os painéis serem muito bem feitos, o objetivo dos 
romanos era a ilustração perfeita de um fato histórico,não preo-
cupavam mais com ideais de beleza ou harmonia em suas obras 
como os gregos faziam. Tinham gosto pela narração; os assuntos 
representados tornaram-se o elemento mais importante. A queda 
de uma cidade (em cima), uma batalha contra os bócios (centro) 
e soldados cortando trigo do lado de fora de uma fortaleza (em-
baixo).
Idade Média
A Idade Média divide-se em três períodos culturais bastante 
distintos: a economia natural da fase inicial da Idade Média, a ca-
valaria galante da Alta Idade Média e a cultura burguesa do final 
da Idade Média. 
Durante a Idade Média, a arte manteve-se ligada à religião 
numa sucessão de três estilos. As principais formas de arte e arqui-
tetura associadas a cada estilo são as seguintes:
• Bizantino.
• Romano.
• Gótico.
A arte apenas no começo da Idade Média é simplificada, es-
tilizada, não há profundidade espacial, as proporções são arbitrá-
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco22
rias. Com o começo da economia monetária urbana e o modo de 
vida burguês, predominam essa maneira de fazer a arte muda. O 
que não muda é o seu caráter puramente religioso e espiritual. 
A primitiva arte cristã, nos três primeiros séculos da Idade Mé-
dia, foi uma variante da arte romana tardia. Há uma vontade de 
representar mais o espiritual do que o sensível, tendência para a 
abstração, formas planas com cores chapadas, presença da fron-
talidade, solenidade e hierarquia. Rejeita qualquer representação 
da realidade, parecendo, em certo momento, uma arte geométri-
ca da Grécia Antiga. É o despertar de um novo homem espiritual 
refletido nas palavras de São Paulo: Eu vivo, mas não eu: é Cristo 
que vive em mim. 
Agora, a Roma Imperial está em Ruínas. A igreja em seu triun-
fo produz um estilo de arte sem nenhuma ligação com o mundo 
antigo. A arte assume o seu caráter didático de educação religiosa.
O bizantino refere-se à arte do Mediterrâneo oriental desde 
330 d.C., quando Constantino transferiu o trono do Império Ro-
mano para Bizâncio (mais tarde chamado "Constantinopla") até a 
queda da cidade nas mãos dos turcos, em 1453.
Arte Romana (ou Românica)
Por volta de 1050, o catolicismo já estava em toda Europa 
feudal e igrejas eram construídas em vários lugares. 
A produção artística desse período é marcada por vários es-
tilos espalhados na Europa Ocidental, possuem semelhança, mas, 
também grandes diferenças. Várias construções como termas, 
aquedutos e templos são relativamente idênticos, criando certa 
identidade própria nos caminhos percorridos nessa região; a lín-
gua falada era apenas uma, o latim, os costumes eram parecidos.
Arte Gótica - A era das "gaiolas de vidro e pedras"
Segundo Strickland (1999, p. 28):
O auge do desenvolvimento artístico da Idade Média, rivalizando 
com as maravilhas da Grécia e da Roma da antiguidade, foi a cate-
23
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
dral gótica. De fato, essas "Bíblias de Pedra" superam até mesmo a 
arquitetura clássica em termos de ousadia tecnológica. Entre 1200 
e 1500, os construtores medievais ergueram essas estruturas ela-
boradíssimas, com interiores atingindo uma altura sem pretenden-
tes no mundo da arquitetura. 
Europa agora caminhava em direção ao triunfo do cristianis-
mo; uma nova etapa que almejava prosperidade e confiança.
O estilo gótico, que se estende da queda de Roma, no século 
5, ao início da Renascença, no século 15, tem início com a arqui-
tetura e, em geral, é mais homogêneo que o românico. Isso pode 
ter ocorrido devido a falta de trabalho nesta época; os artistas iam 
atrás de empregos em diversas cidades e assim, levavam seus co-
nhecimentos, o que não mudava muito. 
Ao mesmo tempo, algumas igrejas desse período apresen-
tam uma miscelânea de estilos por, de tão complexas, levarem 
tanto tempo para serem concluídas, como, por exemplo, a Cate-
dral de Colônia, que levou seis séculos para ser construída.
Diferentes das igrejas românicas, que eram enormes em 
função das peregrinações que traziam diversas pessoas de fora, 
as catedrais góticas nasceram com as cidades; todos os novos mo-
radores participavam, de certa maneira, dessas construções, daí o 
nascimento e crescimento dessas cidades onde as catedrais tor-
naram-se o centro onde acontecia grande parte das atividades da 
comunidade.
O renascimento
O Renascimento compreende o período de 1400 à 1500, ou 
seja, do século 15 ao 16. Esse termo foi usado por se tratar mesmo 
de um re-nascimento, o nascer de novo de uma cultura. A Idade 
Média durou aproximadamente 1000 anos e foi chamada "Média" 
por não ter muito a acrescentar, foi o período denominado Idade 
das Trevas e a arte era usada para o ensino da religião, valorizava-
-se o Divino e sobrenatural. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco24
No início do século 15, alguns pensadores começaram a vol-
tar seus olhares para a Antiguidade Clássica, considerada por mui-
tos um período onde se tinha esgotado todas as possibilidades, 
onde o artista tinha chegado à perfeição. Insatisfeitos, não foram 
buscar a Antiguidade para revivê-la e sim superá-la. O renascimen-
to alimenta-se da arte grega, porém coloca como tema principal o 
homem.
Descoberta da tinta a óleo, a tinta mais durável, a perspec-
tiva renascentista, a composição piramidal, o retângulo áureo e o 
sfumato.
Barroco
A palavra Barroco é de origem espanhola barrueco que sig-
nifica um tipo de pérola com formação defeituosa. Esse termo foi 
utilizado de forma pejorativa ao período por que seus represen-
tantes não observavam as regras estabelecidas até então.
O barroco é tão diferente de país para país que parece difícil 
incluí-lo em uma só denominação. O barroco dos círculos corte-
sãos e católicos é totalmente diferente do barroco da classe média 
e das comunidades protestantes. É só ver a arte de Bernini, Ru-
bens, Rembrandt e Van Goyen para perceber como são distintas. 
A arte como recurso de poder
Nos países que se mantiveram católicos, a Igreja em busca 
de sua revitalização busca na arte uma ferramenta de grande auxí-
lio. Nas Igrejas, unem-se arquitetura, pintura e escultura. Seu inte-
rior trabalhado com muitas imagens e ornamentos para ostentar 
seu poder e dar aos seus fiéis uma "prévia" da vida espiritual por-
vir. A burguesia tendo em mãos mais dinheiro e mais poder passa 
a encomendar obras de arte para exaltar-se perante a sociedade 
e, o Rei para transmitir uma ideia de monarquia forte e poderosa 
e para difundir a sua imagem. Um bom exemplo disso: o Rei Luís 
XIV. Já nos países onde o Protestantismo vigorava, a arquitetura 
sustenta-se em linha mais sóbria e a pintura passa por uma gran-
25
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
de mudança, os artistas não se veem mais obrigados a refletir em 
suas obras a leis da igreja e ganham maior liberdade.
A arquitetura ganha maior expressividade nos países católi-
cos, as igrejas impõem-se pela beleza dos ornamentos, pela sun-
tuosidade e pelo movimento, nada é simples, tudo é muito bem 
organizado e bem disposto no sentido de criar uma composição 
majestosa. Para conseguir diferentes efeitos visuais, são usadas 
curvas, contracurvas, elementos retorcidos e em espirais, colunas 
torsas, teto elevado e uso da pintura e escultura.
Encerramos aqui essa abordagem preliminar dos assuntos 
que serão desenvolvidos ao longo de nossos estudos. Esperamos 
que ela tenha contribuído para instigá-lo a aprofundar seus conhe-
cimentos sobre História da Arte: da Pré-história ao Barroco.
Bons estudos!
Glossário de Conceitos 
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá-
pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um 
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados neste Caderno de Referência de 
Conteúdo. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos: 
1) Abóbada: [...] cobertura de curvatura côncava e con-
tínua, levantada num espaço interno, e construída ge-
ralmente com pedrasou tijolos que se apóiam uns nos 
outros, de modo que suportem seu próprio peso e as 
cargas externas (FERREIRA, 2005).
2) Afrescos: eram pinturas feitas na parede enquanto a pri-
meira camada de argamassa ainda estava fresca.
3) Arco: [...] peça curva, geralmente montada com tijolos 
ou aduelas de pedra, segundo o sistema de construção 
das abóbadas, e que se emprega para vencer vãos de 
portas, janelas ou outras aberturas [...] 4. Arquitetura: 
Curvatura de abóbada (FERREIRA, 2005).
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco26
4) Arquitetura Grega: [...] é estática, isto é, baseada no 
princípio construtivo de peso e sustentação e domina-
da pelo horizontalismo. O maior exemplo da arquitetura 
grega é o templo. Esse possuía uma planta retangular 
muito simples. Compunha-se de pronaos, espécie de 
vestíbulo ou entrada; da naos, a nave central e principal 
do recinto; da cela, situada na naos, onde se erguia a 
estátua da divindade; nos fundos, separado da naos por 
uma parede, o epistódomos, depósito para a guarda de 
ex-votos, relíquias e tesouros (MEIRA, 2012). 
5) Arte helenística: [...] é o termo aplicado à arte e arquite-
tura gregas ou de inspiração grega a partir do final do sé-
culo IV até o final do século I a.C. Um grande número de 
conhecidas obras de arte gregas, tais como Laocoonte e 
seus filhos, a Vênus de Milo e a Vitória de Samotrácia, 
são deste período (WIKIPÉDIA, 2007a). 
6) Arte rupestre: 1. Os desenhos, pinturas, etc., feitos nas 
cavernas pelos homens pré-históricos; inscrição rupes-
tre. Rupestre [Do fr. rupestre < lat. cient. rupestris < lat. 
rupes.] Adjetivo de dois gêneros. 1. Litófilo. 2. Gravado 
ou traçado na rocha: "A primeira vez que minha atenção 
foi despertada para as inscrições rupestres do interior 
do Brasil foi em 1907" (GUSTAVO BARROSO, 1931, p. 
197.). 3. Construído em rochedo: "algum cigano, desses 
que ainda hoje o turista vê com encanto nas casas mile-
nárias, rupestres, furadas nos flancos das encostas que 
cingem Granada" (FRANCO, 1961, p. 8). V. arte –, gravura 
–, inscrição – e pintura (FERREIRA, 2005).
7) Artífice: autor, inventor, realizador (FERREIRA, 2005).
8) Aton: [...] era na mitologia egípcia o deus solar, represen-
tado como um disco que emitia raios que terminavam 
em mãos humanas. Akhenaton, faraó da XVIII dinastia 
egípcia, fez de Aton a única divindade digna de culto du-
rante o seu reinado. O culto de Aton data da época do 
Império Antigo, situando geograficamente na cidade de 
Heliópolis. Na época de Akhenaton Aton veio a substituir 
o antigo deus Amon, desagradando muitos seguidores 
de Amon, tanto que as realizações de Akhenaton (que 
significa 'filho do Sol') foram destruídas por tais segui-
27
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
dores querendo apagar da história do Egito seu registro 
(WIKIPÉDIA, 2007c). 
9) Basílica: no Período Romano, a palavra se refere à fun-
ção do edifício (um grande local para reuniões) mais do 
que à sua forma, que pode variar de acordo com seu 
uso; como um edifício público oficial, a basílica romana 
tinha certas conotações religiosas. O termo foi adotado, 
também, pelos cristãos primitivos para se referir a suas 
igrejas. Uma basílica cristã primitiva tinha uma planta 
oblonga, um teto plano de madeira, telhado em treliça e 
um abside (grande nicho que dá para a nave central de 
uma igreja, geralmente na extremidade oriental). A en-
trada ficava no lado mais baixo, e a abside se projetava 
do lado oposto, na extremidade mais distante do edifício 
(JANSON; JANSON, 1996, p. 453). 
10) Catasterizar: [...] segundo a mitologia é o acto de trans-
formar um personagem, homem, animal ou objecto 
numa constelação de forma a eternizá-lo no firmamen-
to. A catasterização é, de certa forma, o equivalente Di-
vino à morte. Deuses, Heróis semi-divinos ou agraciados 
pelos seus feitos e outros seres e mesmo objectos que-
ridos dos Deuses, que de uma forma ou de outra cessa-
ram a sua existência original, podem perpetuar-se sob a 
forma de uma constelação, livrando-se assim do Hades 
ou do simples oblívio (WIKIPÉDIA, 2008). 
11) Catedrais: igrejas próprias dos bispos - cathedra = trono 
episcopal (GOMBRICH, 1999, p. 188).
12) Cedro: Árvore de grande porte, sem ramificação, da fa-
mília das meliáceas (Cedrela fissilis), dotada de casca 
grossa, considerada medicinal, flores grandes e alvas e 
fruto capsular lenhoso com numerosas sementes. For-
nece madeira própria para marcenaria, escultura, cer-
tas embarcações pequenas etc. (RECANTO DAS LETRAS, 
2012).
13) Cidade-estado: é o termo que "[...] designa regiões 
controladas exclusivamente por uma cidade. Cidades-
-Estados eram comuns na Antigüidade, principalmente 
na Grécia Antiga, tais como Tróia, Atenas e Esparta" (WI-
KIPÉDIA, 2007e). 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco28
14) Contrapposto Clássico: [...] é um termo utilizado em 
escultura para assinalar uma forma de representação 
humana que busca a naturalidade, em contraposição às 
representações rígidas e artificiais presentes na escultu-
ra até então. Essa característica, inovação grega, é cons-
tituída pela distribuição harmônica e natural do peso da 
figura representada em pé, com uma perna flexionada e 
a outra sendo a principal sustentação desse peso. Assim, 
a figura adquire um caráter de movimento natural tanto 
de frente quanto de lado, necessitando também de uma 
base específica sobre a qual age (WIKIPÉDIA, 2007). 
15) Diorama: Quadro iluminado na parte superior por luz 
móvel e que produz ilusão óptica (UFBA, 2012).
16) Domo: [...] cobertura hemisférica de um edifício; o extra-
dorso de uma cúpula; zimbório. 2. Arquitura: cobertura 
de forma curva, executada com material translúcido, 
para iluminação do interior de uma edificação (FERREI-
RA, 2005).
17) Escorço: Desenho ou pintura que representa objeto de 
três dimensões em forma reduzida ou encurtada, segun-
do as regras da perspectiva. 2. As figuras assim represen-
tadas. 3. Qualquer figura menor que o natural (FERREI-
RA, 2005).
18) Esfinge: As esfinges - do vocábulo grego sphinx, que 
deriva da expressão egípcia shesep ankh, que significa 
'imagem vivente' - são esculturas que representam o 
faraó ou uma divindade protetora. As expressões mais 
típicas da estatuária egípcias faraônica possuem um cor-
po leonino e uma cabeça que pode ter tanto feições hu-
manas como traços de um animal que represente uma 
divindade (SILIOTTI, 2006, p. 135).
19) Hieróglifos: os egípcios antigos escreviam usando hie-
róglifos - símbolos que, de forma similar aos kanji (na 
escrita japonesa) representam letras ou sons.
20) Hórus (Heru-sa-Aset, Her'ur, Hrw, Hr ou Hor-Hekenu): 
era o deus egípcio do céu, filho de Osíris e Ísis. Tinha ca-
beça de falcão e seus olhos representavam o sol e a lua. 
Matou Seth e tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu 
29
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
um olho lutando com Seth, considerado o famoso olho 
de Hórus, originalmente conhecido como o Olho de Rá, 
que foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas 
as épocas. Segundo a lenda de Osíris, na sua vingança, 
Seth arrancou o olho esquerdo de Hórus que foi subs-
tituído por este amuleto. Depois da sua recuperação, 
Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à 
vitória decisiva sobre Seth. O Olho de Hórus simbolizava 
poder real. Os antigos acreditavam que este símbolo de 
indestrutibilidade poderia auxiliar no renascimento, em 
virtude de suas crenças sobre a alma (WIKIPÉDIA, 2007j). 
21) Jan Van Eyck: Pintor holandês nascido em Maaseik, no 
bispado de Liège, Flandres, então no Sacro Império Ro-
mano, hoje Bélgica, considerado o fundador da escola 
realista flamenga, especialista na recém-criada técnica 
da pintura a óleo (NET SABER, 2008).
22) Mesolítico: o termo foi inventado para descrever os gru-
pos caçadores na Europa no período pós-glacial (NOVA 
ENCICLOPÉDIA ILUSTRADA - FOLHA DE SÃO PAULO, 
1996). Período de transição entre o Paleolítico eo Neo-
lítico. Seus povos eram grupos de caçadores-coletores 
que existiam há cerca de 10 mil anos, quando o clima se 
tornou mais quente, no final da última era glacial. O ter-
mo é mais aplicável à Europa ocidental, em que as socie-
dades caçadoras do Mesolítico coexistiram com grupos 
agrícolas neolíticos mais a leste.
23) Myron: [...] foi um escultor grego (século V a.C.), nascido 
em Elêutras. Foi o mais velho dos três grandes escultores 
do século de Péricles: Myron, Fídias e Policleto. Duas de 
suas obras chegaram até nós em cópias romanas: Atena, 
Mársias, e o Discóbolo, uma das esculturas mais famosas 
da história da arte (WIKIPÉDIA, 2007k). 
24) Naturalismo: [De natural + -ismo.] Substantivo mascu-
lino. 1. Estado daquilo que é produzido pela natureza. 
2. Art. Plást. Na pintura, representação realista da natu-
reza. 3. Doutrina ou escola literária infensa a qualquer 
idealização da realidade, e que insiste particularmente 
nos aspectos que, no homem, resultam da natureza e de 
suas leis. [Cf. realismo1 (6).] 4. Teatr. Estilo de encenação 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco30
originário da França, com Émile Zola (1840-1902), e que 
é um prolongamento do teatro realista [v. realismo1 (4)], 
do qual se distingue por conceber a verdade como sendo 
virtualmente sinônima da seqüência dos acontecimentos. 
5. Filos. Doutrina segundo a qual todo conjunto de fe-
nômenos pode ser reduzido, por um encadeamento 
mecânico, a fatos do mundo concreto material sem a in-
tervenção de nenhuma causa transcendente. P. ex.: em 
moral, doutrina que fundamenta a conduta humana na 
satisfação dos instintos biológicos. 6. Filos. Doutrina que 
preconiza a volta à natureza e à simplicidade primitiva, 
quer nas instituições sociais, quer na maneira de viver; 
naturismo (FERREIRA, 2005).
25) Neolítico ("nova idade da pedra"): é termo utilizado 
para designar a última etapa da Idade da Pedra, carac-
terizada pela presença de machados de pedra polida e 
cerâmica simples. A descoberta neolítica da agricultura 
acabou com o lento desenvolvimento das sociedades 
caçadoras dos períodos Paleolítico e Mesolítico, dando 
início a um período de rápidas mudanças, que logo ge-
raram a utilização de metais, as cidades, os Estados e os 
impérios. O termo é, portanto, melhor aplicado às popu-
lações agrícolas da Ásia e da Europa que utilizavam ma-
chados de pedra polida para abrir clareiras em florestas 
e que cozinhavam seus grãos em vasilhas de cerâmica. 
Os primeiros agricultores, de localidades como Jericó, 
não conheciam a cerâmica e eram designados neolíticos 
pré-cerâmica. 
26) Paleolítico: é o termo que descreve a primeira parte da 
Idade da Pedra, caracterizada pela invenção de ferra-
mentas de pedra lascada. Atualmente o uso do termo é 
frequentemente ampliado para abranger o período em 
que o homem viveu como caçador, coletor, predador e 
artífice de ferramentas, antes e depois da última era gla-
cial. 
27) Papiro: 1. Grande erva da família das ciperáceas (Cype-
rus papyrus), própria das margens alagadiças do rio Nilo, 
na África, cujas compridas folhas forneciam hastes das 
quais se obtinha o papiro, material sobre o qual se escre-
31
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
via. 2. Suporte gráfico feito de papiro (1). 3. Manuscrito 
antigo, feito de papiro (FERREIRA, 2005).
28) Pietà: foi a única obra que Michelangelo assinou. Quan-
do ela foi exposta, viu um grupo de pessoas discutindo 
sua autoria e não acreditando que poderia ser de um es-
cultor tão jovem, Michelangelo estava com 23 anos. Es-
culpiu então, na faixa que passa pelo peito da virgem, a 
frase: "Michael Angelus. Bonarotus. Florent. Facieba(t)", 
traduzindo: <<Miguel Angelo Buonarotus de Florença 
fez>>.
29) Primitivo: [Do lat. primitivu.] Adjetivo. 1. De primeira 
origem; original, inicial, inaugural: os tempos primitivos. 
2. Dos primeiros tempos; primordial, primeiro: povos 
primitivos. 3. Que não é derivado; básico, primário. 4. 
V. primigênio. 5. Diz-se de um organismo, órgão, etc., 
em começo de evolução, ou muito pouco diferenciado 
de seus antepassados mais remotos. 6. P. ext. Simples; 
áspero, rude: É uma alma primitiva; Usa métodos primi-
tivos para alcançar seus fins. 7. Antrop. Obsol. Relativo 
aos povos não letrados, que vivem em sociedades ger. 
caracterizadas como de escala menor, organização social 
menos complexa e nível tecnológico menos desenvolvi-
do do que as sociedades ditas civilizadas, e vistos pelo 
evolucionismo social (q. v.) como representantes de um 
estado social e mental supostamente mais próximo da 
condição original, natural, da humanidade, ou dela so-
breviventes (FERREIRA, 2005).
30) Santiago de Compostela: [...] é a capital da Galiza (Es-
panha), localiza-se na Corunha, de área 221,50 km² com 
população de 92.298 habitantes (2004) e densidade 
populacional de 416,70 hab/km². É uma cidade mun-
dialmente famosa pela sua catedral de fachada barroca 
onde acorrem os peregrinos que perfazem os Caminhos 
de Santiago de maneira a depararem-se com o manto 
de Sant’Iago, um dos apóstolos de Cristo, cujo corpo 
se diz que foi trasladado para aquele lugar (WIKIPÉDIA, 
2008b). 
31) Têmpera: é um método de pintura no qual os pigmentos 
de terra são misturados a um "colante", uma emulsão de 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco32
água e gemas de ovo ou ovos inteiros (às vezes cola ou 
leite) (WIKIPÉDIA, 2008c). 
32) Transepto: numa igreja cruciforme, braço que forma um 
ângulo reto com a nave central, geralmente situado en-
tre exata e a capela-mor ou abside (JANSON; JANSON, 
1996, p. 456).
Esquema dos Conceitos-chave 
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais 
importantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um 
Esquema dos Conceitos-chave. O mais aconselhável é que você 
mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até mesmo o 
seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você construir o 
seu conhecimento, ressignificando as informações a partir de suas 
próprias percepções. 
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos 
Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en-
tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais 
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você 
na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de 
ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-
-se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em 
esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu co-
nhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pe-
dagógicos significativos no seu processo de ensino e aprendiza-
gem. 
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, 
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
33
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem. 
Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados. 
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você 
o principal agente da construção do próprio conhecimento, por 
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas 
e externas, o Esquema dosConceitos-chave tem por objetivo tor-
nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe-
cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele-
cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com 
o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do 
site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon-
ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010). 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco34
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave – História da Arte: Da Pré-História ao Barroco. 
35
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
Como pode observar, esse Esquema oferece a você, como 
dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo. Ao segui-lo, será possível transitar entre 
os principais conceitos e descobrir o caminho para construir o seu 
processo de ensino-aprendizagem. Nesse mapa você conseguirá 
perceber a trajetória da arte do período que vai do Pré-história 
ao Barroco, conceituando suas principais características e simila-
ridade. Com ele, você conseguirá caminhar pela História da Arte 
esclarecendo suas dúvidas.
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de 
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como 
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, 
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento. 
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem 
ser de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertati-
vas. 
Responder, discutir e comentar essas questões pode ser uma 
forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a re-
solução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará 
se preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além 
disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhe-
cimentos e adquirir uma formação sólida para a sua prática profis-
sional. 
As questões de múltipla escolha são as que têm como resposta 
apenas uma alternativa correta. Por sua vez, entendem-se por 
questões abertas objetivas as que se referem aos conteúdos 
matemáticos ou àqueles que exigem uma resposta determinada, 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco36
inalterada. Já as questões abertas dissertativas obtêm por 
resposta uma interpretação pessoal sobre o tema tratado; por isso, 
normalmente, não há nada relacionado a elas no item Gabarito. 
Você pode comentar suas respostas com o seu tutor ou com seus 
colegas de turma.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos estudados, pois relacionar aquilo que está no campo visual 
com o conceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
O estudo deste Caderno de Referência de Conteúdo convida 
você a olhar, de forma mais apurada, a Educação como processo 
de emancipação do ser humano. É importante que você se atente 
às explicações teóricas, práticas e científicas que estão presentes 
nos meios de comunicação, bem como partilhe suas descobertas 
com seus colegas, pois, ao compartilhar com outras pessoas aqui-
lo que você observa, permite-se descobrir algo que ainda não se 
conhece, aprendendo a ver e a notar o que não havia sido perce-
bido antes. Observar é, portanto, uma capacidade que nos impele 
à maturidade. 
Você, como aluno do curso de Graduação na modalidade 
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente. 
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor 
37
Claretiano - Centro Universitário
© Caderno de Referência de Conteúdo
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades 
nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta 
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas. 
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, 
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a 
este Caderno de Referência de Conteúdo, entre em contato com 
seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você. 
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BASTTISTONI FILHO, D. Pequena História da Arte. 3. ed. Campinas: Papirus, 1989. 
FERREIRA, A. B. H. Miniaurélio: o dicionário de língua portuguesa. 6. ed. rev. atual. 
Curitiba: Positivo, 2005.
GOMBRICH, E. H. A História da arte. Tradução de Álvaro Cabral. 16. ed. Rio de Janeiro: 
LTC, 1999.
JANSON, H. W.; JANSON, A. F. Iniciação à História da Arte. 2. ed. São Paulo: Martins 
Fontes, 1996.
STRICKLAND, C. Arte comentada - da pré-história ao pós-moderno. Tradução de Ângela 
Lobo de Andrade. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco38
4. E REFERÊNCIAS 
CONHECENDO A HISTÓRIA DA ARTE. História da Arte. Arte egípcia. Disponível em: 
<http://conhecendoahistoriadaarte.blogspot.com.br/2012/01/arte-egipcia.html>. 
Acesso em: 27 abr. 2012.
MEIRA, T. História da arte. Disponível em: <http://historiarte-thais.blogspot.com.br/>. 
Acesso em: 2 maio 2012.
RECANTO DAS LETRAS. O cardo e o cedro. Disponível em: <http://www.recantodasletras.
com.br/mensagens/1249436>. Acesso em: 2 maio 2012.
UFBA – UNIVERSIDADE DA BAHIA. Glossário. Disponível em: <http://www.moodle.ufba.
br/mod/glossary/view.php?id=20623&mode=&hook=ALL&sortkey=&sortorder=&fullse
arch=0&page=3>. Acesso em: 2 maio. 2012.
1
EA
D
Arte Pré-Histórica
1. OBJETIVOS 
• Identificar e analisar a cultura e a arte por meio de uma 
abordagem ampla, considerando a própria diversidade 
cultural que a pré-história traz.
• Contextualizar e interpretar o início da arte.
2. CONTEÚDOS
• Escultura, pintura, arquitetura e outras formas de arte 
pré-histórica.
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco40
1) A arte rupestre desenvolveu-se durante um longo perío-
do da história humana. No Brasil, recentemente tivemos 
a descoberta de um grande sítio arqueológico no Piauí. 
Isso confirma a presença de povos pré-históricos que 
habitavam nosso território. Confira as pinturas deixadas 
por esses homens nas cavernas do Brasil e compare-
-as com as pinturas encontradas nas demais regiões do 
mundo, visitando o sítio do Museu do Homem Ameri-
cano, disponível em: <http://www.fumdham.org.br>. 
Acesso em: 6 jul. 2011. 
2) Durante o estudo deste Caderno de Referência de Con-
teúdo, você terá os subsídios necessários para realizar 
pesquisas e aprofundar o seu conhecimento sobre a arte 
pré-histórica. Para tanto, contamos com sua participa-
ção e dedicação, a fim de que possamosalcançar os ob-
jetivos propostos.
3) Antes de iniciarmos, é importante que você conheça um 
dos importantes artistas que integraram o estudo desta 
unidade: 
Mestre Didi
Mestre Didi é um sacerdote-artista que nasceu em Salvador – Bahia em 1917. 
Completamente integrado ao universo Nagô de origem Iorubana, usa da tradi-
ção, herança de antigas civilizações, replantadas e recriadas na poética de seus 
trabalhos. 
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Antes de darmos início ao estudo desta unidade, é impor-
tante entender que a história da arte, desde o princípio, não é so-
mente uma história de progresso da competência e capacidade 
técnicas, mas uma história de ideias, concepções e necessidades 
em constante mudança. 
Nesse sentido, será preciso realizar um estudo cronológico 
da história da arte, cujo ponto de partida está na pré-história. 
Desse modo, convidamos você a estudar a cultura e a arte 
por meio da ampla abordagem e diversidade cultural inerentes à 
pré-história, bem como a conhecer e refletir sobre seu início.
41
Claretiano - Centro Universitário
© U1 - Arte Pré-Histórica
Bom estudo!
5. HISTÓRIA DA ARTE: PRIMEIROS MOMENTOS
Para iniciar nossos estudos sobre os primeiros momentos da 
história da arte, observe atentamente a Figura 1 e reflita sobre a 
Europa pré-histórica: 
 
Fonte: Upjohn, Wingert e Mahler (1987, p. 33). 
Figura 1 Mapa da Europa pré-histórica. 
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco42
É interessante, também, conhecer a evolução do homem 
nesse período, conforme descrito no Quadro 1. 
Quadro 1 Evolução do homem. 
PERÍODOS HOMÍNIDAS LOCAIS CARACTERÍSTICAS SOCIEDADE
PALEOLÍTICO
INFERIOR
(500.000-
30.000 a.C.)
• Australopitecos.
• Pithecanthropus 
erectus.
• Sinanthropus 
pekinenses.
• Paleantropos.
• Homem de 
heidelberg.
• Javantropos.
• Homo 
• eanderthalensis.
• Cheliana.
• Acheliana.
• Musteriana.
• Coup de poing 
(machado 
manual sem 
cabo).
• Coup de poing 
(aperfeiçoado 
e lascas de 
pedras).
• Início do 
emprego 
de ossos na 
confecção de 
objetos.
• Sociedade 
comunal.
• Esboço da 
organização 
social.
• Nascimento da 
ins tuição da 
família.
• Nomadismo.
• Domínio do fogo.
• Rudimentos de 
linguagem.
• Indícios de rituais 
funerários.
• Primeiras 
prá cas de 
magia.
43
Claretiano - Centro Universitário
© U1 - Arte Pré-Histórica
PERÍODOS HOMÍNIDAS LOCAIS CARACTERÍSTICAS SOCIEDADE
PALEOLÍTICO 
SUPERIOR 
(30.000-18.000 
a.C.)
• Grimaldi.
• Chancelade.
• Cro-Magnon.
• Outros.
• Aurinhacense.
• Solutriana.
• Madaleniana.
• Nascimento da 
arte por meio 
da magia.
• U lização de 
ossos e chifres.
• Pedras 
lascadas, 
instrumentos 
especiais 
para gravar 
e esculpir 
pequenas 
esculturas 
(Vênus de 
Willendor, por 
exemplo).
• Bastões de 
comando.
• Auge do 
trabalho com 
o sílex, lâminas 
e pontas 
de arpão 
dentadas.
• A radores de 
dardos.
• Apogeu da arte 
das cavernas 
(Altamira e 
Lascaux).
• No fi nal, 
declínio da 
produção 
ar s ca.
• Organização 
social mais 
complexa.
• Agrupamentos 
baseados em 
famílias e clãs.
• Crescimento de 
sedentarismo.
• Desenvolvimento 
da linguagem.
• Maior 
diversidade da 
linguagem.
• Maior 
diversidade dos 
ritos funerários.
• Uso mais 
freqüente da 
magia.
NEOLÍTICO 
(18.000-5.000 
a.C.)
Diversos. Agropastoril rural.
• Agricultura.
• Domes cação 
de animais.
• Teares simples 
(cordas, 
tecidos e redes 
trançadas).
• Cerâmica.
• Barcos.
• Formação de 
uma consciência 
de ser social.
• Início de uma 
vida urbana, 
organizada em 
aldeias.
• Sedentarismo 
mais freqüente.
• No fi nal, esboço 
de concepções 
religiosas.
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco44
PERÍODOS HOMÍNIDAS LOCAIS CARACTERÍSTICAS SOCIEDADE
IDADE DOS 
METAIS (5.000-
4.000 a.C.)
Diversos. Agropastoril 
urbana.
• Emprego de 
cobre, bronze, 
ferro e outros 
metais.
• Avanço técnico 
na agricultura, 
transporte e 
indústria.
• Escrita.
• Vida urbana, 
agrícola e 
pastoril.
• Sociedade 
estra fi cada.
• Surgimento 
do Estado e da 
religião como 
ins tuições 
defi nidas.
Fonte: Livro Didático COC (s. d., p. 79). 
Agora, você pode se perguntar: arte, por quê? 
Saber o que é arte ou por que ela existe é uma questão que 
"persegue" as pessoas. São perguntas pertinentes com respostas, 
talvez, desnecessárias, diante da sua imensa existência, afinal, a 
arte existe sim e desde muito tempo e em diversos lugares. Exis-
te antes mesmo que a história começasse a ser escrita, se assim 
podemos mencionar, pois a linguagem, ou melhor, as imagens da 
pré-história continham tanto significados como atualmente têm as 
letras para nós. 
Pode-se afirmar, portanto, que as pinturas, esculturas e ou-
tras formas de arte primitivas são uma forma de escrita. Por elas, 
conseguimos supor o que essas imagens representavam para 
aqueles homens.
Desse modo, alguns símbolos podem ser usados como exem-
plo do significado das imagens para o homem pré-histórico, como 
é possível observar na Figura 2, que, apesar de não representar um 
objeto pré-histórico, foi realizada por povos primitivos e, por isso, 
pode ser utilizada como ilustração desse pensamento.
Neste contexto, de acordo com Gombrich (1999, p. 30):
A figura representa uma estátua originária do México. Os estudio-
sos pensam que ela representa um deus da chuva, cujo nome era 
Tlaloc. Nessas regiões tropicais, a chuva é freqüentemente uma 
questão de vida ou morte para as pessoas; pois sem chuva as safras 
podem-se perder e elas correm o risco de morrer de fome. Não 
admira que o deus das chuvas e trovoadas assumisse, no espíri-
to dessa gente, a forma de um demônio terrivelmente poderoso. 
O raio que surge das entranhas do céu parecia ser, na imaginação 
45
Claretiano - Centro Universitário
© U1 - Arte Pré-Histórica
desses povos, uma enorme serpente e, por isso, muitos povos ame-
ríndios consideravam a cascavel um ser sagrado e poderoso. Se 
observarmos mais atentamente a figura de Tlaloc, vemos, de fato, 
que a sua boca é formada por duas cabeças de cascavéis colocadas 
frente a frente, com suas grandes e venenosas presas sobressaindo 
das mandíbulas, e que o nariz também parece ser formado pelos 
corpos retorcidos das cobras. Talvez até os olhos possam ser vistos 
como serpentes enroscadas. [...] Se tentarmos penetrar na menta-
lidade que criou esses ídolos sobrenaturais, poderemos começar a 
entender como a feitura de imagens nessas primeiras civilizações 
estava não só ligada à magia e religião, mas era também a primeira 
forma de escrita. A serpente sagrada na antiga era mexicana era 
não só a imagem de uma cascavel, mas também podia desenvol-
ver-se num signo para o raio e, portanto, converter-se num caráter 
pelo qual uma trovoada poderá ser comemorada ou, talvez, invo-
cada. Sabemos muito pouco a respeito dessas misteriosas origens, 
mas, se quisermos compreender a história da arte, teremos bem 
em recordar uma vez por outra que imagens e letras são, realmen-
te, parentes consangüíneas.
© História da Arte: Da Pré-História ao Barroco46
Fonte: Gombrich (1999, p. 30).
Figura 2 Tlaloc, o deus da chuva asteca, séculos 14 - 15 - pedra: altura 40 cm; museu Für 
Völkerkunde, Staatliche Museen (Berlim). 
Para a compreensão da arte pré-histórica, é importante pen-
sarmos como se fôssemos os próprios artistas pré-históricos, pois, 
mesmo vivendo em outro contexto e nossos símbolos sendo ou-
tros, é possível tentar transferir alguns de nossos sentimentos para 
certas manifestações pré-históricas.
47
Claretiano - Centro Universitário
© U1 - Arte Pré-Histórica
Mas quando começou a arte? Onde está a primeira obra? 
Quem a criou? Qual a finalidade da arte?
Quando falamos em arte pré-histórica, logo nos vem à men-
te a pintura rupestre. Porém, antes de pintar, o homem começou 
a esculpir. 
Esculpiu suas ferramentas de trabalho, criando utensílios 
com formas e funções que foram se aprimorando. Partindo daí, o 
homem esculpiu diversos objetos, como armas, objetos de adorno 
e outros utensílios, estatuetas de marfim, pedra e

Outros materiais