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ECONOMIAECONOMIA Rubia Costa UNIDADE II 1 2 3 4 ENTENDER A DINÂMICA DA LEI DA DEMANDA E DA OFERTA CONFORME OS PREÇOS DO MERCADO. A microeconomia é parte da ciência econômica que estuda sobre o comportamento tanto do consumidor como da empresa, conforme as leis naturais do mercado.1 • O que e quanto produzir? • Como produzir? • Para quem produzir? Na análise microeconômica, desses três questionamentos fundamentais, devemos observar que a microeconomia se concentra no estudo e pesquisa do comportamento do consumidor e da empresa conforme a dinâmica própria do mercado. CONCEITO DE MICROECONOMIA A microeconomia analisa o comportamento tanto do consumidor como da empresa, ela faz todo um estudo analítico das atividades econômicas dos agentes econômicos que interagem no mercado para satisfazer suas necessidades, sejam de consumo, no caso das famílias, sejam de produção, no caso das empresas. Assim, o “mercado” atua como mediador de troca dos interesses dos agentes econômicos. Os consumidores procuram bens e serviços precificados As empresas (centros produtivos) procuram no mercado recursos produtivos O foco da microeconomia é o mercado, os fatores econômicos e comportamentais tanto dos consumidores como das empresas servem como grande apoio para a administração e comercialização dos bens e serviços das atividades produtivas. Através do entendimento comportamental, do consumidor e empresa, pode-se analisar: • Como os diferentes níveis de preços praticados no mercado levam as famílias a consumir um maior ou menor volume de um determinado produto ou serviço; • Como os diferentes níveis de preços praticados no mercado levam as empresas a oferecer mais, ou inclusive menos, de um determinado produto ou serviço; • Quais são os motivadores que levam as famílias a consumir determinado produto ou serviço? Isto é, motivadores que visam satisfazer suas necessidades e/ou “desejos”; • Quais são os motivadores que levam as empresas (entidades produtivas) a oferecer no mercado um determinado produto ou serviço aos consumidores? Devemos observar que o motivador em comum, para todas as empresas, é a geração de lucro. “ LEI DA DEMANDA: O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR É o comportamento natural dos seres humanos no momento de procurar, comprar e consumir um determinado produto no mercado, conforme os níveis de preços apresentados. Estuda nosso comportamento de comprar e consumir um determinado produto conforme preços estabelecidos pelo mercado. “Os fundamentos da análise da demanda ou procura estão alicerçados no conceito subjetivo de utilidade. A utilidade representa o grau de satisfação ou bem- estar que os consumidores atribuem a bens e serviços que podem adquirir no mercado” (VASCONCELLOS, 2011, p. 31). 7 Renda e demanda são relativamente proporcionais! COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES O preço como limitante ao consumo: o consumo de um produto está vinculado ao nível de preços deste no mercado. Assim, quanto maior o preço, menor será o volume de consumidores dispostos e efetivamente “aptos” para comprar e consumir um determinado produto O fator da escolha de produtos substitutos: se um produto está caro demais para um determinado grupo de consumidores, logo estes terão a tendência de procurar produtos semelhantes. A utilidade marginal decrescente: no contexto do comportamento da procura, quanto maiores forem as quantidades consumidas, menores serão os graus ou níveis de sua utilidade marginal (ou satisfação). RELAÇÃO ENTRE QUANTIDADE PROCURADA E PREÇO DO PRODUTO Como padrão geral, podemos dizer que as quantidades efetivamente procuradas mudam inversamente proporcional à medida que os preços oscilam no mercado, isto quer dizer que: • Quanto mais baixo for o preço de determinada mercadoria, maior será a quantidade efetivamente procurada; • Quanto mais alto o preço de determinada mercadoria, menor será a quantidade efetivamente procurada. O comportamento do consumidor possui as seguintes características: o preço como limitante ao consumo; o fator da escolha de produtos substitutos; e a utilidade decrescente ou marginal. A oferta é a capacidade de oferecer, por parte das empresas, uma determinada quantidade de produto em função do nível de preços praticados no mercado. Quanto maior o preço, maiores serão as quantidades ofertadas no mercado. 14 OFERTADEMANDA se o preço de venda da mercadoria for menor que os custos de produção, não haverá incentivo para produzir. 17 O preço ideal e o comportamento da procura e oferta Os Consumidores e os Produtores reagem diferentemente às variações dos preços, ou seja, eles possuem interesses conflitantes ou contrapostos. Os CONSUMIDORES procuram o preço mais baixo possível para suprir suas necessidades e, os PRODUTORES buscam um preço alto para a venda de seus produtos para elevarem o lucro PONTO DE EQUILIBRIO • Nos preços mais baixos, abaixo de R$ 3,50, embora seja estimulante para os consumidores, não incentiva os produtores, pois venderão gerando menor lucro. • Nos preços mais altos, acima de R$ 3,50, embora seja lucrativo para as empresas, inibe as quantidades efetivamente procuradas. Tanto na demanda quanto na oferta de qualquer bem ou serviço podem acontecer deslocamentos da curva (demanda e/ou oferta). Isto acontece quando as estruturas da demanda e/ou oferta mudam. 20 ALTERAÇÃO NA ESTRUTURA DA DEMANDA • Maior renda: se houver aumento da renda do consumidor, supondo aumento geral do salário classe média, haverá maior capacidade real de consumir, aumentando as quantidades procuradas em cada um dos preços dos produtos ofertados. O resultado disso é um deslocamento da curva da procura à direita, portanto, um preço de equilíbrio maior, pois haverá maiores quantidades procuradas para cada um dos possíveis preços da curva da demanda. • Preferências para um smartphone em detrimento de um celular comum: se o consumidor começar a preferir comprar mais um smartphone de última geração, a procura por celulares comuns cairá, ou seja, mudança nos hábitos de consumo resultarão num deslocamento da curva da procura à esquerda, portanto, um preço de equilíbrio menor, pois haverá menores quantidades procuradas para cada um dos possíveis preços da curva da demanda. O termo de elasticidade está diretamente vinculado à sensibilidade das quantidades procuradas e ofertadas no mercado. No caso da elasticidade da procura, analisaremos a “sensibilidade” nas quantidades procuradas de um determinado produto em função direta do nível de preço praticado no mercado. ELASTICIDADE DA PROCURA E DA OFERTA Quanto maior for a sensibilidade de um produto às variações do preço, maior será sua elasticidade! Produtos Substitutos para queijos e não para o sal. Produtos essenciais: aqui podemos citar o uso de combustíveis que têm pouca sensibilidade no preço, por ser um produto essencial para se deslocar, ou seja, a sua demanda é maioritariamente inelástica. Produtos supérfluos: no outro extremo dos essenciais temos os supérfluos, ou produtos que não são essenciais à vida humana em sociedade, se ficarem muito caros haverá um menor número de pessoas com disponibilidade em comprar, tais como viagens turísticas, ou uma garrafa de vinho. 22 Os fatores que fazem com que uma procura seja elástica ou inelástica são a existência ou não de substitutos para o produto; produtos que têm substitutos; a importância do produto no orçamento familiar; a essencialidade do produto; e horizonte de consumo. Os fatores que fazem com que uma determinada oferta seja elástica ou inelástica são as condições dos “fatores da produção”, sendo resumido em dois grandes grupos: o fator tempo – para aumentar a produção –; e o fator disponibilidade de recursos produtivos. TÓPICO 3 A TEORIA MARGINAL E O COMPORTAM ENTO DO PRODUTOR Na dinâmica microeconômica existem dois principais agentes (alémdo Estado), isto é: ○ as famílias, consumidores; e ○ as empresas, centros produtivos e de comercialização. Como podemos medir o comportamento racional do consumidor no momento que ele satisfaz uma necessidade ou desejo específico? R: Pode ser medido por meio do conceito da maximização da satisfação (utilidade) que cada consumidor possui intrinsicamente. Esse comportamento é subjetivo para cada pessoa, mas padronizando, o consumidor sempre procura potencializar sua satisfação (utilidade) no momento da escolha de comprar um determinado bem ou serviço. Analisado por meio das três variáveis da escolha de consumir um determinado produto, sendo: o preço, o efeito substituição e a utilidade marginal. O limite ao consumo está diretamente ligado à renda disponível e à utilidade marginal. Limite refletido no comportamento racional do consumidor: a) O preço: serve como obstáculo à compra, ou seja, como limite ao nível de gasto, visando satisfazer uma necessidade específica, tal como o almoço durante os dias de serviço. O consumidor de classe média, no horário de almoço, poderá escolher um restaurante de preço relativamente baixo: R$ 14,00 pelo buffet livre. O consumidor de classe média alta, no horário de almoço, poderá escolher um restaurante de preço médio alto: R$ 20,00 ou mais. b) O efeito substituição: o fator substituição serve como escolha para satisfazer uma necessidade específica, por exemplo, termos vontade de assistir a um filme, logo: podemos ir ao cinema, alugar um filme, procurar filmes disponíveis na TV ou assistir na internet. A escolha dependerá muito do preço e da renda disponível do consumidor para cada uma das opções, mas observe que todas satisfazem a vontade de assistir a um filme. c) A utilidade marginal: o fator saciedade varia conforme se consomem unidades adicionais de um produto. Assim, à medida que se consomem unidades adicionais, o fator satisfação (utilidade) da última unidade irá diminuir também. Isso é conhecido como “utilidade marginal”, ou seja, a análise da utilidade no acréscimo de mais uma unidade. Por exemplo, se estamos com vontade de comer pipoca durante o filme, podemos comer uma porção, logo mais uma, e mais uma... Até simplesmente não termos mais vontade, ficamos saciados e paramos de consumir. A teoria marginal tem como base o poder da escolha, e no caso do princípio da utilidade marginal, devemos observar que para o consumidor, “utilidade” significa satisfação intrínseca de cada indivíduo. Os dois grandes limitantes para a maximização da utilidade total dependem das seguintes variáveis: preços e renda disponível No momento de comprar, o consumidor terá várias opções ou escolhas, levantando a dúvida de qual produto levar para casa. Nessa dúvida, o consumidor poderá comprar o produto que lhe poderia trazer um maior grau de satisfação relativa, gerando expectativas de como vai consumi-lo. O consumidor é limitado pela restrição orçamentária de seu poder aquisitivo A teoria da curva de indiferença interpreta as preferências do consumidor ao se comparar dois produtos semelhantes, mas com graus de utilidade diferentes. A RECEITA MARGINAL E ESTRUTURA DE MERCADO TÓPICO 4 O PRODUTOR, assim como o consumidor, também reage racionalmente na procura constante de seu interesse, no caso das empresas, de maximizar seus lucros. Esta análise é feita por meio da teoria marginal das receitas e economia de escala, conforme veremos a seguir. sob perspectiva da teoria marginalista, na empresa existem duas análises de vendas: a Receita Total e a Receita Marginal. • A receita total é a quantidade de unidades vendidas durante um período de tempo vezes o valor unitário. • A receita marginal será a receita adicional de mais um bloco de unidades vendidas, fruto de uma redução do preço unitário de venda. De acordo com ANÁLISE MARGINALISTA, para que a empresa possa potencializar ao máximo sua venda, ela deverá fazer uma análise de redução dos preços, levando em consideração a lógica da Lei da Demanda, que diz que a procura por um produto é inversamente proporcional ao preço, ou seja, quanto menor o preço, maior as quantidades vendidas. Eis a aplicação desta lei no momento de maximizar as vendas de uma empresa. A receita marginal é decrescente, levando em consideração uma queda do preço unitário e maiores volumes de vendas. Segundo a teoria marginalista, a maximização das vendas acontece quando a receita marginal se aproxima a zero. CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS Os custos fixos estão ligados aos gastos que não mudam, como o aluguel, depreciação; e os variáveis estão ligados diretamente aos materiais incorporados ao produto. Os custos variáveis são aqueles que vão se acrescentando à medida que vão aumentando as unidades produzidas, eles fazem parte direta dos materiais incorporados no produto. a) Custos fixos: definidos como aqueles que não aumentam em função do aumento da produção, sempre dentro de um potencial produtivo, ou seja, em função da capacidade instalada. Isso quer dizer que se a empresa estiver produzindo uma só unidade ou 1000 unidades, esses custos deverão ser pagos periodicamente, não estão ligados diretamente ao produto produzido. Assim, não vão mudar, pois são FIXOS, e os custos fixos são necessários para manter o potencial produtivo pronto para ser usado. Exemplo de custos fixos: aluguel, amortização do equipamento, folha de pagamento, gastos administrativos, entre outros. b) Custos variáveis: definidos como aqueles que vão se acrescentando à medida que vão aumentando as unidades produzidas, eles fazem parte direta dos materiais incorporados no produto. Desse modo, quanto maior forem as unidades produzidas, maiores serão os custos variáveis. A economia de escala é um fenômeno de comportamento natural dos custos, e sua lógica diz que a capacidade instalada começa a ser aproveitada quando há aumento nas quantidades de unidades produzidas. A teoria da economia de escala ficaria incompleta se não acrescentássemos o conceito de custos médios e custos marginais ao processo produtivo industrial. A teoria marginalista determina que a maximização do lucro potencial acontece quando o nível de maximização do lucro será exatamente no ponto em que a receita marginal e o custo marginal se encontram em um mesmo nível, ou seja, são iguais. O custo médio é sinônimo de custo unitário produzido e o custo marginal é o acréscimo marginal nos custos recorrentes do aumento marginal das unidades produzidas. • A concorrência perfeita acontece quando há grande volume de empresas e consumidores e não há nenhum tipo de diferenciação significativa entre as mercadorias a serem ofertadas no mercado. • Na concorrência monopolística existe grande volume de consumidores e empresas, mas os produtos oferecidos são diferenciados entre si. • No Oligopólio existe um grande número de consumidores, mas a oferta do produto é feita por um número reduzido de grandes empresas. • Nos monopólios, uma única empresa possui as condições de produzir e ofertar um determinado bem ou serviço à sociedade. Obrigada!
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