Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Nicolas Martins 2025.1 - Microbiologia Geral Haemophilus e Bordetella ➤ Características Gerais → São gram negativas → Pleomórficas → Imóveis →Capsuladas que requerem meios enriquecidos com sangue,são nutricionalmente exigentes → Comensais da mucosa humana(TR, conjuntiva, trato genital). ➤ Classificação: • H. influenzae (Fator V +Fator X) • Haemophilus parainfluenzae( fator X) • H. haemolyticus • H. ducrey São capazes de conseguir os fatores se inocular o material contendo Haemophilus no meio (ágar chocolate) contendo estafilococos. O ágar chocolate ao lisar hemácias no aquecimento irá liberar hemoglobina e ptn das hemácias sendo esse o fator X do sangue. E quando os estafilococos começam a crescer no meio ele doa ao meio o fator V que é o NAD, NADP. ➤ Transmissão É feita de forma interpessoal, já que pode ser encontrado já na mucosa do trato respiratório mesmo de pessoas que não estejam doentes. É transmitido também por via respiratória, como gotículas de salivas, por meio de tosse, espirro e até mesmo da respiração. - Essa transmissão ocorre normalmente nas primeiras 48 horas e após esse período é cessada. ➤ Estrutura Ansiogênica - Polissacarídeo capsular - Fímbrias - Adesinas não fímbrias - LPS (Endotoxina) → Paralisia a ação ciliar, lesão do epitélio - Protease IgA1 - OMP: Papel incerto na patogênese - Os dois primeiros são os responsáveis pela virulência, aderencia e ação anti-fagocitaria - Os não capsulados não são tipáveis, ele não é virulento, causa infecções mais brandas. Os capsulados são virulentos e causa doenças mais graves ➤ Diagnóstico laboratorial - Bacterioscopia: cocobacilos GN, dispostos em pares ou cadeias curtas - Cultivo: ágar chocolate → Proa de satelitismo: ágar sangue - Sorologia: detecção de organismos encapsulados - Provas bioquímicas: catalases, glicose e oxidase - Sem resistência à amoxicilina aaaaaaaaaaaaaaaa Haemophilus Influenzae aaaaaaaaaaaaa - Encontra-se na mucosa do trato respiratório alto de seres humanos - Causa importante de meningite em crianças, as formas encapsuladas estão envolvidas em processos invasivos e as não capsuladas estão envolvidas em processos não invasivos. - Morfologia: material clínico- bacilos cocoides, - Após 6 a 8 horas de incubação- bastonetes e formas pleomórficas. - Tipagem através do intumescimento capsular - Cultivo nos meios de: ágar infuso cérebro coração com sangue (colônias convexas com forte irrigação) - Ágar chocolate, adicionar isovitalex, ou fita contendo os fatores V(NAD) e X (Hemina/menadiona)ou estafilococos (satelitismo) ●Prova do satelitismo: Pode ser realizado em ágar sangue associado a estafilococos que fornece o fator V e como contêm hemolisinas as hemácias serão lisadas e irão liberar hemoglobina e as ptns relacionadas. Formam colônias características ao redor dos estafilococos. ● Fator V: é a coenzima NAD que é uma substância termolábil. Produzido pelo Staphylococcus aureus. ● Fator X: é derivado da hemina, é uma substância termoestável. Sendo necessário para síntese das enzimas respiratórias que contém ferro (citocromo oxidase, catalase, peroxidase). A cápsula é um importante fator de patogenicidade, e as formas de Haemophilus que apresenta cápsula são mais invasivas. os desprovidos de cápsula podem se encontrar nas vias respiratórias e pode causa infecções como bronquites, sinusites, otites, pneumonia, artrite e septicemias, tanto em crianças como adultos. As principais doenças são: - Meningite - Pneumonia - Bacteremia - Artrite séptica - Epiglotite Os pacientes mais suscetíveis a pneumonias são aqueles que apresentam - alcoolismo, - desnutrição, - cancer - diabetes ➤ CARACTERÍSTICAS E ESTRUTURA ANTIGÊNICA ● Fraca e irregular fermentação de carboidratos. ● Perde facilmente a cápsula e especificidade ● Transformação ● Resistência plasmidial a antibióticos ● Classificação em 5 biotipos- provas bioquímicas (I U O D) - ESTRUTURA ANTIGÊNICA ● Cápsula-polissacarídeo (a,b,c,d,e,f) - LOS ● Antígenos somático: ● proteínas- IgAproteases, ● pili, citotoxinas ● proteínas da M.ext. (P1 a P5) ➤ Patogenia As amostras encapsuladas do H. influenzae b causa meningite de em crianças (5 meses a 5 anos), a taxa de mortalidade das meningites não tratadas chega a 90% e as sequelas principais são retardo mental e surdez. Essa bactéria possui transmissão respiratória a partir do trato respiratório alto e as formas não invasivas são responsáveis pela exacerbação de bronquites crônicas,pneumonias em idosos ou em pacientes imunocomprometidos, otites médias em crianças. Outras infecções causadas pelo H influenzae tipo B incluem epiglotite , celulite, pericardite e artrite séptica. ➤ Diagnostico laboratorial ● Material usado: Swabs de nasofaringe, pus, sangue, líquor e urina ● Cultura: Ágar chocolate ou agar sangue com isovitalex ● Identificação: Imunofluorescência, CIE, aglutinação, coaglutinação, intumescimento com antissoro, bacterioscopia ➤ Imunidade tratamento ● Lactentes com até 3 meses –ac. Séricos da mãe; crianças contraem infecções assintomáticas. ● De 3 meses a 5 anos apresentam ac anti PRP que fazem fagocitose complemento dependente e destruição bactericida. ● Vacinas de PRP ● TRATAMENTO - Tipo b- ampicilina, cloranfenicol, cefalosporina de 4o geração (CEFOTAXINA) . - Comprometimento intelectual e neurológico aaaaaaaaaaaaaaaa Haemophilus ducreyaaaaaaaaaaaaaaaa ● CARACTERÍSTICAS GERAIS - Encontra-se na mucosa do trato respiratório alto de seres humanos - Causa importante de meningite em crianças. - Morfologia: material clínico- bacilos cocoides, - Cultivo nos meios de: ágar infuso cérebro coração com sangue (colônias convexas com forte irrigação) , - ágar chocolate, adicionar isovitalex, ou fita contendo os fatores V(NAD) e X (Hemina/menadiona)ou estafilococos (satelitismo) - Pessoas com alcoolismo, desnutrição, câncer e diabetes são suscetíveis à pneumonia - Difícil Cultivo - Gram negativo - Não hemolítico - Requer fator V para o crescimento - Presenta na genital, causa cancro mole - Transmissão: sexual - ● ESTRUTURA ANTIGÊNICA - Cápsula-polissacarídeo (a,b,c,d,e,f) - LOS , - Antígenos somático: - proteínas- e IgAproteases, - pili, citotoxinas - proteínas da M.ext. (P1 a P5) ● PATOGENIA •As amostras encapsuladas do H. influenzae b causa meningite de 5 meses a 5 anos •A taxa de mortalidade de meningites não tratadas chega a 90% e as sequelas principais são retardo mental e surdez. • transmissão respiratória , a partir do trato respiratório alto e as formas não invasivas são responsáveis pela exacerbação de bronquites crônicas,pneumonias em idosos ou em pacientes imunocomprometidos, otites médias em crianças. •Outras infecções causadas pelo H influenzae tipo b incluem epiglotite , celulite, pericardite e artrite séptica. ➤ Cancro mole O cancro mole é causado por Haemophilus ducrey que é um bacilo gram negativo. Utiliza de solução de continuidade. O período de incubação dura de 2 a 5 dias com evolução aguda e também o predomínio é do sexo masculino. Apresenta alta infectividade e baixa patogenicidade. ● OUTROS HAEMOPHILUS •H.aegyptiacus- conjuntivite •H. ducreyi – cancro mole ou cancróide •Hemófilos da microbiologia oral: •H. aphrophilus, H. paraphróphilus, H. parainfluenzae, H. segnis. •Encontrados na placa dental nas regiões interproximais e bolsas gengivais ; faringe, saliva •Endocardites, abcessos cerebrais, abcessos dentários, osteomielite mandibular.aaaaaaaaaaaaaaaa BORDETELLAaaaaaaaaaaaaaaaa ➤ CARACTERÍSTICAS GERAIS - Gram negativas - Aeróbios estritos - Apresenta Cápsula ➤ FATORES DE VIRULÊNCIA • Toxina pertussis→linfocitose,hipoglicemia e medeia a fixação ao epitélio respiratório. • Toxina adenilato ciclase→deficiência da quimiotaxia dos leucócitos,destruição, edema local. • Citotoxina traqueal→ciliastase e destruição das células epiteliais ciliadas. • Toxina dermonecrótica→necrose tecidual e choque em modelo animal. • Citotoxina traqueal • Hemaglutinina filamentosa→medeia a fixação às células epiteliais ciliadas, aglutinar hemácias. • LPS→endotoxina,ativ antiviral • Toxina adenilato ciclase- ATP-AMPc- inibe fagocitose, quimiotaxia e destruição mediada por leucócitos • Toxina Pertussis • Pertactina • Fator de colonização traqueal • Fímbrias A fita hemaglutinina promove a aderência ao epitélio respiratório, por conseguinte a multiplicação. E penetração nos tecidos, persistência e a transmissão. Interagem ainda com as células do sistema imune, principalmente os linfócitos T. Sobrevivem dentro de macrófagos e ainda é capaz de oferecer o sistema de intoxicação, causando danos no epitélio e serem responsáveis pela tosse prolongada (toxina pertussis). ● Especies apresentadoras de doença - B pertussis → coqueluche - B bronco respetiva - B parapertussis → forma branda do coqueluche ➤ PATOGENIA • A infecção por B. pertussis e o desenvolvimento da coqueluche requer: 1) -exposição ao organismo, 2) fixação bacteriana às células epiteliais ciliadas da árvore brônquica(FHA, TP) 3) proliferação das bactérias 4) a produção de lesão tecidual localizada e sistêmica. Quem promove essa fixação é a fita hemaglutinina e a toxina pertussis. Depois de fixada, ela começa a se proliferar e durante esse processo, produz diversas substâncias (toxinas) causando lesão tecidual localizada ou sistêmica. E vão contribuir para o aparecimento das manifestações. OBS.: Os outros fatores de virulência são responsáveis pelas manifestações clínicas. ➤ SÍNDROMES CLÍNICAS • Contágio pela Inalação de gotículas respiratórias • P incubação . ( 4 a 21 dias) • ESTÁGIO CATARRAL= gripe comum, com grave rinorréia, espirros, mal estar, anorexia e febre baixa.1 a 2 sem. • ESTÁGIO PAROXÍSTICO- tosse repetitivas com sibilos inspiratórios, produção de muco,restrição das vias respiratórias concluídos com vômitos e exaustão, linfocitose.1 a 6 sem. • ESTÁGIO DE CONVALESCENÇA-quando os paroxismos diminuem em no e intensidade mas, pode ocorrer complicações ;sem. ou meses . convulsões, alterações neurológicas, desidratação e etc. ➤ Diagnóstico Laboratorial - Coleta e transporte da amostra no meio de Bordet-Gongou (todo preparado para favorecer o crescimento da bordetella contendo sangue, extrato de batata e glicerol. Tem atb, sendo um meio seletivo) ou meio de Regan Lowe - Cultura com incubados em câmara úmida durante até 7 dias - Microscopia tanto de florescência direta e gram - Identificação através de características microscópicas, morfologia colonial em meios seletivos e sua reatividade com antissoros específicos e PCR - Teste de ELISA ➤ Tratamento O tratamento é de suporte com eritromicina, pois não melhora o curso clínico da doença, reduz o estágio de infectividade. ➤ Prevenção e controle Em caso de contato com pacientes usa-se eritromicina como profilaxia → Vacinas disponíveis: DTP / DTP + Hib ou DTPa. Esquema Vacinal De rotina DTP + Hib ◼ 1a dose: 2 meses ◼ Intervalo: 8 semanas ◼ 2a dose: 4 meses ◼ Intervalo: 8 semanas ◼ 3a dose: 6 meses ◼ Intervalo: 8 semanas DTP ◼ » 1o reforço: 15 meses ◼ » 2o reforço: 4 a 6 anos
Compartilhar