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RESUMO HILDEGARD PEPLAU

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Organização Sete de Setembro de Cultura e Ensino – LTDA
Centro Universitário do Rio São Francisco– UniRios
Curso de Bacharelado em Enfermagem
Conhecimento e os Métodos do Cuidar em Enfermagem
TEORIA DA RELAÇÕES INTERPESSOAIS
DE HILDEGARD PEPLAU
Paulo Afonso - BA
2020
INTRODUÇÃO
Na década de 60, com a evolução da abordagem científica na enfermagem, os enfermeiros começaram a questionar os propósitos da profissão e o valor da prática de enfermagem tradicional e de natureza intuitiva. Então o uso de teorias na Enfermagem reflete um movimento da profissão em busca da autonomia e da delimitação de suas ações. Durante sua história, a Enfermagem esteve sempre dependente de outras ciências sem que houvesse um corpo de conhecimento próprio, o que fomentou o desejo nos enfermeiros de conhecer sua verdadeira natureza e construir sua identidade. A busca desse conhecimento resultou na formalização de conceitos e teorias, que ajudaram a direcionar a enfermagem na busca de seus limites de atuação em relação a outros profissionais.
É preciso considerar que a prática da enfermagem não abrange somente o fazer técnico mas também a origem e consequência desse fazer e, assim sendo, as teorias podem ser usadas pelos profissionais para orientar e melhorar a sua prática. Torna-se, pois, de extrema relevância que elas sejam analisadas quanto à sua utilidade.
Uma das teorias considerada como marco teórico de referência para a prática da enfermagem e, sobretudo, para a enfermagem psiquiátrica é a Teoria das Relações Interpessoais desenvolvida por Hildegard E. Peplau, em 1952. A teorista visualizou o fenômeno de enfermagem como um processo interpessoal cujo foco principal está centralizado na enfermeira e no paciente e, em sua teoria, pretende identificar conceitos e princípios que dêem suporte às relações interpessoais que se processam na prática da enfermagem de modo que as situações de cuidado possam ser transformadas em experiências de aprendizagem e crescimento pessoal.
Neste trabalho, avaliaremos a utilidade da teoria de Peplau para o desenvolvimento das ações de enfermagem.
DESENVOLVIMENTO
Nascida na Pensilvânia, Estados Unidos em 1º de setembro de 1909, Hildergard se tornou uma grande e importante teorista de enfermagem, constituindo-se pioneira em publicações referente a essa área desde Florence Nightingale, revolucionando e impulsionando o conhecimento acadêmico de enfermagem, abrindo portas para estudos mais aprofundados.
Durante sua vida, presenciou eventualidades históricas, uma delas foi a epidemia da gripe em 1918, ainda em sua infância, Peplau já observava a importância do conhecimento no âmbito da saúde. Neste sentido, Hildegard inicia sua carreira em 1931 em um programa de enfermagem, formando-se anos depois em 1943 em psicologia interpessoal, especializou-se também no Instituto William Alanson White em Nova York em Psicanálise, fez parte do grupo de enfermeiras durante a segunda guerra mundial atuando em prol do serviço norte-americano.
Hildegard profundou-se ainda mais no conhecimento sobre a junção entre enfermagem e psicologia e tornou-se metra em enfermagem psiquiátrica e doutora em desenvolvimento curricular. Com partilhou sua experiência e seus aprendizados com outras pessoas ao se tornar professora e diretora de um programa avançado de enfermagem psiquiátrica, bem como se outras faculdades e centros de treinamento.
Além disso, lança o seu primeiro livro em 1948 com o título “Interpesonal Relations in Nursing” que fazia parte de sua tese. Foi a única enfermeira que se tornou diretora e depois presidenta da Associação de Enfermeiras Americanas (ANA) recebendo a posteriori em 1997 a maior honra em enfermagem, o Prêmio Christiane Rum ann, no congresso Quadrienal da CIE.
Peplau tornou-se conhecida como a enfermeira de maior referência na época e destaque na área de psiquiatria e enfermagem psiquiátrica. Veio a falecer em 17 de março de 1999 com 89 anos em sua casa na Califórnia.
A importância fundamental de Peplau ao tentar "profissionalizar" o que a enfermagem, de certa forma, já realiza quando interage com o paciente, embora o faça, na grande maioria das vezes, de forma intuitiva. Entre as que foram elaboradas fora da enfermagem e que têm sido aplicadas a esse campo a fim de oferecer explicações para as relações entre homem, ambiente, saúde e enfermagem e guiar o processo de enfermagem, estão: a teoria de sistemas, da tensão e adaptação, do crescimento e desenvolvimento e do ritmo. 
O crescimento é entendido como um aumento relacionado ao tamanho e formas físicas, ordenado e com tendências regulares em seu direcionamento, mas que acontece para cada pessoa em um padrão único influenciado por fatores intrínsecos e extrínsecos.
As ações de cuidar propiciam que cuidadores e pacientes interajam. Esta interação parece tornar-se cada vez mais impessoal, breve e formal. Muitas vezes os procedimentos realizados ocorrem de forma mecanizada e rotinizada, sendo comum o fato de muitos profissionais não saberem como iniciar uma conversação e como mantê-la de forma criativa e adequada.
A profissão de enfermagem, partindo de um relacionamento flexível e democrático, promoverá saúde mental, estimulando o desenvolvimento de personalidades sadias, substituindo práticas tradicionais que impedem o desempenho, como a velha e rígida disciplina, o tratamento frio e formal, por um relacionamento mais participante, mais humano. Enfim, urge que as variáveis relevantes e de controle no relacionamento enfermeiro-paciente sejam trabalhadas com mais atenção, porque é através do próprio relacionamento que podemos promover a saúde mental das pessoas (Manzolli, 1983).
O paciente é uma pessoa, um ser humano único que no momento requer nossa ajuda. O enfermeiro é uma pessoa, um ser humano único, que adquiriu conhecimentos e habilidades específicas para cuidar dos outros e dispõe-se a isso. Através da comunicação interpessoal, ambos poderão atingir seus objetivos.
O processo de relação interpessoal da enfermagem é composto em quatro fases: orientação, identificação, exploração e resolução.
Orientação: Na orientação o enfermeiro e o cliente se encontram como estranhos, o encontro é iniciado pelo paciente que expressa o que está sentido e a sua necessidade, e assim eles trabalham juntos para reconhecer, esclarecer e definir os fatos relacionados com a necessidade. 
Identificação: Na identificação, o paciente tem a sensação de já pertencer, e consegue reagir a quem pode preencher a sua necessidade. 
Exploração: O paciente faz uso do que foi discutido e obtém conhecimento e a especialização de quem pode ajudá-lo. 
Resolução: A resolução é após as outras fases serem completadas com êxito e assim leva ao término do relacionamento do profissional com ele.
CONCLUSÃO
Com base nas considerações elaboradas nesse estudo pudemos verificar a importância das teóricas de enfermagem para a prática profissional, dentre as quais destacamos a teoria das relações interpessoais. 
 Nesse sentido, foi possível identificar que a enfermagem é vista, sobretudo, como uma forma de interagir com o paciente, e por meio dessa relação, fazer do adoecer uma oportunidade para o crescimento e o amadurecimento pessoal de ambos.
 Portanto, o primeiro passo para aplicar uma teoria é conhecê-la, e acreditamos que este trabalho possa trazer uma contribuição significativa, e sugerimos que outros estudos possam ser realizados para ser avaliados em diferentes situações de cuidado, mas também em outras teorias de enfermagem.
REFERÊNCIA
ALMEIDA, Vitória de Cássia Félix de; LOPES, Marcos Venícios de Oliveira; DAMASCENO, Marta Maria Coelho. Teoria das relações interpessoais de Peplau: análise fundamentada em Barnaum. Rev. esc. enferm. USP, São Paulo , v. 39, n. 2, p. 202-210, June 2005 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342005000200011&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Sept. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342005000200011.
PINHEIRO, Carlon Washington et al. TEORIA DAS RELAÇÕESINTERPESSOAIS: REFLEXÕES ACERCA DA FUNÇÃO TERAPÊUTICA DO ENFERMEIRO EM SAÚDE MENTAL. Enfermagem em Foco, [S.l.], v. 10, n. 3, nov. 2019. ISSN 2357-707X. Disponível em: <http://revista.cofen.gov.br/index.php/enfermagem/article/view/2291/580>. Acesso em: 09 set. 2020. doi:https://doi.org/10.21675/2357-707X.2019.v10.n3.2291.
SANTOS, Silvana Sidney Costa; NÓBREGA, Maria Miriam Lima da. TEORIA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS EM ENFERMAGEM DE PEPLAU' ANALISE E EVOLUÇÃO. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/reben/v49n1/v49n1a07.pdf

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