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Aula 5 Acidentes com animais peçonhentos

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Urgência e Emergência 1 
Aula 5 – Acidentes com animais peçonhentos 
 
Veneno 
 
Um veneno consiste em qualquer tipo de substancia tóxica, seja ela sólida, líquida ou gasosa, que possa produzir qualquer 
tipo de enfermidade, lesão ou alterar funções do organismo ao entrar em contato com um ser vivo, por reação química 
com as moléculas do organismo. 
 
Animais Peçonhentos 
 
Os animais peçonhentos são aqueles que produzem substancias tóxicas que podem ser injetados diretamente em outros 
organismos, graças a presença de um aparelho inoculador. 
 
Diferenças entre animais peçonhentos e venenosos 
 
Os animais peçonhentos e venenosos possuem em comum o fato de 
produzirem veneno. O que os diferencia é a presença de uma estrutura 
para inocular essa substancia. 
As glândulas de veneno ou peçonha dos animais peçonhentos ligam-
se com dentes ocos, ferroes, cerdas ou aguilhões. 
 
 
 
 
Acidentes com animais peçonhentos 
 
No Brasil, os principais animais peçonhentos que causam acidentes são as serpentes, escorpiões e aranhas. As presas da 
serpente são usadas para inocular o veneno. 
Os animais venenosos produzem veneno. Porém, não possuem estruturas para inoculação. Um exemplo de animal 
venenoso é o sapo. Algumas espécies são venenosas, mas o veneno só é liberado quando a glândula que o produz é 
pressionada. 
 
 
 
Tipos de peçonhas e suas respectivas ações 
 
Peçonha é todo tipo de substancia tóxica animal produzida por uma glândula especializada (ou seja, o animal possui uma 
estrutura específica para produzir a substancia). 
A peçonha miotóxica afeta os músculos, produzindo lesões de fibras esqueléticas com liberação de enzimas e mioglobina 
para o soro e são, posteriormente, excretadas pela urina. O fato que mais se observa nesta ação são as dores musculares 
que permanecem durante um longo período. 
A peçonha neurotóxica afeta o sistema nervoso, ocorrendo devido à fração cratoxina, uma neurotoxina de ação pré-
sináptica que atua nas terminações nervosas, inibindo a ação da acetilcolina, sendo o principal fator responsável pelo 
bloqueio neuromuscular, o que vai ocasionar as paralisias motoras. 
A peçonha citotóxica afeta células e tecidos, acarretando em destruição tecidual, seguida de necrose da região afetada. 
A peçonha hemotóxica afeta as células sanguíneas, fazendo com que os vasos sanguíneos percam sua capacidade de 
reter o sangue. A capacidade de coagulação e o sistema imunológico são anulados, acarretando em hemorragias internas 
e outros sintomas. 
 
Acidentes com animais peçonhentos no Brasil 
 
Escorpiões 
Os acidentes escorpionicos são importantes em virtude da grande 
frequência com que ocorrem e do seu potencial gravidade, 
principalmente em crianças picadas pelo Tityus serrulatus 
Tityus é o gênero de importância médica no Brasil, sendo as 
espécies T. bahiensis, T. serrulatus e T. stigmurus as que estão 
relacionadas a casos graves ou envenenamentos no país. 
Tityus bahiensis → apresenta uma coloração marrom-escuro, às 
vezes marrom-avermelhado, pernas amareladas com manchas 
escuras e sem serrilhas na cauda. Esta espécie é o causador dos acidentes mais frequentes em São Paulo. 
Tityus serrulatus → Também conhecido como escorpião amarelo. Apresenta o tronco escuro, patas, pedipalpos e cauda 
amarela, sendo essa serrilhada no lado dorsal. Considerado o mais venenoso da América do Sul, é o escorpião causador 
de acidentes graves, principalmente no Estado de Minas Gerais. 
Tityus stigmurus → Conhecido como escorpião do Nordeste. Apresenta uma coloração amarelo-claro com um triangulo 
negro na cabeça e uma faixa longitudinal mediana e manchas laterais no tronco. 
A reprodução dos escorpiões pode ser vivípara (nascem da mãe), ovípara (nascem de ovos) e até por partenogênese 
(onde só é necessária a fêmea), dependendo da espécie de escorpião. 
O ferrão do escorpião (chamado de telson), além de servir para agarrar a presa, se defender, e no acasalamento, inocula 
na presa um veneno. O veneno de todos os escorpiões tem efeito neurotóxico. A picada é extremamente dolorosa, 
provoca dor intensa no local afetado e se dispersa a um estado de hiperestesia. 
Os sintomas mais comumente vistos em adultos são dor imediata, hiperemia e edema leve, piloereção e sudorese 
localizadas. Já em crianças abaixo de sete anos há maior risco de alterações sistêmicas nas picadas de escorpião-amarelo, 
necessitando de soroterapia específica. 
A ação neurotrópica da peçonha age sobre o bulbo, região do encéfalo que controla os movimentos respiratórios e 
cardíacos, além dos movimentos peristálticos. Sua ação é específica sobre a região do bulbo controladora da respiração, 
o que faz com que a vítima morra por parada respiratória. 
É interessante saber que a toxicidade do veneno de um escorpião pode ser comparada com o tamanho de seus 
pedipalpos. 
Medidas preventivas → Para evitar condições propícias ao abrigo e proliferação de escorpiões, deve-se adotar as 
seguintes medidas: 
▪ Manter limpos quintais, jardins, sótãos, garagens e depósitos, evitando acúmulo de folhas secas, lixo e demais 
materiais como entulho, telhas, tijolos, madeiras e lenhas 
▪ Ao manusear materiais de construção, usar luvas de raspa de couro e calçados, pois nestes materiais podem 
estar abrigados escorpiões. 
▪ Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas. 
▪ Vedar soleiras de portas com rolos de areia. 
▪ Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques. 
▪ Acondicionar o lixo em recipientes fechados para evitar baratas e outros insetos, que servem de alimento à 
escorpiões. 
▪ Realizar roçagem de terrenos. 
▪ Manter berços e camas afastados das paredes. 
▪ Examinar calçados, roupas e toalhas antes de usá-los. 
 
❖ Como tratar uma picada de escorpião 
1. Contate o serviço de emergência → No Brasil, disque 193 para pedir auxílio ao Corpo de Bombeiros ou, se 
disponível, 192 para contatar o SAMU. 
2. Identificando o Escorpião 
▪ Procure auxílio médico imediatamente, antes de tentar identificar o escorpião: 
▪ Crianças, idosos e pessoas com problemas pulmonares ou cardíacos devem sempre buscar auxílio médico 
imediato 
▪ Vômito, sudorese, formação de espuma na boca. 
▪ Urina ou defecação involuntária. 
▪ Convulsões musculares, incluindo movimentos involuntários na cabeça, no pescoço ou nos olhos, ou ainda 
dificuldade para caminhar. 
▪ Taquicardia ou arritmia 
▪ Dificuldade para respirar, engolir, falar ou ver. 
▪ Edema severo causado por uma reação alérgica. 
3. Descreva a vítima pelo telefone. 
▪ Idade e peso aproximados da vítima são uteis para que a equipe médica ajude a avaliar o risco e a 
recomendar um tratamento. 
▪ Se a vítima possui qualquer alergia ou comorbidades, em especial a picadas ou mordidas de insetos, 
informe esse fato ao Centro de Saúde. 
▪ Informe também o horário exato no qual a vítima foi picada, se possível. Se você não tem certeza quanto 
ao momento preciso, seja sincero e mencione quando a lesão foi notada. 
4. Descreva o escorpião para a assistência médica via telefone 
▪ Capture o escorpião somente se for possível faze-lo com segurança 
▪ Fotografe o escorpião, se não for possível captura-lo. 
5. Encontre alguém que monitore a vítima e que a leve para o hospital, se necessário. 
6. Encontre o local da picada 
▪ Uma picada de escorpião pode ou não edemaciar 
▪ Qualquer picada de escorpião, no entanto, causará uma dor aguda ou queimação, seguida por coceira e 
dormência. 
7. Lave o local da picada com água e sabão 
8. Mantenha a área de lesão imóvel e abaixo do nível do coração 
9. Acalme a vítima 
10. Aplique uma bolsa fria ou gelo sobre a região da picada 
▪ Frio desacelera o espalhamento do veneno 
▪ 10 a 15 minutos com igual revezamento 
▪ Problemas circulatórios de 5 em 5 minutos 
11. Tome analgésicos de venda livre para reduzir a dor se necessário, porém, nunca narcóticos. 
12. Se necessário aplique medidas de primeiros socorros 
13. Orientação médica ou de umprofissional de saúde 
14. Dicas: 
Reduza o risco de ser picado ao evitar lugares escuros e úmidos, como pilhas de madeira e cantos de porões 
Para procurar pela presença de escorpiões compre uma lanterna de luz negra ou coloque uma lâmpada de luz 
negra em uma já disponível. Use a luz para iluminar a cada cômodo na casa em que você considera ser possível 
a presença de escorpiões. Busque por um claro brilho azul-esverdeado. Essa é a cor refletida por escorpiões 
quando estão debaixo dos raios ultravioletas de uma luz negra. 
15. Avisos: 
Não corte o local da lesão. Isso pode causar uma hemorragia séria ou infecção e não removerá o veneno da 
circulação sanguínea 
Não tente sugar o veneno com a boca. Profissionais da saúde podem tentar fazê-lo com um dispositivo de sucção, 
mas não se sabe quão eficaz esse procedimento realmente é. 
 
 
 
 
Aranhas 
A porcentagem de acidentes envolvendo picadas de aranhas são mais frequentes do que com outros animais peçonhentos. 
A aranha-caranguejeira, apesar de grande e com aparência 
amedrontadora, não é responsável por acidentes graves em humanos. 
 
❖ Espécies de importância médica mais comuns 
No Brasil, as aranhas perigosas do ponto de vista de saúde pública, são 
as dos gêneros: 
Phoneutria (armadeiras) 
Loxasceles (aranha marrom) 
Latrodectus (viúva-negra) 
Lycosa (aranha de grama ou aranha de jardim) 
 
❖ Aranha Marrom 
A aranha marrom não é agressiva, mas o seu veneno pode matar. 
É encontrada em locais com pouca iluminação e de difícil acesso, como em espaços de telhas, móveis e entre objetos 
guardados em depósitos, porões e similares. Sua teia lembra um algodão esgarçado. 
A aranha marrom tem até 3 cm de comprimento (contando as patas) e geralmente só ataca se for comprimida ou se 
sentir ameaçada. 
A picada não provoca muita dor, mas algumas horas após surge no local uma lesão dura e escura que pode evoluir para 
necrose se não houver tratamento. 
Dependendo do quadro do paciente, o tratamento pode envolver limpeza no local, uso de corticoides, analgésicos e, 
apenas nos casos mais graves, soro antiaracnídico. Em todos os casos, é fundamental o cuidado que o próprio paciente 
tem com a lesão, para evitar que ela infeccione, inflame ou chegue até a necrosar. 
 
❖ Aranha armadeira 
A aranha armadeira chega a 15 cm de comprimento e é agressiva. Abriga-se sob troncos, folhas, entulho, atrás de vasos, 
móveis e em calçados. A picada causa dor intensa imediatamente. É conhecida por levantar as patas dianteiras quando 
assume uma posição de ataque, e pode saltar até 40 cm de distância. 
A aranha armadeira é considerada a mais perigosa do mundo, sendo encontrada no Brasil, sendo que é uma das que mais 
causam acidentes no brasil. É uma espécie agressiva e o seu veneno em grande quantidade pode levar uma pessoa à 
morte, sendo que seu veneno pode atuar de forma mais rápida do que o de muitas serpentes. Atualmente, já existe 
antídoto contra o veneno desta perigosa aranha. 
Sintomas da picada: surge dor intensa logo após a picada, acompanhada de marcas, edema e hiperemia no local da picada. 
Além disso, pode acontecer taquicardia, sudorese, vômitos, diarreia, agitação e aumento da PA, priapismo. 
Tratamento para picada de aranha armadeira: Injeção de anestésicos no local da picada para ajudar a reduzir a dor que 
acaba por desaparecer até 3 horas após o acidente. Somente nos casos de sintomas mais graves, como bradicardia ou 
dispneia, é necessário fazer o tratamento com soro antiaracnídeo ou antiloxoscélico. 
❖ Aranha Viúva Negra 
A mancha vermelha em forma de ampulheta é característica da aranha viúva-negra. 
A aranha viúva-negra é conhecida por matar e alimentar-se do macho após a cópula e é encontrada em toda a América. 
Apenas as femeas picam os seres humanos e causam acidentes. A picada causa dor, caibras no local atingido e conforme 
o veneno de espalha pelo corpo, outros sintomas mais intensos vão surgindo. Sem a ajuda médica, a vítima pode falecer. 
A viúva-negra tem corpo preto e abdomem arredondado com uma mancha vermelha característica. Tem até 4 cm de 
comprimento e não é agressiva. Geralmente é encontrada em locais com sombra próximos de casas, como canaletas de 
chuva, telhas e sob arbustos e pedras. A picada causa dor, sudorese, contração muscular, alterações de pressão e de 
batimentos cardíacos. 
Seu veneno tem ação neurotóxica, ou seja, a toxina atinge e danifica o sistema nervoso da vítima. A dor da picada é 
intensa, como se fosse um alfinete penetrando na pele com sensações de queimadura. Em casos mais graves, pode 
ocorrer dores musculares intensificadas duas a três horas após a picada, taquicardia, seguidas de bradicardia, fraqueza, 
tremores, sensação de morte, arritmias e alterações nos níveis de cálcio e potássio. 
 
❖ Aranha de jardim 
Medem cerca de 3 cm de corpo e 5 cm de envergadura quando adultas. A principal dica para sua identificação é que 
em seu abdome há o desenho de uma seta negra. Vivem em domicílios, gramados e jardins, sendo responsáveis por 
muitos acidentes, mas de pouca gravidade. Então, cuidado com crianças que desenvolvem seu lazer nesses ambientes. 
Apresentam um veneno pouco potente, sinais e sintomas mais discretos, como: dor, edema e prurido leves. Em raríssimos 
casos, podem levar a necrose superficial da área picada. O tratamento é realizado com analgésicos, limpeza com 
antissépticos, e, no caso de infecção secundária, deve fazer uso de antibióticos tópicos e/ou orais. Nunca esqueça da 
profilaxia do tétano. Isso é valido para qualquer tipo de picada por animal peçonhento. 
 
❖ Prevenção 
Em qualquer caso de acidente com animal peçonhento, o 
paciente deve ser medicado nas primeiras horas após o 
acidente. O soro antiveneno ou antipeçonha é o único 
tratamento eficaz. 
 
❖ Cuidados após acidente 
1. Lave o local da picada de preferencia com água e sabão 
2. Mantenha a vítima deitada. Evite que ela se movimente 
para não favorecer a absorção do veneno 
3. Se a picada for na perna ou no braço, mantenha-os em posição mais elevada 
4. Não faça torniquete, impedindo a circulação do sangue, pois pode causar gangrena ou necrose 
5. Não fure, não corte, não queime, não esprema, não faça 
sucção no local da ferida e não aplique folhas, pó de café 
ou terra sobre ela para não provocar infecção. 
6. Não dê a vítima pinga, querosene, ou fumo, como é 
costume em algumas regiões do país 
7. Leve a vítima imediatamente ao posto de saúde mais 
próximo, para que possa avaliar a necessidade de 
receber soro específico em tempo. 
Abelhas e vespas 
❖ Primeiros socorros para picada de abelha ou vespa 
1. Remova o ferrão 
2. Lave a região afetada com água fria e sabão 
3. Passe um antisséptico na pele, como Iodopovidona, por exemplo 
4. Aplique uma pedrinha de gelo para reduzir o inchaço e aliviar a dor 
5. Passe uma pomada para picada de inseto na região afetada e deixe secar sem cobrir a pele, caso a vermelhidão 
não melhore 
6. Anti-histamínico 
 
Choque anafilático → Intensa dificuldade para respirar. No entanto, isto normalmente só acontece em pessoas que 
possuem alergia ao veneno das abelhas ou que são picadas por muitas abelhas ao mesmo tempo, o que não é frequente. 
O tratamento para o choque anafilático deve ser feito o mais 
depressa possível no pronto-socorro ou em um hospital, com a 
injeção de adrenalina e o uso de uma máscara de oxigênio para 
ajudar na respiração. 
 
 
 
 
 
 
Marimbondos 
A picada de marimbondo normalmente é muito desconfortável pois causa uma forte dor, edema e hiperemia intensa no 
local da ferroada. No entanto, esses sintomas estão especialmente relacionados com o tamanho do ferrão, e não com a 
intensidade do veneno. 
Para aliviar os sintomas, o que se deve fazer é: 
Lavar o local com água e sabão, para evitar a entrada de micro-organismos pela picada, que podem piorar a reação da 
pele 
Aplicar uma compressa gelada sobre o local da picada por 5 a 10 minutos. Para isso,mergulhe uma compressa ou um 
pano limpo em água gelada, retire o excesso de água e coloque sobre o local. 
Passar uma pomada anti-histamínica para picadas, como polaramine ou polaryn. 
 
Taturanas 
Todos os tipos de taturana possuem cerdas pontiagudas, fazendo com que o veneno contido nas mesmas seja injetado 
na pele das pessoas que entram em contato com elas. Isso causa muita dor, uma sensação de queimação, o local fica 
bem hiperemiado e edemaciado. 
Um tipo de taturana, conhecida como Lonomia, causa, além desses sintomas, alterações na coagulação sanguínea, o que 
pode gerar graves complicações. Logo, o socorro deve ser imediato no hospital mais próximo. 
❖ Como tratar uma queimadura de taturana? 
1. Aplique fita adesiva, mascara facial removedora ou cola branca sobre a área afetada e, então, puxe. Isso ajudará 
a remover os espinhos quebrados. Lavar o local com água e sabão também ajudará a remover os espinhos e o 
veneno. 
2. Aplique uma compressa de gelo sobre a área para diminuir o inchaço. Você também pode misturar 1 colher de 
sopa de bicarbonato de sódio com água o suficiente para fazer uma pasta que pode ser aplicada para reduzir o 
inchaço. 
3. Aplique cremes tópicos antissépticos para reduzir a dor e a coceira. 
 
Águas-vivas 
Os principais sintomas são dor forte, edema e ardência 
acompanhados por marcas vermelhas ou escurecidas deixadas pela 
ação do veneno na pele da vítima. 
 
❖ Queimadura por água viva 
1. Ao perceber a ardência, saia imediatamente da água. 
2. Lave o ferimento, sem esfregar, com água salgada 
3. Remova, com cuidado, os tentáculos que podem ter aderido à 
pele 
4. Faça compressas de vinagre por cerca de 30 segundos para 
aliviar a dor causada pelas toxinas 
5. Soro fisiológico ou água termal 
6. Não esqueça de aplicar filtro solar na área, pois estará mais sensível. 
7. Nunca passe água doce, urina, sabonete ou álcool na área afetada, pois essas substancias, em vez de conter, vão 
estimular a liberação do veneno que possa ainda estar retido nas células dos tentáculos. 
 
❖ A água-viva pode queimar depois de morta? 
O veneno das águas vivas pode permanecer em seus tentáculos mesmo depois de o animal morrer, portanto, não 
devemos tocá-las nem quando estiverem mortas, para evitar ferimentos. 
 
▪ Sintomas 
▪ Grande irritação na área afetada 
▪ Vômitos 
▪ Cefaleia e dores abdominais 
▪ Intensa sensação de queimadura 
▪ Sensação de constrição na garganta 
▪ Convulsões e caibras 
▪ Insuficiência respiratória e arritmias cardíacas 
▪ Paralisia do SNC 
 
 
 
 
Cobras 
▪ O que não fazer após a picada 
1. Acreditar nas várias crenças populares 
2. Tentar sugar o veneno para fora da picada 
3. Não se deve aplicar misturas caseiras 
4. Não cortar e nem perfurar ao redor da picada 
5. Não fazer torniquete ou garrote 
6. Não fornecer bebidas alcoólicas ao paciente 
 
❖ Primeiros socorros para picada de cobra 
O mais importante depois de uma picada de cobra é manter o membro que foi picado o mais parado possível, porque 
quanto mais se movimentar, mais o veneno poderá se espalhar pelo corpo e chegar em vários órgãos vitais. 
Isso se aplica também a qualquer atividade que possa acelerar o batimento cardíaco, já que o aumento da circulação do 
sangue também espalha o veneno. 
 
❖ Sintomas de uma picada de cobra venenosa 
▪ Dor que piora ao longo do tempo 
▪ Edema que vai aumentando e afetando mais áreas ao redor da picada 
▪ Linfonodos doloridos em locais próximos da picada 
▪ Vesículas na pele 
▪ Náuseas e vômitos 
▪ Tonturas, sensação de mal-estar geral e desmaio 
 
❖ Algumas medidas 
▪ Hidratar a vítima com goles de água 
▪ Manter o paciente deitado, se possível 
▪ Elevar o local da picada 
▪ Lavar com água e sabão 
▪ Aplicar gelo 
▪ O ideal é que a vítima não caminhe e seja transportada por maca até o hospital. Outra opção é ligar para a ajuda 
médica, através do 192. 
▪ Encaminhar o paciente ao serviço médico mais próximo 
▪ Se possível, leve a cobra para identificação 
 
❖ Serpentes de importância médica 
▪ A identificação das serpentes possibilita a dispensa imediata da maioria dos pacientes picados por serpentes não 
peçonhentas 
▪ Viabiliza o reconhecimento das espécies de importância médica em âmbito regional 
▪ É medida auxiliar na indicação mais preciosa do antiveneno a ser administrado 
 
 
 
❖ Como identificar uma serpente peçonhenta 
A fosseta lateral, órgão sensorial termorreceptor, é um orifício situado entre o olho e a narina, daí a denominação popular 
de “serpente de quatro ventas”. Indica com segurança que a serpente é peçonhenta e é encontrada nos gêneros 
Bothrops, Crotalus e Lachests. 
Todas as serpentes destes gêneros são providas de dentes inoculadores bem como desenvolvidos e móveis situados na 
porção anterior do maxilar. 
O animal causador deve, na medida do possível, ser encaminhado para identificação por técnico treinado. A conservação 
dos animais mortos pode ser feita, embora precariamente, pela imersão dos mesmos em solução de formalina a 10% ou 
álcool comum e acondicionados em frascos rotulados com os 
dados do acidente, inclusive a procedência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
❖ Principais grupos de serpentes peçonhentas 
No Brasil, as serpentes causadoras de acidentes com potencial para 
desenvolver quadro clínico grave, as peçonhentas, estão divididas 
em quatro grupos: 
1. Botrópico (Jararacas) 
2. Laquético (Surucucus) 
3. Crotálico (Cascavéis) 
4. Elapídico (Corais) 
 
❖ Gênero Bothrops 
O gênero Bothrops é encontrado principalmente em zonas rurais e 
periferias de grandes cidades, preferindo ambientes úmidos como matas e áreas cultivadas e locais onde haja facilidade 
para proliferação de roedores. 
O acidente botrópico é responsável por cerca de 90% dos envenenamentos em nosso país 
Jararaca possui uma coloração esverdeada com desenhos semelhantes a um V 
invertido, corpo delgado e mede aproximadamente 1 metro. 
Sua picada causa muita dor e edema no local, podendo haver sangramento também 
nas gengivas ou em outros ferimentos pré-existentes. 
É encontrada nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, 
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espirito Santo e Bahia. 
Seu veneno tem ação proteolítica, coagulante e hemorrágica. 
 
 
 
❖ Acidente Crotálico 
É responsável por cerca de 7,7% dos acidentes ofídicos registrados no Brasil. 
Apresenta o maior coeficiente de letalidade devido à frequência com que evolui para insuficiência renal aguda (IRA). 
As manifestações locais são pouco importantes, não há dor, apresentando parestesia local ou regional, podendo ser 
acompanhada de edema discreto ou eritema no ponto da picada. Porém, ao ser picada a vítima sente dificuldade de 
manter olhos abertos, formigamento, urina escura e muita dor. Apresenta também mal-estar, prostração, sudorese, 
náuseas, vômitos, sonolência ou inquietação e secura na boca. 
 
 
 
❖ Gênero Lachesis 
Surucucu é também conhecida como pico-de-jaca. A cauda apresenta escamas eriçadas como uma escova. É a maior 
das serpentes peçonhentas das américas, atingindo 3,5 metros. São encontradas apenas em áreas de floresta tropical 
densa, como a Amazônia, pontos de Mata Atlantica e alguns enclaves de matas úmidas do Nordeste. Seu veneno tem 
ação proteolítica, coagulante, hemorrágica e neurotóxica.

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