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Intoxicação por Rodenticidas

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Intoxicação por Rodenticidas 
Legislação Brasileira sobre Raticidas 
Os raticidas, também denominados rodenticidas, são 
considerados saneantes domissanitários. Segundo a 
ANVISA, os raticidas são preparações destinadas ao 
combate contra ratos, camundongos e outros roedores 
em domicílios, embarcações, recintos e lugares de uso 
público, contendo substâncias ativas, isoladas ou em 
associação, que não oferecem risco à vida ou à saúde 
do homem e dos animais úteis de sangue quente quando 
aplicados em conformidade com as recomendações 
contidas em sua apresentação. 
Segundo a legislação brasileira, atualmente todos os 
raticidas devem, obrigatoriamente, estar registrados na 
DISAD (Divisão de Saneamento de Domissanitários), um 
órgão vinculado à ANVISA. Dessa forma, nenhum raticida 
pode ser produzido, comercializado e/ou utilizado em 
território brasileiro sem estar registrado e liberado por 
esse órgão oficial. 
Raticidas de Uso Legal 
 Anticoagulantes 
As formas de apresentação desse tipo de raticida podem 
ser: pós de contato (uso exclusivamente profissional), 
íscas (capacidade de atrair o roedor, tanto pelo olfato 
quanto pelo paladar) e premix (são utilizados em 
situações quando a oferta de alimento é tão grande e de 
tão boa qualidade que dificilmente o rato vai deixar de 
ingerir esse alimento para ingerir as iscas). 
Os rodenticidas anticoagulantes podem pertencer a dois 
grandes grupos: os derivados de cumarina (chamados de 
cumarínicos ou warfarínicos) e derivados da idantiona. 
Esses compostos podem, ainda, ser divididos em 
rodenticidas de primeira (dose múltipla e de excreção 
rápida) ou de segunda geração (dose única e de 
excreção mais lenta). 
Os rodenticidas anticoagulantes são bem absorvidos por 
via oral. Após sua absorção, eles têm alta porcentagem 
de ligação com proteínas plasmáticas. A meia-vida varia 
bastante, dependendo da espécie animal. 
Mecanismo de Ação 
Os raticidas anticoagulantes competem com a vitamina K 
pelas enzimas epóxi-redutase e vitamina K redutase 
(responsável pela reativação da vitamina K). Deve ser 
salientado que a inibição da epóxi-redutase tem maior 
importância no quadro de intoxicação, uma vez que a 
vitamina K proveniente da alimentação (fonte exógena) 
não é suficiente para reverter esse quadro. 
 
Sinais Clínicos 
Os sinais clínicos normalmente surgem um a três dias 
após a ingestão do raticida, sendo observados 
principalmente depressão, palidez, dispneia, tosse, 
hematomas subcutâneos e epistaxe (sangramento nasal). 
Podem ser observados também hematêmese, fezes 
melênicas, ataxia, paresia, convulsão e morte súbita. As 
alterações macroscópicas e microscópicas consistem de 
hemorragias disseminadas em diversos órgãos. 
Tratamento 
Antídoto (Vitamina K) com tratamento sintomático. 
Diagnóstico 
Diagnóstico diferencial, teste do tempo de protombrina, 
teste do tempo de tromboplastina parcial ativado, 
radiografia e toracocentese. Análise post mortem é feita 
observando-se a presença de raticidas no fígado. 
Por razões humanitárias, o rodenticida não deve 
causar morte violenta nos animais-alvo.

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