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Compilado de Epidemiologia

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Compilado de AIS 
Epidemiologia Clínica e Medicina baseada em Evidências (1) 
 
 Epidemiologia: trabalha com população 
 
 Clínica: trabalha com pessoas 
 
 A epidemiologia e o campo da saúde: interfaces disciplinares: 
 Será que podemos conhecer e solucionar problemas de saúde empregando uma perspectiva 
reducionista? 
 
 Determinantes sociais de saúde: vários componentes influenciam na saúde 
 Componente biológico: idade, sexo e fatores hereditários 
 Estilo de vida dos indivíduos 
 Redes sociais e comunitárias 
 Condições de vida e de trabalho 
 
 Ex: fatores que modulam a transmissão da dengue: 
a. Vetor: dinâmica das populações 
b. Hospedeiro 
c. Vírus: sorotipo 
 
 Interface da epidemiologia com a clínica: 
 Por que este paciente apresenta esta doença neste momento? 
 Por que estes indivíduos apresentam esta doença neste momento? 
 Como os determinantes das doenças estão distribuídos na população e como esta distribuição influencia a 
distribuição da doença? 
 
 Medicina baseada em evidências: 
 MBE deve ser vista como a integração da experiência clínica com a capacidade de analisar e aplicar 
racionalmente a informação científica ao cuidar de pacientes. 
 A aplicação de métodos e estratégias para fortalecer o alicerce científico do médico, sem desprezar os 
valores humanitários da profissão, deverá contribuir para a melhoria da qualidade da assistência médica 
que é oferecida no Brasil 
 Se traduz pela prática da medicina em um contexto em que a experiencia clínica é integrada com a 
capacidade de analisar criticamente e aplicar de forma racional a informação cientifica de forma racional a 
informação cientifica de forma a melhorar a qualidade da assistência médica 
 É uma ferramenta utilizada na prática clinica 
 Uso consciente e sensato das melhores evidências disponíveis para tomada de decisão 
 Identificar problemas relevantes e converte-los em questões que conduzem a respostas necessárias 
 Pesquisar fontes de informação para localizar evidencias que apoiam as respostas necessárias 
 Analisar criticamente a qualidade da evidência, favorecendo ou negando o valor de uma determinada 
conduta 
 Chegar a uma conclusão correta quanto ao significado da informação 
 Aplicar conclusões da avaliação em situações especificas visando a maioria dos cuidados de saúde 
 
 A filosofia da MBE guarda similaridades e pode ser integrada com o aprendizado baseado em problemas: 
 O problema deve enfocar no paciente 
 Ao definir o problema deve ser feito um balanço entre precisão e prolixidade 
 Dependendo de cada situação, existem determinadas características do paciente que devem ser levadas 
em consideração na descrição do problema, de forma a facilitar a localização das informações necessárias 
 Ex: se a febre é uma das manifestações clínicas, o fato de o paciente ser uma criança de dois anos de 
idade, e não um adulto, modifica de forma importante o contexto do problema. 
 
 Fontes de evidencias para decisões clinicas: 
 Conhecimento dos métodos epidemiológico - analise crítica e uso adequado dos resultados em apoio a 
decisões 
 É importante observar que, ao examinar um paciente e detectar problemas, muitas das informações 
adicionais que irão orientar o que deve ser feito são adquiridas através da observação atenta da 
evolução, da avaliação laboratorial, da conversa com os familiares e de consultas com outros 
profissionais da equipe de saúde. Outra fonte de informação é a literatura médica. 
 
 Principais tipos de estudos epidemiológicos: 
a. Estudo descritivo: 
 Os estudos descritivos têm por objetivo determinar a distribuição de doenças ou condições relacionadas 
à saúde, segundo o tempo, o lugar e/ou as características dos indivíduos. 
 Ou seja, responder à pergunta: quando, onde e quem adoece? 
 A epidemiologia descritiva pode fazer uso de dados secundários (dados pré-existentes de mortalidade e 
hospitalizações, por exemplo) e primários (dados coletados para o desenvolvimento do estudo). 
 
b. Relato de caso 
 
c. Ensaios clínicos controlados e randomizados: 
 o ensaio clínico randomizado é um tipo de estudo de intervenção em que se parte da causa em direção ao 
efeito. 
 Os participantes são divididos, aleatoriamente, em dois grupos: o grupo da intervenção e o grupo dos 
controles. 
 Essa alocação aleatória tem como principal finalidade tornar os dois grupos semelhantes entre si. 
 É o estudo de melhor delineamento para investigar a relação causa-efeito. O fato de serem dois grupos 
semelhantes, cuja única diferença é a intervenção, e o uso de técnicas de avaliação duplo-cega e de 
placebos tornam esse tipo de estudo o menos sujeito a vieses e o mais semelhante a um estudo 
experimental de laboratório. 
 O ensaio clínico randomizado é semelhante ao estudo de coorte, onde também se parte da causa para o 
efeito. O estudo de coorte, entretanto, não permite a alocação aleatória da exposição. 
 princípio lógico do ensaio clínico randomizado é saber se a incidência de complicações da doença ou de 
outros desfechos como a morte, nos expostos (grupo de intervenção), é menor do que a incidência nos 
não expostos (grupo controle). 
 A pergunta feita nesse tipo de estudo é a seguinte: será que o tratamento surtiu algum efeito? 
 
 
d. Estudo de coorte: 
 Acompanhamento de um grupo de indivíduos para observar se eles terão ou não certa doença 
 Estudo de coorte é um tipo de estudo em que o investigador se limita a observar e analisar a relação 
existente entre a presença de fatores de riscos ou características e o desenvolvimento de enfermidades, 
em grupos da população. 
 É um estudo longitudinal, onde os participantes são observados por um período de tempo pré-
estabelecido, cuja duração é dependente da enfermidade de interesse, para que sejam verificadas 
mudanças na frequência da ocorrência da enfermidade associadas a presença do fator de risco. 
 
e. Estudo de caso-controle: 
 Nos estudos caso-controle, primeiramente, identificam-se indivíduos com a doença (casos) e, para efeito 
de comparação, indivíduos sem a doença (controles) 
 Os estudos caso-controle, ao contrário dos estudos de coorte, partem do efeito (doença) para a 
investigação da causa (exposição). 
 Vantagens: 
 a) tempo mais curto para o desenvolvimento do estudo, uma vez que a seleção de participantes é feita 
após o surgimento da doença 
 b) custo mais baixo da pesquisa 
 c) maior eficiência para o estudo de doenças raras 
 d) ausência de riscos para os participantes 
 e) possibilidade de investigação simultânea de diferentes hipóteses etiológicas. 
 
 Desvantagens: 
o erro sistemático no estudo): de seleção (casos e controles podem diferir sistematicamente, devido a 
um erro na seleção de participantes); e de memória (casos e controles podem diferir 
sistematicamente, na sua capacidade de lembrar a história da exposição). Essas limitações podem ser 
contornadas no delineamento e condução cuidadosos de um estudo caso-controle 
 
 Estratégia de pesquisa dos estudos de intervenção: 
 
 Medido de forma similar em toda a população de estudo 
 
 Tipos de erro em estudos epidemiológicos: 
a. Erro aleatório (seleção da amostra) 
b. Erro sistemático: medida mensurada x medida verdadeira 
o Viés de seleção: controle não representa a população que produziu os casos 
o Viés de informação: mensuração das variáveis 
o Vias de memória: especifico de estudo caso-controle 
 
 Fontes de evidências para decisões clinicas: 
a. Revisões sistemáticas: 
o Estimam uma medida de efeito (RR) a partir da medida de efeito obtidas em diferentes estudos 
o Maior poder estatístico 
o Mais confiáveis para apoiar as decisões clinicas 
 
b. Sinopses: estudos relevantes acompanhados de analises críticas; acesso rápido as novas evidencias 
c. Livros textos: grande densidade de condutas de forma organizada e de fácil acesso; rápida desatualizaçãod. Diretrizes: recomendados clinicas para o manejo de um determinado problema; produzido por agencia 
governamental ou sociedade medica 
 
 Analise da força de recomendação e da qualidade da evidencia adequadas a uma realidade especifica: 
 Evidencia: força de recomendação (magnitude benefício/dano); qualidade da evidencia (análise criteriosa 
da metodologia) 
 Decisão clínica: 
o Benefício/ dano esperado 
o Preferências do paciente, valores, recursos 
o Gravidade do problema 
o Disponibilidade 
o Alterativas disponíveis 
 
Epidemiologia Clínica e Medicina baseada em Evidências (2) 
 
RASTREAMENTO 
Deve haver uma clara distinção entre rastreamento e diagnóstico de doenças. 
Quando um indivíduo exibe sinais e sintomas de uma doença e um teste diagnóstico é realizado, este 
não representa um rastreamento. A equipe de saúde deve estar sempre vigilante em identificar a 
apresentação clínica na população sob seus cuidados e deve realizar os exames sempre que surjam 
sintomas nas pessoas sob seus cuidados, ou seja, realizar os exames necessários de acordo com a 
clínica apresentada pelo paciente. Isso não configura rastreamento, mas sim cuidado e diagnóstico 
apropriado. 
Já no rastreamento, exames ou testes são aplicados em pessoas sadias, o que implica, repetimos e 
enfatizamos, garantia de benefícios relevantes frente aos riscos e danos previsíveis e imprevisíveis da 
intervenção. 
Tanto o rastreamento como o diagnóstico podem usar vários métodos e exames (por exemplo, 
questionários, aparelhos portáteis para medir marcadores sanguíneos, como a glicose, colesterol, 
exames de laboratório etc.), assim como vários limiares ou pontos de corte para designar a condição. 
No rastreamento, um exame positivo não implica fechar um diagnóstico, pois geralmente são exames que 
selecionam as pessoas com maior probabilidade de apresentar a doença em questão. Outro teste 
confirmatório (com maior especificidade para a doença em questão) é necessário depois de um 
rastreamento positivo, para que se possa estabelecer um diagnóstico definitivo. Por exemplo, uma 
mamografia sugestiva de neoplasia deve ser seguida de uma biópsia e confirmação diagnóstica por 
anatomopatologia. 
 
 Quatro aspectos importantes em um programa de rastreamento: 
1 - ACESSO: o rastreamento, quando apropriado e estabelecido em um programa organizado, não 
constitui modalidade diagnóstica nem assistencial, e sim um direito assegurado do cidadão a uma atenção 
à saúde de qualidade. Isso significa que ele não precisa de requisição de um profissional médico para a 
realização do teste ou procedimento de rastreamento, visto que não se trata de diagnose de um quadro 
clínico, mas sim de critérios estabelecidos que o habilitem a participar do programa, por exemplo, a 
vacinação, com suas normatizações de idade e periodicidade. 
2 - AGILIDADE: o participante não precisa entrar na rotina assistencial dos serviços de atendimento à 
saúde (de APS) para a realização do rastreamento nem para o recebimento do resultado, a não ser que 
seja necessário. É o equivalente ao usuário que vem se vacinar: cumpridos os critérios técnicos 
estabelecidos, os serviços de APS devem esforçar-se ao máximo para prover-lhe a vacinação 
rapidamente, sem agendamentos ou dificuldades burocráticas. 
3 - MELHORES EVIDÊNCIAS: o rastreamento enquanto programa deve ser oferecido à população 
somente quando comprovado que seus benefícios superam amplamente os riscos e danos, dessa forma, 
permitindo detecção precoce e tratamento de certas doenças. Entretanto, a adesão ao programa deve 
ser voluntária e entendida como direito dos cidadãos. 
4 - INFORMAÇÃO: o participante deve receber orientação quanto ao significado, riscos e benefícios do 
rastreamento, bem como sobre as peculiaridades e rotinas do programa e dos procedimentos. No Brasil, 
temos um bom exemplo nos centros de orientação sorológica para rastreamento de HIV por procura 
espontânea com aconselhamento pré e pós-teste a respeito da doença. No caso do citopatológico, as 
mulheres devem receber as orientações de praxe sobre a frequência de rastreamento, sobre os 
procedimentos, os passos posteriores (recebimento do resultado etc.). Voltando ao exemplo da 
vacinação, a pessoa vacinada ou seu responsável deve ser orientado sobre os procedimentos, efeitos 
adversos, objetivos, periodicidade e assim por diante. 
A gestão dos programas organizados de rastreamento é um serviço de saúde pública e suas principais 
tarefas são: 
• Identificar programas que tragam mais benefícios do que danos; 
• Garantir que cada programa seja introduzido e executado com nível suficiente de qualidade para que 
possa reproduzir no ambiente dos serviços de saúde os mesmos benefícios encontrados no ambiente de 
pesquisa. 
 
Para a implantação de programas de rastreamento, o problema clínico a ser rastreado deve atender a 
alguns critérios, a seguir: 
1. A doença deve representar um importante problema de saúde pública que seja relevante para a 
população, levando em consideração os conceitos de magnitude, transcendência e vulnerabilidade; 
2. A história natural da doença ou do problema clínico deve ser bem conhecida; 
3. Deve existir estágio pré-clínico (assintomático) bem definido, durante o qual a doença possa ser 
diagnosticada; 
4. O benefício da detecção e do tratamento precoce com o rastreamento deve ser maior do que se a 
condição fosse tratada no momento habitual de diagnóstico; 
5. Os exames que detectam a condição clínica no estágio assintomático devem estar disponíveis, 
aceitáveis e confiáveis; 
6. O custo do rastreamento e tratamento de uma condição clínica deve ser razoável e compatível com o 
orçamento destinado ao sistema de saúde como um todo; 
7. O rastreamento deve ser um processo contínuo e sistemático. 
 
CONCLUI-SE: 
• O rastreamento é bom para selecionar doenças de progressão lenta (menos agressivas); 
• Não se podem comparar os grupos dos casos detectados pelo rastreamento como grupo de 
apresentação clínica; 
• Essa é a razão por que a definição de caso é tão importante: os casos detectáveis por meio do 
rastreamento não podem ser diretamente comparados com os casos detectáveis clinicamente. 
 
EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA 
A epidemiologia clínica ocupa-se especificamente da prática clínica através do estudo da variação e dos 
determinantes da evolução da doença. 
 
MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS 
Um dos maiores desafios da prática da atenção primária é manter-se adequadamente atualizada, 
considerando a quantidade cada vez maior de informações disponíveis. Uma ferramenta muito utilizada 
na prática clínica atualmente é a medicina baseada em evidências, que se traduz no uso consciente das 
melhores evidências disponíveis para tomada de decisão tanto na prática clínica como para implantação 
de políticas públicas de saúde. 
 
O uso da medicina baseada em evidências exige a compreensão dos seguintes pressupostos: 
1. Quando possível, os profissionais da saúde devem utilizar informações provenientes de estudos 
sistemáticos, reprodutíveis e sem tendenciosidade, de forma a aumentar a confiança no prognóstico, na 
eficácia da terapia e na utilidade dos testes diagnósticos. 
2. A compreensão da fisiopatologia é necessária, mas insuficiente para a prática clínica. 
3. A compreensão de determinadas regras de evidência é necessária para avaliar e aplicar de forma 
efetiva a literatura médica. 
 
Principais tipos de estudo: 
a) Estudo descritivo ou relato de caso: consiste na utilização de um ou mais métodos quantitativos de 
recolhimento de informação e não segue uma linha rígida de investigação. Caracteriza-se por descrever 
um evento ou caso de uma forma longitudinal. O caso consiste geralmente no estudo aprofundado de 
uma unidade individual, tal como: uma pessoa, um grupo de pessoas, uma instituição, um evento cultural 
etc. 
b) Estudo caso-controle: estudo observacional de temporalidade longitudinalretrospectiva que parte do 
desfecho e vai ao encontro da exposição, no qual é feita a comparação entre um ou mais grupos que 
tiveram o desfecho a ser pesquisado e um grupo controle. Exemplo: registros médicos de indivíduos com 
a doença são comparados com os de pessoas com características similares, tais como idade e sexo, mas 
que não têm a condição a ser investigada. Os estudos caso-controle são frequentemente utilizados para 
tentar determinar as causas de uma doença. São sujeitos a inúmeros vieses, principalmente na seleção 
do grupo controle, além do viés de memória. 
c) Estudo coorte: estudo observacional que difere do caso-controle porque reúne dois ou mais grupos de 
pessoas e os acompanha longitudinalmente no tempo, partindo da exposição e indo ao encontro do 
desfecho. Apesar dessa direcionalidade exposição-desfecho, pode ser prospectivo, retrospectivo ou 
ambispectivo. Por exemplo: a coorte de pacientes com um número importante de fatores de risco para 
doença cardiovascular é reunida simultaneamente com uma coorte de indivíduos controle que não 
tenham tais fatores. Ambos são acompanhados prospectivamente por um período antes que os 
resultados sejam determinados. Também existe potencial de viés de seleção nos estudos de coorte, mas 
ele é menor do que nos estudos de caso-controle retrospectivos. 
d) Ensaios clínicos controlados e aleatorizados: são estudos experimentais, longitudinais, de intervenção, 
controlados e com alocação aleatória. Podem ser não cegos, unicegos ou duplo cegos. Esse último é 
considerado o padrão-ouro dos estudos por diminuir o efeito de variáveis de confusão e permitir a 
padronização da qualidade e quantidade dos fatores, tornando os resultados mais seguros, pois o 
paciente e o médico não sabem qual grupo está com o placebo e qual está com a medicação. Essa 
informação é conhecida apenas pelo organizador do estudo. 
e) Meta-análises: metodologia na qual os resultados de um número de estudos que abordam a mesma 
questão e empregam métodos similares são combinados para aumentar a força estatística e, dessa 
forma, uma conclusão mais definitiva pode ser obtida. As melhores metaanálises utilizam-se de estudos 
controlados e aleatorizados. Existem várias fontes de metaanálises e revisões sistemáticas. Um grupo 
que realiza revisões sistemáticas de alta qualidade é a Colaboração Cochrane. Porém ela não tece 
recomendações, apenas avalia os estudos ou meta-análises deles com a finalidade de avaliar a evidência 
científica que suporta alguma intervenção ou dúvida clínica. 
Níveis de Atenção à Saúde 
Do ponto de vista dos serviços de saúde, as ações de medicina preventiva podem ser divididas em três fases: 
primária, secundária e terciária. Contudo, dentro dessas fases, é possível identificar cinco diferentes níveis de 
prevenção, de acordo com o tipo e o objetivo destas ações. 
Fases das ações de medicina preventiva - 
Prevenção Primária = A prevenção primária inclui ações voltadas a impedir a ocorrência das doenças antes que elas 
se desenvolvam no organismo dos pacientes. Refere-se ao período pré-patogênico e diz respeito a ações sobre 
agentes patógenos e seus vetores. Subdivide-se em dois níveis: a promoção da saúde e a proteção específica. 
Prevenção Secundária = As ações de prevenção secundária ocorrem em situações nas quais o processo de doença 
já está instaurado. A intenção é propiciar uma melhor evolução clínica para os indivíduos afetados, impedindo ou 
retardando a evolução das enfermidades através da execução de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. 
Além disso, as ações na fase secundária também têm como meta interromper ou reduzir a disseminação da doença 
em uma população específica. Esta fase também é dividida em dois níveis: Diagnóstico precoce e Limitação da 
incapacidade. 
Prevenção Terciária = Nesta fase, as ações preventivas ocorrem quando o quadro patológico já evoluiu a ponto de 
se manifestar de uma forma estável a longo prazo (cura com seqüelas ou cronificação). 
Tais situações exigem cuidados preventivos específicos, para que as limitações impostas pela doença prejudiquem 
o mínimo possível a vida das pessoas, famílias e comunidades afetadas. 
Em relação às condições crônicas, uma questão particularmente complicada é a manutenção da adesão do 
paciente às ações de cuidado de longo prazo. 
 
NÍVEL QUATERNÁRIO 
O uso exacerbado de medicação em casos de pré-doença e/ou fatores de risco tem sido recorrente. Esse 
hábito tem movimentado o mercado farmacêutico de tal modo que a comercialização de medicações para 
pessoas saudáveis se expande enormemente aumentando os custos para a sociedade e para os serviços em 
saúde, além de potencialmente reduzir a qualidade de vida ao converter pessoas saudáveis em pacientes. 
Diante desse cenário surgiu um novo conceito de prevenção, a “prevenção quaternária”. O nascimento e a 
prática deste conceito são uma reação à iatrogenia, que nasceu dentro da própria categoria médica, 
vinculada à prática e à ética do cuidado. 
A prevenção quaternária se baseia na relação médico/paciente e, por isso, a narrativa, o diálogo e o histórico 
da sua saúde são muito importantes e assumidos como premissa básica nesse modelo. Quando você vai ao 
médico se preocupa em fazer uma lista de sintomas e o histórico da sua saúde? Quando o médico lhe passa 
um medicamento ou solicita um exame você o questiona sobre os riscos do tratamento e o impacto do 
exame solicitado em sua saúde? Pois bem, tudo isso é levado em consideração quando falamos em 
prevenção quaternária. E se após a consulta o médico lhe disser que está tudo bem, apesar dos sintomas, e 
não lhe receitar nada? Qual seria a sua reação? Na prevenção quaternária, “mais vale prevenir que remediar 
(curar) – quando prevenir faz menos mal do que curar” o que explica a contenção de atividades curativas e 
preventivas desnecessárias. Além disso, ela se baseia em evidências balanceando os efeitos benéficos e 
nocivos de medidas que podem ser apenas procedimentos desnecessários. 
http://previva.com.br/prevencao-e-controle-de-doencas-cronicas/
http://previva.com.br/prevencao-e-controle-de-doencas-cronicas/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Níveis de prevenção – 
1º nível: promoção da saúde = O primeiro dos níveis de prevenção engloba as ações destinadas a manter o bem-
estar geral de uma população, sem visar a nenhuma doença em particular. São ações destinadas a manter 
a qualidade de vida de indivíduos, famílias e comunidades de modo a evitar o desenvolvimento de diversos 
processos patogênicos. 
Exemplos: educação alimentar, incentivo à prática de atividades físicas, campanhas contra o uso de álcool e tabaco, 
etc. 
2º nível: proteção específica = Este nível também se refere a ações que incidem no período pré-patogênico, antes 
da instalação da doença. A diferença é que elas são dirigidas ao combate de uma enfermidade específica ou um 
grupo de doenças em particular. 
Exemplos: vacinação, exame pré-natal, quimioprofilaxia, eliminação de focos de vetores de doenças, fluoretação 
da água, distribuição de preservativos, adoção de medidas ergonômicas e ginástica laboral no ambiente de 
trabalho, etc. 
3º nível: diagnóstico e tratamento precoce = As ações neste nível têm como objetivo detectar o mais rapidamente 
possível processos patogênicos já instalados, antes do aparecimento de sintomas. Dessa forma, é possível adotar 
medidas protetoras antes mesmo de um agravo em curso cruzar o horizonte clínico. 
Embora o período pré-patogênico seja o melhor momento para a prevenção, o fato é que ações de prevenção 
primária geralmente demandam investimentos caros e retornos de longo prazo. Sendo assim, o terceiro e o quarto 
níveis de prevenção (que fazem parte da prevenção secundária) ganham um caráter estratégico, pois permitem 
focar em locais e pessoas mais suscetíveis. 
Exemplos: exames periódicos de saúde (checkups), rastreamentos (screenings) paradoenças infecto-contagiosas, 
auto-exame, intervenções médicas ou cirúrgicas precoces. 
4º nível: limitação do dano = Este nível de prevenção envolve as medidas aplicadas nos casos em que o processo 
de adoecimento já está plenamente instalado. Apesar de terem menor impacto na população em geral, as ações 
neste nível são extremamente relevantes por limitar a extensão das lesões e retardar o aparecimento de 
complicações. 
Dependendo do caso, o objetivo de tais ações deve ser a cura total ou com poucas sequelas, bem como a redução 
de complicações clínicas por meio de suportes terapêutcos nos casos de condições crônicas (como hipertensão, 
diabetes e certos distúrbios mentais) ou cronificadas (como a AIDS e algumas doenças autoimunes). 
http://previva.com.br/qualidade-de-vida-deve-ser-nova-prioridade-de-operadoras-de-saude/
http://previva.com.br/trabalhar-sentado/
http://previva.com.br/monitoramento-da-saude/
Exemplos: grupos de apoio a pacientes crônicos, telemonitoramento, acesso facilitado a serviços de saúde, 
tratamento médico ou cirúrgico adequados, hospitalização em função das necessidades. 
5º nível: reabilitação = O último dos níveis de prevenção se enquadra na fase terciária, com ações que buscam 
desenvolver o potencial residual do organismo após ser afetado pela doença. O objetivo é contribuir para que o 
indivíduo aprenda a conviver com sua condição de saúde e consiga levar uma vida útil e produtiva. 
Exemplos: acompanhamento de complicações em pacientes diabéticos, reabilitação pós-infarto ou acidente 
vascular cerebral, terapia ocupacional, treinamento do deficiente, próteses e órteses. 
 
História Natural da Doença (1) 
 
História natural da doença é o nome dado ao conjunto de processos interativos compreendendo as inter-relações 
do agente, do suscetível e do meio ambiente que afetam o processo global e seu desenvolvimento, desde as 
primeiras forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela 
resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. 
A história natural da doença, portanto, tem desenvolvimento em dois períodos sequenciados: o período 
epidemiológico e o período patológico. No primeiro, o interesse é dirigido para as relações suscetível-ambiente; no 
segundo, interessam as modificações que se passam no organismo vivo. 
Abrange, portanto, dois domínios interagentes, consecutivos e mutuamente exclusivos, que se completam: o meio 
ambiente, onde ocorrem as pré-condições, e o meio interno, lócus da doença, onde se processaria, de forma 
progressiva, uma série de modificações bioquímicas, fisiológicas e histológicas, próprias de uma determinada 
enfermidade. 
Alguns fatores são limítrofes. Situam-se, de forma indefinida, entre os condicionantes pré-patogênicos e as 
patologias explícitas. São anteriores aos primeiros transtornos vinculados a uma doença específica, sem se 
confundir com a mesma e, ao mesmo tempo, são intrínsecos ao organismo do suscetível. 
Em uma situação normal, em ausência de estímulos, jamais se exteriorizariam como doenças. Em presença destes 
fatores intrínsecos preexistentes, os estímulos patogênicos. Dentre as pré-condições internas, citam-se os fatores 
hereditários, congênitos ou adquiridos em consequência de alterações orgânicas resultantes de doenças anteriores. 
 
 
 
 
 
 
História Natural da Doença (2) 
A história natural da doença é o curso da doença desde o início até sua resolução, na ausência de intervenção. Em 
outras palavras é o modo próprio de evoluir que tem toda doença ou processo, quando se deixa seguir seu próprio 
curso. O processo se inicia com a exposição de um hospedeiro suscetível a um agente causal e termina com a 
recuperação, deficiência ou óbito. Na Figura 2.4 é apresentado o modelo tradicional da história natural da doença 
e sua relação com os níveis de prevenção propostos por Level e Clark. Na figura está claramente delimitado o 
período pré-patogênico, o primeiro deles antes da doença 
e representa o momento da interação do agente, o 
ambiente e o hospedeiro. O período patogênico mostra as 
mudanças que se apresentam no hospedeiro uma vez 
realizado um estímulo efetivo. O horizonte clínico marca o 
momento em que a doença é aparentemente clínica. Nesse 
modelo, é remarcada a importância das diferentes medidas 
de prevenção que podem ser realizadas dependendo do 
momento em que se encontre a doença e deste modo as 
atividades de prevenção primárias são efetuadas no 
período pré-patogênico e são encaminhadas para 
promover a saúde e a proteção específica; na prevenção 
http://previva.com.br/telemonitoramento-de-cronicos/
http://conteudo.previva.com.br/engajar_beneficiarios_programas_medicina_preventiva
http://conteudo.previva.com.br/engajar_beneficiarios_programas_medicina_preventiva
secundária, as ações são o diagnóstico precoce, o tratamento imediato e a limitação do dano; e a prevenção 
terciária está focada na reabilitação. 
História natural da doença: refere-se à evolução de uma doença no indivíduo através do tempo, na ausência de 
intervenção. 
Descreveu-se a história natural de várias doenças, 
tanto transmissíveis como não transmissíveis, agudas 
ou crônicas. 
Nas doenças transmissíveis, o período de latência é o 
tempo que transcorre desde a infecção até que a 
pessoa se torne infectada. O período de incubação é 
o tempo que transcorre desde a infecção até a 
apresentação dos sintomas. No caso das doenças não 
transmissíveis, a terminologia difere um pouco e se 
considera que o período de latência corresponde ao 
período que transcorre entre o desenvolvimento da 
doença subclínica até a apresentação de sintomas. 
 
Instrumentos de Abordagem familiar na atenção primária a saúde na atenção primária a saúde: genograma, ecograma e practice (1) 
 Família: 
 Sistema aberto, dinâmico e complexo, cujos membros pertencem a um mesmo contexto social 
 Sede das primeiras trocas afetivo-emocionais e da construção da identidade 
 O profissional de saúde deve compreender a família que está recebendo com cuidado, sua estrutura e 
funcionalidade para o sucesso da atenção a saúde 
 OBS: no domicilio algumas questões sobre a estrutura familiar estão explicitas 
 
 Tipos de família: 
 Independentemente de qual membro da família está sendo assistido é necessário ter claro entendimento 
do contexto interpessoal do problema 
- quem faz parte desse sistema familiar? 
- há pessoas importantes para a pessoa ou para a família que não estão presentes? 
 
 Tópicos para a observação na abordagem familiar: 
 Papeis: quem desempenha cada função na família 
 Comunicação não verbal 
 Comunicação verbal 
 Transgeracionalidade 
 
 Genograma: 
 Permite identificar de maneira mais rápida, a dinâmica familiar e suas possíveis implicações, com criação 
de vinculo entre o profissional e a família/ individuo 
 Reúne informações sobre a doença da pessoa identificada, as doenças e os transtornos familiares, os 
antecedentes genéticos, as causas da morte de pessoas da família, além dos aspectos psicossociais 
apresentados 
 
 Ecomapa: 
 A compreensão da família pode não ser suficiente, pois ela se relaciona com o meio e com os outros 
atores sociais, e essas relações são fundamentais para se atingir e preservar o equilíbrio biopsicossocial 
da unidade familiar 
 Representação gráfica dos contatos dos membros da família com outros sistemas sociais 
 Utiliza a mesma simbologia do genograma 
 Registra, em círculos externos, os contatos da família com membros da comunidade ou com pessoas e 
grupos significativos 
 
 
 Practice: 
 Avaliação do funcionamento da família, no que se refere a um caso específico 
 Disponibiliza informações sobre a organização e posicionamento da família diante os problemas, foca no 
problema existente, facilitando a coleta de informações e a elaboraçãode intervenções 
o P: problema apresentado -> modo como a família ve o problema e tenta supera-lo 
o R: papeis e estrutura -> modo como cada membro desempenha seu papel 
o A: afeto -> maneira como o afeto é demonstrado pelos membros da família e como isso interfere 
no contexto familiar 
o C: comunicação -> como se dá a comunicação verbal e não verbal dentro da família 
o T: fase do ciclo da vida -> relaçao entre o problema e as tarefas condizentes com o ciclo de vida 
o I: doença na família -> potencial que a família tem para lidar com o problema 
o C: enfrentamento de stress -> potencial que a família tem para lidar com o problema 
o E: meio ambiente, rede de apoio -> recursos ambientais, sociais e familiares que podem ser 
explorados para superação do problema 
 
 
 
 
 
 
Instrumentos de Abordagem familiar na atenção primária a saúde na atenção primária a saúde: genograma, ecograma e practice (2) 
 
FAMÍLIA 
 
Sistema aberto, dinâmico e complexo, cujos membros pertencem a um mesmo contexto social. 
Sede das primeiras trocas afetivo-emocionais e da construção da identidade 
O profissional de saúde deve compreender a família que está recebendo o cuidado, sua estrutura e funcionalidade 
para o sucesso da atenção à saúde. 
Obs: no domicílio, algumas questões sobre a estrutura familiar estão explícitas, 
 
TÓPICOS PARA OBSERVAÇÃO NA ABORDAGEM FAMILIAR 
 
Papéis: quem desempenha cada função na família 
Comunicação não-verbal 
Comunicação verbal 
Transgeracionalidade 
 
(LEMBRAR DO VÍDEO QUE ELA PASSOU EM SALA) 
 
TIPOS DE FAMÍLIA 
 
Independentemente de qual membro da família está sendo assistido, é necessário ter claro entendimento do 
contexto interpessoal do problema. 
 
 Quem faz parte desse sistema familiar? 
 Há pessoas importantes para a pessoa ou para a família que não estão presentes? 
 
 
GENOGRAMA 
 
Permite identificar, de maneira mais rápida, a dinâmica familiar e suas possíveis implicações, com criação de vínculo 
entre o profissional e a família/indivíduo. 
Reúne informações sobre a doença da pessoa identificada, as doenças e os transtornos familiares, os antecedentes 
genéticos, as causas da morte de pessoas da família, além dos aspectos psicossociais apresentados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ECOMAPA 
 
 A compreensão da família pode não ser 
suficiente, pois ela se relaciona com o meio e 
com outros atores sociais, e essas relações 
são fundamentais para se atingir e preservar o 
equilíbrio biopsicoespiritossocial da unidade 
familiar. 
 
 Representação gráfica dos contatos dos 
membros da família com outros sistemas 
sociais. 
 
 Utiliza a mesma simbologia do genograma 
 
 Registra, em círculos externos, os contatos da 
família com membros da comunidade ou com 
pessoas e grupos significativos. 
 
 
 
PRACTICE 
 
Avaliação do funcionamento da família, no que se refere a um caso específico. 
Disponibiliza informações sobre a organização e posicionamento da família diante dos problemas, foca no problema 
existente, facilitando a coleta de informações e a elaboração de intervenções. 
 
P  PRESENTING PROBLEM (problema apresentado)  modo como a família vê o problema e tenta superá-lo; 
R ROLES AND STRUCTURE (papéis e estrutura)  modo como cada membro desempenha o seu papel; 
A  AFFECT (afeto)  maneira como o afeto é demonstrado pelos membros da família e como isso interfere no 
contexto familiar; 
C  COMUNICATION (comunicação)  como se dá a comunicação verbal e não verbal dentro da família; 
T  TIME OF LIFE CYCLE (fase do ciclo de vida)  relação entre o problema e as tarefas condizentes com o ciclo 
de vida; 
I ILINESS IN FAMILY (doença na família)  história de morbidade familiar, valorizando as atitudes de cuidado; 
C  COPING WITH STRESS (enfrentamento do estresse)  potencial que a família tem para lidar com o problema; 
E  ECOLOGY (meio ambiente, rede de apoio)  recursos ambientais, sociais e familiares que podem ser 
explorados para superação do problema. 
 
Causas Externas de Incapacidade e Morbimortalidade: Violência e Acidentes 
 
Causas Externas de Morbimortalidade – 
 
 
Violência – uso intencional de força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, 
ou contra um grupo ou uma comunidade que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano 
psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. 
 
Taxa de Mortalidade por Homicídios – 
 
 
Marcos do SUS – 
 2006: Notificação de violência em serviços de sentinela; 
 2009: Notificação de violência inserida no SINAN; 
 2011: Notificação compulsória; 
 2014: Tentativa de suicídio e violência sexual: notificação imediata. 
 
 
 
 
Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Viva Contínuo/SINAN – 
 
 
 
 
 
 
Instrumento de Coleta de Dados do VIVA CONTÍNUO/SINAN – 
 
 NÃO É DENÚNICA; 
 Tentativa de suicídio e violência sexual são de notificação imediata pelo município; 
 Atenção: caso um evento violento envolver mais de uma vítima, para cada uma das vítimas deverá ser 
preenchida uma ficha de notificação individual; 
 Atenção: todo caso notificado é encerrado no momento da notificação. No entanto, como o registro não é 
automático, é preciso escrever/digitar a sua data; 
 No caso de violência contra crianças e adolescentes, é obrigatória a comunicação do caso ao Conselho 
Tutelar e /ou às autoridades competentes, conforme exigência ao artigo 13 de Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA); 
*Criança (0 a 9 anos) e adolescentes (10 a 19 anos)! 
 Atenção! Esta ficha não se aplica à violência extrafamiliar cujas vítimas sejam adultos (20 a 59 anos) 
do sexo masculino, como, por exemplo, brigas entre gangues, brigas nos estádios de futebol e outras. 
Essa modalidade de violência pode ser monitorada por meio de outros sistemas de informação e do 
componente Viva Sentinela (inquérito). 
 
VIVA CONTÍNUO/SINAN – 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VIVA INQUÉRITO – 
 Objetivo: analisar a tendência das violências e 
acidentes e descrever o perfil das pessoas que 
foram vítimas de violências (interpessoais ou 
autoprovocadas) e dos acidentes (trânsito, 
quedas, queimaduras, dentre outros) atendidas 
em unidades se urgência e emergência 
selecionadas do SUS; 
 Coleta de dados: 30 dias consecutivos, em 
turnos de 12 horas, e elegidos mediante sorteio 
probabilístico em serviços de referência para o 
atendimento de urgência e emergência; 
 Entrevista: acadêmicos de enfermagem e 
medicina, profissionais de saúde previamente 
treinados. 
 
ACIDENTES DE TRÂNSITO – 
 2ª causa de morte entre as causas externas; 
 Maior prevalência entre jovens de 20 a 39 anos, do sexo masculino; 
 No Brasil, em 2015: 38.651 óbitos; 174.833 internações; 242 milhões para o SUS; 
 Causas: beber e dirigir; velocidade excessiva inadequada; 
 
 
 
 
 
 
Comportamento e Estilo de Vida: Tabagismo 
 
A epidemiologia busca: 
 
 
 
 
 
 
Observação e registro em indivíduos e populações: 
 
 
Comportamento e Estilo de Vida: 
 Comportamentos individuais são frutos de escolhas pessoais conscientes e deliberadas? 
 Teoria dos DSS  comportamentos individuais resultantes do habitus  ligação entre estrutura social e 
comportamento das pessoas; 
 Comportamentos individuais estão condicionados às condições materiais e simbólicas relacionadas com a 
posição social; 
 
Desafios da Saúde Pública: 
 
 
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT): 
 Responsáveis por 71% do total de 57 milhões de mortes ocorridas no mundo em 2016; 
 No Brasil, em 2016, responsáveis por 74% do total de mortes: 
- Doenças cardiovasculares (28%); 
- Neoplasias (18%); 
- Doenças respiratórias (6%); 
- Diabetes (5%). 
 
Políticas de Promoção da Saúdee Prevenção de Doenças: 
 Comportamento e estilo de vida responsáveis pela maioria das mortes por DCNT (fatores de risco para 
DCNT). 
 
Desafios Metodológicos: 
 Sistemas de registros não dispõem de dados sobre comportamento  condução de inquéritos populacionais 
para obtenção de informações; 
 Não basta saber se os fatores de risco comportamentais estão ou não presentes. 
 Tempo de exposição, quantidade do consumo, frequência, diferentes veículos de consumo do tabaco 
(cigarro industrializado, cigarro de palha, charuto, cachimbo). 
 
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL): 
 Objetivo  monitorar a frequência e a distribuição dos principais determinantes das DCNT por inquérito 
telefônico. 
 Atualização contínua dos indicadores imprescindível para o monitoramento das metas previstas: 
- Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil, 
2011 – 2022; 
- Plano Regional; 
- Plano de Ação Global para a Prevenção e Controle das DCNT da Organização Mundial da Saúde; 
- Agenda 2030 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. 
 
 
 Questionário: 
- Características demográficas e socioeconômicas dos indivíduos (idade, sexo, estado civil, raça/cor, nível 
de escolaridade, número de pessoas no domicílio, número de adultos e número de linhas telefônicas; 
- Padrão de alimentação e de atividade física associadas à ocorrência de DCNT; 
- Peso e altura referidos; 
- Frequência do consumo de cigarros e de bebidas alcóolicas; 
- Autoavaliação do estado de saúde do entrevistado, referência a diagnóstico médico anterior de hipertensão 
arterial e diabetes e uso de medicamentos; 
- Realização de exames para detecção precoce de câncer em mulheres; 
- Posse de plano de saúde ou convênio médico; 
- Questões relacionadas a situações no trânsito. 
 
 
 
Controle do Tabaco no Brasil – 
 Campanhas alertando sobre as armadilhas dos cigarros de baixo teor de nicotina, proibindo as expressões 
light e mild nas embalagens; 
 Proibição das propagandas de cigarro, exceto nos pontos de venda; 
 Colocação de gravuras nas embalagens de cigarro, mostrando os efeitos danosos do tabaco; 
 Criação de ambientes 100% livres de fumaça; 
 Tratamento para o fumante que deseja parar de fumar, com ênfase na Atenção Básica. 
 
Prevenção do Tabagismo na AB: 
 Ações de educação em saúde (sala de espera, escolas, parques, associação de moradores); 
 Ações articuladas com profissionais do NASF. 
 
 
 
Atitudes e Posturas dos Profissionais de Saúde: 
 Acolhimento e empatia; 
 Estimular a mudança de atitude; 
 Informar o usuário sobre o que é a dependência química, os seus malefícios, quais sintomas ele poderá 
experimentar ao parar de fumar, quais métodos para cessação estão disponíveis; 
 Estimular que o usuário defina uma data de parada (“dia D”) ou pense em estabelece-la futuramente; 
 Destacar que é importante que o usuário permaneça em acompanhamento até o final do tratamento, mesmo 
após ter parado de fumar. 
 
Intervenções e Tratamentos: 
 Intervenções psicossociais  aconselhamento; 
 Tratamento medicamentoso  controle dos sintomas de abstinência provocados pela suspensão do uso da 
nicotina. 
 
 
Vigilância em Saúde 
 
A Vigilância em Saúde é responsável por ações de vigilância, prevenção e controle de doenças 
transmissíveis, pela vigilância de fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não 
transmissíveis, saúde ambiental e do trabalhador e também pela análise de situação de saúde da população 
brasileira. 
Diante do novo contexto, em que diferentes estratégias e tecnologias são incorporadas às ações de saúde 
pública, a vigilância em saúde passa a ser entendida como um processo contínuo e sistemático de coleta, 
consolidação, disseminação de dados sobre eventos relacionados à saúde, que visa ao planejamento e à 
implementação de medidas de saúde pública para a proteção da saúde da população, a prevenção e 
controle de riscos, agravos e doenças, bem como para a promoção da saúde. 
Dentro desse contexto, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), 
tem a função de coordenar programas de prevenção e controle de doenças transmissíveis de relevância 
nacional, como aids, dengue, malária, hepatites virais, doenças imunopreveníveis, leishmaniose, 
hanseníase e tuberculose e do Programa Nacional de Imunizações (PNI); investigar surtos de doenças; 
coordenar a rede nacional de laboratórios de saúde pública; gestão de sistemas de informação de 
mortalidade, agravos de notificação obrigatória e nascidos vivos, realização de inquéritos de fatores de 
risco, coordenação de doenças e agravos não-transmissíveis e análise de situação de saúde, incluindo 
investigações e inquéritos sobre fatores de risco de doenças não transmissíveis, entre outras ações. 
 
- No campo da saúde, a vigilância está relacionada às práticas de atenção e promoção da saúde dos 
cidadãos e aos mecanismos adotados para prevenção de doenças. Além disso, integra diversas áreas de 
conhecimento e aborda diferentes temas, tais como política e planejamento, territorialização, 
epidemiologia, processo saúde-doença, condições de vida e situação de saúde das populações, ambiente 
e saúde e processo de trabalho. A partir daí, a vigilância se distribui entre: epidemiológica, ambiental, 
sanitária e saúde do trabalhador. 
A vigilância epidemiológica reconhece as principais doenças de notificação compulsória e investiga 
epidemias que ocorrem em territórios específicos. Além disso, age no controle dessas doenças 
específicas. 
A vigilância ambiental se dedica às interferências dos ambientes físico, psicológico e social na saúde. As 
ações neste contexto têm privilegiado, por exemplo, o controle da água de consumo humano, o controle 
de resíduos e o controle de vetores de transmissão de doenças – especialmente insetos e roedores. 
As ações de vigilância sanitária dirigem-se, geralmente, ao controle de bens, produtos e serviços que 
oferecem riscos à saúde da população, como alimentos, produtos de limpeza, cosméticos e medicamentos. 
Realizam também a fiscalização de serviços de interesse da saúde, como escolas, hospitais, clubes, 
academias, parques e centros comerciais, e ainda inspecionam os processos produtivos que podem pôr 
em riscos e causar danos ao trabalhador e ao meio ambiente. 
Já a área de saúde do trabalhador realiza estudos, ações de prevenção, assistência e vigilância aos agravos 
à saúde relacionados ao trabalho.

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