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Miscigenacao no Brasil

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Miscigenação no Brasil
É devido à miscigenação no Brasil que é possível dizer que nosso
país possui uma identidade cultural muito variada. Na verdade, parece
uma tarefa muito complexa definir um perfil para a população brasileira, já
que existe no país uma multiplicidade de costumes, crenças e até mesmo
de fisionomias.
O perfil da população brasileira foi configurado a partir dos vários
momentos históricos pelos quais o país passou nestes mais de 500 anos
de colonização. Esse processo teve origem com a chegada dos europeus
e os primeiros contatos com os indígenas, já habitantes destas terras.
Um dos grandes autores na área de estudos sobre o povo brasileiro,
o antropólogo Darcy Ribeiro, fala que a matriz étnica do povo brasileiro foi
a confluência entre as populações indígenas já existentes antes da
chegada dos colonizadores, o branco europeu (portugueses e espanhóis)
e os negros africanos trazidos no contexto do trabalho escravo no Brasil.
Esses três sujeitos foram primordiais para constituição da
miscigenação do povo brasileiro, processo este que ficou ainda mais
complexo com as levas de imigrantes que vieram ao país em momentos
históricos posteriores. Somando-se aos que ainda têm vindo ao Brasil em
contextos mais recentes, advindos de várias partes do mundo.
Darcy Ribeiro fala ainda dos “Brasis”, dando-se ênfase para a
diversidade da população no país, sendo que o autor assim denomina
estes “Brasis”:
● O Brasil Crioulo: nasceu nos engenhos nordestinos, sistema
baseado no latifúndio, na monocultura e no trabalho escravo.
Representado pelos negros e mulatos
● O Brasil Caboclo: nasceu da mistura de índios com outros mestiços
na região norte do país
● O Brasil Sertanejo: surgiu como dependente da açucareira e pela
pastagem do gado, introduzidos no Brasil pelos portugueses e
trazidos de Cabo Verde, que abrigava um certo contingente de mão
de obra, o vaqueiro. A população excedente se dedicava a atividade
extrativista. O sertanejo do interior se dedicava ao garimpo
● O Brasil Caipira: são os homens que dirigiam as bandeiras e
adentravam ao interior do Brasil e a população paulista (mamelucos
= branco + índio). Cada um possuía uma indiada cativa para o
cultivo de mandioca, feijão, milho, tubérculos, etc
● O Brasil Sulista: decorrente da expansão paulista que atingiu a
região sul e somou-se a outras influências para gerar os sulinos. As
principais características são a heterogeneidade cultural, os
lavradores matutos de origem açoriana; os gaúchos da zona de
campos da fronteira, descentes dos luso-espanhóis com índios; os
gringos descendentes de imigrantes italianos, alemães, poloneses,
japoneses e libaneses, principalmente, entre outros.
Conflitos étnicos no Brasil
Os conflitos étnicos brasileiros tiveram partida durante o período do
Brasil colônia. A chegada dos colonizadores motivou o choque entre
culturas indígenas e europeias.
Além da doutrinação religiosa e trabalho escravo, esse encontro
culminou na proliferação de epidemias e extermínio de tribos. Calcula-se
que, em 1500, a população indígena era de 4 milhões. Hoje, o número caiu
drasticamente para 400 mil.
As étnicas sobreviventes enfrentam agora os conflitos por
demarcação de terras e o poder de fogo e político dos grandes
latifundiários.
Outro conflito que marca o desenvolvimento do Brasil é entre
brancos e negros. A classe branca e burguesa acumulou fortunas em cima
da mão de obra de negros escravizados – um dívida histórica com a
população negra que o país ainda se mantém longe de solucionar.
https://www.estudopratico.com.br/imigracao-italiana-para-o-brasil-historia/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/brasil-colonia

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