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ENSAIO ACADEMICO - 1

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UNIRB – POLO MOSSORÓ
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
2º PERÍODO
EDUCAÇÃO FEMININA
MOSSORÓ/RN
NOVEMBRO/2023
 O multiculturalismo trata da diversidade de culturas em um mesmo território, o Brasil é um grande exemplo disso. Devido a grande demanda de imigrantes que se iniciou em 1530 com a chegada dos portugueses durante a colonização, até os dias atuais. Cada imigrante trouxe em sua bagagem as suas crenças, costumes, culinária, enfim, trouxe um pouco da cultura de seu país. Dentro dessa diversidade cultural existe o pré-conceito e a diferenciação de gênero, nesse meio podemos observar que na maioria desses países a mulher é quem mais sofre com isso. Como se não bastasse, além de serem desmerecidas de um tratamento respeitável e digno por serem mulheres, ainda existiam aquelas que sofriam além, por serem de classe social desfavorável ou serem mulheres pretas. Como se um desses fatores influenciasse em seu desempenho intelectual. As mulheres muitas vezes foram impedidas de receber a educação básica, e com isso impossibilitadas de serem conhecedoras de seus direitos legais.
 No Brasil, a luta pelos direitos femininos tem sido árdua, uma vez que, infelizmente, a cultura machista se enraizou e tem sido passada de geração em geração nessa sociedade patriarcal. No Brasil colonial, apenas os homens tinham o direito a educação, por serem oficialmente os mantenedores do lar. Eles eram instruídos para se tornarem bons administradores de seus negócios, compor a elite colonial culta e religiosa. Enquanto isso, as mulheres não tinham direitos, eram vistas como pessoas incapazes de se governarem, deviam fazer os gostos de seus esposos, e atribuir todo seu tempo ao lar e aos filhos. Época em que as mulheres eram humilhadas, chamadas de sexo frágil, estupradas por seus senhores no caso das escravas, e muitas, mesmo que casadas, também chegavam a passar pelo mesmo. Não haviam limites para as crueldades feitas tanto fisicamente quanto psicologicamente, como não fossem feitas de carne, ossos e sentimentos assim como os homens.
 Com o passar dos anos, e com muitos esforços o direito de fala e a busca pelo direito a educação foram sendo reconhecidos. E algumas poucas mulheres privilegiadas com a oportunidade de estudar e com o intuito de serem instruídas e capazes de cuidarem de suas casas, educarem seus filhos e fazerem a vontade de seus maridos. As que não podiam estudar acabavam por vezes trabalhando como engomadeiras, babas, criadas, bordadeiras e etc. Mesmo sendo um sexo subestimado, as mulheres sempre buscavam fazerem o melhor, e encontravam um jeito de mostrarem seu potencial através de pequenas oportunidades que foram surgindo ao longo do caminho. 
 Vale salientar que, mesmo com tantas dificuldades, alguns direitos já foram reconhecidos através dos movimentos feministas, como por exemplo direito a igualdade de gênero, educação, voto, proteção contra agressões físicas e psíquicas, cargos de chefia e muito mais. Graças a mulheres fortes, inteligentes e destemidas, que buscaram conhecimento e tem buscado até hoje. Hoje a população feminina no Brasil representa cerca de 51,8%, também representam uma maioria nas escolas e universidades. Seria muita coincidência?! A medida em que as mulheres estão cada vez mais ativas nas instituições de ensino, a sociedade tem se desenvolvido mais rapidamente no meio literário, educacional, político, econômico, esportivo, religioso, tecnológico e mais. 
 A contribuição que esse sexo nada “frágil” tem dado, até este momento é pouco perto de tudo o que ainda são capazes de fazer. A luta não chegou ao fim, existe um caminho árduo para se trilhar, direitos para serem conquistados, como mais segurança e salários iguais ao sexo masculino, até porque nada mais justo que estarem homem e mulher na mesma profissão, com o mesmo grau de ensino e ambos receberem a mesma remuneração. A mulher pode ser mãe, dona de casa, chefe de família, empresária, estudante, empreendedora, agricultora, pescadora, modelo, digital influencer, motoqueira, enfim, ela pode ser quem e o que ela quiser. Ela já ganhou seu espaço, e não pode mais perder. Existem muitos homens que valorizam e reconhecem o potencial da mulher, e esses homens também estão na luta em busca de direitos para elas. Pois sabem que sem elas é impossível manter a sobrevivência mundial, uma vez que, são elas que trazem a vida a este mundo e o torna um lugar mais aconchegante, carinhoso e delicado. 
 
REFERÊNCIAS
BASEGGIO, Julia Knapp; SILVA, L. F. M. D. AS CONDIÇÕES FEMININAS NO BRASIL COLONIAL. Revista Maiêutica, Santa catarina, v. 3, n. 1, p. 19-30, ago./2015. Disponível em: file:///C:/Users/unk/Downloads/1377-2200-1-PB.pdf. Acesso em: 2 nov. 2020.
MATOS, Maureen Lessa; GITAHY, R. R. C. A EVOLUÇÃO DOS DIREITOS DA MULHER . Colloquium Humanarum, São Paulo, v. 4, n. 1, p. 74-90, jun./2007.
SILVA, M. B. N. D. Educação feminina e educação masculina no Brasil colonial. Revista de Historia, São Paulo, v. 55, n. 109, p. 149-164, mar./1977. Disponível em: http://www.periodicos.usp.br/revhistoria/article/view/77331/81187. Acesso em: 2 nov. 2020.
WIKIPEDIA. Multiculturalismo no Brasil. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Multiculturalismo_no_Brasil. Acesso em: 2 nov. 2020.

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