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Braile- Um ambiente escolar mais acessivel

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INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO MARCÍLIO DIAS
 “EDUCANDO PARA A VIDA”
CURSO NORMAL MÉDIO
José Vitor Moraes
Braile: Um ambiente escolar acessível.
Torres
2019
José Vitor Moraes
Braile: Um ambiente escolar acessível
Projeto de pesquisa apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Seminário Integrado, do Curso Normal Médio, do Instituto Estadual de Educação Marcílio Dias.
Orientador: Prof. Esp. Stela Raupp Schwanck
Torres
2019
1 INTRODUÇÃO.............................................4
1.1 TEMA DO PROJETO................................4
1.2 PROBLEMA ABORDADO........................4
1.3 OBJETIVOS..............................................4
1.3.1 Objetivo Geral....................................4
1.3.2 Objetivos Específicos.......................4
1.4 JUSTIFICATIVA........................................4
2 REFERENCIAL TEÓRICO..........................5, 6, 7 e 8
2.1 TÍTULO DA SEÇÃO..................................8 
3 METODOLOGIA ...........................................8
3.1 Referencial Bibliográfico.............8
1- Introdução
O projeto a seguir se baseia na necessidade e busca de melhorias a acessibilidade para pessoas portadoras de deficiências e dificuldades físicas, dando maior destaque as deficiências visuais como cegueira total e baixa visão em edifícios e instituições de localidade e acesso público. 
1.1-Tema: Dificuldade de pessoas portadoras de deficiências no ambiente escolar.
1.2-Problema abordado: Como tornar o ambiente escolar um ambiente mais acessível a todos os públicos?
1.3-Objetivo: Propor maior sensibilização no espaço escolar quanto o assunto acessibilidade
1.3.1-Objetivo Geral: Sensibilizar a escola para a acessibilidade.
1.3.2-Objetivos específicos: Identificar as portas das salas da escola com a escrita em braile.
Realizar pesquisa bibliográfica.
Apresentar pesquisa para turma 111A-2019, do Curso Normal Médio.
1.4- Justificativa: A falta da sensibilização da comunidade afeta as pessoas com necessidades especiais por simplesmente elas não serem pensadas no momento de construção de localidades públicas, dificultando o acesso das mesmas para necessidades básicas.
2- Referencial teórico: 
As primeiras escolas voltadas para alunos com necessidades especiais, mais especificamente os surdos-mudos e deficientes visuais foram criadas na década de 50, século 19, na época não utilizavam este conceito, os especiais eram chamados de deficientes físicos e mentais. A eles era negada uma educação junto das outras crianças consideradas normais, atualmente temos algumas leis que fazem com que esses alunos sejam integrados em sala de aula com os demais alunos e alguns meios de “facilitação” de seu aprendizado, sendo o Braile o utilizado para a cegueira
O Braile é um sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. É tradicionalmente escrito em papel em relevo. O sistema braile foi criado em 1825 pelo jovem francês Louis Braille nascido em 4 de janeiro de 1809. É um código universal que permite às pessoas cegas beneficiar-se da escrita e da leitura, dando-lhes acesso ao conhecimento, favorecendo sua inclusão na sociedade e o pleno exercício da cidadania, baseado na combinação de seis pontos dispostos em duas colunas e três linhas, o sistema braile compõe 63 caracteres diferentes, que representam as letras do alfabeto, os números, sinais de pontuação e acentuação, a simbologia científica, musicografia, fonética e informática, o sistema braile adapta-se perfeitamente à leitura tátil, pois os seis pontos em relevo podem ser percebidos pela parte mais sensível do dedo com apenas um toque, foi trazido pelo jovem cego José Álvares de Azevedo, nascido em 8 de abril (Dia Nacional do Braille) de 1834, trouxe o sistema para o Brasil, primeiro país da América Latina a adotá-lo, em 1850. O preconceito já é barreira suficiente para manter a pessoa com deficiência visual isolada da sociedade, a falta de acesso à informação quase sempre a condena a uma vida sem ou com poucas perspectivas.
O braile é indispensável para a educação de pessoas portadoras de deficiências visuais, porém, sabemos que nem todos os ambientes estão adequadamente preparados para receberem pessoas portadoras dessas necessidades. Para a acessibilidade acontecer, também existem os chamados pisos táteis, que são feitos de uma forma padronizada que permite às pessoas que têm alguma deficiência visual se orientarem nos mais diversos espaços e assim se locomoverem sozinhas, com a autonomia e a segurança necessárias para tanto. Esta orientação se dá por meio do contato da bengala branca com os dois padrões de pisos táteis existentes, que têm as funções de alertar (formas circulares) sobre desníveis, rampas, escadas, obstáculos, perigos, pontos de serviços entre outras situações, e direcionar (formas longilíneas) as pessoas, conduzindo-as por determinado trajeto.
Se uma pessoa cega que precisa se locomover pela cidade por algum motivo. Como ela conseguirá se deslocar sozinho, sem a ajuda de ninguém, se não houver algo que possa guiá-la com segurança e que a alerte sobre os obstáculos em seu trajeto, como por exemplo, a presença de um orelhão não sinalizado? Se o orelhão não estiver com a sinalização de alerta circundada por ele, a bengala branca não o detectará e o indivíduo certamente se chocará com o equipamento, podendo se machucar, inclusive. Essas necessidades não são atendidas como deveriam, até mesmo em espaços quais deveriam ser necessários, como escolas, podemos observar nas nossas escolas (Tanto em nosso país quanto as do município qual está sendo escrito este artigo) que ainda assim tendo tantas maneiras de sanar as dificuldades deste público, elas não são tão levadas a sério, ou até mesmo, por muitas vezes, totalmente ignoradas. Vemos escolas com nomes e números em todas suas portas, em letras, já o braile, é como se não existisse, vemos escolas com os mais lisos pisos de chão, já o piso tátil, é totalmente esquecido, dito isso, podemos observar e entender o porquê da falta de pessoas com deficiências no ambiente escolar, não é porque existem poucas, e sim porque a escola não está preparada para recebe-las.
Vemos também em casos de piso tátil, pisos que terminam em muros, pisos com lixeiras fixas no meio, ou até mesmo que sem aviso se acabem diretamente numa rua com movimento, o desleixo e o descuido pelas pessoas com dificuldades, é forte, claro, cultural e evidente. E obviamente a culpa da falta disso tudo não pode ser posta apenas na escola, pois quando se trata de escola pública a culpa é única e exclusivamente governamental, a falta de investimento na área da acessibilidade, a falta da verba para a construção de institutos educacionais dificulta o acesso ao piso tátil e suas vertentes. No quesito educação, falta para que possamos ter professores que ensinem o braile nas escolas, algo que deveria ser aprendido desde as séries iniciais por todos assim como libras, qual atualmente é uma disciplina que só se encontra no segundo ano do curso normal médio (Magistério).Para nós cidadãos existem algumas maneiras de ajudar a solucionar isso, primeiramente como qualquer ato político na escolha de nossos candidatos, mas e de uma forma mais direta, rápida e eficaz? Podemos fazer por nós mesmos pequenas mudanças no nosso ambiente escolar, como a identificação das portas em braile, ou ao invés de um piso tátil, podemos substituir por uma parede tátil feita com materiais recicláveis, podemos provar para nós e para as autoridades que para tornarmos o mundo acessível não precisamos de horrores de dinheiro, precisamos de empenho. Sim, com acesso ao dinheiro poderíamos fazer coisas melhores, mas enquanto não temos, não podemos nos deixar abalar e temos que lutar pelos nossos direitos. Tampinhas de garrafa pet, papelão e madeira, já são os materiais necessários para fazer a identificação de uma porta. Uma pessoa que saiba ler braille, mesmo que sem formação para lecionar, ensinando a leitura que sabe, já é o suficiente para tornar-se uma escola“fluente”.
O Instituto Estadual de Educação Marcílio dias se apresenta dentro das leis, em sua forma arquitetônica, isso não significa que é acessível a todos os públicos já que a própria lei fala somente sobre o espaço físico ser livre de barreiras para que seja possível a locomoção sem acidentes.
Sendo a lei a seguinte: A Lei nº 10.098 foi criada para estabelecer normais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade para portadores de deficiência e pessoas com mobilidade reduzida. Ela determina, primordialmente, a remoção de barreiras e obstáculos em vias, espaços públicos e edificações
l– Acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; 
II – Barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a 
liberdade de movimento e a circulação com segurança das pessoas, classificadas em:
a) barreiras arquitetônicas urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público;
b) barreiras arquitetônicas na edificação: as existentes no interior dos edifícios públicos e privados;
CAPÍTULO IV
DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS OU DE USO COLETIVO
Art. 11. A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Na construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser observados, pelo menos, os seguintes requisitos de acessibilidade:
I – Nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas a garagem e a estacionamento de uso público, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção permanente;
Existindo também as leis:
Constituição Federal de 1988 - No inciso III do artigo 208 estabelece que o Estado deve garantir atendimento especializado aos portadores de deficiência preferencialmente na rede regular de ensino.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação de 1996 - No inciso III do artigo 4 estabelece o atendimento especializado gratuito aos alunos com necessidades especiais preferencialmente na rede regular de ensino.
Declaração de Salamanca de 1994 - Dentre outras coisas declara que aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deve acomodá-los dentro de uma pedagogia centrada na criança.
Nenhuma delas falando nada sobre o braile como algo obrigatório, sendo assim, não poderia ser legal e formalmente reclamada sua falta no espaço escolar, o Instituto contém rampas de acesso para todos os seus pavilhões, nas portas de algumas salas de aula e contém também o banheiro para cadeirantes e portadores de deficiências móveis.
O Instituto apesar de seguir os padrões estabelecidos se mostra falho nas necessidades atuais, atualmente o mesmo conta com alunos portadores de deficiências visuais como cegueira completa e baixa visão, para suas assistências a escola conta com o A.E.E (Atendimento Educacional Especializado) que a
 professora responsável os ajuda com suas necessidades básicas escolares como locomoção pelo espaço, algo que para os mesmos é feito de difícil maneira se sozinhos pelo fato da escola não contar com piso tátil nem orientação em braille em suas portas, dito isso, deverá por meio deste projeto ser iniciado a identificação das salas escolares em braile. 
Será feita a escrita inicialmente em papel, deverá conter o número da sala e nome, exemplo; Sala Nº1/ Sala Do Magistério Nº 21
Devido ao fato de que as turmas trocam de sala todo ano e o número da sala permanece o mesmo, tornando assim a identificação algo permanente ou pelo menos duradouro e contribuindo com a acessibilidade no espaço escolar.
2.1- Título da seção: Braile: Um ambiente escolar acessível.
2.2 Metodologia: Este trabalho tem como metodologia a pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa.
.3.1 Referências Bibliográficas:
www.infoescola.com/portugues/braile/
brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/o-braille-e-indispensavel-para-a-independencia-e-a-autonomia-das-pessoas-cegas/
novaescola.org.br/conteudo/397/como-funciona-sistema-braille
www.angare.com/blog/conteudo-piso-tatil-o-que-e-e-tudo-o-que-voce-precisa-saber
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm

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