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A nova estratégia para aumentar o faturamento e fidelizar clientes SERVIÇOS FARMACÊUTICOS AS FARMÁCIAS MUDARAM… PARA MELHOR ....................................................... SERVIÇOS FARMACÊUTICOS .......................................................................................... SERVIÇOS DE PROMOÇÃO ............................................................................................... Rastreamento em saúde ............................................................................................... Rastreamento de dislipidemia .................................................................................... Rastreamento de diabetes mellitus tipo 2 ............................................................ Rastreamento do HIV....................................................................................................... Educação em saúde ............................................................................................................ SERVIÇOS DE PROTEÇÃO ................................................................................................ Aplicação de vacinas ...................................................................................................... Orientação farmacêutica ............................................................................................... Revisão da farmacoterapia .......................................................................................... Conciliação medicamentosa ........................................................................................ Aplicação de medicamentos ....................................................................................... SERVIÇOS DE RECUPERAÇÃO DA SAÚDE .............................................................. Acompanhamento farmacoterapêutico ................................................................. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 1 2 3 3 6 11 16 21 22 22 25 26 28 29 30 34 37 SUMÁRIO Desde a publicação da Lei 13.021 de 8 de agosto de 2014, que instituiu a farmácia como um estabelecimento de saúde, e da Resolução Nº 585 de 29 de agosto de 2013, que regulamentou as atribuições clínicas do farmacêutico, este profissional passou a exercer um papel ainda mais relevante na saúde da população. Com isso, o foco de muitas farmácias deixou de ser apenas o medicamento. Hoje, muitos estabelecimentos têm buscado investir em serviços que atendam às necessidades de saúde do paciente, oferecendo serviços farmacêuticos. Neste eBook, você encontrará as principais informações sobre os serviços que podem ser oferecidos na sua farmácia. Boa leitura! AS FARMÁCIAS MUDARAM… PARA MELHOR 1 SERVIÇOS FARMACÊUTICOS O serviço farmacêutico é a materialização da atuação do profissional farmacêutico no cuidado direto ao paciente e a população. As definições de “serviço” abrangem o ato ou efeito de servir, ação útil ao interesse de uma pessoa, bons ofícios, entre outros. No contexto farmacêutico, é definido como um conjunto de atividades organizadas em um processo de trabalho. Podemos dividir os serviços farmacêuticos disponibilizados em farmácias e drogarias como: • Serviços de promoção: rastreamento e educação em saúde. • Serviços de proteção: Revisão da farmacoterapia, concil- iação medicamentosa, aplicação de vacinas e medicamentos (anticoncepcionais), orientação farmacêutica. • Serviços de recuperação da saúde: aplicação de medicamen- tos injetáveis (para tratamento), acompanhamento farmaco- terapêutico, gestão da condição de saúde e manejo de problemas de saúde autolimitado. 2 https://hilab.com.br/blog/servicos-farmaceuticos-o-que-sao/ SERVIÇOS DE PROMOÇÃO O rastreamento em saúde é essencial para a população uma vez que envolve a identificação de indivíduos que ainda não foram diagnosticados com a doença. O farmacêutico, por ser o profissional de saúde mais próximo das pessoas que ainda não desenvolveram sintomas, é um dos profissionais mais importantes na provisão deste serviço. Dislipidemia, Diabetes mellitus tipo II e Hipertensão arterial sistêmica são alguns exemplos de condições que podem ser rastreadas. 3 https://hilab.com.br/blog/perfil-lipidico-na-farmacia/ Como realizar o rastreio? O rastreio pode ser feito de duas formas, por meio de Testes Laboratoriais Remotos (TLRs) - também conhecidos como exames rápidos - ou por aferição de parâmetros. A aferição de parâmetros para rastreamento é uma ferramenta útil, no entanto, é limitada. Existem co-fatores que podem estar associados ao aumento da pressão arterial ou da glicemia, como por exemplo, a síndrome do jaleco branco e uma dieta disfuncional pontual respectivamente. A vantagem dos TLRs sobre a simples aferição de parâmetros reside no fato de que, com os TLRs, pode-se rastrear inclusive outras doenças como dislipidemias, HIV, Hepatites, Sífilis. O custo é pequeno, pouco invasivo e de maior probabilidade de aceitação pelo paciente. Rastreamento Diabetes mellitus tipo 2 Hipertensão Arterial Sistêmica Temperatura corporal Parâmetro normal De 90 a 120 De 100 X 6 a 120X80 De 35.7 a 36.7 Parâmetro de alerta Acima de 120 Acima ou abaixo de 4 pontos entre diastólica e sistólica, baixo de 100 X 6 ou Acima de 130 X90. Acima de 36.7 4 https://hilab.com.br/blog/testes-laboratoriais-remotos-na-farmacia/ https://hilab.com.br/blog/testes-laboratoriais-remotos-na-farmacia/ Mas como saber se há indicação para o rastreamento em saúde para o seu paciente? Primeiro, é preciso saber que, para o rastreamento em saúde, não necessari- amente é obrigatório uma indicação. Você pode realizar uma campanha de promoção à saúde em sua farmácia e O ideal é que os procedimentos utilizados no rastreamento sejam de baixo custo, de fácil utilização e pouco invasivos, como os Testes Laboratoriais Remotos - também conhecidos como testes rápidos. Assim, a aceitabilidade do paciente será muito maior. Hoje, farmacêuticos de todo o país podem, com Hilab – o único Teste Laboratorial Remoto (TLR) realmente habilitado e autorizado judicialmente a realizar exames em farmácias – prover de fato o rastreamento em saúde. oferecer os testes para quem quiser conferir se está tudo bem. Contudo, pode-se, em um atendimento, podem surgir indicações base nos fatores de risco, predisposições, sintomatologia indicativa, comportamento de risco (HIV), doenças de base pré-existente, entre outros. 5 https://hilab.com.br/blog/como-e-por-que-organizar-campanhas-de-saude-na-farmacia/ https://hilab.com.br/blog/como-e-por-que-organizar-campanhas-de-saude-na-farmacia/ RASTREAMENTO DE DISLIPIDEMIA A dislipidemia é definida como um distúrbio que causa a alteração dos níveis de lipídios circulantes no sangue. Níveis altos de colesterol total (CT) e da lipoproteína de baixa densidade de colesterol (LDL-C), assim como baixos níveis de lipoproteína de alta densidade de colesterol (HDL-C) são importantes fatores de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares. Como realizar? A grande maioria dos pacientes portadores de dislipidemias não apresentam sinais ou sintomas decorrentes diretamente da alteração lipídica, sendo o diagnóstico exclusivamente laboratorial. A dosagem dos lipídios é importante para identificar indivíduos elegíveis para a terapia preventiva. 6 Como interpretar os resultados? A Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose (2017) sugere que os valores referenciais e de alvo terapêutico do perfil lipídico (adultos > 20 anos) sejam apresentados de acordo com o estado metabólico que antecede a coleta da amostra, sem jejum e com jejum de 12 horas. Os valores referenciais e de meta terapêutica sugeridos por essa atualização são apresentados nas tabelas a seguir. No laudo, o laboratório deve informar o tempo de jejum para as seguintes situações: sem jejum oucom jejum de 12 horas, bem como os valores referenciais para TG com e sem jejum. 7 Nome: Clarissa Leite CPF: 000.000.000-00 Sexo: Feminino Nascimento: 12/12/1989 (29 anos) ID: 000 PACIENTE EXAME Exame de colesterol e triglicerídeos Perfil Lipídico O QUE SIGNIFICA SEU RESULTADO? SEU RESULTADO Valores de referência personalizados conforme idade e condição do paciente: >20 anos | Com jejum de 12h Esta é uma avaliação de triagem. Para interpretação do resultado e conduta terapêutica, leve este laudo ao seu médico. Colesterol Total VALORES REFERENCIAIS DE META TERAPÊUTICA: Risco baixo: <130mg/dL Risco intermediário: <100mg/dL Risco alto: <70mg/dL Risco muito Alto: <50mg/dL (Colesterol ruim) VALORES REFERENCIAIS DE META TERAPÊUTICA: Risco baixo: <160mg/dL Risco intermediário: <130mg/dL Risco alto: <100mg/dL Risco muito Alto: <80mg/dL Triglicerídeos Abaixo de 150 mg/dL você: 140 mg/dL VLDL-C você: 29 mg/dL LDL-C Seu risco cardiovascular deve ser calculado pelo seu médico Seu risco cardiovascular deve ser calculado pelo seu médico Não há valor de referência estabelecido em diretriz. você: 130 mg/dL Não HDL-C você: 100 mg/dL Abaixo de 190 mg/dL Desejável1 você: 170 mg/dL SAIBA MAIS EM: HILAB.COM.BR/EXAME/PERFIL-LIPIDICO Desejável1 (Colesterol bom) HDL-C Acima de 40 mg/dL você: 35 mg/dL Desejável1 ¹Os valores de referência estão de acordo com a Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017. Coleta: 21/04/2019 13:45 Liberação: 21/04/2019 13:54 Amostra: Sangue total Método: Colorimetria (Colesterol Total, Triglicerídeos e HDL-C) Fórmula de Martin (LDL-C) Calculado (Não HDL-C e VLDL-C) O exame deve ser sempre interpretado por um médico, levando em conta os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Os Termos de Uso e a Política da Plataforma Hilab estão disponíveis no link hilab.com.br/termos-de-uso. Caso não concorde com as condições, comunique-nos através do email cancelamento@hilab.com.br (Laudo 3.1) Tipo: TLR Emitido e validado por: Hi Technologies Ltda. Rua Eduardo Sprada, 6400 CIC, Curitiba, PR, CEP: 81290-110 Telefone: (41) 3285-3170 CRBM-6: 2017-0339-0 Responsável Técnico Caio Corsi Klosovski CRBM-6 420 Liberado por Érika Santiago CRBM-6 1742 Hi Technologies Ltda. CNPJ: 07.111.023/0001-12 ESTABELECIMENTO Abelina de Tal Cargo: Especialista Hilab ATENDIMENTO Limite de detecção mínimo: É quantificado níveis de Colesterol Total a partir de 100 mg/dL, Triglicerídeos a partir de 80 mg/dL e HDL-C a partir de 20 mg/dL, abaixo disso não é quantificado. Limite de detecção máximo: É quantificado níveis de Colesterol Total até 400 mg/dL, Triglicerídeos até 400 mg/dL e HDL-C até 100 mg/dL, acima disso não é quantificado. Nome: Clarissa Leite CPF: 000.000.000-00 Sexo: Feminino Nascimento: 12/12/1989 (29 anos) ID: 000 PACIENTE EXAME Exame de colesterol e triglicerídeos Perfil Lipídico O QUE SIGNIFICA SEU RESULTADO? SEU RESULTADO Valores de referência personalizados conforme idade e condição do paciente: >20 anos | Com jejum de 12h Esta é uma avaliação de triagem. Para interpretação do resultado e conduta terapêutica, leve este laudo ao seu médico. Colesterol Total VALORES REFERENCIAIS DE META TERAPÊUTICA: Risco baixo: <130mg/dL Risco intermediário: <100mg/dL Risco alto: <70mg/dL Risco muito Alto: <50mg/dL (Colesterol ruim) VALORES REFERENCIAIS DE META TERAPÊUTICA: Risco baixo: <160mg/dL Risco intermediário: <130mg/dL Risco alto: <100mg/dL Risco muito Alto: <80mg/dL Triglicerídeos Abaixo de 150 mg/dL você: 140 mg/dL VLDL-C você: 29 mg/dL LDL-C Seu risco cardiovascular deve ser calculado pelo seu médico Seu risco cardiovascular deve ser calculado pelo seu médico Não há valor de referência estabelecido em diretriz. você: 130 mg/dL Não HDL-C você: 100 mg/dL Abaixo de 190 mg/dL Desejável1 você: 170 mg/dL SAIBA MAIS EM: HILAB.COM.BR/EXAME/PERFIL-LIPIDICO Desejável1 (Colesterol bom) HDL-C Acima de 40 mg/dL você: 35 mg/dL Desejável1 ¹Os valores de referência estão de acordo com a Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017. Coleta: 21/04/2019 13:45 Liberação: 21/04/2019 13:54 Amostra: Sangue total Método: Colorimetria (Colesterol Total, Triglicerídeos e HDL-C) Fórmula de Martin (LDL-C) Calculado (Não HDL-C e VLDL-C) O exame deve ser sempre interpretado por um médico, levando em conta os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Os Termos de Uso e a Política da Plataforma Hilab estão disponíveis no link hilab.com.br/termos-de-uso. Caso não concorde com as condições, comunique-nos através do email cancelamento@hilab.com.br (Laudo 3.1) Tipo: TLR Emitido e validado por: Hi Technologies Ltda. Rua Eduardo Sprada, 6400 CIC, Curitiba, PR, CEP: 81290-110 Telefone: (41) 3285-3170 CRBM-6: 2017-0339-0 Responsável Técnico Caio Corsi Klosovski CRBM-6 420 Liberado por Érika Santiago CRBM-6 1742 Hi Technologies Ltda. CNPJ: 07.111.023/0001-12 ESTABELECIMENTO Abelina de Tal Cargo: Especialista Hilab ATENDIMENTO Limite de detecção mínimo: É quantificado níveis de Colesterol Total a partir de 100 mg/dL, Triglicerídeos a partir de 80 mg/dL e HDL-C a partir de 20 mg/dL, abaixo disso não é quantificado. Limite de detecção máximo: É quantificado níveis de Colesterol Total até 400 mg/dL, Triglicerídeos até 400 mg/dL e HDL-C até 100 mg/dL, acima disso não é quantificado. Nome: Clarissa Leite CPF: 000.000.000-00 Sexo: Feminino Nascimento: 12/12/1989 (29 anos) ID: 000 PACIENTE EXAME Exame de colesterol e triglicerídeos Perfil Lipídico O QUE SIGNIFICA SEU RESULTADO? SEU RESULTADO Valores de referência personalizados conforme idade e condição do paciente: >20 anos | Com jejum de 12h Esta é uma avaliação de triagem. Para interpretação do resultado e conduta terapêutica, leve este laudo ao seu médico. Colesterol Total VALORES REFERENCIAIS DE META TERAPÊUTICA: Risco baixo: <130mg/dL Risco intermediário: <100mg/dL Risco alto: <70mg/dL Risco muito Alto: <50mg/dL (Colesterol ruim) VALORES REFERENCIAIS DE META TERAPÊUTICA: Risco baixo: <160mg/dL Risco intermediário: <130mg/dL Risco alto: <100mg/dL Risco muito Alto: <80mg/dL Triglicerídeos Abaixo de 150 mg/dL você: 140 mg/dL VLDL-C você: 29 mg/dL LDL-C Seu risco cardiovascular deve ser calculado pelo seu médico Seu risco cardiovascular deve ser calculado pelo seu médico Não há valor de referência estabelecido em diretriz. você: 130 mg/dL Não HDL-C você: 100 mg/dL Abaixo de 190 mg/dL Desejável1 você: 170 mg/dL SAIBA MAIS EM: HILAB.COM.BR/EXAME/PERFIL-LIPIDICO Desejável1 (Colesterol bom) HDL-C Acima de 40 mg/dL você: 35 mg/dL Desejável1 ¹Os valores de referência estão de acordo com a Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose – 2017. Coleta: 21/04/2019 13:45 Liberação: 21/04/2019 13:54 Amostra: Sangue total Método: Colorimetria (Colesterol Total, Triglicerídeos e HDL-C) Fórmula de Martin (LDL-C) Calculado (Não HDL-C e VLDL-C) O exame deve ser sempre interpretado por um médico, levando em conta os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Os Termos de Uso e a Política da Plataforma Hilab estão disponíveis no link hilab.com.br/termos-de-uso. Caso não concorde com as condições, comunique-nos através do email cancelamento@hilab.com.br (Laudo 3.1) Tipo: TLR Emitido e validado por: Hi Technologies Ltda. Rua Eduardo Sprada, 6400 CIC, Curitiba, PR, CEP: 81290-110 Telefone: (41) 3285-3170 CRBM-6: 2017-0339-0 Responsável Técnico Caio Corsi Klosovski CRBM-6 420 Liberado por Érika Santiago CRBM-6 1742 Hi Technologies Ltda. CNPJ: 07.111.023/0001-12 ESTABELECIMENTO Abelina de Tal Cargo: Especialista Hilab ATENDIMENTO Limite de detecção mínimo: É quantificado níveis de Colesterol Total a partir de 100 mg/dL, Triglicerídeos a partir de 80 mg/dL e HDL-C a partir de 20 mg/dL, abaixo disso não é quantificado. Limite de detecção máximo: É quantificado níveis de Colesterol Total até 400 mg/dL, Triglicerídeos até 400 mg/dL e HDL-C até 100 mg/dL, acima dissonão é quantificado. Tabela I. Valores referenciais desejáveis do perfil lipídico para adultos > 20 anos Tabela II. Valores de meta terapêutica conforme a avaliação de risco cardiovascular estimado para adultos >20 anos. Fonte: Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose - 2017 Fonte: Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose - 2017 Uma vez que, para o LDL-c e o não HDL-c, os valores referenciais variam de acordo com o risco cardiovascular estimado, você pode, durante a consulta farmacêutica, calcular o risco cardiovascular do paciente, utilizando algum aplicativo recomendado pelo Ministério da Saúde. Lipídes Colesterol Total HDL-C Não-HDL-C Triglicérides Com jejum (mg/dL) < 190 > 40 < 150 Sem jejum (mg/dL) < 190 < 175 > 40 LDL-C Lipídes Risco cardiovascular Meta terapêutica (mg/dL) Categoria de risco Com ou sem jejum Baixo Intermediário Alto Muito alto < 100 < 70 < 50 < 160Baixo Intermediário < 130 < 100 < 80 Alto Muito alto 8 < 130 Orientações ao paciente O controle do colesterol, principalmente do nível de LDL-C traz grandes benefícios para a saúde, pois contribui para a redução da aterosclerose, do risco de infarto e de morte por doença coronariana. Para reduzir ou controlar o colesterol, não deixe de orientar o seu paciente. Fique atento às recomendações: • Aumentar o HDL-C e reduzir os triglicerídeos: a atividade física aeróbica regular, como corrida e caminhada, constitui uma medida auxiliar para o controle da dislipidemia. A prática de exercícios físicos levam à redução dos triglicerídeos e aumentam o HDL-c, o “colesterol bom”. O hábito de fumar está relacionado à queda das taxas de HDL-c (“colesterol bom”). Interfere também na flexibilidade dos vasos sanguíneos, principalmente artérias. Aproximadamente metade das mortes evitáveis entre indivíduos fumantes poderiam ser evitadas se esse vício fosse abolido, sendo a maioria por doenças cardiovasculares. 9 • Diminuir as taxas de colesterol total (CT) e LDL-C: o consumo de grandes quantidades de gordura saturada está relacionado ao aumento das taxas de colesterol total (CT) e LDL-c (“colesterol ruim”), por isso uma alimentação equilibrada é essencial. A gordura saturada é encontrada em alimentos de origem animal, especialmente em vísceras, leite integral e seus derivados, embutidos, frios, pele de aves e frutos do mar, também abundante em produtos industrializados como bolachas recheadas, congelados, salgadinhos, etc. Para reduzir o colesterol, seu paciente deve dar preferência a grãos integrais, vegetais crus ou cozidos, peixes magros e consuma alimentos grelhados ou cozidos no vapor. • Controlar o peso e evitar o consumo de álcool: o consumo excessivo de álcool é um fator de risco para acidente vascular cerebral, fibrilação atrial e insuficiência cardíaca. A obesidade e o sobrepeso também estão relacionados a alterações no perfil lipídico. Lembre-se que as modificações do estilo de vida são fundamentais e devem ser continuadas independentemente do uso de medicamentos para o controle do colesterol. 10 A dislipidemia é definida como um distúrbio que causa a alteração dos níveis de lipídios circulantes no sangue. Níveis altos de colesterol total (CT) e da lipoproteína de baixa densidade de colesterol (LDL-C), assim como baixos níveis de lipoproteína de alta densidade de colesterol (HDL-C) são importantes fatores de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares. Como realizar? A grande maioria dos pacientes portadores de dislipidemias não apresentam sinais ou sintomas decorrentes diretamente da alteração lipídica, sendo o diagnóstico exclusivamente laboratorial. A dosagem dos lipídios é importante para identificar indivíduos elegíveis para a terapia preventiva. RASTREAMENTO DE DIABETES MELLITUS TIPO 2 O diabetes não é uma doença única e sim um grupo de doenças metabólicas que têm em comum a hiperglicemia. Pode ser classificada em diabetes mellitus tipo 1 (previa- mente denominada insulinodependente), diabetes mellitus tipo 2 (previamente denominada insulinoindependente), dia- betes gestacional e diabetes insipidus. A maioria das pessoas com diabetes apresenta o tipo 2. Apesar de se manifestar com mais frequência em adultos, também pode acometer crianças. Neste tipo de diabetes, o organismo não consegue utilizar adequadamente a insulina que produz ou ainda, não produz insulina suficiente para que a taxa de glicemia seja controlada. Uma vez que a doença pode permanecer assintomática por um longo período, o rastreamento do diabetes na presença de fatores de risco é muito importante para que a doença seja diagnosticada mais rapidamente. 11 Como realizar? Na farmácia, o rastreamento do DM2 pode ser feito por meio dos exames de Glicemia ou Hemoglobina Glicada. O Preventive Services Task Force (USPSTF) recomenda o rastreamento para glicemia alterada e diabetes tipo 2 em adultos com idade superior a 45 anos bem como para aqueles que são mais jovens mas que possuem determinados fatores de risco. Fatores de risco para diabetes mellitus 2: • Obesidade; • História familiar de DM (parente de primeiro grau); • Raça/etnia de alto risco para DM (negros, hispânicos); • História de doença cardiovascular; • Hipertensão arterial; • HDL-c < 35 mg/dL e/ou triglicérides > 250 mg/dL; • Síndrome de ovários policísticos; • Sedentarismo; • Pacientes com pré-diabetes. 12 < 70 mg/dL Hipoglicemia ORIENTAÇÃO* RESULTADO* H H N N P P D D RESULTADO*: HR - Níveis de glicose no sangue estão abaixo dos níveis da normalidade (hipoglicemia). NR - Resultado indica que os níveis de glicose no sangue estão dentro da normalidade. PR - Estes níveis de glicose no sangue podem significar pré-diabetes. DR - Estes níveis de glicose no sangue podem significar diabetes. ORIENTAÇÃO*: HO - O paciente deve levar o resultado ao médico imediatamente. Para tratamento imediato, recomenda-se o consumo de uma colher de açúcar dissolvida em água ou alimentos/bebidas açucaradas. Recomenda-se uma nova análise após 15 minutos. NO - O teste não define diagnóstico, oriente o paciente a levar o resultado ao médico. PO - O teste não define diagnóstico, oriente o paciente a levar o resultado ao médico. DO - O teste não define diagnóstico, oriente o paciente a levar o resultado ao médico. Glicemia COMO INTERPRETAR OS RESULTADOS? 70 a 99 mg/dL Dentro da normalidade 100 a 126 mg/dL Pré-diabetes > 126 mg/dL Diabetes 13 D DRESULTADO* ORIENTAÇÃO* < 5,7 % N N P P D D RESULTADO*: NR - Dentro da normalidade. PR - Pré-diabetes. DR - Diabetes. ORIENTAÇÃO*: NO - Os níveis de hemoglobina glicada estão dentro da normalidade. PO - Estes níveis de hemoglobina glicada podem significar pré-diabetes. DO - Estes níveis de hemoglobina glicada podem significar diabetes. A hemoglobina glicada reflete os níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e corresponde à meia-vida das hemácias. Para a determinação da A1C não é necessário estar em jejum. Hemoglobina Glicada 5,7 a 6,4% >6,4% 14 Orientações ao paciente A detecção e o tratamento precoce é uma estratégia importante para reduzir a mor- bimortalidade do diabetes, assim como de outras doenças crônicas não transmissíveis. Para evitar o diabetes, é essencial adotar hábitos saudáveis. Por isso, é importante deixar claro para o seu paciente que o acompanhamento dos níveis de glicose é necessário, porém não é suficiente. Também é necessário fazer o acompanhamento da pressão arterial, consumir alimentos saudáveis, praticar atividade física, evitar o consumo de álcool, abandonar o cigarro e acompanhar o perfil lipídico. Importante destacar também que o diabetes está relacionado a várias outras doenças como cardiopatia, retinopatia, neu- ropatia e nefropatia. A hiperglicemia crônica favorece a de- posição do colesterol no endotélio vascular. Desta forma, a formação de placas de gordurasé favorecida, o que contribui para a pressão alta, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. 15 RASTREAMENTO DO HIV O HIV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), causada por um vírus denominado vírus da imunodeficiência humana. Segundo o Ministério da Saúde, existem no Brasil 827.000 pessoas vivendo com HIV, sendo que 715.000 possuem diagnóstico. Desta forma, 112.000 pessoas no Brasil possuem HIV, mas ainda não sabem. A detecção precoce da infecção é muito importante para que o tratamento, denominado tratamento antirretroviral, ou TARV, seja iniciado o quanto antes. Esse tratamento é fundamental para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem com o vírus, além contribuir para a diminuição das chances de transmissão e evitar o desenvolvimento da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS - do inglês). 16 Como realizar? Na farmácia, o rastreamento do HIV pode ser feito por meio de Testes Laboratoriais Remotos (TLR’s) também conhecidos como exames ou testes rápidos. O teste de HIV Hilab detecta anticorpos, que são produzidos a partir da quarta semana de infecção. Momento pré-teste Antes de realizar o exame no paciente, é importante levar em consideração algumas recomendações: • Reafirmar o caráter confidencial e o sigilo das informações; • Trocar informações sobre o significado dos possíveis resultados do teste; • Considerar as possíveis reações emocionais que venham a ocorrer durante o período de espera do resultado do teste; • Reforçar medidas de prevenção; • Reforçar a necessidade de tratamento do(s) parceiro(s) sexual(is); • Enfatizar a relação entre IST e o HIV. 17 https://hilab.com.br/blog/teste-rapido-de-hiv-em-farmacias/ Como interpretar os resultados Para o exame de HIV, serão dois os possíveis resultados: resultado preliminar reagente ou resultado preliminar não reagente. Lembre-se que, ao realizar este exame, é necessário seguir o fluxograma do Ministério da Saúde. Portanto, caso o resultado do paciente seja reagente, você deve orientá-lo a buscar um serviço de saúde para que o fluxograma seja reiniciado. Amostra não reagente para HIV. Resultado obtido com a utilização do fluxograma 1, realizado presencialmente em amostra coletada por punção digital, conforme estabelecido pela Portaria nº 29, de 17 de dezembro de 2013. Persistindo a suspeita de infecção pelo HIV, uma nova amostra deverá ser coletada 30 dias após a data da coleta desta amostra. Conforme recomendações do Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças de 2018. Mantenha medidas de prevenção como usar camisinha e repita o teste anualmente ou conforme orientação do seu médico. Coleta: 21/04/2019 13:45 Liberação: 21/04/2019 13:54 Amostra: Sangue total Método: Imunocromatografia Nome: Clarissa Leite CPF: 000.000.000-00 Sexo: Feminino Nascimento: 12/12/1989 (28 anos) ID: 000 PACIENTE EXAME HIV Tipo: TLR Emitido e validado por: Hi Technologies Ltda. Rua Eduardo Sprada, 6400 CIC, Curitiba, PR, CEP: 81290-110 Telefone: (41) 3022-3461 CRB: 2017-0339-0 Responsável Técnico Caio Corsi Klosovski CRBM 1ª Região 18795 Liberado por Érika Santiago CRBM 1ª Região 31253 Hi Technologies S.A CNPJ: 07.111.023/0001-12 ESTABELECIMENTO Abelina de Tal CPF: 00.000.000-02 LAUDO O QUE SIGNIFICA SEU RESULTADO? SEU RESULTADO PRELIMINAR você: não reagente Não ReagenteReagente Valor de referência: Não Reagente O exame deve ser sempre interpretado por um médico, levando em conta os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Os Termos de Uso e a Política da Plataforma Hilab estão disponíveis no link hilab.com.br/termosdeuso. Caso não concorde com as condições, comunique-nos através do email cancelamento@hilab.com.br (Laudo 3.0) Limitação do exame O exame consegue detectar níveis de anticorpos anti-HIV1/2 após a janela de soroconversão que tem em média 22 a 25 dias. Antes desse período a titulação de anticorpos anti-HIV1/2 pode ser muito baixa para ser detectada pelo exame. Portanto, recomenda-se que todo paciente que tenha tido exposição e realize o teste dentro desse período repita o procedimento após 30 dias. SAIBA MAIS EM: HILAB.COM.BR/EXAME/HIV ATENDIMENTO Amostra reagente para HIV. Este é um teste de triagem, e portanto não é capaz de definir o seu diagnóstico. A confirmação deve ser feita por meio de teste definido pelo fluxograma 1 do Manual Técnico para Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças de 2018. Escolha uma das opções: 1) Peça orientação para um profissional de saúde habilitado. 2) Acesse o link: www.aids.gov.br/pt-br/acesso_a_informacao/servicos-de-saude para consultar os locais onde você pode dar continuidade a investigação. Coleta: 21/04/2019 13:45 Liberação: 21/04/2019 13:54 Amostra: Sangue total Método: Imunocromatografia Nome: Clarissa Leite CPF: 000.000.000-00 Sexo: Feminino Nascimento: 12/12/1989 (28 anos) ID: 000 PACIENTE EXAME Tipo: TLR Emitido e validado por: Hi Technologies Ltda. Rua Eduardo Sprada, 6400 CIC, Curitiba, PR, CEP: 81290-110 Telefone: (41) 3022-3461 CRB: 2017-0339-0 Responsável Técnico Caio Corsi Klosovski CRBM 1ª Região 18795 Liberado por Érika Santiago CRBM 1ª Região 31253 Hi Technologies S.A CNPJ: 07.111.023/0001-12 ESTABELECIMENTO Abelina de Tal CPF: 00.000.000-02 LAUDO O QUE SIGNIFICA SEU RESULTADO? você: reagente HIV SEU RESULTADO PRELIMINAR Não ReagenteReagente Valor de referência: Não Reagente SAIBA MAIS EM: HILAB.COM.BR/EXAME/HIV Limitação do exame O exame consegue detectar níveis de anticorpos anti-HIV1/2 após a janela de soroconversão que tem em média 22 a 25 dias. Antes desse período a titulação de anticorpos anti-HIV1/2 pode ser muito baixa para ser detectada pelo exame. Portanto, recomenda-se que todo paciente que tenha tido exposição e realize o teste dentro desse período repita o procedimento após 30 dias. O exame deve ser sempre interpretado por um médico, levando em conta os sinais e sintomas apresentados pelo paciente. Os Termos de Uso e a Política da Plataforma Hilab estão disponíveis no link hilab.com.br/termosdeuso. Caso não concorde com as condições, comunique-nos através do email cancelamento@hilab.com.br (Laudo 3.0) ATENDIMENTO 18 Resultado preliminar não reagente Um teste negativo (ausência de anticorpos anti HIV-1 e/ou anti HIV-2) é suficiente para que um laudo negativo seja gerado. No entanto, deve-se considerar a janela imunológica e outras interferências. Importante ressaltar a importância das medidas de prevenção para que o paciente evite o contágio pelo HIV. Neste momento você deve: • Lembrar que um resultado não reagente (negativo) não significa imunidade; • Lembrar que um resultado negativo significa que a pessoa não está infectada ou está infectada tão recentemente que não produziu anticorpos para a detecção pelo teste; • Avaliar a possibilidade de a pessoa estar em janela imunológica e a necessidade de retestagem. RESULTADO* 19 Resultado preliminar reagente No caso de um resultado positivo (presença de anticorpos anti HIV-1 e/ou anti HIV-2), o paciente deverá procurar o serviço de saúde mais próximo para realizar um outro exame, necessário para a confirmação do diagnóstico. Neste caso, é importante: • Informar sobre a necessidade de um novo exame para a confirmação do diagnóstico; • Dar ao usuário o tempo necessário para assimilar o impacto do resultado e expressar seus sentimentos, prestando o apoio emocional necessário; • Reforçar a necessidade do uso do preservativo; • Reforçar que o HIV tem tratamento; • Referenciar o usuário para os serviços de assistência necessários. A atuação do profissional de saúde é essencial nesse momento, pois ele deve demonstrar interesse pelos sentimentos do paciente e estar disponível para ouvir suas angústias e dúvidas, ou seja, deve acolher o paciente. 20 EDUCAÇÃO EM SAÚDE A educação em saúde consiste em aumentar o conhecimento e a capacidade de entendimento do paciente sobre sua saúde. Inclui ações em saúdepara promoção (rastreamento) e a orientação farmacêutica. São exemplo de campanhas para a educação em saúde a conscientização do convívio com o HIV e AIDS, controle da DM e da HAS, automedicação, entre outros. 21 A aplicação de vacinas é um dos mais perfeitos exemplos de serviço de proteção, pois elas previnem a doença no indivíduo e na população. No entanto, para aplicação de vacinas, é necessário certificar-se sobre as contraindicações. A tabela a seguir apresenta as principais orientações acerca das vacinas. APLICAÇÃO DE VACINAS 22 SERVIÇOS DE PROTEÇÃO Pode-se dizer que os serviços de proteção à saúde contribuem para a promoção, uma vez que estes consistem no controle da doença ou da não obtenção de doença. A vacina da dengue é contraindicada para indivíduos que nunca tiveram a doença. A indicação ou contraindicação de vacinas nestas faixas etárias também relacionam-se ao sistema imunológico. A gestação altera o organismo da mulher em função da criança. Uma dessas alterações é no sistema imunológi- co. Vacinas de agentes vivos ou atenuados não são uma opção para esta paciente, salvo, por exemplo, se esta paciente reside em um local de foco de transmissão, onde o médico irá avaliar o risco. Vacinas são pedaços de vírus inativos ou atenuados. O objetivo é que o sistema imunológico adquira anticorpos de memória contra estes agentes. Em um organismo doente ou ineficiente como é o caso dos imunossuprimidos, este objetivo não é atingido e pode deixar o vacinado infectado. Condição Clínica Imunossuprimidos Estado Situacional Gestantes Faixa etária Idosos e crianças Casos Especiais Soronegativos para dengue Por quê? 24 Todo indivíduo que deseja tomar a vacina contra a dengue deve fazer um exame de dengue IgG e IgM. A vacina é indicada para indivíduos com IgG reagente e IgM não reagente. Casos Especiais Soronegativos para dengue Pergunte sobre a última menstruação e pesquise o endereço de sua paciente junto a UBS de referência. Realize a anamnese inserindo a investigação sobre doenças de base e farmacoterapia. Pacientes que realizam farmacoterapia com imu- nossupressores ou corticóides em uso contínuo podem ser considerados imunossuprimidos. Condição Clínica Imunossuprimidos Estado Situacional Gestantes Dicas ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA A orientação farmacêutica implica em fornecer ao paciente as informações para que este realize o uso racional do medicamento. Nesta orientação estão incluídas a administração correta do fármaco no que tange frequência, tempo de tratamento e dose, quanto sobre a indicação, contraindicação, reações adversas, esclarecimentos sobre a patologia que acomete o paciente e o autocuidado. Dica: Ao realizar a orientação farmacêutica, você pode oferecer outros serviços como a consulta farmacêutica e a realização dos testes para acompanhamento. 25 REVISÃO DA FARMACOTERAPIA A revisão da farmacoterapia é um serviço por meio do qual o farmacêutico faz uma análise dos medicamentos em uso pelo paciente com a finalidade de identificar e resolver ou minimizar possíveis PRMs (problemas relacionados ao medicamento), relacionados à farmacoterapia. Os PRMs podem ser: • Necessidade Quando o paciente sofre de um problema de saúde não tratado ou quando este utiliza uma farmacoterapia que não necessita. Ex.: A continuação de um tratamento que era pontual, como analgésicos. Ou a necessidade de um diagnóstico e uma farmacoterapia para uma queixa recorrente do paciente. • Efetividade Quando por ineficácia do medicamento, dose ou indicação, não há obtenção do efeito terapêutico do medicamento prescrito para tratamento de determinada patologia. Ex.: o medicamento levotiroxina e alendronato precisam ser ingeridos em jejum para obterem absorção máxima e atingirem a faixa terapêutica. 26 • Segurança Trata-se de um PRM relacionado à inseguridade do medicamento em relação ao paciente. Ex.: digitálicos são medicamentos que possuem faixa terapêutica estreita. Desta forma, faz-se necessário um cuidado maior na prescrição e continuidade do tratamento. • Adesão Adesão a farmacoterapia é processo terapêutico através do qual o paciente realiza o tratamento proposto de forma que seja possível atingir o objetivo terapêutico. Um PRM de adesão ou conveniência, pode existir por diversos fatores que vão desde a não aceitação do paciente ao tratamento como a dificuldade em adquirir o mesmo. Ex: A metformina é um fármaco de primeira escolha para o tratamento da diabetes tipo II, contudo, em início de tratamento, a reação adversa mais frequente é a diarréia, o que dificulta a adesão de muitos pacientes. 27 Na conciliação medicamentosa, o farmacêutico busca nas prescrições médicas, sacolas de medicamentos (não prescritos), na entrevista com o paciente ou no prontuário medicamentos que não são os mais indicados para o estado situacional do paciente, que estejam em desacordo com sua história clínica ou farmacoterapêutica (reações, interações, inefetividade). De acordo com as informações obtidas, a conciliação medicamentosa busca a melhor opção terapêutica. A intervenção farmacêutica é um ato realizado na etapa de conciliação medicamentosa no acompanhamento farmaco- terapêutico. Este processo consiste na sugestão de uma nova opção terapêutica para o tratamento do paciente ou alter- ações de dose, dosagem, frequência, via de administração com a finalidade da obtenção do objetivo terapêutico e melhor adesão pelo paciente. CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA 28 A aplicação de medicamentos pode ser um serviço de proteção a saúde, como é o caso dos anticoncepcionais, e pode concomitantemente, ser um serviço de recuperação dela. Vejamos, não que a gestação seja uma patologia para que o organismo precise ser protegido, mas segundo a OMS o conceito de saúde abrange o bem estar físico, social e mental. Uma gestação em tempo inoportuno tende a não abranger a totalidade de bem estar da mãe, podendo adoecê-la no aspecto físico, social ou mental. Na sua farmácia, você já pode oferecer o exame de Beta hCG de sangue, com resultado rápido e confiável. Conheça o Hilab: <https://hilab.com.br/contrate-o-hilab/> APLICAÇÃO DE MEDICAMENTOS (anticoncepcionais) 29 https://hilab.com.br/contrate-o-hilab/ SERVIÇO DE RECUPERAÇÃO DA SAÚDE Aplicação de medicamentos injetáveis (tratamento) Em relação aos demais medicamentos, todos possuem a função de restabelecer fisiologicamente uma condição anterior ao adoecimento. Por este motivo a aplicação de medicamentos é considerada um serviço farmacêutico de recuperação. 30 A aplicação deve ser realizada em sala exclusiva e paramentada de acordo com a RDC 44 de 2009. Quais medicamentos podem ser aplicados? Quem pode aplicar? Dicas Realize sempre a análise da prescrição e anamnese. Preencha a DAF em toda e qualquer aplicação Se recuse e documente a recusa em casos que a avaliação lhe sugerir riscos. Avalie condições do paciente X procedimento (menores de idade, obesos ou escassa massa corpórea, fobias, cognitivo – comportamental) Cheque a apresentação e via. Farmacêuticos ou outros profissionais capacitados ao serviço que trabalhem na drogaria sob a supervisão do farmacêutico Medicamentos tarjados quando prescritos, excetuando-se os de uso hospitalar e antibióticos 31 Análise da prescrição e anamnese A análise da prescrição anterior à aplicação trará mais segurança para o procedimento e para as pessoas envolvidas, em questão, o farmacêutico e o paciente. Para realizar a análise da prescrição siga o passo-a-passo: • Confirme o nome do paciente; • Verifique a data da prescrição x o tempo de tratamento prescrito; • Confronte a via de administração prescrita e apresentação do medicamento; • Descarte contraindicações, alergias ou interações (pergunte ao paciente se ele possui alergia a algum medicamento e qual a farmacoterapia atual). 32 Declaração de serviços farmacêuticos (DAF)A declaração de serviços farmacêuticos é prevista na RDC 44 DE 2009. Trata-se de um documento que materializa o atendimento farmacêutico. A declaração deve conter: • CNPJ, razão social, endereço e telefone da farmácia ou drogaria; • Nome e contato do paciente; • Sexo , idade, altura e peso do paciente; • Dados da prescrição e do prescritor; • Data do atendimento; • Assinatura e CRF do farmacêutico; • Assinatura do paciente. Alguns modelos atuais e mais completos incluem história clínica do paciente, medicamentos em uso e parâmetros clínicos. O preenchimento da DAF, além de ser obrigatório, é um documento que assegura em termos judiciais quem realizou o atendimento e quem recebeu. 33 O acompanhamento farmacoterapêutico consiste em unir todos os serviços anteriormente citados em consultas farmacêuticas sistematizadas. No acompanhamento farmacoterapêutico, o farmacêutico assume a co-responsabilidade no cuidado à saúde do paciente, facilitando o tratamento e fazendo com o que o objetivo terapêutico seja alcançado com mais facilidade. Para tanto, são realizadas diversas consultas nas quais é possível analisar as causas dos PRMs identificados, realizar intervenções e junto ao paciente estabelecer um plano de cuidado, visando que a continuidade no autocuidado promovido inicialmente pelo farmacêu- tico. Para a realização do acompanhamento farmacoterapêutico, existem algumas metodologias de anamnese. São elas: o TOM, PWDT, DÁDER, SOAP. ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO 34 A diferença entre estes métodos de acompanhamento e anamnese está na abordagem mais detalhada ou simplificada. Os métodos foram desenvolvidos no contexto da atenção farmacêutica, com intuito de agregar todas as informações necessárias e importantes para que posteriormente fosse possível elaborar um plano de cuidado que trouxesse resultados mensuráveis. Eles discorrem em basicamente três fases principais que são a coleta de dados, interpretação de resultados e processo de orientação. A escolha por um dos métodos, ou por mais de um, vai de cada profissional, seu nível de entendimento, a região em que realiza o seu atendimento e o senso comum. O mais utilizado no Brasil é o DÁDER. 35 Dispensação e indicação farmacêutica, gestão da condição de saúde e manejo de problemas de saúde autolimitado A dispensação consiste no ato da entrega de um medicamento ou produto mediante a apresentação de uma prescrição elaborada por profissional autorizado. Aliado ao ato da dispensação, o farmacêutico realiza a orientação sobre o uso, conservação e descarte. Contudo, sabe-se que, na tentativa de buscar solução para um problema de saúde, muitos pacientes recorrem à automedicação, realizando uso irracional do medicamento. O risco na utilização desse recurso sem assistência resulta em outros problemas de saúde ou insucesso no manejo de sinais e sintomas. Para isto, o farmacêutico pode no hall de sua competências técnicas auxiliar pacientes atendendo a suas demandas relativas a problemas de saúde autolimitados, prescrevendo MIPS ou outros produtos com finalidade terapêutica, medidas não farmacológicas, ou encaminhando o paciente para outro serviço ou profissional de saúde. 36 CONSIDERAÇÕES FINAIS 37 Os serviços farmacêuticos constituem uma estratégia importante para aumentar o faturamento do seu estabelecimento, além de fidelizar clientes e diferenciar o seu estabelecimento da concorrência. Neste eBook, apresentamos os serviços que mais podem trazer retorno para a sua farmácia. Se você ainda não trabalha com serviços farmacêuticos, não deixe de pensar sobre eles, principalmente nos Testes Laboratoriais Remotos - exames rápidos, uma vez que eles são essenciais para o Rastreamento em Saúde. Quer oferecer testes rápidos no seu estabelecimento? CONHEÇA O HILAB https://hilab.com.br/contrate-o-hilab/ Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010. 95 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Primária, n. 29). Brasil. Conselho Federal de Farmácia. Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao paciente, à família e à comunidade: contextualização e arcabouço conceitual / Conselho Federal de Farmácia. – Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 2016. 200 p. : il. Brasil. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Secretaria dos Colaboradores. Grupo Farmácia Estabelecimento de Saúde. Manual de Orientação ao Farmacêutico: Lei nº 13.021/2014 e Valorização Profissional / Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. – São Paulo: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, 2015. 96 p.; 21 cm. Brasil. Conselho Federal de farmácia. RESOLUÇÃO Nº 585 DE 29 DE AGOSTO DE 2013. Brasil. Conselho Federal de farmácia. RESOLUÇÃO Nº 586 DE 29 DE AGOSTO DE 2013. Brasil. Ministério da Saúde - MS Agência Nacional de Vigilância Sanitária - RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009. Brasil. Ministério da Saúde. Manual Técnico Para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV. 3 ed. Brasília/ DF, 2016. Faludi AA, Izar MC, Saraiva JFK, Chacra AP, Bianco HT, Afiune Neto A, et al. Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose - 2017. Arq Bras Cardiol. 2017;109(2 Supl 1):1-76. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Acompanhamento farmacoterapêutico https://hilab.com.br/
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