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Neoconstitucionalismo e Métodos Alternativos de Conflitos

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Avaliação Parcial
Debora Halachen de Almeida
Prof. Luiz Fernando Lopes de Oliveira
Direito Noturno – 8° Período
Neoconstitucionalismo
Neste trabalho será abordado o tema Neoconstitucionalismo, quais os novos direitos após ele, a crise judiciária e também quais os métodos alternativos de conflitos.
Podemos dizer que o neoconstitucionalismo trata-se de um movimento teórico de revalorização do direito constitucional, uma nova abordagem do papel da constituição dentro sistema jurídico, movimento que surgiu a partir da 2ª Guerra Mundial, a qual não encara a constituição como mero limitador do poder político, mas como um meio pelo qual se visa concretizar os direitos fundamentais, conferindo maior eficácia a constituição.
Como forma de conceituar o neoconstitucionalismo, Paolo Comanducci explica que no direito constitucionalizado os princípios constitucionais e os direitos fundamentais constituiriam uma ponte entre direito e moral - uma tese de conexão necessária, identificada e justificada, entre esse direito e moral, formalizando assim, o neoconstitucionalismo (Comanducci, 2003 p. 87).
O neoconstitucionalismo visa aprofundae o direito constitucional com base em novas premissas como a difusão e o desenvolvimento da teoria dos direitos fundamentais e a força normativa da constituição, objetivando a transformação de um estado legal em estado constitucional.
Nesse sentido, a Constituição deixou de ser apenas uma carta politica discricionária das vontades do legislador e passa a definir regras e direitos. Ainda, estabelece princípios que remontam à ética e à moral a serem seguidos. A Constituição estabelecida pelo positivismo não pode mais ser comportado.
Esse movimento neoconstitucionalista seria uma expressão do pós-positivismo jurídico, em que buscou encontrar uma posição que fosse intermediadora entre as duas correntes existentes no ordenamento jurídico: o jusnaturalismo e o positivismo jurídico.
Basicamente, se estende em garantir os direitos fundamentais, em especifico os individuais, ampliando numa imperiosa interpretação normativa. A doutrina ainda faz bastante criticas ao neoconstitucionalismo, pois ainda segue ao positivismo.
O neoconstitucionalismo procurou responder questionamentos que o positivismo jurídico não esclarecia, em se tratando da aplicabilidade e interpretação do direito. Por se tratar de uma teoria que defende a moral dentro do direito, superou o pensamento positivista de que não se pode aplicar direito e moral ao mesmo tempo. 
Um dos traços importantes do neoconstitucionalismo que devemos ressaltar é o crescimento do Poder Judiciário, que passou a ser mais ativo na defesa dos direitos fundamentais, em detrimento da interpretação constitucional pelo Legislativo, o Judiciário passou a exercer um papel central na estrutura do estado, além de influenciar o ordenamento jurídico.
Todavia, o Neoconstitucionalismo trouxe inúmeras objeções, a primeira a se falar foi o enriquecimento de outros meios capazes de proteger e efetivar os direitos constitucionais, em segundo passou a idealizar a figura do juiz, causando certa dependência da população em relação ao judiciário. Diante da sobrecarga de trabalho e vários outros problemas que surgiram passou a comprometer a própria efetividade dos direitos.
A crise do judiciário decorre do déficit da estrutura tecnológica e organizacional dos Tribunais, faltando materiais, servidores e até mesmo computadores e quantos outros problemas como a sobrecarga de leis processuais, a distância do Judiciário de grandes segmentos da população, que merece uma grande atenção deste poder como dos próprios cidadãos.
Diante desse conturbado cenário, fez a criação de alguns mecanismos capazes de proporcionar solução e garantia de direitos. Destacaram-se os Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos, esses métodos podem envolver conflitos de interesses individuais que abordam sobre direitos disponíveis até relacionamento interpessoais continuado.
O objetivo central dessas reformas não é substituir as cortes regulares, mas sim ampliar estas vias alternativas, uma vez que os litígios complexos carecem de formas tradicionais de solução de conflitos.
Esses métodos têm mostrado um grande destaque na resolução das mais variadas naturezas. Precisamos salientar que os mesmos podem ou não ser obrigatório, como exemplo ocorre com a conciliação na justiça do trabalho.
Extraímos também que os Métodos Alternativos de Resolução de Conflitos são garantias constitucionais do acesso a justiça e visam a efetividade de direitos sob uma visão humana. Apesar de encontrar obstáculos para a difusão, observa-se cada vez mais o empenho em promover este instituto de forma a viabilizar uma alternativa para acabar a crise dentro do judiciário.
Advindo do neoconstitucionalismo acabou centralizando aquele poder na estrutura estatal, provocando a sua sobrecarga e o enfraquecimento de outros meios capazes de proteger e efetivar os direitos constitucionais. A constitucionalização, o aumento da demanda por justiça por parte da sociedade brasileira e a ascensão institucional do Poder Judiciário provocaram no Brasil uma intensa judicialização das relações políticas e sociais.
Por fim, apesar de não ser a solução para todos os problemas do judiciário, sem duvida representa um grande passo para viabilizar o acesso a justiça, eis que apresenta uma maneira mais moderada de solucionar conflitos sem formalismos jurídicos excessivos, com celeridade e economia.

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