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Memória e História no Ensino de Artes FICHAMENTO DE CITAÇÃO| BARBOSA, 2001 Produzido por Augusto Henrique PRODUÇÕES ARTÍSTICAS INTERDISCIPLINARES PÁGINA 1 ENTRE MEMÓRIA E HISTÓRIA “A prática de colocar arte (desenho, colagem, modelagem etc.) no final de uma experiência, ligando-se a ela por meio de conteúdo, vem sendo utilizada ainda hoje na Escola Fundamental no Brasil, e está baseada na ideia de que a arte pode ajudar a compreensão dos conceitos, porque há elementos afetivos na cognição que são por ela mobilizados.” (p.2) “A Proposta Triangular foi sistematizada a partir das condições estéticas e culturais da pós-modernidade. A pós-modernidade em arte/educação caracterizou-se pela entrada da imagem, sua decodificação e interpretações na sala de aula junto á já conquistada expressividade”. (p.13) “Ser artista é um critério social e a elite de curadores raramente conferem esta dignificação a um pobre antes de sua morte. Foi o caso de Arthur Bispo do Rosário. Mesmo que Frederico Moraes tenha organizado uma exposição de suas obras antes de sua morte, só depois que ele morreu começou a ser reconhecido por outros curadores.” (p.16) “Historicamente, o poder centralizador se exerce como uma gangorra sobre o ensino da arte no Brasil: ora determina-se os programas do ensino fundamental e médio e dá-se liberdade de organização de currículo á universidade como foi até 1961; ora determina- se o currículo mínimo das universidades, mas liberta-se os currículos do ensino fundamental como acontece de 1971 a 1997.” (p.23) “Enquanto isso, explicitamente, temos um ensino fundamental e médio determinado pelos Parâmetros em Ação editados com força de lei pelo MEC.” (p.23) HISTÓRIA DO ENSINO DA ARTE NO BRASIL “De um lado, a valorização do desenho como técnica e, de outro, “a exaltação dos elementos internos expressivos como constituintes da própria forma”, como diz Barbosa (2005). Em sua análise ela aponta este momento como fundamental para que “no Brasil, fosse possível, após a Segunda Guerra Mundial, sob influência da Bauhaus, o desdobramento dialético das tensões entre o Desenho como Arte e o Desenho como Técnica, entre a expressão do eu e a expressão dos materiais” (p.115).” (p.15) “Segundo Góes (2002), a educação popular passa a ser entendida como a necessidade de encontrar atalhos, queimar etapas e, urgentemente, incluir os excluídos num processo não só educativo, mas também político, econômico, social e cultural (p. 97-98).” (p.17) “A contextualização do ensino da arte leva a uma mudança significativa no aparato legal. Mas nem por isso a legislação foi incorporada na prática cotidiana da maioria das escolas, ainda distantes das reflexões contidas na LDBN e nos próprios PCN. Tanto a PÁGINA 2 LDBN quanto os PCN também não têm vínculo direto com o ensino da arte em qualquer outro espaço fora das escolas, onde as concepções de ensino da arte estariam, em tese, libertas de qualquer baliza legal. Mas, de qualquer forma, as leis e orientações vigentes no Brasil, com destaque para o reconhecimento da arte como área de conhecimento, refletem mudanças concretas que revelam um percurso conceitual precioso para a compreensão da dimensão arte na formação humana em qualquer espaço.” (p.21) REFERÊNCIAS BARBOSA, Ana Mae. Ensino da arte : memória e história. – São Paulo : Perspectiva, 2008. – (Estudos ; 248 / dirigida por J. Guinsburg)
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