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1 Beatriz Machado de Almeida Genética – Leis de Mendel Leis de Mendel e suas variações • Dominância incompleta, ausência de dominância, interação gênica, pleiotropia, penetrância e expressividade. Mendel é considerado o pai da genética, por seus postulados, mas existem questões que fogem ao que Mendel encontrou. Principalmente, falando de espécies mais complexas, tendo em vista que ele avaliou características de células vegetais, indivíduos com genoma e características mais simples. Lembrar de conceitos básicos: Algumas características podem desaparecer em algumas gerações e retornar em outras. Ex: O verde desaparece em F1 e retorna em F2, após autofecundação de heterozigotos. Essas características são relacionadas à expressão gênica de genes (chamados de fatores) que conseguiam ou não ser expressos, pois estavam em heterozigose. Existem patologias que são determinadas apenas por um gene. A maioria das doenças tem características multifatoriais. Então se tem a interferência da interação gênica, bem como o meio e fatores biológicos. Mas as doenças mendelianas são determinadas por um par de alelos. Lembrar dos conceitos, como no cruzamento de homozigotos recessivo e dominante, com surgimento de 100% de heterozigotos, e a volta de homozigotos com o cruzamento desses heterozigotos. Doenças mendelianas ou monogênicas A alteração pode se dar no par de alelos daquele gene (alelos são genes que estão na mesma posição, em cromossomos homólogos) – nos dois alelos – ou em apenas um desses alelos. De uma forma geral, são doenças causadas por alterações em um único gene. • Quando se dá nos dois alelos, essas doenças monogênicas vão ser chamadas de doenças monogênicas recessivas (listadas à esquerda); Na recessividade é preciso dos dois alelos alterados/recessivos. • Quando há alteração, que pode se dar nos dois pares, mas em apenas um par, é chamada de doença monogênica dominante (listadas à direita). Elas podem se expressar em heterozigose ou homozigose (Aa/AA), por isso que foi dito que a mutação pode estar presente em um dos alelos ou nos dois e mesmo assim ter manifestação – dominância é isso! Quadro de Punnet Relembrar: cruzamentos X probabilidades. Esquerdo: Cruzamento de heterozigotos, inicialmente com 25% de chance, a cada gestação, de gerar um indivíduo afetado (nn). Na dominante a probabilidade é maior. Porque você tem a possibilidade de expressar aquela patologia em heterozigose ou homozigose. Então, geralmente, a probabilidade para doenças monogênicas dominantes se manifestarem é maior – heterozigoto ou homozigoto dominante. Albinismo • É uma doença autossômica recessiva. • Erro na enzima tirosinase, que transforma tirosina em melanina (proteína responsável pela pigmentação normal da pele humana). O albinismo pode ser classificado, basicamente, em 3 tipos: • Ocular: Quando só os olhos sofrem despigmentação; 2 Beatriz Machado de Almeida Genética – Leis de Mendel • Parcial: Quando o organismo produz a melanina, na maior parte do corpo, mas em outras partes tem ausência de pigmentação; • Óculo-cutâneo: Aquele em que todo o corpo do indivíduo é afetado por essa despigmentação. O defeito acontece basicamente na conversão de um aminoácido em uma proteína. O aminoácido é a tirosina, que passa por uma série de transformações bioquímicas até se transformar no pigmento melanina; Quem vai realizar essas transformações, pelo menos quem inicia esses processos de transformação é uma enzima chamada tirosinase (tirosina – aminoácido → melanina - proteína de pigmentação). Nesses indivíduos é um erro, uma mutação no gene que codifica para proteína tirosinase. O QUE ACONTECE Os indivíduos que são homozigotos dominantes, ou seja, tem os dois alelos dominantes (AA), vão produzir a tirosinase normal, pelos dois alelos, e essa tirosinase consegue converter a tirosina em melanina, e as células vão ser pigmentadas. O indivíduo que é heterozigoto, ele tem um alelo normal e um alelo mutante (Aa). Ele não é albino, é portador do gene que codifica para o albinismo, mas as células dele vão ser pigmentadas ao final; isto porque um dos alelos, por ser normal, produz o RNA mensageiro da tirosinase que vai gerar a proteína tirosinase funcional e capaz de produzir a melanina. Então, mesmo que ele não consiga produzir a melanina a partir dos dois alelos, ele consegue produzir essa melanina. Inclusive, ele consegue compensar essa falta de produção pelo alelo mutante, com o outro alelo (DOMINANTE). Então vai ser um indivíduo com as células pigmentadas normalmente. O indivíduo homozigoto recessivo (aa): vai apresentar os dois alelos com a mutação. Esses dois alelos com a mutação não vão produzir o Rna mensageiro e tão pouco a proteína adequada para síntese da melanina, e consequentemente não produz o pigmento. Então essas células serão despigmentadas. É uma doença autossômica recessiva (os dois alelos precisam estar mutados) porque o cromossomo relacionado com o albinismo não é o cromossomo sexual, e sim o cromossomo 11; então é um par de cromossomo autossômico. Nesse cromossomo você tem o lócus gênico pra o TYR, que é o gene que codifica para a enzima tirosinase, e é ali que acontece o defeito. O cruzamento de heterozigotos (Aa x Aa) tem 25% de probabilidade de filhos afetados a cada gestação. Se tivesse o cruzamento de heterozigoto (Aa) com um indivíduo albino (aa - homozigoto recessivo) seria 50% (Aa, aa, Aa, aa) de probabilidade de nascer um indivíduo albino. Você aumenta a probabilidade nesses casos específicos porque você já tem um indivíduo com a manifestação clínica; Os heterozigotos não serão albinos, serão portadores do gene do albinismo e se tiverem um cruzamento com indivíduo também heterozigoto (Aa x Aa) serão 25% de chance de gerar um filho albino. Acondroplasia Nanismo acentuado, sem deficiência mental, testa saliente. Em homozigose é letal (alelos letais). • É monogênica, mas não é recessiva, OU SEJA, é uma doença monogênica de característica dominante. • É um tipo específico de nanismo provocado por uma falha no processo de ossificação endocondral (formação dos ossos longos). O processo de ossificação para formação dos ossos curtos é o processo de ossificação intramembranosa. • Tem um molde de cartilagem hialina que acaba sendo substituído por tecido ósseo à medida que o indivíduo vai desenvolvendo. Esses indivíduos tem uma falha nesse processo (endocondral) e por isso eles apresentarem um nanismo acentuado; membros mais curtos normalmente. • A cabeça, por exemplo, vai ser maior/desproporcional ao corpo deles, mas seriam de um tamanho normal para um indivíduo de uma altura normal. Os ossos da face e da cabeça são formados por ossificação intramembranosa que é 3 Beatriz Machado de Almeida Genética – Leis de Mendel completamente diferente. Então esses indivíduos apresentam, além do nanismo acentuado, uma cabeça maior em relação ao corpo e a testa mais saliente. • Em homozigose dominante (AA) terá os alelos letais. Esses indivíduos quando nascem só serão viáveis com um genótipo: o heterozigoto. • Se é uma doença monogênica de característica dominante, o indivíduo aa não será afetado. A dominância seria AA ou Aa, mas em homozigose, esses alelos dominantes (AA) são letais, então os indivíduos não irão vingar. • O único genótipo possível para acondroplasia é o heterozigoto (Aa). • Aproximadamente 80% dos casos dos pacientes com acondroplasia, vão manifestar essa patologia por conta de mutações espontâneas. • As mutações podem ser espontâneas ou induzidas. Normalmente os indivíduos vão apresentar mutações espontâneas no seu material genético que ocorrem por erro de replicação, geração de radicais livres. • 20% será por conta de mutaçõesinduzidas: o pai se expôs a alguma radiação, principalmente na região testicular (formação dos espermatozoides) ou a mãe nos ovários. Até mesmo agentes químicos que podem interferir na formação dos gametas. • A aparência característica de nanismo por acondoplasia é visível desde o nascimento; doença de fácil diagnóstico clínico. • Características: baixa estatura, membros mais curtos (rizomelia), extremidades proximais (parte superior do braço e coxa), cabeça de aparência grande; pode apresentar associação com pé torto e outras anormalidades esqueléticas, principalmente dos membros (ossos mais longos). • Na maioria dos casos (97%), os indivíduos apresentam a mesma mutação, que é uma transição G por A na posição 1138 do DNA, levando à substituição de uma glicina por arginina (mutação não conservativa) no domínio transmembranar do receptor do fator de crescimento fibroblástico 3 (FGFB3). • A glicina faz parte do grupo dos apolares alifáticos, enquanto a arginina faz parte do grupo dos positivamente carregados. Então existe uma troca de aminoácidos de grupos diferentes. • Essa proteína é um receptor enzimático (trabalha com fator de crescimento). Toda proteína receptora é uma proteína TRANSMEMBRANA, portanto ela é capaz de atravessar a bicamada lipídica. Apresenta, então, uma subdivisão em 3 partes: ❖ Domínio extracelular; ❖ Domínio intrelar (voltada para o citosol); ❖ Domínio transmembranar (porção anfipática ou anfifílica para atravessar a camada). • *É nesse domínio transmembranar que ocorre a mutação que substitui a glicina por arginina. Então, essa proteína passa a não ser mais funcional e os indivíduos vão apresentar problemas com a ossificação endocondral-formação dos ossos longos. • Existe uma porcentagem menor (2,5% dos casos) em que no DNA, na mesma posição 1138, existe uma substituição de uma guanina por uma citocina (transversão G por C, purina por pirimidina). Por surpresa, essa nova substituição leva a mesma troca de aminoácidos, então será glicina por arginina novamente. • Lembrete: o código genético é degenerado! Com substituições diferentes é possível gerar a mesma troca de aminoácido. • Além disso, existe uma condição chamada de hipocondroplasia, caracterizada pelo processo de displasia ou uma condrodistrofia dos ossos. Normalmente, apresentam algumas semelhanças (Ex. nanismo) mas com sintomatologia mais branda. A pelve é normal; normalmente esses indivíduos não apresentam complicações neurológicas; formato da cabeça não é afetado; são sintomas brandos como a rizomelia que é clássica na acondroplasia. A mutação que causa essa condição é uma mutação de substituição, que na posição 1620, onde é substituído uma citosina por uma adenina. A posição é diferente, mas o gene é o mesmo (codifica pra esse receptor de fator de crescimento fibroblasto do tipo 3). • Esse é o gene (localizado no braço curto do cromossomo 4) que está relacionada com essa proteína receptora. 4 Beatriz Machado de Almeida Genética – Leis de Mendel Fibrose cística (mucoviscosidade) • É uma doença monogênica autossômica recessiva, provocada por gene específico (CFTR – localizado no cromossomo 7 - codifica uma proteína de condutância de cloreto na superfície apical das células); • O paciente terá um problema de mucoviscosidade. Neurofibromatose tipo 1 • É uma patologia monogênica de caráter dominante, sendo uma espécie de tumoração benigna (apesar da imagem bem impactante) onde acontece depósitos anormais de colágeno nos indivíduos. • Mesmo sendo uma doença monogênica, ela sofre influência do meio e das características clínicas do paciente; existem pacientes que possuem sintomas mais brandos, já outros pode ter uma patologia com sintomas piores; agressividade variada. • Os indivíduos apresentam defeitos no gene NF. Características clínicas que podem ser vistas: • Manchas café com leite (manchas hiperpigmentadas na pele); podem ser vistas no nascimento. • Nódulos de lisch (tumores benignos na íris). • Lesões: tende a se apresentar na 4º-5º década de vida; quando vistas ao nascimento, fazer diagnóstico clínico e exame genético; normalmente os indivíduos apresentam na forma adulta. • Algumas outras aparições da doença: gliomas ópticos (benigno, mas que pode ter sintomas graves). • Importância do oftalmologista. • O neurofibroma tipo 2 pode aparecer na adolescência. • O neurofibroma é o resultado da neurofibromatose. • Os indivíduos são influenciados pelo meio; ex. exposições -pode aumentar a expressão desses genes, gerando sintomas mais graves; o gene RAS é um desses genes que pode ser super ativados. • A doença neurofibromatose acontece devido a um defeito da proteína NF, que bloqueia a ação de RAS (proteína mitogênica que estimula a proliferação, sínteses de proteínas, transcrição...) • Determinados agentes biológicos, químicos ou físicos, que estimulem a ação da proteína RAS, pode ocorrer um caso de super expressão das características clínicas. • Então nos próprios pacientes que possuem a doença neurofibromatose tipo 1, você já tem uma expressão de RAS de forma natural, pois não ocorre ação da NF. • É possível ter exacerbações de proteínas que bloqueiam a ação da ras, ou caso o paciente tenha alguma mutação que bloqueie naturalmente, os sintomas serão mais brandos. • Então mesmo sendo uma doença monogênica, a expressão de outras proteínas que são codificadas por outras genes como forma co-participativa será determinante para condições clínicas do paciente. • Apesar da mutação acontecer em um gene especificamente e todos os indivíduos que tenha a mutação apresentarem a patologia que caracteriza uma doença monogênica, pode ter uma expressividade variável por conta de mecanismos de interação ou por conta do meio ao qual o indivíduo está exposto e está submetido. Lesões que o indivíduo pode ter. O cromossomo relacionado a N.tipo 1 é o 17 – gene NF1. N.tipo 2 – NF2 mutado. 5 Beatriz Machado de Almeida Genética – Leis de Mendel É uma doença autossômica dominante, como visto na acondroplasia, só que aqui não tem alelos letais. Então o indivíduo pode apresentar a patologia mesmo sendo homozigoto dominante. Penetrância e expressividade Penetrância É um percentual de indivíduos que será analisado e observado se houve a associação do genótipo que ele carrega com o fenótipo que ele apresenta. Exemplo, eu avalio 100 indivíduos que tem o gene do olho azul, mas apenas 80 apresentam olho azul e os outros 20 tem olho verde. Então, a penetrância desse gene é uma penetrância incompleta, pois apenas 80% dos indivíduos apresentaram o fenótipo associado ao genótipo que ele carrega no seu DNA. Mas, se os 100 indivíduos analisados com o genótipo do olho azul apresentassem o olho azul, seria uma penetrância completa, pois todos os indivíduos com esse genótipo apresentaram o fenótipo associado. Ao falar de penetrância, eu falo de quantificação de um percentual X daquela população que expressa ou não a característica fenotípica associada ao seu genótipo. Na completa, os indivíduos sempre vão apresentar o fenótipo; na incompleta apenas uma parcela dos indivíduos vai ter o fenótipo correspondente ao genótipo que ele carrega. Na genética existem genes epistáticos e hipostáticos. Os epistáticos são aqueles que inibem outros genes; quando são inibidos são chamados de hipostáticos. Você pode ter uma certa característica que você herdou do seu pai ou da sua mãe e que você gostaria muito de expressar, mas não expressa porque aquela caraterística está inibida por outro gene que interage com ele. Isso pode acontecer também por conta da interação com o meio ambiente. Então, é possível que tenha uma penetrância incompleta com apenas uma parcela de indivíduosapresentando o fenótipo associado ao genótipo que ele carrega; a justificativa é a epistasia e o efeito do ambiente. Ao olhar essa imagem, na primeira linha de indivíduos, os indivíduos apresentam o genótipo e o fenótipo azul. Então, a penetrância é completa. Na segunda linha todos os indivíduos tem o genótipo azul, mas nem todos apresentam o fenótipo associado. Então, nesse caso a penetrância é incompleta. Expressividade Se associa com o modo como aquela característica se expressa, que pode ser uniforme ou variável. Então, você tem uma determinada característica azul, e às vezes o azul do seu olho não é igual o azul do seu pai ou da sua mãe. Isso também acontece por conta das mesmas justificativas da penetrância: epistasia, efeitos do meio, interação gênica. Então, você pode ter algumas características na expressividade que são uniformes, que sempre se expressam da mesma maneira nos indivíduos, e pode ter algumas características que apresentam a expressividade variável, ou seja, elas vão variar de indivíduo para outro; tem diferentes padrões fenotípicos nesses casos. O que observa nessa 3 linha por exemplo: Todos os indivíduos são azuis - penetrância completa, mas a expressividade desse azul (3 linha) não é a mesma para todos, tendo tonalidades diferentes de azul para todos. Então, nessa linha temos expressividade variável. 1º linha: expressividade uniforme, onde todos os indivíduos têm o mesmo tom de azul. 2º linha: penetrância incompleta quanto a expressividade variável. Temos indivíduos que não são azuis → penetrância incompleta e indivíduos com tonalidades de azul diferentes → especificidade variável. Representação esquemática, apenas para entender esses conceitos. 6 Beatriz Machado de Almeida Genética – Leis de Mendel Exemplo prático de penetrância e expressidade: A polidactilia é um exemplo clássico de penetrância e expressividade; é uma condição genética de penetrância incompleta, ou seja, apenas 60% dos indivíduos que apresentam a condição genética (genótipo que codifica para polidactilia) expressam a polidactilia de alguma forma. Então, 40% dos indivíduos não manifestam a doença. É uma condição genética também de expressividade variável, quer dizer, nem todos os indivíduos que apresentam a doença vão apresentar ela da mesma maneira. Existem indivíduos que vão apresentar pedaços de dedos nas mãos ou nos pés, outros irão apresentar dedos completos nas mãos e não nos pés. A forma como essa doença genética se expressa e os indivíduos que a expressam podem ser diferentes, e por isso é uma condição genética de expressividade variável. Os heredogramas que montamos de patologia desses tipos são diferentes. Quando elas apresentam penetrância ou expressividade variáveis e incompletas, monta-se de acordo com essas características. Então, pinta quando é afetado e não pinta quando não afetado. Aqui nos pintamos de cores diferentes dependendo da característica que o indivíduo expressa. Aqui é um heredrograma de osteogênese imperfeita que é a doença conhecida como doença dos ossos de vidro. Observa-se na família as características que os indivíduos apresentaram de acordo com a expressividade da patologia dele. Aqui se observa penetrância, percentual de indivíduos afetados e não afetados e expressividade ao mesmo tempo. Esse é o caso index essa seta indicada o individuo do qual o heredrogama partiu, ou seja, quem procurou o serviço médico e a partir dele montamos o diagnostico Conceitos de Pleiotropia Pleiotropia significa várias voltas ou múltiplos efeitos. Nesse caso específico, quando se pensa em genética, pleiotropia é quando tem alteração em algum gene e essa alteração gera diferentes características nos indivíduos ou alterações em diversas características ou efeitos múltiplos no indivíduo. SÍNDROME DE MARFAN Exemplo: O albinismo gera despigmentação no olho, pele. Quando se fala de síndrome de Marfan é a alteração em um único gene da fibrilina, que é uma classe de proteína fibrosas do tecido conjuntivo, fibras que tem colágeno e elastina. A fibrilina é uma proteína codificada pelo nosso material genético. O que ocorre é que nesses indivíduos a alteração do gene da fibrilina gera efeitos sistêmicos que algumas pessoas conhecem como aronodactilia. A síndrome de Marfan causa uma série de sintomatologias por conta de uma alteração em um único gene. Então, os indivíduos apresentam dificuldades visuais, problemas cardíacos, oftalmológicos, vasculares; as pessoas são geralmente mais altas, magras, braços longos; apresentam também, uma série de características e problemas de insuficiência cardíaca, escoliose, problemas pulmonares (ex. colapso pulmonar); o esterno é bem afundado; Uma alteração gênica causando múltiplos efeitos → doença trópica. Anemia faciforme Anemia falciforme: tem alteração no gene da hemoglobina e isso acaba gerando múltiplos efeitos. Ex. oftalmológicos, hepáticos, cardiovasculares. Então, pleiotoropia é quando temos 1 gene alterado e múltiplos efeitos gerados por conta dessa alteração.
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